Momentos-chave
- Polícia de Hong Kong já disparou armas de fogo por seis vezes
- Mais de 60 feridos, mas número ainda deve aumentar
- Números oficiais: 25 polícias feridos e mais de 180 pessoas detidas
- Mais de 100 detidos
- Número de feridos já vai em 51
- Número de feridos sobe para 31
- Polícia confirma ter baleado jovem de 18 anos
- Ataques a jornalistas levam rádio-televisão de Hong Kong a retirar repórteres das ruas
- Manifestante atingido a tiro é estudante do ensino secundário
- Manifestante atropelado
- Manhã marcada por discurso de Xi e parada militar monumental
- Homem atingido a tiro pela polícia em Hong Kong
Histórico de atualizações
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Terminamos aqui a cobertura de um dia de protestos violentos em Hong Kong. As manifestações provocaram mais de 60 feridos (é provável que os números sejam superiores e venham a ser atualizados esta quarta-feira), entre os quais 25 polícias, e mais de 180 detenções. Um jovem de 18 anos foi baleado pela polícia, após confrontos entre manifestantes e agentes.
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VÍDEO: o momento em que um policia baleou um manifestante
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Mais imagens fortes dos protestos violentos em Hong Kong
Fotografias: Willie Siau/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Polícia de Hong Kong já disparou armas de fogo por seis vezes
A polícia de intervenção de Hong Kong já utilizou armas de fogo em seis momentos durante os protestos desta terça-feira em Hong Kong. A revelação foi feita pelo comissário da polícia local, Stephen Lo, que detalhou que armas de fogo foram utilizadas em Tai Ho Road (onde um manifestante de 18 anos foi baleado), em Mong Kok (por duas vezes, com tiros disparados para o ar), em Sha Tsui Road (por duas vezes) e em Sha Tin Pass Road (uma vez). As autoridades não deram informações sobre como foram utilizadas armas de fogo nas últimas três sequências de disparos (em Sha Tsui Road e Sha Tin Pass Road).
O chefe da polícia local defendeu ainda a legitimidade do disparo de uma bala de arma de fogo na direção do manifestante de 18 anos, que se encontra ferido: foi “legal e razoável”, disse o comissário. “Alguns manifestantes estavam a atacar agentes da polícia e usaram um objeto afiado para atacar um polícia que estava no chão. Quando outros polícias tentaram salvar o colega, os manifestantes atiraram-lhe pedras. Quando um agente sentiu que a vida dos colegas estava em sério risco, disparou uma arma de fogo”.
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Mais de 60 feridos, mas número ainda deve aumentar
Há cerca de duas horas, os números oficiais fornecidos pela Autoridade Hospitalar de Hong Kong — entidade que gere os hospitais públicos e institutos de saúde locais — apontavam para 66 feridos. Atendendo ao avanço dos protestos nas últimas duas horas, é expectável que o número de feridos seja já maior.
Há dois feridos graves, um dos quais um manifestante de 18 anos que foi baleado pela polícia. Existem ainda 25 agentes feridos na sequência dos protestos.
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Em Kwai Chung — onde a tensão subiu após uma série de detenções feitas pela polícia de intervenção —, as forças policiais ergueram há minutos bandeiras negras e laranjas, avisando que se preparam para usar gás lacrimogéneo e sugerindo a quem não for desordeiro e não quiser incorrer no crime de desobediência que abandone o local, até para evitar ser atingido.
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Números oficiais: 25 polícias feridos e mais de 180 pessoas detidas
Em declarações à comunicação social, o comissário da polícia de Hong Kong, Stephen Lo, adiantou números oficiais: 25 polícias feridos na sequência das manifestações e mais de 180 pessoas detidas.
Este foi “um dos dias mais caóticos e violentos da história de Hong Kong”, acrescentou o chefe da polícia local.
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Polícia defende-se e diz que tiro a manifestante de 18 anos foi em auto-defesa
A polícia de Hong Kong garante que o agente que disparou uma arma de fogo na direção de um manifestante de 18 anos fê-lo em autodefesa. Quem o garante é uma fonte (não identificada) da polícia local ao jornal South China Morning Post (SCMP). O SCMP cita ainda um porta-voz das autoridades de Hong Kong que, num vídeo publicado na página de Facebook dos serviços policiais, refere:
[Os manifestantes] continuaram o ataque que fizeram [a agentes], depois de os polícias terem-lhes exigido que parassem. Um agente sentiu que a sua vida estava em sério risco e disparou na direção do atacante, para salvar a sua própria vida e a vida dos seus colegas.”
O SCMP refere que as filmagens do momento mostram um grupo de manifestantes a correr e a encurralar um elemento da polícia de choque num beco, prendendo-o então no chão. Terá sido na sequência desse momento que um agente apontou a arma aos manifestantes. Um dos manifestantes estaria a utilizar uma espécie de barra de metal e tê-la-á utilizado para agredir um polícia. Na sequência disto terá então sido disparada uma arma de fogo na direção de um manifestante.
