Momentos-chave
- Theresa May: "Acredito com todas as fibras do meu ser que estou a fazer o que é certo"
- Três horas depois, termina sessão de perguntas a May no Parlamento
- Mais uma demissão: secretário de Estado da Justiça
- Dominic Raab, ministro demissionário para o Brexit: "May deve continuar, mas nós temos de mudar o rumo na questão do Brexit"
- Angela Merkel: "Estou feliz que tenhamos dado este passo ontem"
- Deputado conservador pede demissão de May: "É do interesse nacional que ela saia"
- Jean-Claude Juncker: "Não estamos agressivos" contra o Reino Unido, mas saída da UE é "uma tragédia e um erro histórico"
- Theresa May: "Corremos o risco de não haver Brexit", reconhece. Mas recusa novo referendo
- Jeremy Corbyn reage: "Pode a primeira-ministra assegurar que teremos um acordo em 2020?"
- Theresa May já fala perante os deputados
- Cinco demissões: Secretária de Estado para o Brexit, Suella Braverman, e responsável na Educação, Anne-Marie Trevelyan
- Mais uma demissão: Esther McVey, ministra do Trabalho e das Pensões
- Theresa May fala no Parlamento às 10h30
- Libra cai 1% nos minutos a seguir às demissões
- Dominic Raab, ministro para o Brexit, demite-se
Histórico de atualizações
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Este liveblogue termina por aqui. Muito obrigado por nos ter acompanhado durante este dia!
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“Até há pouco tempo, Jacob Rees-Mogg era um deputado pouco conhecido, daqueles que se sentam bem lá atrás e dos quais ninguém dá conta — os chamados backbenchers. O Brexit veio mudar isso tudo”. João Almeida Dias explica quem é o primeiro subscritor da moção de censura à primeira-ministra Theresa May.
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Aqui fica um Especial da Cátia Bruno para ficar a saber como foi o primeiro dia de Theresa May depois do acordo com a União Europeia.
Demissões, ataques e uma rebelião. O primeiro dia de Theresa May depois do acordo para o Brexit
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A próxima a sair?
Entretanto, Penny Mordaunt, ministra do Desenvolvimento Internacional, vai encontrar-se com May. Há rumores de que pode ser a próxima a demitir-se.
Penny Mordaunt just arrived in number ten
— Laura Kuenssberg (@bbclaurak) November 15, 2018
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Conferência de imprensa de May terminou
E assim acabam as respostas da primeira-ministra Theresa May. Qualquer possibilidade de que pudesse convocar um novo referendo ou demitir-se foi afastada: May reforçou tudo o que disse esta manhã na Casa dos Comuns, defendeu o seu acordo e está convicta de que é possível convencer os deputados do seu partido a aceitá-lo.
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Novo referendo? "Não faz sentido", diz primeira-ministra
Surge agora a questão da possibilidade de um segundo referendo. Se a Câmara dos Comuns votar a favor da realização de nova pergunta, May demite-se? “Deixei a minha visão clara aos membros do Parlamento — e creio que a maioria deles tem noção de que demos a voz ao povo, eles decidiram e não faz sentido ter um segundo referendo”, responde. “Vamos sair da UE no dia 29 de março de 2019.”
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“Compreendo que há preocupações com o backstop e eu partilho muitas delas”, reconhece May sobre a questão da união aduneira nacional imposta, se a rede de segurança for ativada. “Não foi uma decisão fácil, ontem tivemos um bom e apaixonado debate sobre isso no Conselho de Ministros — mas acordámos que este é o acordo certo para avançar.”
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Gove para ministro do Brexit? Not yet
“Tive um dia muito ocupado, como devem ter reparado”, responde May quando perguntada sobre a possibilidade de Michael Gove poder substituir Dominic Raab como ministro para o Brexit. “Ainda não nomeei um novo ministro para o Brexit, mas claro que o farei quando for devido”, diz, depois de elogiar o atual ministro do Ambiente.
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Interrogada sobre se está disposta a ver o seu partido partir-se ao meio ao insistir neste acordo, May repete que “o que o país quer que façamos” é “ter foco no facto de as pessoas terem votado para sairmos e em como pode isso ser feito”.
