Histórico de atualizações
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Fecho da conferência
O discurso de António Costa fechou os trabalhos da conferência e fecha, também, a nossa cobertura do evento.
Agradecemos ter acompanhado o nosso trabalho.
Bom descanso.
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"Não pedimos privilégios" na Caixa Geral de Depósitos
Sobre a CGD, Costa diz que “é uma instituição de referência no mercado português, deve manter-se de capitais exclusivamente públicos e o Estado não deve nem pode estar limitado na dotação dos níveis adequados de capital”.
“Não pedimos privilégios, mas o Estado tem de dispôr das mesmas condições que os outros bancos para que o banco possa cumprir as exigências regulatórias.
Esta é uma questão da maior relevância para o setor, condição da sua estabilidade e da abertura, com confiança, do nosso sistema bancário à internacionalização”.
Para o governo, não há razão para qualquer polémica ou receio no quadro que referi”, diz António Costa.
“Todo o investimento direto estrangeiro é bem-vindo, sem exclusões de nacionalidade. Esse pode e deve ser um dos pilares do reforço do nosso sistema financeiro”.
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António Costa diz que os bancos não terão "qualquer desconto" por parte dos contribuintes (Novo Banco)
António Costa lê um discurso preparado e diz que tem havido um diálogo muito próximo com as entidades europeias, nomeadamente com a participação de Mario Draghi no Conselho de Estado.
“O setor bancário desempenha um papel fundamental nas nossas economias”, diz o primeiro-ministro. “Para assegurar o relançamento da economia”, o governo quer aumentar os rendimentos mas também apostar no investimento. Isso passa, em parte, pela execução dos fundos comunitários, diz António Costa, e pela melhoria do financiamento e da capitalização das empresas.
António Costa lembra que a 16 de junho será apresentado o conjunto de medidas para trabalhar nestes objetivos.
É aí que entra um sistema bancário “sólido, capaz de transmitir à economia real as condições de financiamento que têm sido proporcionadas pelo BCE”. Isto além dos mecanismos alternativos de financiamento (mercado de capitais e capital de risco).
Mas António Costa pede que não haja ilusões e diz que a banca continuará a ser crucial.
O primeiro-ministro diz que houve quem se gabasse publicamente de não ter sido usada toda a linha de recapitalização da troika (12 mil milhões). Depois houve duas resoluções que tiveram efeitos muito negativos para os contribuintes e para as outras instituições.
É importante prosseguir o ajustamento dos bancos, criar condições para restabelecer a rendibilidade das institituições. Provavelmente é necessário mais consolidação. Já há algumas semanas referi a necessidade de criar um mecanismo para lidar com os créditos de cobrança duvidosa que estão em alguns, não todos felizemente, bancos.
“Não haverá uma solução fácil, mas é preciso trabalhar para superar esta situação”. António Costa salienta que agora é mais difícil devido às novas regras na banca. “As dificuldades não devem demover os atores de procurarem uma solução”.
“Os reguladores e instituições financeiras devem articular-se para esta situação”, diz António Costa, diz que “não é bom caminho voltarmos a ignorar um problema porque os problemas não se resolvem quando os ignoramos”.
Quanto ao Novo Banco, “o governo já afirmou aquelas que considera que devem ser as condições: não haver mais custos para os contribuintes e promover a estabilidade financeira”.
“Todas as opções estão em cima da mesa para assegurar essas duas condições”.
“Independentemente do valor da alienação, as responsabilidades do Fundo de Resolução mantêm-se, em relação ao Estado”. “Não contarão com qualquer desconto por parte dos contribuintes”, se o Novo Banco for vendido por um valor mais baixo.
“Esta alienação assume a maior relevância” para o sistema financeiro português.
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António Costa lê um discurso preparado e diz que tem havido um diálogo muito próximo com as entidades europeias, nomeadamente com a participação de Mario Draghi no Conselho de Estado.
“O setor bancário desempenha um papel fundamental nas nossas economias”, diz o primeiro-ministro. “Para assegurar o relançamento da economia”, o governo quer aumentar os rendimentos mas também apostar no investimento. Isso passa, em parte, pela execução dos fundos comunitários, diz António Costa, e pela melhoria do financiamento e da capitalização das empresas.
António Costa lembra que a 16 de junho será apresentado o conjunto de medidas para trabalhar nestes objetivos.
É aí que entra um sistema bancário “sólido, capaz de transmitir à economia real as condições de financiamento que têm sido proporcionadas pelo BCE”. Isto além dos mecanismos alternativos de financiamento (mercado de capitais e capital de risco).
Mas António Costa pede que não haja ilusões e diz que a banca continuará a ser crucial.
O primeiro-ministro diz que houve quem se gabasse publicamente de não ter sido usada toda a linha de recapitalização da troika (12 mil milhões). Depois houve duas resoluções que tiveram efeitos muito negativos para os contribuintes e para as outras instituições.
É importante prosseguir o ajustamento dos bancos, criar condições para restabelecer a rendibilidade das institituições. Provavelmente é necessário mais consolidação. Já há algumas semanas referi a necessidade de criar um mecanismo para lidar com os créditos de cobrança duvidosa que estão em alguns, não todos felizemente, bancos.
