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  • Este liveblog fica por aqui. Continue a acompanhar toda a atualidade sobre a guerra entre Israel e o Hamas neste novo link.

    Chefe das Forças de Defesa de Israel admite que conflito “vai durar muitos meses”

  • OMS revela testemunhos "dilacerantes" após bombardeamento de campo de refugiados em Gaza

    OMS divulgou testemunhos “dilacerantes” que as suas equipas recolheram num hospital da Faixa de Gaza onde se encontram as vítimas do bombardeamento do campo de refugiados de Al-Maghazi.

    OMS revela testemunhos “dilacerantes” após bombardeamento de campo de refugiados em Gaza

  • "Destruir o Hamas, desmilitarizar e desradicalizar". Netanyahu apresenta três requisitos para a paz

    O primeiro-ministro israelita escreveu um artigo de opinião no jornal The Wall Street Journal em que apresenta “três pré-requisitos para a paz”: destruir o Hamas, desmilitarizar a Faixa de Gaza e “desradicalizar toda a sociedade palestiniana”.

    “Os EUA, Reino Unido, França, Alemanha e muitos outros países apoiam a intenção de Israel de destruir o grupo terrorista [Hamas]. Para alcançar esse objetivo, as suas capacidades militares devem ser desmanteladas e seu governo político sobre Gaza deve acabar”, escreve Benjamin Netanyahu.

    Em segundo lugar, Israel também deve garantir que Gaza “nunca mais será usada como base para atacar” Israel. “Entre outras coisas”, continua o primeiro-ministro israelita, “isso exigirá o estabelecimento de uma zona de segurança temporária no perímetro de Gaza e um mecanismo de inspeção na fronteira entre Gaza e o Egito que atenda às necessidades de segurança de Israel e impeça o contrabando de armas para o território”.

    Netanyahu sublinha que a “expectativa de que a Autoridade Palestiniana desmilitarize Gaza é um sonho impossível”, uma vez que aquela força política (que atualmente governa a Cisjordânia) “educa as crianças palestinianas para procurar a destruição de Israel”. “A sociedade civil palestiniana precisa de ser transformada, para que o seu povo apoie o combate ao terrorismo em vez de o financiar”, escreve o primeiro-ministro de Israel.

    “Se o Hamas for destruído, Gaza desmilitarizada e a sociedade palestiniana iniciar um processo de desradicalização, Gaza pode ser reconstruída e as perspetivas de uma paz mais ampla no Oriente Médio tornarão-se-ão realidade”, vaticina Netanyahu.

  • Mãe de jovem israelita morto por engano pelas IDF diz não sentir "raiva"

    Iris Haim — mãe de Yotam (28 anos), um dos jovens mortos por engano pelas forças armadas israelitas — diz que não tem raiva dos militares que tiraram a vida ao filho.

    “Eu não fiquei com raiva nem por um minuto, nem o meu marido. Não houve raiva para com as IDF [Forças de Defesa de Israel]. Houve dor, tristeza, muita dor… Ficámos chocados”, contou a mulher ao Channel 12, citada pelo Times of Israel.

    Iris Haim disse que os militares que mataram o filho são jovens “doces” e revelou que, durante a visita que lhe fizeram, garantiram ter visto “figuras e nem podiam imaginar que eram reféns”. “Eles não faziam ideia”, disse a mulher.

    Yotam Haim foi morto por engano juntamente com outros dois reféns, Alon Shamriz e Samar Talalka, por tropas israelitasque, por engano, os identificaram como uma ameaça no dia 15 de dezembro. O incidente está a ser investigado pela IDF.

  • Cidade de Ashkelon novamente atingida por rockets vindos de Gaza

    A braços com uma invasão terrestre das forças armadas israelitas, que começou há quase dois meses, o Hamas continua a manter capacidade de lançar rockets sobre território israelita. Esta segunda-feira, 12 rockets atingiram a cidade de Ashkelon, a cerca de 15 quilómetros da fronteira com a Faixa de Gaza.

    Segundo o Times of Israel, as sirenes de alerta de ataque aéreo soaram na zona industrial do sul da cidade, bem como nas comunidades de Netiv Ha’assara, Zikim e Karmia.

    Não há, até ao momento, registo de feridos ou de danos.

  • Decisão de Israel de banir trabalhadores da Cisjordânia pode custar 750 milhões de euros/mês

    A decisão do governo israelita de proibir a entrada da maioria dos trabalhadores palestinianos da Cisjordânia em território de Israel, tomada após o ataque do Hamas a 7 de outubro, pode acabar por custar à economia até 3 mil milhões de shekels (cerca de 750 milhões de euros) por mês, disse, esta segunda-feira, um representante do Ministério das Finanças ao Comité de Trabalhadores Estrangeiros do Knesset (o parlamento israelita).

