Histórico de atualizações
  • Moção de Cristas aprovada por esmagadora maioria de 98,7% dos votos

    A moção global de estratégia de Assunção Cristas, “Ambição e responsabilidade para Portugal”, foi aprovada por 877 votos.

    Já a moção de Miguel Mattos Chaves, “Uma estratégia para Portugal”, foi chumbada, obtendo apenas 11 votos.

    Os trabalhos do primeiro dia do congresso do CDS, em Gondomar, terminaram e retomam logo de manhã, para a eleição dos órgãos nacionais do partido, caso da Comissão Política (onde a lista de Assunção Cristas é a única) e também das listas ao órgão máximo entre congressos, o Conselho Nacional do partido (onde Filipe Lobo d’Ávila apresnta uma lista concorrente). Segue-se a sessão de encerramento, onde Cristas discursará já como líder eleita do CDS.

  • Obrigada por nos ter acompanhado! Regressamos domingo para o segundo e último dia do congresso do CDS.

  • Cristas: "Deem-me força porque eu acredito muito no CDS"

    Agora é a vez de Assunção Cristas. Agradece as moções que foram apresentadas, que leu “na diagonal” e que estarão “no topo das prioridades”. “O CDS faz-se com os fundadores, com os que andam há décadas e os mais recentes. Faz-se com todos”, afirmou, prometendo que as listas que vai apresentar ainda esta noite serão reflexo dessa abertura. “Vamos contar com muitas pessoas que por ventura não serão conhecidas aqui mas nas suas áreas profissionais. Será um sinal de vivacidade”, garantiu.

    Cristas promete criar o gabinete de apoio aos novos militantes – coordenado por Diogo Moura. Agradece ao atual secretário-geral António Carlos Monteiro e anuncia que o próximo será Pedro Morais Soares.

    “Neste momento, interessa dizer que do CDS não esperem apenas uma bandeira, mas podem esperar respostas concretas para todas as áreas. É em todas”, assegurou, respondendo a críticas de que este sábado não apresentou nenhuma bandeira. “Nós em conjunto vamos fazer muitas coisas. Deem-me força porque eu acredito muito no CDS“, pediu.

  • Agora é a vez de Assunção Cristas. Agradece as moções que foram apresentadas, que leu “na diagonal” e que estarão “no topo das prioridades”. “O CDS faz-se com os fundadores, com os que andam há décadas e os mais recentes. Faz-se com todos”, afirmou, prometendo que as listas que vai apresentar ainda esta noite serão reflexo dessa abertura. “Vamos contar com muitas pessoas que por ventura não serão conhecidas aqui mas nas suas áreas profissionais. Será um sinal de vivacidade”, garantiu.

    Cristas promete criar o gabinete de apoio aos novos militantes – coordenado por Diogo Moura.

  • Miguel Mattos Chaves tem direito a 5 minutos para defender a sua moção “Uma estratégia para Portugal”. Fala sobre o papel de Portugal na Europa e na CPLP. “Temos que fazer valer os nossos 900 anos de história”, diz, considerando que “andámos a correr atrás de um coelho que passa e depois de outro”.

    Mattos Chaves é crítico do processo de construção europeia. “Somos os únicos dos 27 que não tem quaisquer reservas aos tratados”, estranha.

    “Tenho sido crítico, mas sempre com propostas alternativas”, justifica.

  • O debate das moções terminou, anuncia Luís Queiró. Havia 10 moções globais a debate, mas apenas a de Assunção Cristas e a de Miguel Matos Chaves vão a votação. As restantes foram retiradas.

  • Lobo d' Ávila apresenta lista ao conselho nacional

    Filipe Lobo d’ Ávila vai apresentar uma lista ao conselho nacional. O porta-voz do CDS na era Portas era um dos apoiantes de uma candidatura à liderança de Nuno Melo e ao apresentar esta lista deixa claro que não é pelo unanimismo. Na intervenção que fez no congresso, Lobo d’ Ávila, que já foi secretário de Estado da Administração Interna, justificou o facto de ter apresentado uma moção de estratégia global alternativa à de Cristas como um “exercício de liberdade e não de rebeldia”.

