Bella Ramsey é uma das atrizes em maior destaque em todo o mundo desde a estreia da série “The Last of Us”, a adaptação da HBO do videojogo pós-apocalíptico, onde contracena com o ator Pedro Pascal. Apesar do sucesso, nem sempre foi fácil para a atriz não-binária conseguir trabalho na representação.

Com apenas 19 anos, Bella Ramsey interpreta Ellie, uma das personagens principais daquela que é considerada a melhor adaptação de um videojogo e que, apenas em três meses e com nove episódios, se tornou um sucesso mundial.

No entanto, antes de a fama ter chegado, Bella teve dificuldades em conseguir trabalho enquanto jovem atriz devido à sua aparência. Numa entrevista a Kevin McCarthy, repórter de entretenimento do canal Fox 5, Bella revelou como foi o início da sua carreira.

“Numa das minhas primeiras audições, disseram-me que o realizador tinha realmente gostado de mim mas que eu não tinha conseguido o papel porque não tinha o ‘visual de Hollywood’”, confessa num vídeo partilhado no Twitter. “É algo que sempre achei muito interessante”, comenta.

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Esta não foi a primeira vez que a atriz ouviu comentários preconceituosos sobre a sua aparência. Numa entrevista à GQ, Bella revelou como foi “assombrada” depois de ter sido anunciado que ia fazer parte do elenco de “The Last of Us”.

Nas redes sociais, os fãs do videojogo pediam-lhe que desistisse do papel mesmo antes das gravações começarem por acharem que as suas semelhanças com a versão original de Ellie não eram suficientemente boas.

Bella contou como rapidamente se tornou um vício ler os comentários de ódio sobre o seu visual: “Procuras por um comentário que seja mais doloroso que o último, eu própria me iludi de que estava a fazer aquilo por brincadeira”, explicou a atriz. “Quem me dera poder dizer que já era confiante o suficiente para aquilo não me ter afetado de alguma forma, mas afetou”, confesssou.

Bella Ramsey começou a sua carreira como atriz aos 11 anos quando passou a fazer parte do elenco da série “The Game of Thrones”, série na qual interpretou o papel de Lyanna Mormont.

Em janeiro deste ano, revelou ao The New York Times que se identifica com o género não-binário e que não se importa com o pronome que utilizam para se referirem a si. “Acho que o meu género sempre foi muito fluído. Alguém me chamava ‘ela’ ou ‘ele’ e eu nem pensava nisso, mas eu sabia que se me chamassem por ‘ele’ era um bocadinho entusiasmante”, contou.