    Segundo o Times of Israel, vários relatos referem que Israel precisa de mais de 30 mil trabalhadores estrangeiros para manter em funcionamentos setores como a construção e a agricultura.

    Neste momento, o país enfrenta uma escassez crítica de mão de obra, exacerbada pela decisão do governo de impedir a entrada da maioria dos trabalhadores da Cisjordânia e pela mobilização de centenas de milhares de reservistas israelitas para a guerra contra o Hamas e que tiveram de deixar, temporariamente, os respetivos empregos.

    “A indústria [de construção] está completamente parada. 50% dos locais estão fechados e há um impacto na economia de Israel e no mercado imobiliário”, disse Raul Sargo, presidente da Bonei Haaretz Contractors Association.

  • Gabinete de guerra israelita vai reunir-se para analisar proposta de cessar-fogo do Egipto

    O gabinete de guerra israelita vai reunir-se esta noite, avança o Times of Israel, para discutir a proposta de cessar-fogo do Egipto, e que prevê também a libertação dos reféns israelitas e que o Hamas abra mão do controlo da Faixa de Gaza.

    O plano egípcio, divido em três fases e que o Hamas terá já rejeitado, prevê o fim das hostilidades em Gaza, bem como o fim do controlo do Hamas sobre aquele território. Prevê também um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns israelitas que se ainda se mantêm nas mãos dos grupos terroristas.

    Numa primeira fase, o Egipto sugere um cessar-fogo de duas semanas — que se pode estender –, em troca da libertação de 40 reféns — mulheres, crianças e homens idosos, especialmente os doentes. Já Telavive libertaria 120 prisioneiros palestinianos e teria de retirar os tanques de Gaza e permitir a entrada de ajuda humanitária.

    Numa segunda fase, o Cairo patrocinaria negociações para a formação de um governo na Cisjordânia e Gaza que supervisionaria a reconstrução da Faixa de Gaza e abriria caminho para a realização de eleições legislativas e presidenciais.

    A terceira e última etapa prevê um cessar-fogo abrangente, a libertação dos restantes reféns israelitas, incluindo soldados, em troca de um número a determinar de prisioneiros do Hamas e da Jihad Islâmica detidos em Israel (incluindo alguns presos devido aos ataques de 7 de outubro). Israel teria ainda de retirar as suas forças das cidades da Faixa de Gaza e permitir que os habitantes deslocados do norte do enclave regressassem às suas casas.

  • Israel nega prorrogação e novos vistos a funcionários da ONU

    O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita afirmou hoje que deu instruções aos funcionários do seu ministério para recusarem a prorrogação dos vistos e recusarem novos pedidos de visto a funcionários das Nações Unidas (ONU), noticiou a EFE.

    A decisão de Eli Cohen é motivada pela insatisfação com a atitude da ONU durante a guerra em Gaza, entre Israel e o movimento islâmico Hamas.

    “A conduta da ONU desde 7 de outubro é uma vergonha para a organizaçao e para a comunidade internacional, a começar pelo Secretário-Geral [António Guterres], que legitimou crimes de guerra e crimes contra a humanidade, passando pelo Alto Comissário para os Direitos Humanos, que publica calúnias de sangue sem fundamento”, afirmou Eli Cohen numa mensagem na sua conta da rede social X (antigo Twitter).

    António Guterres referiu-se à Faixa de Gaza como “o inferno na terra”, mergulhada numa catástrofe humanitária devido à ofensiva israelita, e condenou o elevado número de vítimas civis – mais de 20.600 em 80 dias.

    Guterres chegou a invocar o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que insta o Conselho de Segurança a atuar para travar uma ofensiva militar, como a de Gaza, o que não conseguiu face ao veto dos Estados Unidos.

    A Assembleia Geral da ONU aprovou várias resoluções que apelam a um cessar-fogo, embora Israel tenha rejeitado todas as iniciativas e critique as Nações Unidas por não condenar o “terrorismo” do Hamas.

    Cohen também criticou a ONU Mulheres por ter ignorado durante dois meses “atos de violação contra mulheres israelitas” no ataque do Hamas em 07 de outubro, para os quais não foram apresentadas provas conclusivas.

    Em retaliação às acções da ONU, Israel já retirou o visto à coordenadora humanitária da ONU em Jerusalém, Lynn Hastings.