“Não haverá uma solução fácil, mas é preciso trabalhar para superar esta situação”. António Costa salienta que agora é mais difícil devido às novas regras na banca. “As dificuldades não devem demover os atores de procurarem uma solução”.
“Os reguladores e instituições financeiras devem articular-se para esta situação”, diz António Costa, diz que “não é bom caminho voltarmos a ignorar um problema porque os problemas não se resolvem quando os ignoramos”.
Quanto ao Novo Banco, “o governo já afirmou aquelas que considera que devem ser as condições: não haver mais custos para os contribuintes e promover a estabilidade financeira”.
“Todas as opções estão em cima da mesa para assegurar essas duas condições”.
“Independentemente do valor da alienação, as responsabilidades do Fundo de Resolução mantêm-se, em relação ao Estado”. “Não contarão com qualquer desconto por parte dos contribuintes”, se o Novo Banco for vendido por um valor mais baixo.
“Esta alienação assume a maior relevância” para o sistema financeiro português.
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António Costa fecha a conferência
Daniele Nouy fecha o seu discurso dizendo que não se pode correr para a luz, mas é para a luz que deve (e está a) caminhar.
O primeiro-ministro, António Costa, prepara-se para fechar os trabalhos.
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Daniele Nouy defende, também, que os bancos estejam a ser obrigados a aumentar os níveis de capital. Fala-se, muitas vezes, nos custos dessa obrigação, mas Nouy prefere falar nos benefícios. Isso torna mais barato o crédito e permite uma “destruição criativa” que ajude os bancos a lidarem com as falências de empresas.
A supervisora da banca europeia lembra os tempos em que os bancos não tinham nada a perder e embarcavam em decisões de investimento e crédito arriscadas. “Cara: ganham os acionistas; Coroa: perdem os contribuintes”.
Daí a criação da resolução bancária e das suas novas regras. “Agora que o seguro público foi eliminado, os investidores estão a exigir prémios de risco mais elevados, o que obriga os bancos a reverem os seus modelos de negócio”, diz Daniele Nouy.
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O "mundo novo da banca" de Daniele Nouy
Daniele Nouy fala num “mundo novo na banca”, em que os bancos são “mais resilientes e as crises mais raras” e, depois, em que os “contribuintes são protegidos”.
As mudanças surgiram quando o BCE assumiu a responsabilidade da supervisão financeira europeia, aplicando padrões iguais em toda a zona euro.
Nouy garante que a supervisão europeia não empurra para um canto os supervisores nacionais.
“Em Portugal, por exemplo, apenas 4 bancos são diretamente supervisionados pelo BCE”, diz Nouy.
Além disso, Nouy diz que os técnicos do BCE contam com a experiência dos supervisores nacionais.
“Trabalhamos em conjunto para um sistema financeiro estável. Levará tempo a ajustar a esta nova realidade” e pode haver perturbações mas Nouy diz que a supervisão única é um “passo decisivo” para criar essa banca mais resiliente.
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Daniele Nouy começa o seu discurso com elogios à História de Portugal. Fernando Ulrich sorri.
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Daniele Nouy vai encerrar os trabalhos
Daniele Nouy vai encerrar os trabalhos. É a presidente do Mecanismo Único de Supervisão.
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Últimas notas dos banqueiros
Fernando Ulrich partilha a preocupação de Nuno Amado com os custos com a resolução do BES e do Banif. “Este tema tem de ser tratado e encarado”.
Uma preocupação final, por Ulrich: “estou preocupado com como é que os bancos portugueses vão poder cumprir o MREL”, numa referência às necessidades de capitalização e de aprovisionamento de ativos em caso de problemas.
António Vieira Monteiro fecha dizendo que os bancos portugueses podem melhorar a rentabilidade é “resolver o problema da qualidade do crédito”. “A banca tem de ser reinventada”, diz o presidente do Santander Totta.
Stock da Cunha fala, também, em rendibilidade e em gestão do risco equilibrada — “a banca tem de tratar bem das poupanças dos clientes”.
Nuno Amado também conclui dizendo que o BCP pediu três mil milhões de euros ao Estado e que já pagou tanto em juros como o capital que falta pagar (750 milhões).
“Agora só temos de rentabilizar. Não é fácil mas é necessário”, diz Nuno Amado, pedindo que os bancos portugueses tenham realmente um campo de jogo nivelado. Nuno Amado pede clarificação sobre a situação dos DTA (também falada nesta manhã pelo governador do Banco de Portugal) e pede melhorias no sistema judicial na recuperação de créditos, que diz que é dos mais lentos da Europa.
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Últimas notas dos banqueiros
Fernando Ulrich partilha a preocupação de Nuno Amado com os custos com a resolução do BES e do Banif. “Este tema tem de ser tratado e encarado”.
Uma preocupação final, por Ulrich: “estou preocupado com como é que os bancos portugueses vão poder cumprir o MREL”, numa referência às necessidades de capitalização e de aprovisionamento de ativos em caso de problemas.