“Os membros do meu partido vão olhar para este acordo e perceber como ele protege os empregos, a segurança e o Reino Unido.”
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P: “Não estará em negação?”, pergunta um jornalista à primeira-ministra sobre a probabilidade de o acordo ser chumbado nos Comuns.
R: “Penso que a maior parte das pessoas que nos está a ouvir vai perceber que este acordo respeita os nossos melhores interesses”, responde Theresa May.
P: “E não é altura de ser sincera e admitir que algumas das coisas que foram prometidas não são possíveis de cumprir?”, perguntou outro repórter.
R: “Esta não é uma negociação simples, estamos perante assuntos complexos”, admite a primeira-ministra. “Mas a solução encontrada respeita os interesses nacionais.”
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"Ainda ninguém propôs um acordo alternativo que respeite o referendo e que não crie uma fronteira entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido"
“Eu estou a fazer o meu trabalho. Quando o acordo chegar à Câmara dos Comuns, os deputados irão fazer o seu trabalho”, simplifica May, sobre a possibilidade de o acordo não ser aprovado no Parlamento. “E devem respeitar a vontade das regiões que os elegeram, naturalmente.”
Questionada sobre a falta de “força e estabilidade” da situação atual, May reforçou que o acordo “defende os interesses nacionais”. “Um facto mantém-se: ainda ninguém propôs um acordo alternativo que respeite o referendo e que não crie uma fronteira entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido.” Admitindo que não é uma situação “confortável”, May reforçou que nenhuma das alternativas propostas impede isso ou “um regresso às fronteiras do passado” que separariam as duas Irlandas.
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Começam as perguntas dos jornalistas
Depois do curto discurso inicial de Theresa May, onde repetiu ideias já referidas pela própria na Câmara dos Comuns esta manhã, os jornalistas são chamados a fazer perguntas nesta conferência de imprensa.
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Theresa May: "Acredito com todas as fibras do meu ser que estou a fazer o que é certo"
Começa a conferência de imprensa de Theresa May.
Servir o público é uma “responsabilidade pesada, especialmente quando a bitola está tão elevada”, começa por dizer Theresa May.
“O meu objetivo foi sempre servir o interesse nacional, não o partidário, nem o meu pessoal”, afirma. Depois deixa uma palavra aos membros demissionários do seu Executivo:”Lamento que eles tenham decidido sair do Governo, mas respeito a decisão deles.”
“Eu acredito com todas as fibras do meu ser que estou a fazer o que é certo”, afirma a primeira-ministra, explicando que esse “certo” é “cumprir o voto do povo britânico, expresso no referendo”. De seguida, May enumera o que crê serem as vantagens do acordo e como ele cumpre os propósitos do referendo, estabelecendo um novo sistema de imigração, novas relações comerciais e uma fronteira não rígida nem entre as Irlandas, nem no mar a separar a Irlanda do Norte do resto do Reino Unido.
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Quer ajudar May a aprovar o acordo no Parlamento? Então tem de convencer muita gente
O Guardian explica bem os diferentes grupos de deputados que podem (ou não) ser persuadidos a apoiar o acordo da primeira-ministra através de um jogo interativo. Dos “Brexit ultras” aos “Nervosos Tories que querem ficar na UE”, são muitos os grupos cujos votos podem ser decisivos. O número mágico é 320.
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Sondagem Sky News: só 14% apoiam acordo de May
Entretanto, a Sky News fez uma sondagem sobre o acordo — e os números não são nada favoráveis à primeira-ministra. 54% dizem preferir que não haja Brexit, 32% preferem uma saída sem acordo e apenas 14% dizem estar a favor da proposta de Theresa May.
New @skydata poll:
Of the three Brexit outcomes Theresa May says are available, would you prefer a) her deal, b) no deal or c) no Brexit?
No Brexit 54%
No deal 32%
Her deal 14%— Ed Conway (@EdConwaySky) November 15, 2018
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Donald Tusk diz que UE está preparada para tudo, até para o caso de "não haver Brexit"
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, este entretanto a fazer uma declaração aos jornalistas onde explicou que a Europa está pronta para qualquer cenário.
