Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • António Costa dedica o dia de terça-feira ao distrito de Viseu, mas só arrancará mais tarde por participar de manhã no fórum da TSF. Nós por cá voltaremos logo de manhã para lhe dar todas as informações sobre a campanha eleitoral. Até amanhã.

  • Costa responde a Passos: "O PS não vai cortar" nas prestações sociais

    Desde o debate nas três rádios que António Costa tinha uma sombra a pairar: o facto de não ter explicado onde ia buscar os 1020 milhões (em quatro anos) ao colocar condição de recursos nas prestações sociais não contributivas. Costa continua sem dizer onde, mas garante que não vão haver mais cortes: “Que não haja mais mentiras. O PS não só não vai cortar o rendimento a niguém como vai devolver o rendimento que é devido àqueles que foram as vítimas da austeridade deste governo. E não vai permitir que haja novas vítimas com novos cortes que este governo quer fazer, com os cortes nas prestações sociais”, disse.

  • As galinhas, os coelhos e o dia em que Costa saltou e Sócrates também por lá 'andou'

    Foi na terra de Passos Coelho que António Costa teve até agora o maior comício da campanha. Carregou nos adjetivos aos adversários num dia em que a voz lhe começou a falhar, mas em que lhe pediram para saltar… e saltou. E saltou também nas palavras que é como quem diz, acentuou os adjetivos com que qualifica Passos Coelho e Paulo Portas. Num discurso sobretudo virado para a Segurança Social e para as diferenças no Estado social para a política de direita, Costa devolveu a Portas a acusação de que há “ultraliberais” a aterrar no Rato.

    Da educação à saúde, passando e acentuando sobretudo nas pensões, o candidato a primeiro-ministro acusou este Governo de querer fazer agora o que nenhum outro fez: “Já tivemos governos PS e governos PSD e nenhum tinha posto em causa estas ieias fundamentais. Foi preciso chegar esta geração de radicais ultra-liberais à liderança do PSD e do CDS paraquererem romper com aquilo que são as bases fundadoras do Estado social”.

    Depois voltou a insistir na ideia sobretudo da Segurança Social dizendo que Passos e Portas querem “vir agora privatizar parte da receita da Segurança Social para entregar aos fundos privados e à especulação financeira”. Já antes tinha aproveitado a expressão do dia- “lapso”, por causa do engano de Passos Coelho sobre o FMI – para dizer que com o PS não vai haver cortes: “É mais um dos seus lapsos. Não é verdade que não tenham de cortado os benefícios a quem tem menos rendimentos. Foram cortados a 170 mil idosos que recebiam Complemento Solidário para Idosos”.

    Para o fim, uma palavra para as empresas. Disse Costa que quer devolver os rendimentos às famílias e às empresas, mas que fará o contrário deste Governo que não avança com o Banco do Fomento: “Já tivemos um banco mau, já tivemos um banco bom, só não temos um banco do fomento que não ata nem desata e as empresas continuam a não ter acesso financiamento”

    E o nome de Sócrates apareceu

    O líder socialista começou por fazer um discurso a elogiar o amigo Ascenso Simões, cabeça de lista por Vila Real e ex-diretor de campanha do PS, que por sua vez foi o primeiro nesta campanha a dizer o nome de José Sócrates. Fê-lo, juntando-o ao de António Guterres, para dizer que “foi neste tempo de Guterres e de Sócrates que o nosso distrito mais investimento teve, que conseguiu ligar-nos ao litoral e ter melhores condições de vida”. “Não nos esqueçamos de quem nos ajudou(…). Estão sempre presentes na nossas lutas e nos nossos corações”, finalizou.

    Ascenso enumerou as três prioridades para o distrito, acabar com a emigração, melhor as respostas de saúde e depois ajudar a desenvolver a agricultura. E foi aí que lançou a boca da noite: “Queremos continuar a ter as nossas galinhas e os nossos coelhos, mesmo que o coelho não nos ligue nenhuma”, fechou.

  • Santos Silva apelida Passos de "lapsista" e pede voto no PS para "acabar com as cegarregas das aldrabices"

    Augusto Santos Silva chegou à campanha do PS e fê-la agitar-se. Num discurso inflamado, o ex-ministro acusou Passos Coelho de ser “um lapsista”, no sentido em que é um “especialista em lapsos” e foi mais longe dizendo mesmo que o que tem sido dito pelo primeiro-ministro “cheira a aldrabice”. Por isso, apelou ao voto no PS, para “que se acabe com as cegarregas das aldrabices” e se “passe uma guia de marcha” ao Governo.

