Momentos-chave
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  • Bom dia, passámos a seguir a situação política nacional neste outro artigo em direto.

    https://observador.pt/liveblogs/oitavo-dia-de-campanha-junta-cabecas-de-lista-no-debate-da-radio/

    Obrigada por nos acompanhar, até já!

  • Temido diz que fundos europeus não são "esmola" e permitiram a Portugal "recuperar de atraso"

    Marta Temido fala agora no comício do PS em Viseu, começando por dizer que no PS os camaradas são também “amigos” e “solidários” uns com os outros, agradecendo o caderno de encargos que Margarida Marques lhe deixou. E recorda Jorge Coelho, por estar em Viseu, arrancando um aplauso à sala. Lembra a sua capacidade de “combate”, de “afirmar diferenças” e a sua “militância”. “Vamos à próxima semana com o trabalho de Jorge Coelho sempre presente nos nossos espíritos e corações”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Recorda uma jovem de 14 anos que conheceu hoje em Resende e que lhe falou dos seus “planos” para continuar a estudar, dizendo que há 50 anos uma jovem de Resende não poderia sair dali para ir estudar e ter uma vida profissional. Tudo para dizer que não é verdade que os fundos europeus sejam uma “esmola” e que foi por força deles que foi possível recuperar de “uma situação de atraso” em Portugal. Os fundos de coesão devem estar ao serviço não apenas “do betão”, mas do “desenvolvimento” e da educação, frisa.

    Depois, a cabeça de lista do PS diz querer marcar as diferenças do projeto político socialista para outros, frisando de novo que se vai “bater por uma agenda europeia de progresso”. E critica “algumas agendas de retrocesso que nos querem impor”, sublinhando especificamente a importância do direito à igualdade.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Frisa, a esse propósito, resultados dos governos de António Costa no combate às desigualdades, mencionando indicadores como o decréscimo do abandono escolar, e do trabalho do candidato dos Socialistas Europeus para a Comissão Europeia, Nicolas Schmit, sobre o pilar dos direitos sociais. Depois, diz que a “grande luta” do PS nos próximos anos será a melhoria contínua destas condições e uma reafirmação do “pilar social europeu”, com melhor trabalho e mais bem remunerado.

    “É fácil seguir os extremos, é difícil seguir o caminho do meio, o correto, sem prescindirmos de ser solidários”, remata.

  • Bugalho apela ao voto de quem "hesitou" nas legislativas: "O país não pode voltar para trás"

    No comício de Lamego, o cabeça da lista da AD Sebastião Bugalho apela ao voto dos que “talvez no dia 10 de março tenham hesitado em votar na AD” e que “vejam no dia 9 uma hipótese de seguir em frente e que o país não pode voltar para trás”.

    O candidato garante ser possível “fazer melhor do que os socialistas”. Mas também atira aos populistas que “sabendo que não cumprem se aproveitam não para servir as pessoas mas para enganar as pessoas”. “A esse extremismo a AD só tem uma palavra a dizer: não, nunca.”

    Quanto ao combate ao populismo, diz que se faz “tendo um SNS forte”, uma escola pública “onde possam ter um ano lectivo sem professores em falta”, mas também se “protege a democracia” pelo “combate político”. “O investimento da cultura é fundamental para combater o populismo”, defende.

    Nas críticas aos adversários, atira sobretudo ao PS, dizendo aos eleitores que “alguém que falhou nos últimos nove anos, não vai acertar nos próximos cinco”. E acrescenta que “um voto no PS é um ponto de interrogação, é um o voto na dúvida”, apontando mais uma vez à indefinição que cola ao PS sobre linhas vermelhas e também nas posições diferentes que existem entre socialistas sobre Ursula Von der Leyen.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Miguel Costa Matos acusa Governo de "namorar" extrema-direita com plano para a imigração

    Miguel Costa Matos fala agora no comício do PS dizendo que Temido tem surpreendido “todos” pela forma como faz campanha e pela sua “empatia”, para “trazer a Europa para o dia a dia das pessoas”. Os portugueses “conhecem a Marta”, frisa. “Juntos superámos a Covid, com a liderança da Marta Temido”.

    O secretário-geral da JS diz que alguns querem fazer da Europa um espaço de “novas divisões”. “Eles fazem-no com muita desinformação. Curioso como têm tentado ligar, não só na extrema-direita como na direita moderada, a ideia de imigração e criminalidade”, ataca. E acusa o Governo de querer “namorar” o eleitorado da extrema-direita com as ideias e discurso destes partidos com o plano que vai apresentar para a imigração.

