Momentos-chave
- Unidas Podemos. "Só temos ouvido desculpas de Pedro Sánchez"
- PP. Abstenção "é uma quimera"
- Rafael Simancas (PSOE): "O bloqueio e o boicote não são legítimos"
- Rei volta a ouvir partidos
- Podemos faz nova proposta em pleno debate: diz que abdica do ministério do trabalho para chegar a acordo
- Sánchez: "Persiste o bloqueio parlamentar"
- PSOE recusa proposta de última hora do Podemos
- Podemos faz nova proposta. Pede a vice-presidência e três ministérios
Histórico de atualizações
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Sánchez vai tentar de novo formar governo
Pedro Sánchez vai voltar a negociar com os partidos da oposição, na tentativa de chegar a um entendimento até setembro, evitando novas eleições. O socialista tinha dito que, caso o seu nome não fosse aprovado esta semana no parlamento espanhol, Espanha seguiria de novo para as urnas. Mas esta noite, em entrevista à Telecinco, convidou PP, Ciudadanos e Podemos “a desbloquear a situação”.
A responsabilidade é tentar formar governo. E a responsabilidade de todos os partidos é viabilizar esse governo. Falarei com todos para evitar novas eleições”, assegurou.
Sánchez diz-se “frustrado”, mas garante que “este não é o fim do caminho”: “É preciso explorar outras possibilidades”.
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Rei de Espanha recebe amanhã Batet
É já amanhã, sexta-feira, que o Rei de Espanha vai receber a presidente do congresso dos deputados, Maritxell Batet depois de a investidura de Pedro Sánchez ter falhado.
Será Batet quem oficialmente comunicará ao monarca o resultado da votação deste quinta-feira.
De acordo com a Constituição, cabe ao Rei fazer sucessivas propostas de candidatos a Presidente do Governo, após consultas individuais aos partidos políticos com assento parlamentar. Se nenhum candidato conseguir garantir a investidura, o rei dissolve as câmaras e convoca novas eleições.
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Sánchez. "Escolho proteger Espanha"
“Se para ser Presidente devo renunciar aos meus princípios e formar um governo sabendo que não será útil ao meu país, escolho proteger Espanha”, escreveu Pedro Sánchez no Twitter, reafirmando o que já tinha dito no Parlamento.
#España ha vencido unida los mayores desafíos y retos, las peores crisis. Y volverá a hacerlo esta vez. Pase lo que pase, España puede contar con el @PSOE para unir a la sociedad, nunca para enfrentarla. Con un #Gobierno coherente y cohesionado.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) July 25, 2019
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O recado de Sánchez de 2016 ao Sánchez de 2019
Está por todo o lado no Twitter. Um post de Pedro Sánchez, de agosto de 2016, quando era bastante claro nas acusações a Mariano Rajoy, altura em que era aquele político espanhol, líder do PP, a procurar apoios que garantissem a sua investidura: “A responsabilidade do senhor Rajoy perder a investidura é exclusiva do senhor Rajoy por não ser capaz de articular uma maioria.”
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José María Mazón apela ao reinício das negociações
O único voto a favor que Sánchez conseguiu para além dos 123 do PSOE foi do único deputado do Partido Regionalista de Cantabria. No final da votação, José María Mazón apelou ao PSOE e ao Unidas Podemos que retomem as negociações o quanto antes.
“As negociações devem recomeçar já esta tarde. Se formos a eleições, prevejo que haverá uma abstenção em bloco dos eleitores de esquerda e isso é perigoso. Acho que é motivo suficiente para se começar a trabalhar já”, defendeu.
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Ciudadanos. Sánchez é parte do problema, não da solução
Tal como o PP, também Inés Arrimadas, do Ciudadanos, elege o adjetivo “embaraçoso” para aquilo a que Espanha, e o mundo, assistiram hoje no congresso, acusando Pedro Sánchez de estar apenas preocupado com o quinhão do país com que irá ficar para si.
“Todos os espanhóis testemunharam o espetáculo de Sánchez e dos seus parceiros: eles acreditam que Espanha é um espólio que podem dividir entre si”, disse a parlamentar.
“Hoje ficou demonstrado que Sánchez não é de fiar nem para os seus parceiros. Ele é parte do problema e não da solução para este país”, acusou.
???? Hoy hemos vuelto a votar #SánchezNO en el @Congreso_Es ante el espectáculo que estamos viviendo.
???? Tras la sesión, @InesArrimadas ha salido para atender a los medios.
