Histórico de atualizações
  • Remodelação no governo de Atenas. Saem três ministros e o porta-voz

    Três ministros (um deles adjunto, a ministra adjunta das Finanças que já tinha anunciado demissão) saem do governo de Tsipras, na remodelação que acaba de ser anunciada.

    Euclid Tsakalotos continua à frente das Finanças, passando a ter como adjunto Tryfon Alexiadis. Nadia Valavani já tinha entregue o pedido de demissão há alguns dias.

    A exoneração mais sonante, ainda que esperada, é da de Panagiotis Lafazanis, ministro da Energia (e líder da oposição interna a Tsipras). Vai ser substituído por Panagiotis Skourletis.

    Skourletis era o ministro do Trabalho. Essa pasta passa, agora, para George Katrouglos.

    O porta-voz Gabriel Sakellaridis foi substituído por Olga Gerovasili.

  • Dijsselbloem: "O acordo permite que a Grécia volte ao trilho certo"

    O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, emitiu esta tarde um comunicado, congratulando-se pelo avanço das negociações para um terceiro resgate à Grécia. Dijsselbloem garante que “este acordo oferece à Grécia e à economia grega a oportunidade de voltar ao trilho certo”, acrescentando que “não vai ser fácil”, que os gregos vão “passar por dificuldades” nos próximos anos, mas vão “ser capazes de resolvê-las”.

  • Remodelação deverá ser anunciada "a qualquer momento"

    Pelo menos três ministros do governo de Tsipras irão abandonar o governo e a remodelação deverá ser anunciada “a qualquer momento”, segundo o The Guardian.

    Os visados deverão ser o ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, o ministro-adjunto da Segurança Social, Dimitris Stratoulis, e o ministro-adjunto da Defesa, Kostas Isychos. O ministro do Trabalho, Panos Skourletis, também poderá sair.

  • Termina teleconferência do ministros das Finanças da zona euro e Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade terminou, anuncia o ministro finlandês no Twitter. “Virámos a página e seguimos em frente”.

    Porta-voz do presidente do Eurogrupo também confirma. Comunicado em breve.

  • Aí vem o dinheiro: 7 mil milhões de empréstimo intercalar

    Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia, anuncia em conferência de imprensa que já houve acordo com vista ao empréstimo intercalar para a Grécia. “As nações europeias investiram o seu próprio capital político” para que este empréstimo tenha acontecido.

    O desembolso de sete mil milhões de euros chegará na segunda-feira, dia em que a Grécia tem de pagar 3,5 mil milhões ao BCE. Deverão, também, ser saldados os mais de dois mil milhões devidos ao FMI.

  • Nova teleconferência do Eurogrupo hoje à tarde

    Uma nova reunião dos ministros das Finanças da zona euro vai realizar-se hoje à tarde, por teleconferência, anunciou o porta-voz do presidente do Eurogrupo através da rede social Twitter.

    O encontro vai acontecer depois da reunião Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), marcada para as 15:00 locais (14:00 em Lisboa), a propósito da nova ajuda financeira à Grécia.

    Agência Lusa

  • A revolta dentro da CDU de Merkel

    Fala-se em revolta dentro do partido de Merkel (CDU/CSU). O número de ‘nãos’ internos tem sido crescente desde a aprovação do primeiro pacote de ajuda à Grécia em 2010. Começou com 4, passou para 13 no segundo resgate, para 29 na extensão do programa e agora foram 50 os parlamentares da ala de Angela Merkel que desafiaram a indicação de voto da chanceler e presidente do partido.

  • Isto são os deputados alemães a votar: uma enchente à volta da urna

  • Foi esta a distribuição dos votos no Bundestag: 73% a favor, 20% contra e 7% de abstenção

  • RESULTADOS. Parlamento alemão aprova início das negociações para terceiro resgate com 70% dos votos

    Parlamento alemão deu luz verde ao Governo de Angela Merkel para negociar nova ajuda à Grécia: 439 a favor, 119 contra, 40 abstenções. A câmara baixa do parlamento alemão tem 631 deputados, mas só votaram 598.