    Depois, frisa que o mercado único muitas vezes favoreceu os países do centro da Europa, defendendo um “Plano Marshall” para a Habitação e um mercado “com oportunidades para todos”.

  • Margarida Marques diz que é "muito triste" ouvir declarações de Bugalho sobre Von der Leyen e acusa outros candidatos de pouco conhecimento

    A eurodeputada Margarida Marques diz agora, num comício do PS em Viseu (com uma sala a meio gás), que é preciso continuar a defender as políticas de coesão — “mais uma tarefa para o caderno de encargos da Marta Temido”.

    Portugal “continuará a ser um país da coesão”, garante, mas é preciso falar de uma nova geração de políticas da coesão, focadas na inovação e em tecnologia avançada. Depois, fala nas regras das ajudas de Estado (para o financiamento das empresas) e que a grande maioria das ajudas durante o período em que estiveram suspensas foram atribuídas por quatro países. “Isto chama-se criar divergência”. Por isso, é preciso criar regras que permitam ter um “mercado interno justo”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Pede um mecanismo de apoio ao investimento que seja permanente. E diz que a criação do fundo NextGeneration EU para relançar as economias após a pandemia não é da autoria de Von der Leyen, “como diz o cabeça de lista da AD”, e surge com uma recomendação proposta pelos socialistas no Parlamento Europeu, aprovada no primeiro nível pelo Eurogrupo presidido por Mário Centeno. Depois, Costa tem um “papel decisivo” na sua aprovação no Conselho Europeu, recapitula. Por isso, considera “muito triste ouvir que foi Von der Leyen que criou este fundo. Não é verdade. A Comissão Europeia limitou-se a apresentar a proposta de regulamento”. Transformar o programa num mecanismo permanente é outra tarefa que inscreve no caderno de encargos de Temido.

    Diz ainda esperar que este Governo tenha capacidade de negociação junto da Comissão Europeia, frisando que crise anterior houve uma “submissão” do Governo de Pedro Passos Coelho às instituições europeias. “Quando as instituições diziam mata, o Governo dizia esfola”. “O Governo português não tem qualquer desculpa para aplicar políticas de austeridade ou para dizer que não consegue cumprir o seu programa por causa de Bruxelas”, avisa. Ainda ataca André Ventura por “repetir” o que a extrema-direita europeia diz, agarrando-se às “dificuldades” das sociedades. Acrescenta que na Alemanha 30 grandes empresas criaram uma plataforma contra a extrema-direita — “é isso que precisamos de fazer em Portugal”. E acusa von der Leyen de “cada vez se aproximar mais da extrema-direita”, num “namoro inaceitável” com Giorgia Meloni, sentenciando que é preciso “um centro democrático livre da extrema-direita”.

    Acusa ainda os restantes cabeças de lista não conhecem as instituições europeias e como funcionam, mas que no caso de Marta Temido isso não é verdade, pelas experiências governativas e as negociações com o Parlamento Europeu durante a Presidência Portuguesa da UE.

  • "Por cada eurodeputado da AD a mais haverá um de um partido extremista a menos", apela Nuno Melo

    Em Lamego, no comício de final de dia da AD, está o presidente do CDS que discursa para atacar os partidos extremistas, tanto na Europa como em Portugal. Nuno Melo deixou um apelo ao voto na AD como forma de travar o crescimento dos extremismos.

    Nuno Melo começa pela conjuntura em particular de uma guerra e aproveita para meter o seu papel de ministro da Defesa pelo meio, para dizer que fez visitas a militares destacados em alguns territórios e prestar homenagem a Forças Armadas”. E avisa: “Ninguém duvide que muito que se vai decidir nas eleições europeias está ligado a esta guerra na Ucrânia, que tem impacto direto nas nossas vidas”.

    Na Europa, diz, “há extrema esquerda e extrema direita e também há os adoradores de Putin e os que se especula que são silenciados por Putin e no mínimo s que são complacentes com o regime russo” e todas as possibilidades “são graves”. “Nesta disputa nem todos os partidos portugueses estão do lado certo e isso também se decide no domingo”, diz em relação à guerra na Ucrânia.