    “Não queremos provocar ninguém em especial, queremos provocar o partido com ideias”, disse, afirmando que “os adversários não estão dentro do partido”, mas sim fora. Para o porta-voz centrista, o CDS não deve ser um “catavento”, que oscila mais para a direita ou mais para a esquerda consoante o momento político, a mensagem ou o tema.

  • Sete novas entradas na comissão política

    Assunção Cristas reforça a comissão política nacional com várias entradas diretas de novos militantes:

    • Filipe Santiago, economista e administrador dos Hotéis Tivoli (vendidos pelo Grupo Espírito Santo ao grupo tailandês Minor Hotels)
    • João Basto, agrónomo de 43 anos e ex-administrador da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), nomeado em 2012 por Assunção Cristas, quando esta era ministra da Agricultura
    • Raquel Vaz Pinto, presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política e professora na Universidade Nova
    • Samuel Almeida, fiscalista e sócio da Vieira de Almeida
    • Duarte Goes, advogado
    • Marta Arruda Moreira, gestora na CGD (a única que já era militante do CDS)
    • Mariana França Gouveia, especialista em arbitragem

    António Lobo Xavier será o número 1 da lista de Cristas ao conselho nacional.

  • Paulo Portas não renuncia já ao mandato de deputado. Vai ficar na Assembleia até meados de abril.

  • Pode ler aqui os perfis dos novos vice-presidentes do CDS: Adolfo Mesquita Nunes, Nuno Melo, Nuno Magalhães e Cecília Meireles.

  • Veja a fotogaleria do primeiro dia do congresso do CDS – o dia em que Portas se despediu da presidência do partido com um recorde de 16 anos.

  • "Ninguém é dono dos votos". Adolfo põe ponto final na relação com PSD

    Adolfo Mesquita Nunes, um dos promovidos na nova direção de Assunção, fez um dos discursos mais entusiasmantes do congresso. Dirigindo-se na primeira pessoa à futura líder do partido, Adolfo pôs um ponto final na ligação do CDS ao PSD.

    “Vão dizer-te Assunção que estás a roubar votos ao PSD, mas desde quando é que o PSD é dono dos votos? Ninguém é dono dos votos”, disse, acrescentando que o CDS, se for o melhor, pode “ganhar eleições”. A ideia é aproveitar o “novo começo” do CDS para ganhar terreno no centro-direita, ocupando o palco todo, sem dividir com ninguém. “Queremos ser a primeira, a mais natural e a mais descomplexada escolha dos eleitores”, disse.

    “O voto só é útil para quem o recebe”, sublinhou.

    “Vão perguntar-te no meio de tanto pragmatismo onde é que fica a ideologia. Mas desde quando é que a ideologia fica prejudicada pelo pragmatismo?”, questionou o ex-secretário de Estado do Turismo, afirmando que as pessoas “querem é saber de propostas concretas”.

  • Assunção Cristas: "É preciso muita ponte, muito diálogo, muitos consensos"

    Assunção Cristas quis voltar ao púlpito do congresso do CDS à hora dos telejornais para se apresentar e dizer ao que vem. Falou das origens, da família, de ser mulher e de ser mãe, aproveitando a história pessoal para cruzar com os seus objetivos partidários. E recorreu até a um provérbio da sua terra natal, Angola, para resumir o que pretende para o partido que se prepara para liderar: “Quem quer ir depressa vai sozinho, quem quer ir longe vai acompanhado”.

    O apelo à união ficou expresso na intervenção de Cristas que elogiou o partido pela tranquilidade nos trabalhos do congresso porque “as pessoas lá foram não gostam de ofensas, de sangue e das pessoas a dizerem mal umas das outras”. Mas antes disso já se tinha dado a conhecer, ponto por ponto, estabelecendo o paralelismo entre a sua história e a história que quer para o partido. E começou pelo início: “Na véspera do 25 de abril estava na barriga da minha mãe porque nasci em setembro de 74. Quer dizer que nasci em democracia mas que inicialmente foi particularmente dolorosa para a minha família”.

