Momentos-chave
- Coligações? Merkel está "otimista" mas diz que é preciso "ter calma"
- AfD: "Viemos para ficar e vamos ficar"
- Angela Merkel: "Queríamos ter tido um resultado melhor"
- Martin Schulz fecha a porta a Merkel e garante que não se demite
- Projeções: CDU de Merkel vence, mas não consegue maioria
- Como funciona o sistema eleitoral alemão?
Histórico de atualizações
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E é por aqui que ficamos, para já. Como seria de esperar, o Observador vai seguir de perto o processo de negociações de Angela Merkel para montar a sua “Coligação Jamaica”. Assim sendo, vá ficando por aqui, que nós vamos dando notícias.
Tenha uma boa noite e um ótimo início de semana.
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Depois de três mandatos e 12 anos no poder, Angela Merkel guardou o mais difícil para o fim
E, para terminar, deixamos aqui um texto mais longo, de análise e resumo, sobre a noite eleitoral da Alemanha e os dias (ou semanas, quiçá meses) que se seguem de negociações entre a CDU, os Verdes e o FDP, ao mesmo tempo que a AfD ganha o protagonismo que o SPD começa a perder:
Depois de três mandatos e 12 anos no poder, Angela Merkel guardou o mais difícil para o fim
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Alemanha mais dividida, mais instável, mas ainda assim a Alemanha de Merkel
A projeção mais recente acaba por ser, na prática, igual à primeira, mesmo que registe uma ligeira subida para a CDU e para o SPD e uma pequena descida para a AfD. Seja como for, não há volta a dar ao texto: a CDU vence mas com um número historicamente baixo; o SPD tem um número ainda pior, conseguindo o seu pior resultado do pós-guerra; a AfD entra de rompante no Bundestag, passando a ser a terceira força política. Depois, o Die Link e os Verdes descem ligeiramente em relação a 2013, mas continuam sólidos no parlamento. E o FDP, que em 2013 falhou pela primeira vez no pós-guerra a sua entrada no Bundestag, volta a eleger deputados.
Assim, vemos que Angela Merkel continua a ter poder, mas não tanto quanto desejaria — tanto que para governar terá agora de fazer uma coligação com Verdes e o FDP, já que o SPD, visivelmente enfraquecida rejeita esse cenário. Enquanto isso, a AfD sai das ruas e entra no Bundestag, passando agora a ter poder de voto nos destinos da Alemanha. É, por isso, uma Alemanha mais dividida e mais instável que surge destas eleições. Mas, ainda assim, é a Alemanha de Merkel já que, sem ela e a CDU, não há solução de governo possível.
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E terminou assim o debate entre os líderes partidários que conseguiram eleger deputados para o Bundestag.
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Coligações? Merkel está "otimista" mas diz que é preciso "ter calma"
E agora uma última pergunta, dirigida igualmente a Angela Merkel. Agora, querem saber se está confiante na possibilidade de haver uma coligação de Governo estável até ao Natal. “Eu estou sempre otimista, é essa a minha natureza. E depois de tantos anos, acho que quem está no poder deve ter calma”, respondeu.
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Merkel reage à ideia de Juncker, de todos os países da UE terem o euro. “Sempre foi a ideia do euro ter todos os estados-membros dentro da moeda única”, disse. “Mas se um país preencher os requisitos, é claro que queremos esse país na zona euro.”
“Precisamos de mais Europa ou menos Europa? Eu acho que precisamos da Europa certa, uma Europa forte, que oferece empregos”, diz. “Tudo o que não servir para ajudar a isto, vamos debatê-lo.”
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Martin Schulz diz que a UE não deve aprovar o período de dois anos proposto por Theresa May para adoptar o Brexit.
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Katrin Göring-Eckardt, dos Verdes, diz que é “importante que sejam ativados procedimentos” no caso de incumprimentos de decisões europeias por parte de países como a Hungria. “A Hungria tem um país que não quer cumprir as leis da Hungria, pelo menos no tema dos refugiados, a Polónia também não”, refere. “Mas se eu vir que há uma oposição nestes países que querem que eles fiquem na Europa, eles não devem sair da Europa. Eles não têm de sair da Europa, nós temos é de garantir que eles cumprem as regras das Europa. Há muitas pessoas nesses países que dizem que querem democracia e querem estar na Europa.”