    “Há partidos em particular incapazes de condenar sem reservas a Rússia”, considera dizendo que na “AD não tem dúvida: estamos do lado dos ucranianos”. “Por cada eurodeputado da AD a mais haverá um eurodeputado de um partido extremista a menos em Portugal e essas contas contam”, disse ainda Nuno Melo.

    E diz mesmo que “os tempos estão demasiado perigosos para experimentalismos, estão mesmo para o senso e para a lucidez, os tempos estão para mais AD”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Temido não tem "memória" de contratações semelhantes às do Governo no seu ministério. E lança farpa: "Não avalio a tática dos adversários"

    Numa arruada em Lamego, Marta Temido frisa a importância da “política de coesão” na UE e em Portugal, dizendo que é “pouco sensato achar que teríamos chegado onde chegámos” sem elas. E critica quem “entende que devíamos deixar de receber fundos da UE”, acrescentando que é “inevitável” que com a entrada de novos países é inevitável que os atuais Estados-membros sofram impactos, como aconteceu quando Portugal aderiu à CEE.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Depois volta a falar da acusação de Pedro Nuno Santos ao Governo por este ter contratado uma consultora privada na elaboração do plano de emergência para a Saúde, dizendo “não ter memória nenhuma” de contratações dessas nos governos que integrou, com esta consultora, e dando apenas o exemplo de uma auditoria à capacidade de formação de médicos “contratada ao exterior”.

    Diz também “não fazer a menor ideia” de porque é que o Governo diz que vai agora publicar todos os contratos feitos pelo Ministério da Saúde nos governos de António Costa, uma vez que esses já estão disponíveis no Portal Base. Frisa de novo que os governos Costa nunca contrataram serviços externos para desenhar planos estratégicos para o SNS.

    “Não tenho receio de que nenhum assunto de fora da campanha perturbe a campanha, e muito menos assuntos que não existem”, avisa.

    No final da arruada, uma equipa de futsal que segurava uma taça festeja junto a Temido, que imediatamente ensaia, como resposta aos jornalistas, uma metáfora futebolística: até pode, por vezes, “dar um pontapé” em campo e agarrar-se à “cabeça” depois, mas não comete “faltas deliberadas”. E os adversários cometem-nas? Chuta para canto: “Sou daqueles jogadores que tendem a concentrar-se no jogo, não estou muito a avaliar a tática do adversário”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Rui Rocha critica plano para a Saúde: "Governo está a condenar portugueses a estar em sofrimento"

    Ao lado de João Cotrim Figueiredo, em Almada, Rui Rocha foi desafiado a comentar o plano de emergência apresentado pelo Governo para o setor da saúde. Sem esquecer um grande ceticismo em relação aos méritos da proposta do Executivo, o líder da IL foi perentório: “O plano de saúde não vai resolver as questões fundamentais do acesso à saúde dos portugueses”.

    “[O plano do Governo] pressupõe uma coisa que está errada que é só recorrer aos privados e ao setor social quando o SNS falha. Ora, isso poderia fazer algum sentido num cenário em que o SNS funciona bem normalmente e falha por exceção. Mas, neste caso, temos um SNS que não está a funcionar bem”, começou por argumentar Rui Rocha.

    “Portanto, dizer aos portugueses que só podem recorrer a outros prestadores privados ou sociais quando o SNS falha é condenar os portugueses a um acesso limitado à saúde. É dizer-lhes que vão ter que estar em sofrimento, vão ter que estar à espera meses até se chegar à conclusão que o SNS falhou e então sim recorrer à capacidade instalada no sistema.É um mau princípio.”

    Rui Rocha foi ainda assim desafiado a comentar o plano para imigração que deverá ser em breve apresentado pelo Executivo, e aplicou a mesma lógica: mesmo sublinhando que é preciso esperar para ver que novas regras serão essas, mais importante do que apresentar planos, salvaguardou Rocha, é pôr as coisas que já existem a funcionar.

    “Há aqui uma tendência deste governo para apresentar muitos planos. Tem que mostrar iniciativa política e apresentam muitos planos. Mas depois olhamos para os planos, como acontece na Saúde, e não há nada que seja suficiente. Muitas vezes são francamente insuficientes.”

    “O que é preciso é pôr a AIMA a funcionar. Enquanto não tivermos a AIMA a funcionar, enquanto não tivermos as regras atuais a serem aplicadas, avançar com novas regras é uma discussão que estamos disponíveis para ter. É possível que haja melhorias a fazer, [o novo plano] vai valer de muito pouco se administrativamente não conseguirmos pôr a máquina a funcionar”, rematou Rocha.