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Escalada de tensão em Kwai Chung, após série de detenções
Na zona urbana de Kwai Chung, a tensão está a aumentar após uma série de detenções feitas pela polícia de Hong Kong, noticia o jornal South China Morning Post.
De acordo com testemunhas (não identificadas) citadas pelo jornal, a polícia de choque local terá detido onze pessoas e entrado em confrontos com residentes, utilizando inclusivamente gás pimenta. “Os manifestantes, zangados, estão agora a atirar objetos, entre os quais tampas e bocados de caixotes do lixo.
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Os protestos e confrontos em imagens
Fotografias: Chris McGrath/Getty Images
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Alguns grupos locais que representam e defendem direitos de estudantes já apelaram a um boicoto massivo e “urgente” dos jovens às aulas, perante o caso do jovem de 18 anos baleado pela polícia de Hong Kong durante as manifestações.
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Comissário da Polícia vai falar
O comissário da polícia de Hong Kong, Stephen Lo Wai-chung, agendou para daqui a cerca de meia hora um encontro com a imprensa. Ainda não se sabe se vai ler uma declaração ou se responderá também a perguntas. O encontro acontecerá na sede da polícia de Hong Kong, em Wan Chai.
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Polícia dispara gás lacrimogéneo
A polícia Hong Kong disparou gás lacrimogéneo na movimentada zona de Mong Kok, “onde a atmosfera está tensa”, avança o jornal South China Morning Post. Terá existido uma série de três rondas de disparos.
Antes de lançar gás lacrimogéneo, as autoridades “levantaram uma bandeira negra” em aviso, acrescenta o jornal. Os cânticos dos manifestantes que se ouvem naquela zona descreveram o protesto como “a revolução do nosso tempo”.
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Mais de 100 detidos
Uma fonte policial confirmou ao SCMP que haverá mais de 100 detidos em Hong Kong, depois de um dia de protestos.
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Ministro britânico critica uso de balas reais
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, classificou o uso de balas reais por parte da polícia de Hong Kong como sendo uma ação “desproporcional” e que corre o risco de “inflamar a situação”.
“O incidente sublinha a necessidade de diálogo construtivo para responder às preocupações legítimas do povo de Hong Kong”, afirmou Raab, que pediu ainda “contenção” tanto aos manifestantes, como às autoridades.
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Como Hong Kong quis estragar a festa da China
E para perceber em detalhe o que se passou ao longo deste dia de 70.º aniversário da República Popular da China, nada como ver o vídeo que o Luís Vaz Fernandes preparou com imagens do caos nas ruas de Hong Kong e, uma vez mais, o contraste vincado com a parada militar ordeira em Pequim.
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Número de feridos já vai em 51
Nova atualização sobre o número de feridos por parte das autoridades hospitalares. São agora 51, sendo que desses dois estão em estado “crítico” e agora há dois feridos graves. A idade dos feridos vai desde os 11 até aos 75 anos.
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Aministia Internacional pede investigação a caso de adolescente baleado
A Amnistia Internacional de Hong Kong condenou o disparo com munições reais sobre um manifestante e exigiu uma investigação à atuação das forças policiais.
“O facto de um manifestante ter sido baleado é um desenvolvimento alarmante na resposta da polícia aos protestos”, afirmou o diretor Tam Man-kei. “As autoridades de Hong Kong devem lançar uma investigação rápida e eficaz à sequência de eventos que deixou um adolescente a lutar pela vida no hospital.”
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Manifestantes provocam incêndios em entradas de metro
Mais desacatos em Sham Shui Po. Agora os manifestantes pegaram fogo a duas entradas do metro:
At least two Sham Shui Po exits have been set alight. “Close your windows,” protesters yell up to residents. pic.twitter.com/4x4CPyabnY
— Julia Hollingsworth (@juliaholli) October 1, 2019
Os manifestantes concentram-se naquela local, onde há uma faixa que diz “Quando a ditadura é um facto, a revolução torna-se um dever”, segundo conta o The Guardian.
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Edifícios governamentais vandalizados em Sham Shui Po
Em Sham Shui Po, os ânimos permanecem exaltados. Alguns manifestantes vandalizaram edifícios governamentais naquela zona com recurso a cocktails molotov. O ataque provocou um incêndio e já há bombeiros no local.
Pouco antes, a CNN avisava que o ambiente em Sham Shui Po estava de cortar à faca. “Alguns dos manifestantes parecem estar prontos para a luta”, descreveu a cadeia norte-americana. “Sente-se o cheiro de borracha queimada no ar e ouve-se o constante tocar das sirenes dos edifícios governamentais, aos quais eles atiram pedras.”