Histórico de atualizações
  • Com a confirmação de que Boris Johnson vai, afinal, pedir a extensão do prazo, encerramos este liveblog. A Cátia Bruno faz o resumo do dia — e de mais um capítulo na longa história do Brexit — aqui:

    Derrotado, Boris cede sem ceder: pede adiamento “forçado”, mas avisa que não o quer

    Obrigada por nos ter acompanhado!

  • Boris Johnson vai enviar carta a Donald Tusk

    Boris Johnson vai mesmo pedir o adiamento formal do Brexit à Comissão Europeia, mas deixará claro que não é esse o resultado que pretende. A informação foi confirmada à Sky News por uma fonte do Governo, que fala num primeiro-ministro “destemido” face a um pedido de extensão que não quer — e que, portanto, irá deixar claro que é pedido apenas por ser obrigado por lei e pelo parlamento a fazê-lo.

    À mesma cadeia de televisão foi confirmado, por uma fonte europeia, que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, foi avisado de que irá receber a carta a pedir o adiamento ainda hoje. “Com essa base, Tusk irá começar a consultar os líderes europeus sobre como reagir. Isto poderá demorar alguns dias”, avisou a mesma fonte.

  • O humor britânico na manifestação contra o Brexit

    Os manifestantes da campanha People’s Vote (O Voto do Povo) foram bastante criativos nos cartazes. Recorrendo ao humor e a referências cinéfilas e musicais, os protestantes pró-europeus quiseram censurar não só o rumo escolhido pela classe política britânica, como também a gestão do primeiro-ministro Boris Johnson.

    Houve até quem se mascarasse de super-herói, uma espécie de Capitão Europa, para lutar contra o Brexit e levar o Reino Unido a permanecer na União Europeia.

    E quem tivesse visitado o Planeta Brexit no futuro e tivesse feito questão de regressar para dizer aos restantes britânicos: “É terrível”

  • Centenas de milhares exigem em Londres um segundo referendo

    Centenas de milhares de pessoas de todo o Reino Unido concentraram-se este sábado em Londres numa marcha a favor de um segundo referendo sobre o Brexit. Organizada pelos ativistas da campanha People’s Vote, que exige desde 2018 a convocação de uma nova consulta popular sobre o acordo final do Brexit e na qual seja possível decidir se os britânicos querem permanecer na União Europeia ou sair sem acordo, a manifestação foi encabeçada por diversas figuras públicas como o mayor de Londres, Sadiq Khan, e o actor Patrick Stewart. A manifestação contou ainda com a participação de figuras como o escritor John Le Carré.

    A manifestação contou ainda com o apoio de diversas associações independentes pró-europeus, como a Open Britan, European Movement UK, Our Future Our Choice e Wales For Europe e terá tido a adesão, segundo os organizadores, de 1 milhão de pessoas nas ruas da capital do Reino Unido. Diversos media britânicos descreveram mesmo a marcha como um “supersábado”.

    O protesto decorreu no mesmo dia em que a Câmara dos Comuns aprovou (322 votos a favor e 306 votos contra) um adiamento do Brexit até ser aprovada no Parlamento Britânico a legislação que vai regulamentar o acordo de saída do Reino Unido.

  • E agora?

    Com a decisão de hoje, mantém-se a incerteza: Boris Johnson diz que não pede o adiamento, mas garante que vai cumprir o Brexit e com este acordo. Afinal, quando é que o Reino Unido sai da União Europeia? A Cátia Bruno explica o que pode acontecer, no meio de todas as dúvidas.

    Derrotado, Boris cede sem ceder: pede adiamento “forçado”, mas avisa que não o quer

  • Primeiro-ministro da Irlanda: "Ainda não foi pedido qualquer adiamento"

    O primeiro-ministro da Irlanda reagiu à decisão do parlamento britânico no Twitter. Leo Varadkar diz que, até ao momento, não foi pedida qualquer extensão e que um eventual adiamento do Brexit dependerá da opinião unânime de todos os Estados-membros.