  • Ao lado de ucranianos, Cotrim pede apoio permanente a Kiev. "Receber Zelensky não é suficiente"

    Um piquenique simbólico. Em Almada, no Parque da Paz, os liberais encontraram-se com alguns elementos da comunidade ucraniana em Portugal e aproveitaram para assinalar a solidariedade da Iniciativa Liberal para com a Ucrânia. João Cotrim Figueiredo foi ouvindo alguns relatos sobre a situação do país, mas também as dificuldades que se vão sentido na regularização de imigrantes vindos de Kiev. No final, a mensagem de Cotrim era só uma: não basta dizer que se apoia à Ucrânia; é preciso de facto fazê-lo.

    “Das várias coisas que gostariam de ver facilitadas em Portugal, há duas que aparecem sempre: a facilidade burocrática de se integrar em termos documentais — portanto isto tem um paralelo direto com o que se passa na AIMA, por exemplo. Existe dificuldade em fazer correspondência dos documentos que possuíam na Ucrânia aos documentos que necessitam em Portugal”, começou por exemplificar o cabeça de lista da IL.

    “Depois, todos eles de uma forma muito espontânea dizem que é preciso mais apoio e sobretudo mais apoio militar à Ucrânia. Não podemos estar a esperar que a Ucrânia se defenda sem armas e sem uma defesa eficaz não poderá haver negociações equilibradas. Portanto, esses são os dois principais pedidos que são aqui feitos: a integração depende
    da velocidade com que consigam legalizar-se e documentar-se em Portugal; e estão preocupados com os familiares que ainda têm na Ucrânia.”

    De resto, o candidato da Iniciativa Liberal, que tem por várias vezes defendido um maior empenho da ajuda europeia à Ucrânia, sublinhou que o simbolismo é importante, mas o esforço solidário deve materializar-se em aspetos concretos.

    “Muitas vezes comparam-se as visitas do Presidente Zelensky a determinados países e os acordos bilaterais que são assinados como se isso fosse uma forma de estruturar definitivamente o apoio à Ucrânia. Não é suficiente, porque se não houver uma coordenação suficiente entre os Estados os acordos bilaterais acabam por não surtir os efeitos desejados”, argumentou o cabeça da Iniciativa Liberal.

    Cotrim falaria ainda da necessidade de “ter o Pilar Europeu da NATO devidamente apetrechado para poder prestar apoio militar a aliados que possam necessidade da ajuda”. “Nem todos os países da União Europeia são membros da NATO e nem todos os países europeus membros da NATO são membros da União Europeia. Esta ligeira disfunção tem tornado impossível que haja uma coordenação suficiente. A nossa proposta é que se institucionalize esta relação, que o Pilar Europeu da NATO passe a ser um comando político. Com isso, já podemos ajudar muito mais diretamente a Ucrânia e todos os outros aliados que necessitem de ajuda para preservar a sua liberdade.”

  • O plano de Tânger com amigos americanos é "secreto" e nem André Ventura o conhece

    António Tânger Corrêa, candidato do Chega às europeias, foi questionado sobre o plano com “amigos americanos” que disse garantir a sustentabilidade económica de Portugal. Primeiro, começa por dizer que “amigos” — a palavra que usou na noite anterior — “é um bocado exagerado”.

    E prossegue para a explicação: “São americanos e, efetivamente, isto é um projeto, não é um plano, é um projeto muito antigo, na minha cabeça, que comecei a trabalhar muito antes do Chega existir, muito antes de eu sair do ativo.”

    Com receio de que Portugal se tornasse ultraperiférico, Tânger diz que começou a falar “principalmente com os presidentes de algumas fundações americanas”, mas “nada de político, apenas e tão só operacional”. “Isto é um projeto faseado em que nós vamos ter que, de alguma forma, voltar a centralizar Portugal, voltar a dar aos portugueses aquilo que foi sempre a sua essência, que é o mar”, segue o antigo embaixador.

    E mais não diz, porque “o plano é secreto” e implica “institutos extremamente importantes”. Por enquanto, refere apenas que “tem uma vertente económica, uma vertente social, uma vertente de defesa e uma vertente de recentralização muito importante de Portugal a nível do Atlântico” e uma data para o revelar: “Este projeto será revelado no dia em que André Ventura for primeiro-ministro.”

