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  • E é tudo do estádio José Alvalade.

    Leia aqui a crónica com as incidências do jogo, “Passa a outro e não ao mesmo? Este domingo se verá”. Eis um cheirinho do que lá se escreve: “A bola vem na sua direção — e ele, a arfar com um pug, nem a desejava assim tanto naquele instante –, pousa-a na bota, olha em volta, vê o colega a desmarca-se mais além, e é lá que a quer pôr. Erra um passe que nem nas escolinhas se erra — e ouve-se um assobio, ainda que tímido, na bancada. Ou pior: vê alguém com a camisola contrária à sua a surripiar-lhe a bola por ter demorado muitos mississippis a livrar-se dela. Aí, o assobio que era tímido, faz-se um mostrengo a soprar. É mais ou menos isto que acontece quando a cabeça quer, mas as pernas se recusam a fazê-lo. Chame-se-lhe cansaço. E toca a todos, não é? O problema é quando toca a quem é líder e tem que defender essa liderança com unhas e dentes. E pernas.”

    Até mais!

  • A oposição não foi muita. O União da Madeira contra-atacou um par de vezes na primeira parte e outro par na segunda. Mas também não foi tão pouca como se esperaria — o treinador Norton de Matos tinha dois titulares na “enfermaria” e poupou outros três para os próximos jogos, tentando aí fugir à despromoção. Mas o Sporting, pelo menos nos primeiros 20′, fez o que tinha a fazer, pressionou alto, acelerou o jogo, construiu ocasiões de golo, e fez dois, primeiro por Teo e depois por João Mário. A seguir, controlou mais do que atacou. Na restante primeira parte e em toda a segunda. Quando o União levantava a crista, o Sporting voltava a mostrar-se no ataque e punha a defesa madeirense em sentido. Chegou para vencer e fazer-se líder. Pelo menos até amanhã, quando o Benfica visita o Rio Ave em Vila do Conde. Para os encarnados, esse será teoricamente o jogo mais complicado até final. O Sporting, por sua vez, ainda terá que ir ao Dragão (já no próximo fim-de-semana) e a Braga. Contas feitas, a Primeira Liga está ao rubro e vai decidir-se nos detalhes. O Sporting não falhou até agora em nenhum desde a derrota com o Benfica em Alvalade. Nem o rival da Segunda Circular…

  • Prii, priiii, priiiiii! Apitou assim o árbitro Rui Costa, acabou o jogo no José Alvalade.

    https://twitter.com/bola24pt/status/723955857030000640

  • O jogo acalmou com as substituições. Demais.

  • Slimani estava em risco de castigo se visse um amarelo. Não viu e vai mesmo a jogo no Dragão. Para o seu lugar entra Barcos, que teima em não se mostrar (com golos) aos adeptos. Do outro lado, no União, Norton de Matos tira um médio-defensivo, Tiago Ferreira, e lança Rúben Andrade, que, sendo também ele um médio, é mais de atacar que de defender.

  • Ele nem é mãos-de-manteiga, mas agora foi. Breitner marcou um canto à esquerda, puxadinho, puxadinho à baliza, Rui Patrício salta sem oposição para agarrar, mas deixa a bola escapar para trás. Valeu ao Sporting o corte pronto de Semedo, a evitar males maiores, que é como quem diz, o desvio de Miguel Cardoso.

  • Mexe de um lado, mexe do outro. Jorge Jesus fez Bruno César recolher ao banco e entrou o “perigo agitador” Gelson na sua vez. Quando ao União, Norton de Matos tirou Amilton Silva e disse a Miguel Cardoso para ir lá para dentro. E Miguel foi. Amilton é que não queria sair. E quando saiu, Norton estendeu-lhe a mão e Amilton mandou (literalmente) o treinador bugiar. Não foi bonito. E Norton ficou de mão estendida.

    https://twitter.com/bola24pt/status/723950060183146496

  • Com a vossa licença, cá vai disto! Não foi o que Adrien disse, mas foi o que o seu pé direito fez. O capitão do Sporting recebeu uma sobra à entrada da área do União, matou a bola no peito, encheu o pé, e acertou em cheio no poste direito de Gudiño, quase, quase lá em cima, no ângulo. O ferro ainda se agita. E Adrien ainda tem as mãos na cabeça, desolado com o golo que não marcou. E que golo seria o dele.

  • Teo — quem mais? — livrou-se em três tempos de Joãozinho na direita e cruzou para a área. Mas cruzou mal e para trás. Bryan Ruiz estava lá dentro à espera, queria cabecear, mas via a bola a escapar-se-lhe. Não se deu por vencido no lance, o costa-riquenho, e sacou um remate de bicicleta da cartola. Não havia como rematar de outra forma, garanto-vos. A direção estava lá, a intenção também, mas faltou a força. E Gudiño segurou.

  • É Jesus quem primeiro mexe no jogo. E gere a pensar já no próximo, com o FC Porto. Sai João Mário e entra Bryan Ruiz.

  • Gudiño não é guarda-redes de andebol, mas esta defesa fez lembrar as melhores de Vlado Šola ou Vladimir Rivero — se gosta de andebol, sabe de quem lhe falo. Diego Galo viu a bola ser-lhe surripiada por Slimani na defesa, os colegas de Galo ficaram em contra-pé, Slimani passou a bola a Adrien, este desmarcou Teo, e o colombiano rematou forte e a meia altura para o golo. O mexicano nas balizas do União defendeu com o antebraço. E que defesa foi a de Gudiño.

