O FC Porto apresentou esta segunda-feira um empréstimo obrigacionista de 35 milhões de euros, que o administrador Fernando Gomes considerou “seguro”, com ênfase de que o clube “sabe honrar os seus compromissos sem perdões de divida nem de juros”.

A oferta pública de subscrição de obrigações do FC Porto SAD, com uma taxa de juro de 4,75%, a três anos, decorre entre quarta-feira e 1 de junho, mas Fernando Gomes espera, a exemplo de anteriores, que se esgote nos primeiros dias.

O empréstimo obrigacionista “surge da necessidade de o clube estabilizar esta nova época, de não ter sobressaltos financeiros”, uma vez que a próxima será um pouco mais descontraída com os elevados prémios da Liga dos Campeões e com a inscrição nas contas do novo acordo de transmissões televisivas com a MEO.

O administrador da SAD ‘azul e branca’ Fernando Gomes, que falava na apresentação do produto, no Estádio do Dragão, no Porto, espera que este oitavo empréstimo obrigacionista tenha o sucesso dos anteriores, dado que o FC Porto tem sido escrupuloso no cumprimento das suas obrigações financeiras. “O FC Porto respeitou sempre as suas obrigações perante os seus investidores, respeitou sempre as suas obrigações perante a banca, e nunca teve perdões de dívidas, nem de juros”, referiu Fernando Gomes, considerando esta situação de “concorrência desleal”.

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Para o responsável da área financeira do FC Porto SAD, o clube ‘azul e branco’ tem tido “um comportamento normal como cliente da banca” e considera que esse mesmo comportamento deve ser “exigível a todos os restantes competidores e adversários”. “Evidentemente que isto se trata aqui de concorrência desleal, porque uns cumprem, porque é esse o seu princípio e a regra estabelecida na banca e outros beneficiam de situações que tornam esta competição menos justa”, justificou.

Fernando Gomes recordou que a FC Porto SAD “nunca teve caminhos abertos, nem facilidades, e cumpriu sempre como um bom pagador com as suas obrigações para com a banca”, daí estar de “cabeça levantada” a anunciar este novo produto aos pequenos investidores. “Não são os fundos internacionais nem nacionais, nem tão poucos os grandes investidores, que recorrem a esta solicitação do FC Porto perante o mercado”, explicou Fernando Gomes, recordando que o ultimo empréstimo foi subscrito por cerca de quatro mil investidores, à média de nove a 10 mil euros.

“Significa que são as poupanças que estão aqui a apoiar o financiamento do FC Porto. E estão a apoiar porque o produto é bom, com uma taxa de juro de 4,75%, a três anos, num montante que será de 35 milhões de euros”, referiu Fernando Gomes.

O administrador adiantou que o que pode dizer aos investidores é que “é um investimento seguro, com uma boa taxa de juro, face ao mercado, e que o FC Porto sabe honrar sempre os seus compromissos”. “É, perante o mercado, um bom investimento. Desde logo um investimento seguro e de boa razoabilidade em termos de taxa de juro face ao que o mercado oferece. Tem havido em anos anteriores uma elevada procura, muito superior ao valor da oferta, e é isso que esperamos que aconteça”, disse.

Fernando Gomes considerou que este empréstimo obrigacionista surge numa boa altura, em que o FC Porto acaba de ser campeão, e recordou que “até que as coisas estabilizem o clube tem recorrido ao mercado para fazer face a situações de carência financeira, que acontecem sempre por esta altura”. O administrador disse ainda que o clube irá cumprir os pressupostos do ‘fair-play’ financeiro acordado com a UEFA para esta época e que na próxima, dada a conjuntura favorável, já deverá deixar de estar sob a alçada do organismo.