    Mas “no dia em que André Ventura quiser o plano virá cá para fora”, garante. O presidente do partido, mesmo ao lado, assegura que não conhece o plano, mas fica à espera que lhe seja apresentado “quando for primeiro-ministro”.

    Já fora da zona das declarações ao jornalista, Tânger Corrêa ainda descansa Ventura: “Se quiseres mostro-te o plano.”

  • Ventura acusa Pedro Nuno Santos de ter saído em "auxílio" de Temido ao "desviar atenções" com consultora

    Questionado sobre o caso da consultora contratada pelo Governo para elaborar o plano de emergência na Saúde, André Ventura acha “curioso” e acusa Pedro Nuno Santos de ter escolhido este momento porque “Marta Temido foi implicada no caso das gémeas” e de ter saído em “auxílio” da candidata.

    O líder do Chega sublinha que “esta consultora já tinha feito outros planos, aliás para um Governo socialista”, e afirma que Pedro Nuno Santos “escolheu pegar numa questão completamente lateral” para “desviar as atenções”.

    Aos olhos de Ventura, há três razões para esta atitude: “Mostra que o PS não tem mais nada a oferecer nesta campanha litoral senão tentar desviar atenções; mostra que está desconfortável com esta comissão de inquérito às gémeas e por isso é que nunca quis e isto afeta diretamente a candidata do PS a estas eleições.”

  • Mariana Mortágua: "Perseguidores de mulheres" são "aliados" de Von der Leyen, Bugalho e Montenegro

    Fala agora num comício em Lisboa a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que também se está a focar no tema dos direitos das mulheres e classifica como “perseguidores de mulheres” os “aliados” de Ursula von der Leyen, Sebastião Bugalho e Montenegro.

    “Há 50 anos, foi uma ministra francesa de direita, Simone Veil, quem propôs e fez aprovar a descriminalização do aborto no seu país. Honra lhe seja prestada, ela não hesitou”, recordou Mariana Mortágua.

    “Vejam o que é agora a direita: hordas de perseguidores anti-aborto estão autorizados a entrar nos centros italianos em que mulheres vão abortar porque assim decidiram, mas isso é alguma linha vermelha para o partido europeu de Von der Leyen, Bugalho e Montenegro?”, pergunta.

    “Não, esses perseguidores de mulheres são bons aliados e vão escolher juntos quem lidera a comissão europeia, ou seja, os cargos estão acima das convicções, se ainda restassem convicções”, acusa Mortágua, que, à semelhança de Catarina Martins, também fala de uma “guerra” contra as mulheres levada a cabo pela direita.

  • Ventura vai sair da campanha por um dia para inquirir Lacerda Sales na comissão de inquérito às gémeas

    André Ventura considera que o caso das gémeas está “bem entregue” à unidade anticorrupção da Polícia Judiciária e espera que a comissão parlamentar de inquérito, designadamente a audição a António Lacerda Sales, “possa ajudar à investigação e a esclarecer o país”.

    “Espero que os protagonistas não se escudem nem com campanhas eleitorais, nem com o estatuto que têm enquanto titulares de órgãos de soberania e que todos possam responder a esta comissão”, sublinha o líder do Chega durante uma arruada no Seixal.

    Reiterando que não chamará Marta Temido, usando um potestativo, durante a campanha eleitoral porque o partido iria ser acusado de aproveitamento político.

    Ainda assim, deixa uma certeza à candidata do PS às europeias: “Queira ou não queira, vai mesmo responder nesta comissão de inquérito.”

    André Ventura revelou ainda que será ele a inquirir António Lacerda Sales, esta quinta-feira à comissão parlamentar de inquérito, e que não estará presente na campanha nesse dia. Tânger Corrêa ficará, neste dia, sem o presidente do Chega ao lado. “Está muito bem sozinho”, brinca Ventura, acrescentando que ” já teve muito tempo na vida sozinho”.

  • Livre aponta hipocrisia à direita por oposição a respostas à crise na habitação

    O cabeça de lista do Livre visitou hoje uma rua que separa bons e maus exemplos de resposta à crise na habitação e acusou a direita de hipocrisia por inviabilizar soluções para um problema reconhecido por todos.