    50 deputados do partido de Merkel (CDU/CSU) votaram contra, desafiando assim a chanceler. Os restantes ‘nãos’ vieram do partido de esquerda Linke, que contesta sobretudo a falta de negociação sobre o alívio e a reestruturação da dívida grega.

    Como se previa, a revolução interna no bloco conservador de Merkel foi ainda maior do que a de fevereiro, quando 29 deputados da CDU rejeitaram estender em quatro meses o anterior programa grego. As leituras políticas terão de ser feitas.

    Ainda assim é uma maioria esmagadora. Alemanha valida assim mandato para o Governo iniciar as negociações sobre o terceiro programa ajuda externa à Grécia, avaliado em 86 mil milhões de euros.

    A Alemanha tem sido o país (em termos individuais) que mais tem contribuinte para os programas de resgate a Atenas e Merkel tem sido dura na insistência de a Grécia levar a cabo reformas estruturais e pesadas medidas de austeridade em compensação. Esta manhã no Parlamento, Merkel (e até Schauble) apelaram aos deputados para votarem a favor, sublinhando que a alternativa seria sempre pior e levaria ao “caos” na Europa. Ainda que tenham admitido os receios de que o programa pode falhar.

  • A expectativa é de que o acordo sobre o resgate grego vá passar no Parlamento alemão, mas a chanceler alemã teve de alinhar as tropas e lutar internamente contra uma possível rebelião dentro do seu governo de coligação (CDU/SPD).

    São 631 os membros do Bundestag (parlamento alemão) que estão a votar esta manhã. Na quinta-feira ao final do dia, Merkel reuniu-se com o seu grupo parlamentar de 311 membros (da coligação) e ficou visível que pelo menos 48 deputados estariam com intenções de votar contra. O número é bem maior do que os 29 que em fevereiro também votaram contra a extensão do anterior programa grego.

    O elevado número de deputados que planeiam votar contra reflete assim a oposição generalizada que persiste no eleitorado alemão contra a injeção de mais dinheiro dos contribuintes na Grécia ao fim de meses de conversações duras e amargas entre Atenas e os credores.

    Uma sondagem divulgada esta sexta-feira pela televisão alemã mostra que 49% dos alemães estão contra a aprovação de mais um programa de resgate, enquanto 46% estão a favor.

  • Passos: Alívio da dívida, sim, perdão só se for fora da zona euro

    Enquanto os alemães votam e não votam, por cá, Passos falou sobre a dívida grega: Está previsto discutir-se o alívio dos juros e prazos de pagamento, mas o perdão, a ser possível, só se for fora zona euro.

    “Nós só podemos aliviar o peso da dívida, não a podemos perdoar, dentro das regras europeias. E houve um compromisso entre todos os chefes de Estado e de Governo da zona euro em discutir este problema assim que a Grécia possa ter uma primeira avaliação completa e positiva do novo programa”, disse Pedro Passos Coelho, adiantando que “isso será uma pré-condição para o Fundo Monetário Internacional (FMI) poder vir a juntar-se a um terceiro programa para a Grécia”.

    Em declarações aos jornalistas, no ISCTE, em Lisboa, Passos sustentou ainda que a alternativa de perdoar parte da dívida grega implicava que esta saísse da moeda única: “A Grécia não poderia estar dentro da zona euro, e, portanto, isso seria uma ajuda para que os gregos pudessem refazer a sua economia fora da zona euro, se eles assim o desejassem. Nesse caso haveria, não tenho dúvida, disponibilidade para fazer um perdão parcial dessa dívida”.

  • Votação dentro de minutos no Bundestag (algumas declarações)

    O parlamento alemão vota dentro de momentos o terceiro resgate à Grécia. Resumimos algumas das declarações que marcaram o debate no Bundestag.