António Vieira Monteiro fecha dizendo que os bancos portugueses podem melhorar a rentabilidade é “resolver o problema da qualidade do crédito”. “A banca tem de ser reinventada”, diz o presidente do Santander Totta.
Stock da Cunha fala, também, em rendilidade e em gestão do risco equilibrada — “a banca tem de tratar bem das poupanças dos clientes”.
Nuno Amado também conclui dizendo que o BCP pediu três mil milhões de euros ao Estado e que já pagou tanto em juros como o capital que falta pagar (750 milhões).
“Agora só temos de rentabilizar. Não é fácil mas é necessário”, diz Nuno Amado, pedindo que os bancos portugueses tenham realmente um campo de jogo nivelado. Nuno Amado pede clarificação sobre a situação dos DTA (também falada nesta manhã pelo governador do Banco de Portugal) e pede melhorias no sistema judicial na recuperação de créditos, que diz que é dos mais lentos da Europa.
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António Costa chega à conferência
O primeiro-ministro, que fará o encerramento dos trabalhos, acaba de chegar ao local onde decorre a conferência.
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Dirigindo-se diretamente a Daniele Nouy, Fernando Ulrich diz que respeita todas as regras mas lembra que “o mais importante de tudo é o comportamento das pessoas”. (Isto a propósito de ter dito que o CaixaBank tem “gente séria”)
Fernando Ulrich faz a audiência rir lembrando o caso do avião que Andreas Lubitz fez despenhar nos Alpes, no ano passado. “Pode haver todas as regras mas o mais importante são as pessoas, basta lembrar aquele piloto russo que deitou abaixo o avião”. A plateia corrigiu Ulrich dizendo que era um piloto alemão, entre risos.
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Fernando Ulrich fala sobre a OPA do CaixaBank e lembra o “caminho em conjunto de 21 anos”, com um “parceiro absolutamente extraordinário”.
O CaixaBank apoiou sempre todas as propostas feitas pela administração do BPI, mesmo quando não era claro que isso seria bom para eles. A proposta de fusão com o BES e com o BCP são exemplos.
“Em todos os momentos da vida do banco, bons e maus, o CaixaBank apoiou o BPI”, diz Fernando Ulrich. “É um banco de gente séria”.
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António Vieira Monteiro fala sobre a Caixa Geral de Depósitos e recorda o momento em que ela foi criada enquanto Sociedade — e os objetivos de serviço público que nortearam a sua criação.
Vieira Monteiro diz que “imagina” que “tudo esteja a ser tratado” para que o aumento de capital não seja considerado ajuda de Estado (depois de o governador do Banco de Portugal ter falado no waiver).
Sobre a Caixa Geral de Depósitos, Vieira Monteiro diz que, em tempos defendeu que fosse privatizada, mas hoje pensa que é uma instituição importante enquanto pública.
A questão na banca é saber se os investidores portugueses estão dispostos a investir na banca nacional.
“Nós temos visto o que se tem passado com o investimento estrangeiro na banca portuguesa. Muitos investidores têm saído mas os bancos têm confiado na economia portuguesa, mantendo equipas de gestão portuguesas”, como é o caso do Santander Totta.
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Nuno Amado diz que o maior risco que encontrou desde que se tornou CEO do Millennium BCP é o “risco associado à decisão que criou o Novo Banco”.
“Tem de haver um cuidado, uma atenção” para com este tema. Nacionalização ou venda? “Eu não sou vendedor do Novo Banco, neste momento qualquer cenário é bom desde que defenda a estabilidade do sistema e defenda um modelo de negócio que seja sustentável a prazo”.
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Carlos Rodrigues diz, a respeito do Novo Banco, diz que “se a venda for possível, é preferível à nacionalização”. Mas não tem dados que o tornem mais ou menos confiantes de que a venda poderá acontecer.
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Daniele Nouy ouve os banqueiros na conferência
A francesa Daniele Nouy, presidente do Mecanismo Único de Supervisão, já se juntou aos trabalhos e está na primeira fila da audiência.
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Nuno Amado, do BCP, diz que “temos de ter um bom sistema bancário, com bons bancos, sólido”. Depois, é preciso ter um sistema bancário “com alguma diversificação, uma componente privada forte, uma componente pública que é importante e uma componente cooperativa”. “Deve ter uma componente estrangeira e uma componente nacional”, adianta Nuno Amado — permite mais concorrência, melhor serviço ao consumidor.
Já na apresentação de resultados do primeiro trimestre Nuno Amado tinha tocado neste ponto.
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Eduardo Stock da Cunha, do Novo Banco, diz que a solução do Novo Banco será uma solução para muitos bancos — não para esta instituição em particular.
A pergunta do banco mau tem de ser dirigida “a quem de direito”, diz o presidente-executivo do Novo Banco, limitando-se a dizer que a instituição está a “fazer o seu caminho” e a tentar lidar com o seu “legado”.
Quanto à venda do Novo Banco, Stock da Cunha diz que não veio para “vender o banco” mas sim tentar melhorar a sua situação.