“A UE está preparada para um acordo final com o Reino Unido em novembro”, explicou. “Também estamos preparados para um cenário sem acordo, mas mas claro que estamos melhor preparados para um cenário de não-Brexit”.
Terá sido uma atrapalhação com as palavras ou o presidente do Conselho Europeu, anfitrião da cimeira do dia 25, admitiu a possibilidade de o processo ser suspenso?
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Theresa May vai dar conferência de imprensa às 17h00
A primeira-ministra britânica vai dar uma conferência de imprensa esta tarde, às 17h00. Falta pouco menos de uma hora.
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Michael Gove quer ser a chave da crise, mas ainda não sabe que decisão tomar
De acordo com o The Telegraph, o ministro do Ambiente está disposto a tomar uma de duas decisões na sequência de toda esta crise: assumir a pasta do Brexit ou sair do governo e virar costas a Theresa May.
As duas propostas são radicalmente diferentes.
A primeira, a de se tornar ministro do Brexit, não seria de mão beijada. Michael Gove, de acordo com o The Telegraph diz que só aceita ir para o cargo caso a primeira-ministra volte a negociar com Bruxelas e se a cimeira da UE de 25 de novembro, em que os países europeus poderiam aprovar o acordo final, for cancelada.
A segunda é mais simples: Michael Gove demite-se de ministro e provalvemente entra no crescente movimento de oposição a Theresa May no seio do Partido Conservador e do meio pró-Brexit.
Recorde-se que, em 2016, Michael Gove chegou ser, a par de Theresa May, avançado como possível sucessor na liderança do governo britânico após a demissão de David Cameron, que saiu logo após o referendo. No final, Theresa May saiu por cima. Vale a pena recordar a história, bem atribulada, com a contámos na altura.
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Já há quatro cartas de conservadores a pedirem moção de censura contra May
Já há quatro deputados do Partido Conservador a pedir uma moção de censura contra a primeira-ministra, Theresa May — para o processo ir para a frente, são precisas 48 cartas deste tipo.
Desta vez, é Sheryll Murray a fazê-lo. A deputada pró-Brexit apontou os acordos encontrados para as pescas e também a diferenciação da Irlanda do Norte (por razão da fronteira com a Irlanda, que está e continuará n a UE) como as razões para este gesto.
Curiosamente, a deputada Sheryll Murray, um ex-rececionista que representa South East Cornwall desde 2010 na Câmara dos Comuns, tem como fotografia no Twitter um retrato que tirou ao lado da presidente do seu partido e atual primeira-ministra. Pelos vistos, as aparências iludem.
I have lost confidence in the Brexit policy of the Prime Minister and
have therefore written to the Chairman of the 1922 Committee asking for
a vote to take place over her Leadership. pic.twitter.com/dvrJiIAMAC— Sheryll Murray MP (@sheryllmurray) November 15, 2018
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Demissão do vice-presidente do Partido Conservador: por causa do Brexit e de Asia Bibi, a cristã condenada à morte no Paquistão
O vice-presidente do Partido Conservador e enviado do Governo para o Comércio com o Paquistão, Rehman Chisti, junta-se ao grupo de demissionários desta quinta-feira, invocando o acordo para o Brexit. “Teria de defender uma posição que considero contrária ao manifesto que defendi quando concorri a eleições”, diz.
Chisti aproveita também para invocar o caso de Asia Bibi, a cristã condenada à morte (e entretanto libertada) no Paquistão por blasfémia: “Devíamos ter tido convicção nesta matéria e liderado ao oferecer refúgio imediatamente.”
My letter of resignation sent to PM @theresa_may stepping down as Vice Chairman @Conservatives & PM Trade Envoy to Pakistan. 1. Cannot support Draft EU Withdrawal Agreement. 2. Very disappointed by lack of leadership shown by UK Gov to do morally right thing in Asia Bibi Case. pic.twitter.com/hcaxba1hJr
— Rehman Chishti (@Rehman_Chishti) November 15, 2018