???? Te dejamos un resumen a continuación. pic.twitter.com/nNU99eU2ru— Ciudadanos ???????????????? (@CiudadanosCs) July 25, 2019
???? @InesArrimadas "Hoy se ha demostrado que Sánchez no es de fiar ni para sus socios. Es parte del problema y no de la solución de este país" en @CsCongreso
???????? España saldrá adelante. Lo vamos a demostrar. pic.twitter.com/5HKXqw5k6W— Ciudadanos ???????????????? (@CiudadanosCs) July 25, 2019
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Pablo Casado Blanco. "Um espectáculo embaraçoso"
É no Twitter que Pablo Casado Blanco, presidente do Partido Popular, tem estado a reagir ao que aconteceu esta manhã no parlamento espanhol. Acusa Sánchez e os seus “sócios da esquerda radical” de estarem a dar por estes dias “um espetáculo embaraçoso”, depois de um jogo de vaidades, em que mais não fizeram do que bater-se pelo poder.
O presidente do PP culpa Sánchez do falhanço total da investidura, dizendo ser sua a “exclusiva responsabilidade” do sucedido esta manhã.
Sánchez y sus socios de la izquierda radical han dado estos días un espectáculo bochornoso. Han sometido a España a un zoco de vanidades, y aún no sabemos quién ha perdido el regateo del mercado persa de ministerios y vicepresidencias. Una encarnizada lucha de poder… para nada. pic.twitter.com/KQVLCT4rUH
— Pablo Casado Blanco (@pablocasado_) July 25, 2019
Estamos ante la investidura de un gran fracaso, con la exclusiva responsabilidad de Sánchez. Han sido incapaces de pactar para construir, solo se alían para destruir. Es una de las páginas más lamentables de la historia reciente de España. pic.twitter.com/1auX2AOa0O
— Pablo Casado Blanco (@pablocasado_) July 25, 2019
Sánchez tiene una posición más frágil de lo que piensa. Debe elegir entre el centro o el extremo, renunciar a hacer del separatismo un aliado prioritario y del radicalismo un socio preferente. Por el bien de España, tenemos la tarea común de ensanchar espacios de moderación. pic.twitter.com/Cx0MtnFnzJ
— Pablo Casado Blanco (@pablocasado_) July 25, 2019
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Unidas Podemos. "Só temos ouvido desculpas de Pedro Sánchez"
É a vez de ouvirmos a reação do Unidas Podemos, fala Ione Belarra.
“Só temos ouvido desculpas de Pedro Sánchez. Primeiro era que não somávamos maioria absoluta. Depois o problema era na Catalunha, mais tarde vetou Iglésias. A conclusão a que chegamos é que deve deixar de arranjar desculpas e problemas para a criação de um Governo de coligação.”
Ione Belarra diz que da parte do seu partido foram colocadas em cima da mesa todas as facilidades. O mesmo não encontraram do lado de Sánchez. “Temos encontrado um rotundo não. Pensamos que era importante falar de objetivos, de medidas a implementar, e só temos encontrados mais desculpas e propostas vazias, meramente decorativas num Governo socialista.”
Rafael Simancas, do PSOE, já tinha atacado o Unidas podemos pelo uso da expressão decorativa.
“Chegámos à conclusão que Unidas Podemos nunca quis um acordo. Nunca sairão de 2016. Pela segunda vez frustram a possibilidade de que este país tenha um governo progressista. Não é sério, não é razoável rotular de decorativo a competição em torno de uma vice-presidência social, nem de um Ministério da Igualdade. É um insulto apelidá-los de decorativos”, rematou.
????️ "El señor Sánchez no ha cumplido el encargo que le hizo la sociedad española. Ha sido incapaz de llegar a acuerdos, que era lo que le pedía la ciudadanía, y de poder construir un Gobierno de coalición progresista, a pesar de las facilidades que le hemos puesto".@ionebelarra https://t.co/CTpnfkUkd1
— Podemos (@PODEMOS) July 25, 2019
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PP. Abstenção "é uma quimera"
O secretário-geral do PP, Teodoro García Egea, diz que pedir a abstenção do seu partido “é uma quimera” de Sánchez.
▶ @TeoGarciaEgea, tras finalizar la #SesiónDeInvestidura???? Que Sánchez pida nuestra abstención, tras el camino que ha elegido, es una químera.
Vamos a ser el dique de contención frente a un posible Gobierno entre el PSOE y la extrema izquierda. pic.twitter.com/nfFPs6Rlfm
— Partido Popular (@ppopular) July 25, 2019
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Rafael Simancas (PSOE): "O bloqueio e o boicote não são legítimos"
Começam a surgir as primeiras reações, depois do fracasso da investidura de Pedro Sánchez. Pelo PSOE, fala Rafael Simancas.
O bloqueio e o boicote não são legítimos. Os espanhóis não têm hoje o Governo em que votaram e merecem devido à irresponsabilidade da direita e devido à ambição desmedida do Podemos.”