    Foi na casa de Passos Coelho, que é como quem diz a cidade de Vila Real, que o PS trouxe para o terreno a primeira figura do partido. E Santos Silva não faltou à chamada da inflamação da campanha. Santos Silva referia-se ao facto de o primeiro-ministro ter dito que ia antecipar o pagamento ao Fundo Monetário Internacional.

    Orgulha-se, nas suas palavras, de ir antecipar em 5 mil milhões de euros agora em outubro o pagamento da dívida dos 78 mil milhões pedidos em 2011. E diz ele: é assim que se faz, antecipa-se o pagamento para pagar menos. Não passou sequer uma hora para que o seu gabinete viesse dizer que o senhor primeiro-ministro enganou-se, baralhou-se. (…) É um verdadeiro lapsista. É um especialista em lapsos”.

    Além deste aspecto, Santos Silva lembrou que de acordo com números de dívida que saíram esta segunda-feira, esta não parou de aumentar. E deixou a pergunta: “Como é? Cortam-se salários, pensões, sobem-se os impostos, sobe-se o IVA, o IVA da eletricidade, cortam-se apoios sociais, retira-se o CSI e no fim a dívida aumenta? Então que governo é este? Este bando de incompetentes tem de ser posto na rua“, rematou.

    Perante os números, sintetizou: “São tantos lapsos que para nós que somos do norte cheira mais a aldrabice do que a simples erro”.

    Santos Silva não parou de carregar no acelerador e lembrou o tema mais debatido nesta campanha: as visões diferentes para a Segurança Social. Ora para o ex-ministro, “o lapsista Passos Coelho não tem emenda” e o que quer fazer não é “isentar os mais pobres. [É isentar] os mais ricos, é isso que quer dizer aquele palavrão”.

    Santos Silva lembrou ainda as privatizações para no fim pedir o voto de todos, dos “democratas cristãos” que já não se revêem noutro partido que não no PS e também ao “eleitorado central, que preza a estabilidade do país, e Portugal no euro”. O objetivo: “É com o PS que se acabam os lapsos. É com o PS que se acabam as cegarregas das aldrabices”.

  • Portas lembra que o Costa comentador defendia a viabilização de orçamentos - "e está no youtube"

    Paulo Portas continua a assumir-se como o responsável da coligação para atacar António Costa em todas as suas intervenções. Desta vez, em Faro, resolveu embrulhar as várias “inconstâncias” que diz estarem a caracterizar o discurso do socialista e terminou com uma tirada que trazia no papel: uma citação de Costa enquanto comentador da Quadratura do Círculo, em outubro de 2011, onde defendia que a viabilização de orçamentos para oferecer condições de governabilidade. Um discurso totalmente diferente do agora adoptado pelo líder do PS.

    “Já todos percebemos uma grande inconstância nas posições que assume o dr. António Costa. Um dia é pela estabilidade fiscal, outro dia diz que interrompe a reforma do IRC. Um dia diz que nao corta pensões, noutro dia descobrem-se 1020 milhões que se preparam para poupar com cortes em prestações sociais. Um dia é contra diz que é pela liberdade dos mais fracos, noutro dia posiciona-se em favor dos mais fortes, mostrando que quer que o Estado continue a responsabilizar-se por pensões de 4 mil ou 5 mil euros, quando a maioria dos portugueses está abaixo dos 1000 euros”, disse.

    Mas a cereja no topo do bolo, para Portas, é o “radicalismo” de dizer que não viabiliza um Orçamento que não conhece, já que está a “desperdiçar a oportunidade” de melhorar o documento com propostas próprias. E a esse propósito, o líder do CDS recordou uma intervenção de António Costa enquanto comentador político na SIC Notícias.

    “Sabem o que dizia o doutor António Costa comentador, antes de ser secretário-geral do PS? Eu vou passar a citar. Aspas: ‘A ideia é que – para haver as condições de governabilidade em Portugal, acho que a existência de blocos centrais não são saudáveis. E Portanto o PS e o PSD devem-se oferecer condições reciprocas de governabilidade, por sistema abstendo-se em instrumentos fundamentais da governação“, afirmou. Ou seja, Costa defendia a viabilização de orçamentos para bem da governabilidade. Isto foi a 3 de outubro de 2011, e caso alguém quisesse ir confirmar, Portas acrescentou – “e está no youtube”.