    “Por muita água que se verta para dentro de um poço sem fundo, ele nunca encherá”. (Klaus Peter Willsch, deputado do partido de Merkel que vai votar contra)

    “Foi para cima de irritante” a sugestão de Schäuble de uma saída temporária da Grécia da zona euro. (Carsten Schneider, do SPD, o partido que está coligado com Merkel)

    A forma como [Schäuble] está a ser retratado pela imprensa como o vilão é inaceitável. É uma decisão correta ter um plano B”. (Thomas Oppermann, do SPD)

    “Sempre soubemos que a entrada da Grécia no euro também foi uma decisão política, porque o cumprimento dos requisitos nunca foi ótimo”. (Volker Kauder, CDU)

  • Parlamento austríaco aprova ajuda à Grécia

    Áustria já votou: Aprovadas negociações para terceiro programa de resgate à Grécia.

    Votação na Alemanha deve acontecer nos próximos minutos. Deputados ainda falam no Bundestag.

  • Berlim vota resgate, enquanto Atenas arde (literalmente)

    Deflagrou um incêndio de grandes proporções nas montanhas de Atenas. E, segundo a ERT TV, um avião canadair que combatia um outro incêndio, no Sul da Grécia, despenhou-se.

  • Tusk: Mais do que o contágio financeiro, o problema é o "contágio político"

    Além da entrevista ao El Mundo, Donald Tusk fala também ao Financial Times para avançar o seu maior receio perante o que se está a passar na Grécia: mais do que o incumprimento financeiro, teme “o contágio do extremismo político”.

    “Estou realmente com receio do possível contágio político e ideológico, mais do que do contágio financeiro, desta crise na Grécia”, disse.

    “Todas as grandes tragédias na história da Europa têm começado assim, com estas alianças táticas entre os radicais de ambos os lados, da extrema-esquerda à extrema-direita. E hoje estamos a assistir aos mesmos fenómenos”, acrescentou.

    “O que sinto é talvez não um ambiente de revolução ainda, mas algo como sopros de impaciência. E quando a impaciência se torna um sentimento não individual mas social, coletivo, é muitas vezes o início das revoluções”.

  • Schäuble aceita alívio da dívida, mas "de forma realista"

    O ministro das Finanças da Alemanha, que discursou no Parlamento antes da votação ao terceiro resgate à Grécia, pediu um voto favorável ao programa que “será a última oportunidade para solucionar a crise grega”.

    Wolfgang Schäuble reconheceu que o país precisa de um alívio da dívida, mas isso não pode passar por uma redução direta do valor nominal (haircut) da dívida grega, “porque isso é ilegal” à luz do tratado europeu. Seria uma transferência entre países, algo que não pode existir.

    “Temos de encontrar uma forma realista” de reduzir o peso da dívida grega, atirou Schäuble.

  • A descrição detalhada de Tusk ao El Mundo sobre a maratona negocial: "Tsipras não foi humilhado"

    O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, deu esta sexta-feira uma entrevista ao espanhol El Mundo onde conta em primeira mão os pormenores da mítica cimeira de líderes da zona euro de domingo, que se prolongou durante longas 17 horas. Tal como o Observador contou aqui, tudo estaria perdido ao início da manhã, quando Merkel e Tsipras se preparavam para abandonar o barco. “Às 7h pensei mesmo que a saída da Grécia do euro era o que ia acontecer”, diz o ex-primeiro-ministro polaco.

    Muito crítico das “correntes na Europa” que acusam os líderes europeus de estarem a “humilhar” Atenas, Tusk diz mesmo que as condições do acordo são “até bastante suaves, não só do ponto de vista financeiro como político”:

    “Não posso aceitar o argumento de que alguém tenha castigado particularmente a Grécia ou Tsipras. Todo o processo foi conduzido para proporcionar assistência à Grécia. É absurdo. O primeiro-ministro grego negociou um programa de ajuda de 80 mil milhões de euros para o seu país. E com êxito. Quando discutimos com factos e números em cima da mesa o que encontramos são 80 mil milhões de euros. E com condições até bastante suaves, de facto. Não só financeiras como políticas”, disse.