    Falou da sua “família grande”, de ser a irmã do meio entre cinco e como isso lhe deu valências: “É preciso muita ponte, muito diálogo, muitos consensos”. E também de ser mulher, que “permite uma forma de estar menos bélica, menos agressiva, com mais diálogo”. E ainda da “alegria imensa” em ser mãe de quatro filho, mas também em como isso não a “impede de achar que há outros caminhos de felicidade”, sublinhando que “a sociedade deve ter toda a abertura, todo o acolhimento todo o respeito a todos os caminho de amor”. Houve ainda espaço para colocar a sua fé: “Para um católico a ambição é a nossa meta. Não podemos exigir mais do que tudo o que podemos dar”.

    A futura líder do CDS ainda aproveitou a experiência governativa para dizer aos congressistas, e também aos telespetadores que por aquela altura ouviam o discurso em direto: “Aqui estou, com muita vontade de trabalhar com todos, quero fazer pelo nosso país o que fiz pela agricultura pelo mar de Portugal”. Assunção Cristas fez ainda um apelo para que “os melhores” venham para a política, dizendo mesmo que “isto não é uma atividade de má fama”.

  • Nuno Melo levanta a plateia com críticas ao PS: "Este Governo é uma errata de si próprio"

    Nuno Melo, o candidato que nunca chegou a ser, fez até agora a intervenção mais aplaudida – mais ainda do que a de Assunção Cristas. Centrado nos ataques à “geringonça” e ao Governo de António Costa, o eurodeputado acusou o Executivo socialista de ser “uma errata de si próprio” por estar sempre a mudar quando “choca de frente com a realidade”. “No tempo de Sócrates as erratas chamavam-se PEC”, agora são erratas permanentes dos planos iniciais, disse.

    Numa altura em que o CDS de Cristas, e da maioria dos dirigentes, fala em abertura do partido a todos, inclusão e oposição responsável, com alguns a arriscarem mesmo a hipótese de um possível diálogo com os socialistas na hipótese de eleições antecipadas, Nuno Melo distingue-se pela rigidez do tom e agressividade face ao Governo socialista que, diz, é dirigido não pelo Largo do Rato mas sim pelo Comité Central do PCP.

    Fazendo alusão à reunião de presidentes socialistas que hoje ocorreu no Eliseu, em Paris, a convite de François Hollande, Melo alertou para o facto de Costa se ter sentado ao lado de Alexis Tsipras (“que afinal viemos a saber que é socialista”). “Depois da geringonça cá, agora temos a geringonça lá, era o que faltava”, atirou.

    Sobre as eventuais divisões no partido, Melo garante que o seu melhor contributo ao ter decidido não avançar para a corrida à liderança foi “a unidade do partido”. E afirma que Cristas está a ter sucesso na tarefa de “não deixar ninguém para trás”, antevendo uma “liderança de sucesso, prolongada e duradoura”.

    Nuno Melo, já se sabe, vai ser o número dois de Cristas na direção do partido, no papel de vice-presidente.

  • Lobo Xavier: "A nossa profecia é trágica"

    Agora é a vez de Lobo Xavier. “Deixemo-nos de coisas, mas estes congressos são difíceis. Vemos sair um líder que todos adoramos e ao mesmo tempo temos que eleger outro líder para tempos não menos difíceis”, começa.

    “Paulo Portas foi o presidente que mais longamente marcou o partido, devemos tanto como a quem o fundou, devemos vitórias, combates. Eu digo: ‘Paulo, o CDS fez parte dos meus últimos 40 anos e os teus anos foram a parte que mais seriamente me entusiasmou’”, acrescentou. O ainda presidente do partido já não está na sala. Abandonou o congresso depois do discurso que fez perto da hora do almoço.

    Portas tem talentos para fazer o que lhe apetecer, diz ainda Lobo Xavier sobre as especulações sobre o futuro do presidente do CDS.