  • António Costa está esta noite em Vila Real, distrito de Passos Coelho. E chamou para o palanque alguns pesos pesados do partido como Augusto Santos Silva. Discursa também Ascenso Simões, cabeça-de-lista pelo distrito.

    O presidente da Câmara de Vila Real foi o primeiro a discursar e começou ao ataque ao “Pedro e Paulo” que fizeram o país “em quatro anos andar décadas para o passado”. Passos Coelho foi eleito pelo distrito de Vila Real e deixou a pergunta: “O que temos a agradecer a esse deputado eleito pela região? Zero, zero, zero”. “Já chega das mesmas políticas. Os mesmos conpromissos que em conjunto com Paulo Portas, seu cúmplice, atirou para o lixo mal chegou ao governo”.

  • Passos: "Quando tenho lapsos corrijo-os sem nenhum problema"

    É o mea culpa de Passos, depois de, esta segunda-feira, ter anunciado um reembolso de 5,4 milhões de euros ao FMI no próximo dia 15, que era afinal um reembolso de obrigações do tesouro a investidores privados há muito previsto. Falando para uma plateia de militantes em Faro, Passos assumiu a gaffe da hora do almoço:

    “Hoje ao almoço, por lapso, disse que iamos agora em outubro pagar mais 5.400 milhões de euros antecipados ao FMI. E eu quando tenho lapsos corrijo-os sem nenhum problema”, disse.

    E contornou o lapso, procurando sair por cima: “Não foram 5,4 mil milhões, foram mais de 8 mil milhões de euros que já reembolsámos desde o início do ano”, afirmou, entre aplausos, contabilizando o montante total já reembolsado ao FMI. E já agora, outra emenda, o valor do empréstimo da troika a Portugal não foi de 78 mil milhões de euros, porque na verdade o Governo “prescindiu da última tranche”.

    E agora a correção: “A 15 de outubro, vamos de facto pagar 5,4 mil milhões de euros, mas não é ao FMI, são Obrigações do Tesouro” que vão ser reembolsadas a investidores privados e que, sublinhou, foram contraídas há dez anos pelo PS.

  • Outra sondagem o mesmo resultado: coligação à frente do PS

    Já no estudo da RTP, realizado pela Universidade Católica, a PàF surge com 40% e o PS 35%. Também esta sondagem parece confirmar a tendência: PS a descer nas intenções de voto e a coligação a recuperar terreno.

    A CDU aparece também na terceira posição, com 8% das intenções de voto e o Bloco de Esquerda logo atrás com 7%. Neste caso, a margem é também de 3,6%, num estudo com 738 entrevistas e uma taxa de resposta de 71%.

  • Sondagem. Passos e Portas à frente de António Costa

    Mais uma sondagem, mais uma vez Passos e Portas à frente de António Costa. O estudo da Intercampus para a TVI, TSF e Público, divulgado há instantes, dá três pontos de vantagem à coligação PSD/CDS, que surge com 40,01% das intenções de voto, contra 37,1% do PS.

    A CDU é a terceira força política, com 6,3%, seguida do Bloco de Esquerda, com 4%.

  • Uma campanha longe da rua

    Se às portas da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve havia manifestação, com música e barulho de tambores, contra os cortes do financiamento no ensino artístico, dentro do pátio da Escola a música é outra. Com um animador a cantar variadas músicas populares, o recinto enche-se de comida, bebida, música e bandeiras da coligação Portugal à Frente enquanto se espera a chegada de Passos Coelho e Paulo Portas que, mais uma vez, vão estar num recinto fechado só para militantes dos dois partidos.

    As ações de campanha da coligação no centro e sul, de resto, têm passado muito pouco pela rua e pelo contacto com a população, e muito mais pelos almoços e jantares com as comunidades distritais de militantes. Esta tarde a comitiva visitou uma estufa de frutos vermelhos em Tavira e, de manhã, um complexo de produção de azeite em Beja. Sempre longe do centro das cidades.