  • Parlamento Europeu analisa situação do Brexit na segunda-feira

    O grupo diretor do Parlamento Europeu (PE) para o Brexit vai analisar na segunda-feira a aprovação, pela Câmara dos Comuns, de uma proposta para um adiamento do Brexit, indicou hoje Guy Verhofstadt.

    A informação foi avançada pelo coordenador da assembleia europeia para o Brexit numa publicação na sua conta na rede social Twitter, na qual também defende que, “independentemente daquilo que acontecer a seguir”, as manifestações de hoje junto do parlamento britânico demonstram “quão importante é uma parceria futura próxima entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido”.

    Verhofstadt referia-se aos milhares de pessoas que se concentraram hoje no centro de Londres, junto à Câmara dos Comuns, para pedir que o Reino Unido não saísse do bloco comunitário.

  • A sessão no parlamento — histórica, por ter acontecido a um sábado — também já terminou. Jacob Rees-Mogg ainda admitiu a possibilidade de a moção para a aprovação do acordo do Governo voltar a ser apresentada na segunda-feira, mas a intenção, segundo o The Guardian, foi travada pelo speaker John Bercow.

  • Conservadores confirmam que Boris Johnson não vai pedir adiamento do Brexit

    No Twitter, o Partido Conservador veio confirmar que o primeiro-ministro não vai pedir à União Europeia uma extensão do prazo para o Brexit.

    “O PM não vai pedir um adiamento — ele vai dizer aos líderes da UE que não deve haver mais adiamentos e que devemos cumprir o Brexit no dia 31 de outubro com o nosso novo acordo para que o país possa avançar.”

  • UE aguarda comunicação do Governo britânico sobre "próximos passos"

    Perante o adiamento da votação do acordo, a UE já espera informações do Governo britânico sobre o que tenciona fazer. No Twitter, a porta-voz da Comissão Europeia diz que a Comissão tomou nota da decisão e que agora cabe a Boris Johnson comunicar quais serão “os próximos passos”, o mais rapidamente possível.

  • Manifestantes anti-Brexit festejam adiamento da votação

    A aprovação da emenda Letwin foi festejada no centro de Londres pelos milhares de britânicos que participam na marcha por um segundo referendo.

    https://twitter.com/aamnamohdin/status/1185557130734133248

  • Corbyn: "O primeiro-ministro tem de cumprir a lei"

    Na reação, o líder do Partido Trabalhista acusou Boris Johnson de querer violar a lei Benn, que definiu que o Governo teria de pedir uma extensão do prazo para o Brexit, caso não conseguisse aprovar o acordo este sábado: “O primeiro-ministro tem de cumprir a lei”, concluiu Jeremy Corbyn.

    Também o SNP sublinhou a intenção de Johnson de ignorar a lei Benn. Ian Blackford pediu mesmo ajuda ao speaker da Câmara dos Comuns, John Bercow, para saber o que poderia ser feito para obrigar Boris Johnson “a cumprir a lei”.

  • Boris Johnson recusa pedir adiamento — "nem a lei me obriga"

    Boris Johnson recusa pedir uma extensão do prazo para o Brexit, apesar de o parlamento ter aprovado uma emenda que o força a fazê-lo.

    Eu não vou negociar um adiamento com a UE, nem a lei me obriga”, garantiu.

    Pelo contrário, o Governo vai voltar ao parlamento na próxima semana para aprovar toda a legislação necessária para a saída da UE e depois submeter de novo o acordo a votação. “Foi por muito pouco”, sublinhou Boris Johnson, dizendo acreditar que na próxima votação o acordo será aprovado.

  • Emenda Letwin aprovada. Parlamento força Boris Johnson a pedir adiamento do Brexit

    Deputados aprovaram a emenda Letwin. Parlamento adia a votação do acordo e força Boris Johnson a pedir extensão do prazo para o Brexit.

    SIM: 322 deputados
    NÃO: 306 deputados

  • Deputados começam a votar emenda que pode forçar adiamento do Brexit.

