Ia a primeira metade do concerto a meio quando começaram a ser projetadas nos ecrãs gigantes fotografias dos Pink Floyd em início de carreira. Syd Barrett era o mais fotogénico, aquele cuja beleza tinha qualquer coisa de fazer prender o olhar. Estava também Roger Waters, alto, de feições mais abruptas, o cabelo negro e escorrido. A corte, entrou um plano de Waters com o cabelo grisalho, com os traços do rosto suavizados pela idade. Estava a ser captado em direto por uma câmara a circular junto ao palco. Passado e presente sobrepuseram-se nesta homenagem que Waters teve necessidade de fazer ontem ao colega e amigo (e igualmente fundador e dissidente da banda) no primeiro de dois concertos de Waters em Lisboa, integrados naquela que se assume como a digressão de despedida do músico e ativista de 79 anos, a “This Is Not a Drill Tour” (Isto Não é uma Simulação).

Cantava-lhe, a Barrett, “Wish You Were Here”:

“Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
Did you exchange
A walk-on part in a war
For a lead role in a cage?”

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