  • Rúben Semedo está a fazer um jogo sem mácula. Mas ia borrando a pintura. Edder Farías cruzou desde a esquerda nas barbas de Schelotto, a bola com a direção de Amilton, que se antecipava na área a Coates. Semedo chegou primeiro, lançou-se no ar, e cortou a bola. O problema é que a cortou para trás, Patrício ficou atónito a vê-la passar, e só não deu em auto-golo por um palmo. Foi essa a distância a que a bola passou do poste direito da balzia do Sporting. Não é que o União tenha entrado melhor, mas a verdade é que criou perigo primeiro. Tal como na primeira metade do jogo.

  • Ora aí está a redondinha a rolar novamente. É a vez do Sporting sair com ela a jogar…

  • Leia aqui o resumo ao intervalo

    O Sporting foi sempre superior na primeira parte. O União quando contra-atacada, fazia-o sempre pelo desamparado Danilo Dias. O que é manifestamente se quisesse levar sequer um pontinho da visita a Lisboa. Quanto aos senhores da casa, William não deu espaço a que o União chegasse à defesa. Quando dava, estava lá Rúben Semedo para cortar o mal pela raiz. Que jogo “mandão” estão os dois a fazer. Zeegellar também está com a corda toda, ao assistir a dobrar. E João Mário idem, ele que fez o 2-0. Mas o destaque maior vai para Teo, que hoje é o mais omnipresente dos verde-e-brancos, seja na área a finalizar, seja fora dela a criar para que os outros finalizem. O Sporting não esteve particularmente perto de aumentar a contagem até ao intervalo. E não esteve porque desacelerou, talvez a pensar no jogo decisivo que vai ter no Dragão daqui por uma semana. Mas uma coisa é certa: de cada vez que ataca em velocidade, o União treme na defesa por todos os lados. Dito isto, venha de lá a segunda parte.

  • E acabou a primeira parte em Alvalade.

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  • Tem nome de craque alemão este Breitner. O alemão que brilhou na mannschaft e no Bayern é Paul Breitner. O venezuelano (mas que até nasceu no Brasil) é Overath Breitner — curiosamente, Wolfgang Overath também era internacional alemão e nada mau de pés. Tudo para dizer que, à parte do nome curioso, Breitner também é camisola “10” e marcador de livres. Agora, perto da área e ligeiramente descaído para a esquerda, procurou colocar a bola no canto superior esquerdo da baliza de Patrício. Lá colocar, colocou ele. Mas o remate foi tenso e Patrício defendeu sem sobressalto.

  • Que Coates é bom central e se assumiu como patrão da defesa do Sporting, ninguém tem dúvidas. Mas que o uruguaio, com a sua passada larga, é capaz de subir pelo flanco direito, fintar tudo e todos — Joãozinho e Tiago Ferreira não tiveram pedalada para ele –, e cruzar, isso já é mais complicado de alguém assumir como verdade insofismável. Mas aconteceu mesmo. O cruzamento foi bom, para o segundo poste, Teo estava prontinho a desviar, mas o guarda-redes Gudiño desviou primeiro. O Sporting acalmou o jogo a seguir ao 2-0, mas cada vez que o acelera, é um quebra-cabeças para a defesa do União.

  • A última vez que o União da Madeira visitou o estádio José Alvalade para o campeonato foi há 21 anos e 21 dias. A 2 de abril de 1995 os madeirenses perderam no velhinho Alvalade por 4-0. Esta noite a conta já vai pela metade.

  • Rúben Semedo e William Carvalho, na defesa e a meio-campo, estão a ser mandões. João Mário já marcou, Zeegellar assistiu por duas vezes. Mas o melhor em campo, até ver, tem sido Teo. Quem o viu e quem o vê. Com Falcao “encostado” no Chelsea e Jackson a jogar na China (José Pekerman, o selecionador da Colômbia, já fez saber que não chamará futebolista a jogar tão longe), Teo tem tudo para ir à Copa América no verão e quem sabe ser titular — foi-o no Mundial. Esta tarde, é sempre Teo a pegar na bola e a avançar com ela por diante. É sempre Teo a desmarcar alguém, a tabelar com alguém, ou a desmarcar-se ele próprio. Está mais veloz, mais desapegado da bola, mais furtivo na área. E o Sporting agradece.

  • GOLO! 2-0 para o Sporting

    João Mário desvia na área um cruzamento de Zeegelaar. E que bem vai jogando o Sporting. É tudo ao primeiro toque, tudo veloz. Teo avançou pelo centro, encontrou Slimani à entrada da área, “usou-o” como tabela, recebeu novamente a bola o colombiano, e desmarcou Schelotto nas costas do lateral Joãozinho, já dentro da área. O cruzamento do lateral ítalo-argentino é bom, mas melhor foi o corte a meias entre Gudiño e Diego Galo, a tirar o pão da boca a Slimani, que já se encontrava na área para desviar. Não desviou. Mas a jogada não acabou aqui, como é bom de ver. O tal corte foi parar à esquerda, estava lá Zeegelaar, e cruzou com régua e esquadro para o segundo poste, onde João Mário apareceu a desviar, não de cabeça como Teo, mas com o pé direito. Os defesas do União voltaram a ficar mal na fotografia das marcações, mas o mérito é todo do Sporting, que assarapantou a defesa madeirense com a velocidade com que executou o ataque.

    https://twitter.com/bola24pt/status/723932414226128896

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