  • Governo adia votação do acordo para terça-feira se emenda Letwin for aprovada

    Fonte de Downing Street, citada pela Sky News, confirma que o Governo vai retirar a moção para a aprovação do acordo, caso a emenda apresentada por Oliver Letwin seja aprovada esta tarde. A decisão será a de voltar ao parlamento na terça-feira para uma nova tentativa de votação.

  • Bercow acelera trabalhos no parlamento. Votação na próxima hora

    As primeiras votações — das emendas à moção do Governo — poderão acontecer durante a próxima hora. O speaker da Câmara dos Comuns, John Bercow, decidiu, entretanto, acelerar os trabalhos, encurtando o tempo dado a cada deputado: começou com cinco minutos por intervenção, mas está agora nos três minutos por deputado.

    Já se sabe que o mais provável é que, caso a emenda Letwin seja aprovada, forçando um pedido de adiamento do Brexit à UE, o Governo retire a moção para a aprovação do acordo, fazendo com que o texto nem sequer seja votado.

  • Milhares de pessoas que estão contra o Brexit começaram, entretanto, a concentrar-se no centro de Londres a pedir para que o Reino Unido permanece na UE. As pessoas, que enchem várias ruas da capital, estão a convergir para a Praça do Parlamento britânico, local onde se encontram os deputados a discutir os planos e a data de aplicação do Brexit apresentados pelo primeiro-ministro conservador Boris Johnson.

    Segundo a Associated Press (AP), são muitos os cartazes que se veem nas ruas a pedir a suspensão do processo do Brexit, que começou com um referendo realizado em 2016 e no qual os eleitores britânicos apoiaram a retirada da Grã-Bretanha dos 28 Estados-membros da UE.

    (Agência Lusa)

  • Theresa May: "Tenho uma sensação clara de déjà vu"

    A ex-primeira-ministra tomou a palavra para sair em defesa do acordo de Boris Johnson. Num desabafo que arrancou gargalhadas de todas as bancadas, Theresa May falou numa “sensação clara de déjà vu” e avisou que vai rebelar-se “contra todos o que não querem cumprir o Brexit”: “Os olhos do mundo estão sobre nós e todos os membros desta Câmara têm uma responsabilidade na decisão que vão tomar no interesse dos seus eleitores. A decisão que vamos tomar hoje vai definir também o futuro da nossa política. Temos de tomar uma decisão-chave: Queremos cumprir o Brexit e o resultado do referendo?”.

    May insistiu num ponto: quem não quer uma saída sem acordo tem de aprovar um acordo. E alertou os deputados para as consequências de não cumprir a decisão tomada pela maioria dos britânicos em 2016:

    Quando esta casa decidiu, por maioria, dar a palavra ao povo, em 2016, queria mesmo fazer isso? A resposta só pode ser sim, nós queremos isso. Sim, nós queremos cumprir o Brexit. Sim, nós respeitamos o povo britânico. Porque, se não estávamos mesmo a falar a sério, somos culpados de enganar os britânicos.”

    A declaração foi, ironicamente, muito aplaudida por deputados conservadores que sempre recusaram apoiar os acordos apresentados por Theresa May, acabando por levar à sua demissão do Governo e da liderança do partido.

  • SNP insiste em emenda para convocar eleições: "A Escócia é uma nação europeia e não vai sair da UE".

    Ian Blackford, do SNP, está a fazer uma declaração longa e especialmente dura para o Governo de Boris Johnson, mas também para o Labour — que acusa de ainda não ter sido claro quando à posição de todos os seus deputados. O escocês quer saber se Jeremy Corbyn vai permite que algum deputado trabalhista “passe um cheque em branco” a um “acordo tóxico”.

    A emenda proposta por Blackford obriga a um pedido de adiamento do Brexit até janeiro de 2020 para que sejam convocadas eleições. “É preciso assegurar uma extensão, convocar eleições e deitar este Governo abaixo”, diz.

    O SNP insiste que a Escócia votou para permanecer na UE e que “não voltará a ser ignorada”: “Os escoceses agora sabem muito bem que nunca, mas nunca mais devem confiar num torie”.

1 de 3