    “Deixaremos de trabalhar com aqueles que cooperam com a propaganda da organização terrorista Hamas”, escreveu Cohen no Twitter.

  • População retirada do norte de Israel regressará através de acordo ou de uma "ação militar", avisa ministro da Defesa

    O ministro da Defesa israelita garantiu, esta segunda-feira, que a população que foi retirada das suas casas, no extremo norte de Israel (zona onde tem crescido a tensão com o Hezbollah), vai regressar às suas casas.

    Citado pelo Haaretz, Yoav Gallant afirmou que isso acontecerá através de uma de dois vias: ou por um acordo ou através de uma ação militar. O responsável visitou hoje o comando Norte das Forças de Defesa de Israel.

    Recorde-se que, em outubro, Israel retirou milhares de pessoas de quase 30 cidades e localidades junto à fronteira com o Líbano, depois do aumento dos ataques com rockets levado a cabo pelo Hezbollah.

  • "O regime sionista vai pagar". Irão ameaça retaliar contra Israel depois da morte de um oficial na Síria

    O Irão ameaça retaliar contra Israel, na sequência da morte, esta segunda-feira, de um oficial da Guarda Revolucionária iraniana num ataque aéreo na Síria, alegadamente levado a cabo por Telavive.

    “O regime sionista, usurpador e bárbaro, vai pagar por este crime”, avisa a Guarda Revolucionária Islâmica, citada pelo Times os Israel.

    Razi Mousavi, um conselheiro militar daquela estrutura das forças armadas do Irão, morreu durante um ataque aéreo ao distrito de Zeinabiyah, nos subúrbios de Damasco, a capital da Síria. A agência de notícias estatal do Irão, a IRNA, atribuiu de imediato a autoria do ataque ao “regime sionista” — Israel.

    Mousavi, era, segundo a IRNA, um dos mais experientes conselheiros da Guarda Revolucionária iraniana. Terá sido um dos responsáveis por coordenar a aliança militar entre Síria e Irão e também terá estado envolvido no abastecimento de material militar ao Hezbollah (o grupo pró-Irão que atua no sul do Líbano contra Israel).

  • Míssil atinge casa na cidade israelita de Metula, junto ao Líbano

    Dois mísseis anti-tanque foram disparados contra a cidade de Metula, no extremo norte de Israel, na tarde desta segunda-feira. Um deles atingiu uma casa, segundo um responsável da administração local, citado pelo Haaretz.

    Também a norte, na zona da Galileia Ocidental, caíram 12 rockets, segundo informação avançada pelas Forças de Defesa de Israel. A maioria (10) caíram em áreas abertas, e não representaram perigo para as populações. Um dos rockets foi intercetado pelo sistema de defesa anti-aério Iron Dome e outra caiu em território libanês.

    Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas que se tem intensificado a troca de artilharia entre Israel e o movimento libanês Hezbollah (pró-Irão), na fronteira com o Líbano.

  • Número de mortos em Gaza já ultrapassa os 20.600, garante o Hamas

    O número de mortos causado pelas operações militares israelitas na Faixa de Gaza atingiu os 20.674 desde o início da guerra em 07 de outubro, revelou hoje o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

    A mesma entidade, citada pela agência AFP, refere que o número de feridos ascende já a 54.536.

    Na véspera, o Ministério da Saúde local calculava em 20.424 o número de mortos, estimando que mais de 70% fossem civis, incluindo mais de oito mil crianças, e que cerca de 7.500 mortos permanecessem ainda debaixo dos escombros dos edifícios alvo dos bombardeamentos israelitas.

    Entretanto, o Egito propôs no sábado ao grupo islamita Hamas uma trégua de “duas ou três semanas” em troca da libertação de 40 reféns israelitas, como parte de um plano para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.

    Fontes palestinianas citadas pela agência EFE disseram que uma delegação do Hamas viajou para o Qatar, onde se encontra o seu escritório político, para avaliar a proposta, que o Egito também apresentará à delegação da Jihad Islâmica, chefiada pelo seu secretário-geral, Ziad Najalah, que chegou no sábado ao Cairo para discutir a situação no enclave.

    A iniciativa apresentada pelo Egito ao chefe da ala política do Hamas, Ismail Haniye, é composta por três pontos: o primeiro prevê uma trégua de duas a três semanas em troca da libertação de 40 reféns israelitas detidos pelo Hamas.

    O segundo ponto propõe um processo de conversações inter-palestinianas que conduza à formação de um governo tecnocrático em Gaza.