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Christian Lindner, do FDP, rejeita a hipótese de haver um ministro das Finanças europeu, como defendeu Emmanuel Macron.
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Katja Kipping responde sobre a possibilidade de haver um exército europeu. “Mais intervenção militar não fará, nem tem feito, este mundo mais seguro. Se tem de haver mais cooperação é no sentido de parar a exportação de armas, não no sentido de comprar mais tanques em conjunto”, diz a líder do Die Linke.
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Jörg Meuthen, da AfD, responde se, na UE, cada país deve escolher se recebe ou não refugiados, e em que quantidades. “Queremos uma Europa de pátrias, que tem uma autonomia forte para cada um dos seus países”, diz o líder da AfD. “Se uma nação diz que quer ter menos refugiados, como nós podíamos fazer na Alemanha, então não deve ter. A União Europeia não devia forçar a Polónia, a República Checa ou a Eslováquia a ter mais refugiados.”
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Agora, perguntas sobre a Europa
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Agora, são exploradas as diferenças entre o FDP e os Verdes, os dois pequenos partidos que podem permitir uma coligação governativa à CDU de Angela Merkel. Um dos moderadores explora as diferenças ideológicas entre o FDP e os Verdes, e pergunta à líder dos ecologistas se ainda assim tem interesse numa coligação: “Não é uma questão de estarmos interessados [numa coligação], é uma questão de sermos levados a sério e sermos responsáveis”.
Katrin Göring-Eckardt não parece estar muito confortável com o tema, e por isso acaba por desviar-se para Martin Schulz, voltando a apelar à sua colaboração. Este, rapidamente, dá-lhe para trás. “Se querem formar esse governo, estão à vontade.”
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Wolfgang Schäuble fica ou sai para dar lugar a ministro do FDP?
Na jiga-joga das coligações, que começou bem antes de as urnas fecharem, cedo se começou a falar de uma possível exigência do FDP à CDU: ter a pasta das finanças, agora nas mãos de Wolfgang Schäuble. Agora, no debate, Lindner, o líder do FDP, rejeita ter essa condição.
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Angela Merkel quer negociar coligações, mas só amanhã
Angela Merkel sublinha a necessidade de haver um “governo estável”, mas deixa negociações para amanhã.
“Ainda não tive nenhuma conversa exploratória. Acabámos de sair todos das nossas sedes de campanha, vamos voltar para lá e vamos dormir sobre o assunto. Depois, espero que nos concedam a possibilidade ter estas conversas exploratórias”, disse Angela Merkel. “Estou certa de que não temos de falar disso hoje à noite.”
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O líder da CSU revolta-se com o facto de o debate estar centrado na AfD. “Não faz sentido!”, disse. “Quero falar sobre os problemas deste país e como podemos resolvê-lo, claro que alguns deles têm a ver com a AfD, mas eles não são o único problema deste país nem o mais decisivo.”
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Schulz sublinha porque quer ser oposição: para não deixar esse papel à AfD
“A nossa tarefa é acabar com o extremismo de direita e para isso precisamos de ter uma oposição forte”, disse Martin Schulz, para aqueles que insistem para que ele apoie Angela Merkel e que, ao não fazê-lo, estará a dar força à AfD. “Imaginem que a AfD liderava a oposição!”
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De novo, os refugiados e a crise de 2015
“Não tenho medo dessa comissão de inquérito parlamentar, mas temos de garantir que ainda temos tempo de debater o futuro”, disse Angela Merkel, sobre a comissão de inquérito no Bundestag sobre a sua decisão de abrir as portas da Alemanha a refugiados em 2015.
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AfD: "Não permitimos racistas e xenófobos no nosso partido"
Jörg Meuthen, continua a dizer que não há racistas no seu partido ou que, pelo menos, eles são minimizados. “Nós amordaçamo-los. Nós não permitimos racistas e xenófobos, não temos gente assim no nosso partido”, disse.
Nesta fase, o debate está tomado pelos partidos mais pequenos da esquerda, que atacam a AfD. Jörg Meuthen defende-se de afirmações passadas, como da vez em que, durante a campanha, disse que a Alemanha devia ter “orgulho” nos soldados da I e da II Guerra Mundial.
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Jörg Meuthen, da AfD, o partido que até agora tem sido o principal alvo dos restantes políticos, garante que não é “racista”.