    A rua Ferreira de Mesquita, no Entroncamento, separa dois cenários: de um lado, cerca de 40 casas onde estão a ser concluídas as obras de reabilitação para, em breve, receberem famílias a rendas acessíveis; do outro, um terreno onde a autarquia socialista quer construir 100 habitações, mas a intenção continua a esbarrar nos votos contra da oposição à direita.

    “Temos aqui um bom e um mau exemplo. Um bom exemplo em que conseguimos reabilitar casas e dar a famílias que trabalham cá ou usam a ferrovia e, por outro lado, tivemos um mau exemplo de um projeto de mais de 100 casas 100% financiado por fundos europeus que, infelizmente, a direita voltou a chumbar”, sublinhou Francisco Paupério.

  • Catarina Martins acusa direita de querer mexer na lei do aborto. "Só porque PPM está escondido no sótão não repete a cena do macho ibérico"

    Catarina Martins não esqueceu como Paulo Núncio (CDS) chegou a falar, antes das legislativas, da possibilidade de um novo referendo ao aborto — e voltou a elogiar a coragem das mulheres.

    “Fomos mulheres de coragem, juntas, à porta de tribunais onde estavam a ser julgadas mulheres acusadas de terem abortado e que podiam ser condenadas a três anos de prisão. Fomos mulheres de coragem a conquistar o referendo para o fim dessa lei e a fazer vencer a justiça do respeito pela nossa decisão”, recordou.

    “E se me dizem que aqui não vão mexer na lei do aborto, pois lembro-vos que o PSD e CDS, mesmo depois do referendo ter dito o que o país queria, votaram contra a lei que descriminalizava o aborto; lembro-vos que os que dizem que não vão mexer na lei já mexeram, precisamente no último governo PSD-CDS, e para humilhar as mulheres; lembro-vos que, há dois meses, um dos dirigentes da coligação explicou que voltariam a fazer o mesmo truque; e lembro-vos que é só porque o PPM está escondido no sótão que não o temos a repetir a cena do macho ibérico”, afirmou.

    “Só há uma garantia para a democracia: a força das mulheres que sabem que elas somos nós, somos a força de mulheres e homens que juntos não abdicam da igualdade”, disse ainda.

  • Catarina Martins: "A direita está a transformar-se num exército de guerra contra as mulheres"

    A cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, acusou este domingo a direita de se estar a transformar “num exército de guerra contra as mulheres”.

    Num discurso numa festa-comício no jardim da Quinta das Conchas, em Lisboa, Catarina Martins começou por evocar Nora Cortiñas, uma mulher argentina que fez parte do movimento das Mães da Praça de Maio e que morreu recentemente, depois de uma vida dedicada a várias lutas pelos direitos das mulheres, incluindo o direito ao aborto.

    “É por isso que vos quis falar da Nora. Ela indignou-se quando o partido do Milei propôs restabelecer a pena de prisão de três anos pelo aborto”, disse Catarina Martins.

    “Indignou-se, como nós, quando nos Estados Unidos, onde governam os trumpistas se começou a proibir o aborto até nos casos de violação”, continuou.

    “Terá festejado quando tivemos a alegria de saber que na Polónia, um dos epicentros da extrema-direita europeia, as mulheres que são a luta e a resistência viram aprovadas normas legais para respeitar a decisão que é sua”, sublinhou Catarina Martins.

    A candidata bloquista disse mesmo que ninguém pode ficar “iludido”, porque “a bandeira da direita dos dias de hoje é esse ataque: sentem que a igualdade ameaça privilégios e responde à violência”.

    “A direita está a transformar-se num exército de guerra contra as mulheres”, disse mesmo, antes de atacar diretamente Giorgia Meloni, líder dos Conservadores e Reformistas Europeus.

    “Alguém se espanta por ver Meloni, a chefe da extrema-direita italiana, acarinhada pelo PPE e pela AD, e aliás mesmo pela segunda candidata da lista socialista em Espanha, que veio escandalosamente sugerir que é possível um entendimento com essa parte da extrema-direita?”, questionou.

    “Não devemos ficar surpreendidas, a promessa de um pós-fascismo suave é o que é. Espanta que Orban, que impõe limites à liberdade de opinião e até ao funcionamento dos tribunais, tenha feito parte até à 25ª hora do partido europeu de Von der Leyen?”, acusou.