    O terceiro e último ponto propõe a cessação total da guerra, um acordo global de troca de prisioneiros e reféns entre as duas partes e a retirada de Israel de Gaza, disseram as fontes.

    O Egito apresentará este plano ao secretário-geral da Jihad Islâmica, a fim de consolidar a posição palestiniana relativamente a esta iniciativa.

    A proposta egípcia surge quando os ataques aéreos israelitas estão a atingir fortemente o centro e o sul de Gaza, destruindo edifícios com famílias abrigadas lá dentro.

    No campo de refugiados de Maghazi, equipas de resgate retiraram dezenas de corpos dos destroços horas depois de um ataque ter destruído um prédio de três andares e destruído outros nas proximidades.

    Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), pelo menos 106 pessoas foram mortas, de acordo com registos hospitalares, tornando-se um dos ataques mais mortíferos da campanha aérea de Israel.

    A guerra devastou grandes partes de Gaza e deslocou quase todos os 2,3 milhões de habitantes do território.

    O crescente número de mortos entre as tropas israelitas — 17 desde sexta-feira e 156 desde o início da ofensiva terrestre — pode minar o apoio público à guerra, que foi desencadeada quando militantes liderados pelo Hamas invadiram comunidades no sul de Israel em 07 de outubro, matando 1.200 e fazendo 240 reféns.

    Os israelitas ainda apoiam, em grande parte, os objetivos declarados do país de esmagar as capacidades governamentais e militares do Hamas e de libertar os restantes 129 reféns, isto apesar da crescente pressão internacional contra a ofensiva de Israel e do crescente número de mortos e do sofrimento sem precedentes entre os palestinianos.

  • Hamas nega ter rejeitado proposta de cessar-fogo do Egipto

    O Hamas veio a público refutar notícias que davam conta de que teria rejeitado uma proposta de cessar-fogo preparada pelo Egipto, que previa o fim das hostilidades em Gaza por troca com o grupo radical islâmico abrir mão do poder.

    Izzar al-Risheq, membro do braço político do Hamas, referiu-se à notícia, originalmente publicada pela Reuters, dizendo que os palestinianos não tinham “nenhum conhecimento” de uma proposta deste género.

    “Reiteramos que não haverá negociações sem um cessar geral da agressão”, disse.

  • Ataque aéreo israelita mata oficial iraniano na Síria

    Um importante oficial militar israelita foi morto esta segunda-feira na sequência de um ataque aéreo das forças de Israel, avançou a agência iraniana Tasnim.

    Sayyed Razi Mousavi era um conselheiro especial da Guarda Revolucionária e um homem próximo de Qassem Soleimani, assassinado no início de 2020 após um ataque com drones dos EUA.

    De acordo com a Al Jazeera, que cita a agência estatal iraniana IRNA News, Mousavi “foi morto durante um ataque do regime sionista há algumas horas à saída de Damasco”, a capital da Síria. Telavive ainda não confirmou a informação.

  • Egípcio Mohammed Salah celebra Natal “com o coração pesado” pela guerra em Gaza

    Mohammed Salah, jogador do Liverpool e uma das mais influentes e populares celebridades no Médio Oriente, partilhou nas redes sociais uma mensagem de Natal, na qual não esqueceu o conflito em Gaza.

    Na rede social X, o futebolista egípcio publicou uma fotografia da sua árvore de Natal a preto-e-branco e recordou a morte e destruição que a guerra entre Israel e o Hamas trouxe a Gaza este Natal.

    “Com a guerra brutal que está a acontecer no Médio Oriente, especialmente a morte e destruição em Gaza, este ano chegamos ao Natal com os corações pesados e partilhamos a dor das famílias enlutadas pela perda dos seus entes queridos”, escreveu o jogador na rede social.

  • Hamas rejeitou cessar-fogo em troca de abrir mão do poder. “A guerra não está perto de terminar”, diz Netanyahu

    Nas últimas horas, a agência Reuters deu conta de uma proposta para o fim do conflito em Gaza que terá sido rejeitada pelo Hamas e pela Jihad Islâmica. A proposta, uma iniciativa do Egipto, previa que os radicias islâmicos abrissem mão do poder na região, em troca por um cessar-fogo permanente.

    A ideia foi, contudo, descartada por ambos os grupos, que se recusaram a fazer mais concessões para lá da libertação dos reféns feitos nos ataques de 7 de outubro, confirmaram fontes do Cairo à agência noticiosa.

    O conflito parece, deste modo, estar longe do fim para ambas as partes. Já esta tarde, num comunicado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, veio a público negar a especulação de que poderá haver no futuro próximo uma pausa humanitária, dizendo que a guerra vai até intensificar-se nos próximos tempos.