    Adiantando pormenores da maratona negocial que começou no Eurogrupo, no sábado, e continuou na Cimeira de líderes no domingo, tarde e noite dentro até ao amanhecer, Tusk descreve como “a irritação era visível” e como a saída da Grécia do euro se tornou numa possibilidade real na reunião de ministros das Finanças, com o alemão Wolfgang Schauble à cabeça. “Depois do referendo, a irritação era visível. E a posição de Tsipras tornou-se muito mais frágil desde aí. Talvez não em Atenas, mas aqui sim, definitivamente”, disse.

    “A minha sensação era de que Schauble estava na mesa (na cimeira de líderes da zona euro) o tempo todo”, diz ao El Mundo entre risos, referindo-se ao facto de o ministro das Finanças alemão ter sido o principal defensor da ideia de que era possível controlar as consequências de uma saída da Grécia do euro.

    “Esse pensamento [Grexit] é intelectualmente legítimo, não é extravagante, e foi mesmo uma possibilidade alternativa deste processo. Não foi uma tática política. A minha intuição diz-me que Schauble acredita mesmo naquilo, a mensagem que passou foi muito clara: o melhor para a Grécia e para a Europa era a saída do euro. Mas também acredito que para Merkel a postura do seu ministro sempre foi uma ferramenta útil para a negociação, ainda que a saída do euro não fosse o seu objetivo político. Não tenho dúvidas disso. Para todos os líderes, todos, incluindo Merkel, o objetivo era evitar o Grexit”, garante.

    Na reunião entre os líderes da zona euro, segundo Tusk, ficou claro que, no final de contas, o acordo tinha de ser feito entre a Alemanha e a Grécia. “Por muitas razões, não só pelo dinheiro”. O papel de Hollande também é destacado – por ter gerido melhor a “parte emocional”.

    Houve três pausas entre as 17h de reunião, desde a tarde de domingo às 8h da manhã de segunda-feira, sendo que a última pausa foi de algumas horas. Nessa altura deixou-se de lado a negociação a 19 para dar lugar às negociações diretas, a quatro: Tusk, Merkel, Hollande, Tsipras e ainda o ministro das Finanças grego, Euclidis Tsakalotos, que se juntou a pedido do primeiro-ministro grego.

    A entrevista a Donald Tusk ao El Mundo está aqui, na íntegra e em espanhol.

  • Remodelação no Governo entre hoje e o fim de semana

    A iminente remodelação no Governo grego deverá acontecer entre esta sexta-feira e o fim de semana. A hipótese de saída de ministros e entrada de outros começou a circular ontem, depois de nas primeiras horas da madrugada Tsipras ter conseguido aprovar no Parlamento o plano acordado com os credores europeus mas apenas devido aos votos da oposição.

    Recorde-se que 32 deputados do Syriza votaram ‘não’ e 6 abstiveram-se. Entre eles inclui-se dois ministros, da Energia e da Segurança Social, assim como o presidente do Parlamento e o anterior ministro das Finanças, Yanis Varoufakis. Com quatro deputados da coligação a menos e o governo de Tsipras ficaria abaixo dos 120 votos que representam a fasquia abaixo da qual o governo é visto como tendo perdido o apoio necessário. Fala-se em “revolta” e em “motim” dentro do Syriza.

    A partir daqui começou logo a prever-se o cenário de eleições antecipadas – e não só da boca dos ministros mais críticos (o da Energia e o da Segurança Social). Também o ministro da Administração Interna da Grécia, Nikos Voutsis, disse ontem que era “provável” que o país tivesse eleições antecipadas em setembro ou outubro, depois de negociado o terceiro pacote de resgate ao país.

  • Dúvidas sobre reabertura dos bancos na segunda-feira

    Entretanto, depois de ontem ter sido anunciado que a banca grega só abriria portas na segunda-feira, surge agora a indicação de que nem todas as sucursais dos bancos gregos vão abrir. A notícia é avançada pela Skai TV, sem indicar a fonte da informação.

    A Bloomberg, no entanto, avança que o governo e o Banco da Grécia estão a avaliar todas as possibilidades técnicas para que os bancos abram “o mais depressa possível” – sem confirmar o prazo de segunda-feira.

1 de 2