Os cinco melhores

O conceito do político, de Carl Schmitt (Edições 70)
Não li muitos livros novos em 2015. As minhas leituras em qualquer caso são sempre muito aleatórias e desorganizadas. Mesmo assim, com a perfeita noção da ultra parcialidade de uma seleção destas e, ainda pior, de ma deixarem fazer, coloco em primeiro lugar um texto essencial da ciência política: O conceito do político, de Carl Schmitt, pensador ‘nazi’ que é hoje um ai-jesus da ‘extrema-esquerda’, traduzido e anotado por Alexandre Franco de Sá.

Suite Francesa, de Irène Némirovsky (Dom Quixote)
Na ficção, que confesso frequentar muito menos do que já costumei, a Suite Francesa, de Irène Nemirovsky, uma mais que notável escritora francesa, judia, de origem ucraniana, triste e criminosamente malograda na voragem da Segunda Guerra Mundial.

O selvagem da ópera, de Rubem Fonseca (Sextante)
Rubem Fonseca aparece aqui por todos aqueles que mantêm viva a literatura em português, um dos mais geniais.

Tudo o que conta, de James Salter (Livros do Brasil)
Um dos grandes autores da literatura norte-americana nossa contemporânea que é dos menos conhecidos e traduzidos em português.

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Os Maias, de Eça de Queiroz (Guerra&Paz)
Por fim, escolho a nova edição de Os Maias (Guerra&Paz), texto fixado por Helder Guégués.

O pior

O capital no século XXI, de Thomas Piketty (Temas e Debates)
Grande irritação do ano: a prole em todas as línguas de livros novos e reeditados (alguns) que geralmente pouco iluminam a vexatória questão da desigualdade, na esteira de O capital no século XXI, a falsa obra-prima de Thomas Piketty (de cuja edição digital ninguém leu, ao que se sabe – a Amazon toma nota dessas coisas – mais de 27 páginas).

[Veja nesta fotogaleria as capas dos livros escolhidos por Miguel Freitas da Costa]

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