    “Não vamos parar. Continuamos a lutar, vamos intensificar os combates nos próximos dias, eles vão demorar e não estão perto do fim”, disse Netanyahu numa declaração aos deputados do seu partido, o Likud.

  • Sistema de saúde em Gaza em "colapso total". 9 mil pessoas já morreram por falta de assistência

    A crise humanitária em Gaza continua a preocupar. De acordo com os dados mais recentes das autoridades locais, 23 hospitais da região estão fora de serviço devido aos bombardeamentos de Israel.

    Segundo a Al Jazeera, que cita o diretor do departamento de comunicação do governo de Gaza, a infraestrutura de saúde do país já chegou ao nível de “colapso completo” e não tem como responder às necessidades da população civil fustigada pelos ataques.

    Ao todo, Ismail Thawbata diz que até ao momento cerca de 9 mil pessoas morreram como consequência direta da falta de capacidade em garantir assistência médica. A situação é tão grave, acrescentou, que a ajuda médica de emergência que tem chegado a Gaza só é capaz de responder a “cerca de 2%” das necessidades do setor da saúde.

  • Hezbollah reivindica ataque a base israelita e fala em “mortes confirmadas”

    O Hezbollah anunciou ter atacado uma base militar israelita perto da fronteira com o Líbano, alegando que a operação resultou em “mortes confirmadas”.

    Num comunicado citado pela Al Jazeera, pode ler-se que o grupo fundamentalista no poder no Líbano atacou “soldados inimigos nas proximidades” da base militar de Beit Hillel.

    O mesmo comunicado refere que membros das forças israelitas em Bkirat Risha também foram atacados.

  • Em mensagem de Natal, Papa apela ao fim da “ceifa” de vidas civis em Gaza

    Na sua mensagem do dia de Natal, o Papa Francisco voltou a pronunciar-se sobre a guerra em Gaza, com especial foco nas crianças mortas nos últimos três meses devido ao conflito entre Israel e o Hamas.

    Numa alusão à razão pela qual se celebram as festividades natalícias, o líder da Igreja Católica considerou que as crianças que estão neste momento a morrer no Médio Oriente “são os pequenos Jesuses de hoje”, e pediu a Israel para parar com “a horrorosa ceifa de vítimas civis inocentes em Gaza”.

    O Papa dirigiu ainda críticas ao complexo militar-industrial pelo seu papel na atual crise humanitária, descrevendo os líderes da indústria como “os marionetistas da guerra”.

  • Jihad Islâmica rejeita troca de prisioneiros se não pararem ataques contra Gaza

    A Jihad Islâmica voltou a rejeitar qualquer troca de prisioneiros e reféns sem que antes se cessem de forma permanente os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e enquanto as forças israelitas permanecerem no enclave palestiniano.

    “A questão da troca de prisioneiros e detidos não é discutida a menos que a agressão contra Gaza pare e as forças israelitas se retirem”, disse o subsecretário-geral da Jihad Islâmica esta segunda-feira, Mohamed Al-Hindi, após uma reunião com o Serviço Geral de Inteligência do Egito, no Cairo.

    Na reunião, a delegação do movimento palestiniano, liderada pelo secretário-geral, Ziad Najalah, avaliou diferentes posições e discutiu a proposta apresentada pelo Egito no domingo.

    Como país mediador no conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, o Egito apresentou ao grupo islâmico um plano de três pontos: o primeiro prevê uma trégua de duas a três semanas em troca da libertação de 40 reféns israelitas detidos pelo Hamas.

    O segundo ponto propõe um processo de conversações inter-palestinianas que conduza à formação de um governo tecnocrático em Gaza.

    O terceiro e último ponto propõe a cessação total da guerra, um acordo global de troca de prisioneiros e reféns entre as duas partes e a retirada de Israel de Gaza, disseram as fontes.

    O subsecretário-geral da Jihad Islâmica insistiu que “o futuro de Gaza não pode ser separado do futuro da Cisjordânia” e afirmou que “a resistência tem capacidades que lhe permitem continuar a lutar por um longo período, mais longo do que todos esperam”.

    Além disso, Al-Hindi disse que “os líderes israelitas estão a promover declarações populistas com o objetivo de reunir a extrema-direita em torno deles”, embora “essas declarações não tenham sucesso e sejam em vão”.

    Segundo fontes diplomáticas palestinianas, uma delegação do Hamas discutirá no Qatar, onde está localizado o seu escritório político, os detalhes desta proposta que o Egito também lhe apresentou.

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