“A Ucrânia será forçada a lutar contra a Coreia do Norte na Europa”, alertou Volodymyr Zelensky na sua comunicação habitual no seu canal de Telegram.

A Rússia está cada vez mais unida à Coreia do Norte “e, a qualquer momento, os seus soldados podem aparecer no campo de batalha a lutar contra a Ucrânia”, continuou.

No final da sua declaração, Zelensky aproveitou ainda para criticar a inação da ONU e dos países que têm vindo a apoiar Kiev: “A falta de decisões mais fortes dos parceiros que apoiam a Ucrânia apenas encoraja Putin a investir mais no terror”.

O presidente da Ucrânia assinou na passada sexta-feira um projeto de lei que permite que estrangeiros e apátridas sirvam nas Forças Armadas do país assumindo o cargo de oficial, avança o jornal Ukrainska Pravda.

De acordo com o site do Parlamento ucraniano, o projeto de lei foi “submetido com a assinatura do Presidente da Ucrânia” a 25 de outubro.

Até então, os estrangeiros só podiam exercer cargos administrativos e/ou assumir funções de sargento.

O Representante Permanente da Ucrânia na Organização das Nações Unidas, Serhii Kyslytsia, considera que o secretário-geral desta organização está a contradizer a política da ONU de apoiar o trabalho do Tribunal Penal Internacional (TPI).

Em causa está o facto de António Guterres ter visitado a Rússia e ter-se reunido com Vladimir Putin.

Na rede social X, o representante ucraniano na ONU salientou que, numa das diretrizes desta organização sobre reuniões se lê: “Se a pessoa ocupar uma posição de autoridade num Estado, deverão ser feitos todos os esforços para se encontrar e estabelecer contactos com pessoas que não sejam objeto de um mandado de detenção”.

«Може статися так, що особи, щодо яких МКС видав ордер на арешт, цілеспрямовано добиватимуться зустрічі з офіційними особами ООН для того, щоб продемонструвати свою зневагу до МКС та спробувати підірвати його авторитет… Від ООН вимагається утримуватися від будь-яких дій, які… pic.twitter.com/VIgsLv5KEy

— Sergiy Kyslytsya 🇺🇦 (@SergiyKyslytsya) October 26, 2024

Um novo balanço do ataque no Dnipro aponta para cinco mortos e 21 feridos, incluindo uma criança.

De acordo com as autoridades locais, citadas pelo Kyiv Independent, nas últimas horas foi encontrado o corpo de um homem, nos destroços, elevando para cinco o número de vítimas mortais.

Entre os 21 feridos, sete estão hospitalizados e um rapaz de 17 anos está em situação grave.

Já tinha sido noticiado que um polícia, a sua mulher e duas filhas ficaram presos sob os escombros do prédio onde viviam. A filha mais nova terá sido salva mas a mulher deste polícia, bem como a filha mais velha do casal, não resistiram.

Mais uma pessoa morreu no ataque russo na cidade de Dnipro na noite de sexta-feira. Existem, segundo um novo balanço, quatro vítimas mortais, incluindo uma criança.

De acordo com a Polícia Nacional, citada pelo Kyiv Independent, um polícia, a sua mulher e duas filhas ficaram presos sob os escombros do prédio onde viviam. A filha mais nova terá sido salva mas a mulher deste polícia, bem como a filha mais velha do casal, não resistiram.

O ataque, que fez também 20 feridos, danificou 13 edifícios de apartamentos, duas casas e o hospital Mechnikov, que é um hospital muito usado para tratar soldados feridos na guerra com a Rússia.

Dnipro, a quarta maior cidade da Ucrânia, tinha antes da guerra uma população de cerca de um milhão de pessoas. A cidade, que é um importante centro logístico e humanitário, fica a aproximadamente 395 quilómetros de Kiev.

Um ataque russo, usando mísseis, matou três pessoas, incluindo uma criança. Vários edifícios residenciais foram atingidos, bem como uma infraestrutura médica, indicou o governador regional Serhii Lysak.

Citado pelo Kyiv Independent, o governador indicou que há 19 feridos, segundo o último balanço, o que inclui pelo menos mais duas crianças além daquela que não resistiu ao ataque.