    “A nossa profecia é terrível para o país. Se este Governo vai onde nós imaginamos, a lado nenhum, a degradação da economia e das finanças, essa profecia é trágica. Nenhum partido como o CDS pode sublinhar apenas essa profecia. Se é para isso, é um lugar miserável. Se a nossa satisfação é comprovar a profecia isso é um lugar indigno e, por isso, são tempos difíceis”, explica sobre o papel que o CDS deve ter e que não pode ser de abstenção no atual quadro político.

    Lobo Xavier dá dois ou três conselhos. “Não se deixe condicionar por nada. E as ideologias não são assim tão importantes”.

  • Nuno Melo entusiasma a assistência. Foi um dos discursos mais empolgantes a “malhar” no Governo.

  • Pires de Lima para Cristas: "Que as exigências da liderança não te estraguem o sorriso lindo e tranquilo"

    António Pires de Lima deixou no congresso do CDS elogios rasgados a Assunção Cristas que descreve como “uma mulher de armas”, decidida, frontal e voluntariosa” e deixou-lhe “dois desejos” para a “exigente” liderança em que vai pegar a partir de domingo.

    O ex-ministro da Economia falou dos três que esteve com Cristas no governo terminado a intervenção com “dois desejos” para a futura líder: “Que as exigências desta liderança não te estraguem esse sorriso lindo e tranquilo que inspira quem por ti passa e que não desiludam a forma generosa como te dedicas às causas.” “Se mantiveres, a tua liderança será luminosa”.

    Mas o homem que Paulo Portas escolheu para colocar à frente da pasta da Economia a partir do momento da crise política de 2013 também aproveitou o palco para fazer o balanço do seu contributo – “sinto que fizemos um trabalho que merece respeito e merece ser lembrado na economia” – e avisar também o atual executivo que “a imprevisibilidade fiscal e a hostilidade ao capital são napalm para uma agenda que se quer centrada no investimento” e ainda que “sem mais emprego é impossível pensar que Portugal vai ser um país de mais paz e mais justiça”.

    Sobre o quadro político, Pires de Lima disse ainda que o país está a navegar “em águas turvas e desconhecidas”. E alertou ainda o partido que “precisa de ser uma oposição forte e credível porque mais tarde ou mais cedo o povo terá de ser chamado a decidir sobre uma decisão política que verdadeiramente nunca foi votada. Nós ganhámos as eleições”. Houve ainda tempo para Pires de Lima falar no CDS de Portas, “sempre liderado de uma forma única, quiçá algumas vezes peculiar”.

  • Mota Soares:" Não é a esquerda mais reacionária que dá esperança a Portugal"

    Luís Pedro Mota Soares, ex-ministro da Segurança Social, elogia Assunção Cristas pela “fé, talento e disponibilidade” num “num tempo tão desafiante”.

    “O CDS deve ter a capacidade de ser reformista, ser catalisador das reformas, mudar o que está mal. Não é a esquerda mais reacionária que vai dar uma nova esperança que Portugal tanto precisa neste momento”, afirmou Mota Soares na sua intervenção, acrescentando que “um partido só é útil quando chega às pessoas e consegue mudar a vida das pessoas”.

    Mota Soares criticou ainda a supervisão do Banco de Portugal, considerando que o governador deve ser nomeado pelo Presidente da República. E acusou o primeiro-ministro de atacar Carlos Costa em público de “forma irresponsável”.

  • Casamento e adoção gay: "Isto existe mas não é normal"

    Casamento gay, adoção gay, aborto e eutanásia. Estes temas inflamaram o discurso de um dos dirigentes da JP, Bernardo Brito e Faro, que foi direto na crítica. “Esta é uma realidade que temos que aceitar. Isto existe. Mas não podemos aceitar que isto seja a normalidade. Isto não é normal numa sociedade secular como a nossa. Não vamos fomentar esta ideia como fazem os partidos de esquerda. Não queiramos ter uma resposta resposta fácil ao que não é normal”, declarou.

    De seguida, Nuno Correia da Silva, ex-dirigente do partido, também falou sobre temas fraturantes. Mas segundo este centrista, “fraturante é as famílias terem os filhos que desejam, os empresários pagarem o mesmo de eletricidade que os seus concorrentes, os pais poderem escolher a escola dos seus filhos”.

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