Um ano depois de se ter mudado para um novo espaço no renovado quarteirão da Real Vinícola, a Orquestra Jazz de Matosinhos volta a abrir as portas ao público para celebrar a mudança. Estreado em abril, no âmbito da exposição “Infinito Vão – 90 anos de Arquitectura Brasileira”, o concerto “Músicas Brasileiras, Músicos Portugueses” conta com curadoria do musicólogo brasileiro Zuza Homem de Mello e tem como convidado o baterista gaúcho Kiko Freitas.

Eis uma viagem ao reportório conhecido da história da música brasileira com arranjos especiais interpretados pelos músicos da Orquestra Jazz de Matosinhos, dirigida por Pedro Guedes. Pixinguinha, António Carlos Jobim, João Bosco, Dorival Caymmi, Moacir Santos e Nelson Ayres são alguns dos compositores que vão ser revisitados ao vivo em temas clássicos como “Carinhoso”, “Corcovado”, “Nanã”, “Linha de Passe”, “Canto prá Nanã” e “Organdi e Gomalina”.

Edificada entre 1897 e 1901, a Real Vinícola foi a primeira unidade industrial de Matosinhos-Sul. Ligado à exportação de vinhos da “Real Vinícola” da “Méneres e & Cia”, este complexo possuía amplos armazéns, uma tanoaria com mecanismos a vapor e até uma ligação privativa ao Porto de Leixões por intermédio de veículos em carris, puxados por animais.

Adquirido pela Câmara Municipal de Matosinhos em 2000, o edifício da Real Vinícola foi classificado como monumento de interesse público e foi alvo de um intenso programa de reabilitação de forma a adequar o edifício às suas novas funções. Desde 2017 a Real Vinícola passou a acolher a sede da Casa da Arquitectura-Centro Português de Arquitectura, o primeiro espaço expositivo português inteiramente dedicado ao estudo, à divulgação e valorização da arquitetura. Com mais de quatro mil metros quadrados, o local alberga o estúdio da Orquestra Jazz de Matosinhos, um restaurante e exposições.

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