A Associação SOS Quinta dos Ingleses apresentou uma queixa à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a Câmara Municipal de Cascais com base em dúvidas quanto à legalidade da construção do novo hotel Hilton na estrada marginal, na Parede.
Entre os visados estão o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, o vice-presidente Miguel Pinto Luz, dois vereadores e a empresa que comprou o terreno. Segundo a RTP, a autarquia vendeu, numa das áreas mais caras da linha de Cascais, mais de 800m2 de terreno por menos de 313 mil euros, numa zona ameaçada pelo mar.
A PGR informou que a queixa deu origem a um inquérito em fase de investigação sujeito a segredo de justiça. Contactado pelo canal de televisão, o município de Cascais não prestou declarações sobre o assunto. Miguel Pinto Luz, numa conferência de imprensa esta quarta-feira, também se recusou a falar sobre o tema, garantindo não ter conhecimento da questão.
No Facebook, a associação ambientalista confirmou que apresentou uma queixa-crime contra a Câmara Municipal de Cascais relativa à construção do empreendimento turístico do Hilton, que se localiza junto ao mar, a escassos metros da praia de Carcavelos, uma zona apontada na reportagem como vulnerável em caso de fenómenos meteorológicos e/ou sísmicos, “no seguimento de várias queixas e pedidos por parte de cidadãos”.