    Catarina Martins lembrou a ligação de vários líderes de extrema-direita a Ventura: “Nada disso é para nós uma questão estrangeira. Os aliados de Ventura, seja Milei, seja Trump, seja Meloni, seja Orban, tomam os direitos das mulheres como alvo. Os aliados de Montenegro querem aproximar-se dos aliados de Ventura, afirmando que se normalizaram e são democratas.”

    “Mas nós sabemos que quem quer espezinhar os direitos das mulheres não é democrata, é simplesmente alguém que despreza a humanidade”, defendeu.

  • CDU atira ao Bloco de Esquerda sobre salário mínimo: "Na hora em que aperta a curva, há quem se vá deixando ficar pelo caminho"

    João Oliveira defendeu esta tarde que é preciso no Parlamento Europeu “quem procure denunciar o nivelamento por baixo dos salários” que foi aprovado apenas com o voto contra da CDU, entre os deputados portugueses. O cabeça-de-lista comunista referia-se à diretiva da União Europeia relativa aos “salários mínimos adequados” que procura promover a adequação dos salários mínimos nacionais e condições de trabalho dignas para os trabalhadores. A medida é considerada insuficiente pela CDU e foi aprovada pelos deputados do Bloco de Esquerda.

    “Na hora em que é mais apertada a curva, em que é preciso ter noção mais clara de onde fica a defesa dos direitos dos trabalhadores, onde vai a lenga-lenga do ataque a esses direitos, também há quem lhe falte a força nas pernas, e quem se vá deixando ficar pelo caminho”, começou por acusar João Oliveira num almoço-comício em Baixa da Banheira, na Moita, antes de lembrar que “à direita e à esquerda houve quem ficasse pelo caminho“.

    O comunista foi mais longe na explicação para o voto contra em relação a esta diretiva, ao apontar pela reação dos patrões em Portugal à aprovação da medida. “A diretiva é tão boa, tão boa, que as confederações patronais vieram logo aplaudir e dizer que temos o problema dos salários mínimos resolvido em Portugal. Se fosse boa, não tinham tomado a posição que tomaram”, afirmou.

    Para João Oliveira, a diretiva que foi aprovada em setembro de 2022 não passa de um “instrumento de nivelamento por baixo dos salários mínimos” que não serve os trabalhadores da Europa e, muito menos, os portugueses, já que os rendimentos mínimos em Portugal se encontram “muito aquém daquilo que é preciso e é referência nos países mais desenvolvidos” no continente.

  • 25 candidatos portugueses apoiam mobilidade em bicicleta

    A associação MUBI indica que 25 candidatos portugueses a eurodeputados subscreveram o “compromisso de desbloquear o potencial da utilização da bicicleta para melhorar a vida das pessoas na Europa”.

    Europeias. 25 candidatos portugueses apoiam mobilidade em bicicleta

  • "Se há coisa que já se percebeu no PS é que sobre o PS não se percebe nada", diz Bugalho

    No almoço comício da AD em Vagos discursa o cabeça de lista que começa por elogiar Carlos Moedas que coloca como “a prova de que o sonho europeu pode ser o sonho português”.

    E isto indo às origens do autarca de Lisboa, que “ao contrário dele”, que foi um “pouco mais privilegiado”, Carlos Moedas “não teve essa sorte e teve de trabalhar mais e sacrificar-se mais”, referindo as origens mais humildes do social-democrata.

    Depois passa para o discurso de campanha, atirando aos seus adversários: “Não somos de ataques, somos de moderação e é isso que nos distingue de todas as candidaturas”.

    E pede a votação na AD já que o “voto no PS é o da incerteza”, dizendo que tem dito coisas diferentes sobre o orçamento, sobre von der Leyen, sobre a colagem entre a direita tradicional à populista. Isto para concluir que “se há coisa que já se percebeu sobre o PS é que sobre o PS não se percebe nada”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Mais de sete mil eleitores votaram de manhã em Lisboa

    Mais de sete mil eleitores exerceram hoje de manhã antecipadamente o seu direito de voto para as eleições europeias, do próximo domingo, na Cidade Universitária de Lisboa.

    Aos jornalistas, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, adiantou que até às 12h tinham exercido o direito de voto 22% dos 34.606 eleitores inscritos no voto antecipado em mobilidade — mais 7.687 inscritos do que nas últimas eleições legislativas — nas 107 mesas.

    De acordo do Filipe Anacoreta Correia, “está tudo a correr bastante bem”, sem incidentes.

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