“Chegámos à conclusão que Unidas Podemos nunca quis um acordo. Nunca sairão de 2016. Pela segunda vez frustram a possibilidade de que este país tenha um governo progressista. Não é sério, não é razoável rotular de decorativo a competição em torno de uma vice-presidência social, nem de um Ministério da Igualdade. É um insulto apelidá-los de decorativos”, rematou Simancas.
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PSOE culpa Unidas Podemos pelo falhanço
No Twitter, o PSOE já reagiu ao falhanço da investidura.
A culpa, escreve é do Unidas Podemos que “voltou a impedir um governo progressista e de de esquerdas”.
???? Votan ABSTENCIÓN a:
???? Vivienda.
????♀ Igualdad.
???? Proteger a la Infancia.
???? Agricultura.
???????????????? Derechos Sociales.
???? Cooperación Exterior y Agenda 2030.#UnidasPodemos vuelve a impedir un Gobierno Progresista y de Izquierdas. https://t.co/sL3N2a9Bq8— PSOE (@PSOE) July 25, 2019
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PP: "O caminho que Sánchez escolheu é irreversível"
Se decidir tentar de novo em setembro, Pedro Sánchez terá de continuar a procurar um acordo à esquerda. O PP já fez saber que não equaciona a possibilidade de se abster nessa eventual votação, daqui a dois meses, mantendo o voto contra: “O caminho que Pedro Sánchez escolheu é irreversível”, garantiu Teodoro García Egea.
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Deputados abandonam a sala, depois do fracasso da investidura
DIRECTO #investidura https://t.co/s6VoxYivZn Los diputados abandonan el Congreso tras el fracaso de la investidura pic.twitter.com/OxyUOdI6wq
— EL PAÍS (@el_pais) July 25, 2019
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Rei volta a ouvir partidos
Ao Rei de Espanha caberá voltar a ouvir todos os partidos políticos e mediante as suas posições irá propor a Sánchez (ou, teoricamento, a qualquer outro candidato) que forme governo antes de 23 de setembro ou que se convoquem novas eleições, escreve o jornal El Español.
Essa é a data final para que Sánchez consiga a sua investidura.
#ÚLTIMAHORA | Iglesias tumba la #investidura de Sánchez: o hay #Gobierno antes del 23 de septiembre o #elecciones, nos lo cuentan @martaespartero y @basteiro https://t.co/BSHwGiH6LK
— EL ESPAÑOL (@elespanolcom) July 25, 2019
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Esquerda Unida: "Atirar a toalha ao chão não é opção"
Alberto Garzón, da Esquerda Unida (que faz parte da coligação Unidas Podemos), diz que o resultado é “decepcionante e frustrante”, mas insiste que “atirar a tolha ao chão não é opção”: “Há feridas que têm de cicatrizar e devemos pôr toda a nossa energia em chegar a um acordo progressista”.
Es decepcionante y frustrante. Pero no es una opción tirar la toalla: las heridas tienen que cicatrizar y debemos poner toda la energía en llegar a un acuerdo progresista. De lo contrario aquellas palabras de Estanislao Figueras resonarán en nuestra cabeza de forma imperdonable.
— Alberto Garzón???? (@agarzon) July 25, 2019
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Sánchez falha investidura
Terminou a votação e confirmou o cenário antecipado: com a abstenção do Podemos, Pedro Sánchez não consegue a aprovação do parlamento para formar Governo. O socialistas conseguiu apenas 124 votos a favor — e 156 contra. No total, abstenções foram 66.
Sánchez tem agora um prazo de dois meses para se apresentar de novo à votação do parlamento — algo que tem dito que não quer fazer, preferindo ter novas eleições gerais em novembro.
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O único voto a favor que Sánchez consegue para além dos 123 do PSOE é do único deputado do Partido Regionalista de Cantabria. Antes da votação começar, durante a sua intervenção, José María Mazón disse não ter mudado de ideias. “Nada mudou no meu partido, portanto mantemos o voto a favor.”
E assim foi. Da boca de Mazón saiu um sim quando chegou a sua vez de votar.
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Quando faltam 55 votos, os números indicam 96 ‘sim’ e 140 ‘não’. É previsível que Sánchez consiga apenas 124 votos a favor.
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Eleições ou nova investidura em setembro?
Com o chumbo iminente do governo de Sánchez no parlamento, Espanha pode seguir dois caminhos: em setembro, o socialista pode submeter-se de novo à aprovação dos deputados, numa nova votação da investidura; em alternativa, pode recusar voltar a tentar e seguir diretamente para novas eleições, em novembro. Esta última hipótese tem sido a única admitida por Sánchez, ainda que o líder do PSOE possa ser forçado a mudar de opinião pelo próprio partido, dividido sobre o que deve acontecer.
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Os votos contra continuam muito à frente dos a favor. São agora 75 ‘sim’ e 107 ‘não’. Abstenções são 47.