    Desde o arranque da campanha oficial neste fim de semana, a rota tem sido essa: visitar o Portugal rural, entre vinhas, campos de milho, lagares de azeite ou produções de tomate para falar de exportações e da agricultura, um setor que Portas não se cansa de dizer que é o setor esquecido do PS. De Santarém aos arredores de Lisboa, descendo depois para o Alentejo e para o Algarve, na manga Passos e Portas levam o trunfo da taxa de execução de 100% dos fundos do PRODER e exibem o trabalho da ministra Assunção Cristas, contrapondo sempre com o ex-ministro socialista Jaime Silva.

    As tradicionais arruadas de campanha, onde os candidatos falam aos populares, têm sido tímidas nestes primeiros dias e por vezes não constam da agenda diária fornecida à comunicação social. No domingo, numa Sintra cheia de turistas, Passos e Portas andaram breves metros em direção a um tradicional café de travesseiros e queijadas, mas foi mais o tempo que permaneceram lá dentro (e onde não podiam entrar populares) do que o tempo que circularam nas estreitas ruas.

    Amanhã é o último dia na zona centro, no distrito de Setúbal. Depois, a caravana segue para norte.

  • Jerónimo salienta rejeição pelos gregos dos responsáveis pela crise social

    O secretário-geral do PCP sublinhou hoje que os gregos preferiram rejeitar os partidos responsáveis historicamente pela atual crise económico-social nas eleições de domingo, apesar dos sacrifícios que têm pela frente. “Mesmo naquelas condições, sabendo das hesitações, da falta de coragem do Governo grego aquando do confronto com a chantagem da União Europeia, há uma leitura política que é a de que o povo grego voltou a penalizar aqueles que têm responsabilidades históricas pela situação em que se encontram”, disse Jerónimo de Sousa, à margem de uma ação de campanha eleitoral, numa exploração agropecuária de leite, em Coimbra.

    Nas eleições legislativas antecipadas, realizadas domingo na Grécia, o partido de esquerda Syriza, de Alexis Tsipras, conquistou 35,47% dos votos, com base em 38,63% do escrutínio, e anunciou que irá aliar-se novamente com o partido nacionalista dos Gregos Independentes (Anel) de Panos Kammenos, para formar um Governo de coligação.

    “Estando sujeito como está a estas medidas anunciadas no chamado terceiro resgate, o povo grego vai ter uma vida muito difícil, mas a resposta eleitoral foi: ‘esses do passado, responsáveis pela situação, não!'”, afirmou o líder da Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e “Os Verdes”.

    Lusa

  • Protestos às portas da coligação em Faro contra os cortes no financiamento do ensino artístico

    Mais uma manifestação à espera de Passos e Portas. Desta vez em Faro, um grupo de manifesta-se contra os cortes no financiamento do ensino articulado. Gritam “está na hora de o Governo ir embora!” e, tocando instrumentos musicais, erguem cartazes onde se lê “Um país sem artistas é um país de fascistas”.

    Um dos indignados diz ao Observador que tem uma carta com queixas que espera poder entregar ao primeiro-ministro.

  • O que quer o cabeça de lista do PS em Bragança?

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    Jorge Gomes foi Governador Civil de Bragança e é, atualmente, presidente da federação distrital do PS naquela região. Veja o que defende o candidato, em declarações à jornalista Liliana Valente.

  • Portugal têm de reembolsar uma emissão de Obrigações do Tesouro a dez anos a 15 de outubro no valor de 5425 milhões de euros. Este reembolso a investidores privados vai acontecer no prazo previsto. Os títulos desta emissão foram um dos alvo das ofertas de troca realizadas em 2013 que permitiram ao Estado português aliviar as amortizações a curto prazo, estendendo o prazo de pagamento de uma parte desta dívida.

  • Passos enganou-se, afinal não há reembolso ao FMI no dia 15 de outubro

    Afinal, Passos enganou-se quando esta segunda-feira anunciou, num discurso em Beja, que Portugal ia antecipar um novo reembolso de 5,4 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional. O que vai acontecer nesse dia é, afinal, um reembolso que já estava previsto de uma obrigação emitida em 2005 desse montante.

    “Temos vindo a pôr as contas em ordem, temos vindo a pagar as dívidas dos outros, e foram muitas, até resolvemos pagar antecipadamente o que podia ser pago mais tarde. No próximo dia 15 de outubro vamos pagar ao FMI mais 5.400 milhões dos 78 mil milhões”, disse. Mas não é bem assim.

    A notícia, avançada pelo Jornal de Negócios, foi depois confirmada aos jornalistas por fonte do gabinete do primeiro-ministro.

    O que Passos tinha dito, em jeito de anúncio, era que o governo ia realizar o terceiro reembolso antecipado ao FMI nesse montante. E acrescentou que “vamos continuar a pagar antecipadamente até ao final do ano porque isso significa muita poupança de juros”. Trata-se afinal de uma obrigação do Tesouro que vence a 15 de outubro.

  • Livre: Passos quer dar 'filé mignon' da Segurança Social à especulação privada

    A segunda candidata do Livre/Tempo de Avançar pelo círculo de Lisboa às eleições legislativas, Ana Drago, disse hoje que as contas da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) para a Segurança Social “não batem certo” e exigiu explicações. “Temos tido uma campanha eleitoral marcada por uma espécie de leilão de cortes na Segurança Social, quem é que corta mais. E a coligação, na verdade, apresenta no seu programa eleitoral uma única proposta política que é esta ideia de privatizar as contribuições dos trabalhadores que têm salários mais elevados a partir de determinado montante”, afirmou aos jornalistas Ana Drago em Aveiro.

    A candidata pelo Livre/Tempo de Avançar disse que o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, terá apresentado, segundo uma notícia do Diário de Notícias que o CDS-PP veio desmentir, uma estimativa de que o chamado “plafonamento” pretendia “atingir em 2016 0,3% do défice, ou seja, 538 milhões de euros, que somados em quatro anos eram um buraco de dois mil milhões de euros na Segurança Social”. “Hoje, Pedro Passos Coelho estabelece o valor a partir do qual se fazem esses descontos: para os privados, dizia ele, três vezes a pensão média de 900 euros, portanto no mínimo 2.700 euros, mas apenas aplicável, segundo o programa da coligação, aos novos contratos. Bom, as contas não batem certo”, declarou Ana Drago, que já hoje havia participado num encontro com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local.

    De acordo com Ana Drago, “se se aplicar apenas aos novos contratos não se consegue atingir os 538 milhões de euros estimados pelo ministro da Segurança Social”, o que significa “das duas uma: ou Pedro Passos Coelho está a mentir aos portugueses e só é possível atingir estes 538 milhões aplicando o plafonamento a todos os trabalhadores e, portanto, aquilo que diz o programa eleitoral é mentira ou então Pedro Passos Coelho acredita no Pai Natal e acredita que é possível criar, em 2016, para atingir este valor 400 mil novos postos de trabalho com salários na ordem dos três mil euros”.

    Já durante um passeio no moliceiro na ria de Aveiro, o cabeça de lista por Lisboa, Rui Tavares, afirmou que se opõem ao repartir da Segurança Social “em dois, para basicamente a privatizar parcialmente, deixando o ‘filé mignon’ da Segurança Social para a especulação privada e [mantendo] uma parte da Segurança Social para os contributos mais baixos”.

  • O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e PEV, afirmou hoje que os responsáveis estão “a apurar os factos” violentos ocorridos domingo, na baixa lisboeta, após o comício do Coliseu dos Recreios. Em causa estão desacatos, no largo de São Domingos, entre apoiantes da CDU e elementos alegadamente afetos a ideais neonazis.

    “Estamos a apurar os factos. Queria, no entanto, sublinhar o nosso empenhamento, esforço e atenção estão virados para campanha eleitoral, a batalha das eleições para a Assembleia da República e nada nos desviará do objetivo de reforço da CDU”, disse o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, à margem de uma ação de campanha, em Coimbra. Para o líder comunista, “central é travar esta batalha com grande entusiasmo e com força”.

    Lusa

  • Garcia Pereira: É preciso "correr com os traidores da pátria"

    O candidato do PCTP/MRPP pelo círculo eleitoral de Lisboa às eleições legislativas de 4 de outubro, Garcia Pereira, defendeu hoje, em Palmela, que é preciso “correr com os traidores da pátria e recuperar a independência do país”. “Temos de recuperar a independência de um país que está hoje transformado num verdadeira colónia da Alemanha. E isso só é possível com um governo de unidade democrática e patriótica, como temos nós vindo a defender sistematicamente, para correr com os traidores, para levar a cabo um programa de desenvolvimento económico, de emprego e igualdade social”, disse Garcia Pereira, numa ação de campanha junto dos trabalhadores da fábrica de automóveis da Autoeuropa.

    “Nestas eleições, o que está em causa é saber se corremos, ou não, com os traidores à pátria, que venderam o país a retalho e que condenaram os trabalhadores, e em particular os operários, a pagar, pelos cortes nos salários, pelo aumento dos horários de trabalho, pelos aumentos dos impostos sobre os rendimentos do trabalho, uma dívida que não é dos trabalhadores portugueses, porque não foram eles que a contraíram. É uma divida da banca”, sublinhou.

    Muito crítico dos sucessivos governos do PS, PSD e PSD/CDS-PP, que responsabilizou pelas políticas de austeridade, o dirigente do PCTP/MRPP reconheceu que a recuperação da independência de Portugal não será possível “enquanto o país estiver garrotado pelo euro e aceitar a lógica de pagamento de uma dívida que é da banca”. “As políticas de austeridade representam a passagem direta, dos bolsos dos operários e demais trabalhadores, para os cofres dos capitalistas e dos credores internacionais de seis mil milhões de euros todos os anos. É um saque nunca visto e que é a consequência de o nosso país ter sido transformado num país que não produz nada e que é uma mera colónia da Europa alemã”, disse Garcia Pereira.

    O dirigente do PCTP/MRPP defendeu ainda que, na campanha eleitoral, os três partidos que têm governado o país deviam era explicar aos portugueses como é que vão pagar uma dívida de 225 mil milhões de euros. “Em 2020 são 17 mil milhões de euros por ano. Como é que vão pagar essa dívida”, questionou o candidato do PCPT/MRPP por Lisboa.

    Lusa

  • PURP: "A sustentabilidade da Segurança Social é uma falsa questão"

    O Partido Unido de Reformados e Pensionistas (PURP) considerou hoje que a Segurança Social é sustentável desde que o Estado “não se apodere dos fundos das pensões” e se promova “uma boa política de emprego”. “A sustentabilidade da Segurança Social é uma falsa questão, a segurança social é sustentável se não forem lá tirar o dinheiro dos fundos para cobrir a má gestão e tapar buracos”, disse à agência Lusa o candidato do PURP pelo círculo eleitoral de Lisboa, António Mateus Dias.

    As declarações do candidato às eleições legislativas decorreram durante uma ação de campanha junto à estação da CP-Metro em Sete Rios, Lisboa, onde elementos do PURP distribuíram panfletos a quem passava. António Mateus Dias adiantou que a sustentabilidade da Segurança Social é possível com uma “uma boa política de emprego e de gestão de fundos”. “A nossa proposta para a Segurança Social é fomentar o emprego e não deixar que o Estado se apodere dos fundos das pensões. Tem de se aplicar bem o dinheiro”, afirmou o candidato do PURP.

    Lusa

  • Livre desafia empresário Americo Amorim a deixar de representar a Hungria

    O Livre/tempo de Avançar entregou esta segunda-feira uma carta ao cônsul-honorário da Hungria em Portugal, Américo Amorim, insurgindo-se contra a atitude do Governo húngaro que mandou construir um muro para mpedir a entrada de refugiados e desafiando-o a recusar continuar a exercer as funções de cônsul-honorário daquele país.

    A tragédia dos refugiados que arriscam a vida e chegam mesmo a morrer ao tentar atingir um porto seguro na Europa é o grande escândalo moral do nosso tempo. Ao reprimir as populações mais vulneráveis do mundo, o governo que V. Excia. representa mancha a história ímpar da Hungria na defesa dos direitos humanos e enche de vergonha todos os europeus e cidadãos do mundo empenhados na paz, na cooperação entre os povos e no auxílio a quem foge da guerra e das ditaduras mais atrozes“, lê-se na carta. “Esperamos que transmita este nosso veemente protesto, e que V. Excia. mesmo se recuse a continuar a representar o governo de Viktor Orbán caso este persista no seu comportamento atentatório dos valores humanitários e democráticos”.

    Américo Amorim é um dos empresários mais ricos do país, fundador da Corticeira Amorim e um dos principais acionistas do banco BIC.

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