Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia, obrigada por ter estado connosco ao longo do dia de ontem. Continuamos a seguir a guerra na Ucrânia neste novo artigo em direto.

    “Empurrar a guerra para território do agressor”. Zelensky fala pela primeira vez sobre a incursão na Rússia

  • "Paz só é possível se a Ucrânia tomar iniciativa na guerra": Zelensky volta a aludir a Kursk

    Pelo terceiro dia consecutivo, o Presidente ucraniano deixou referências à operação em Kursk, sem a mencionar diretamente. Na comunicação diária de hoje, Zelensky começou por mencionar o ataque russo em Donetsk, dizendo que a Rússia ia ser responsabilizada pelos seus crimes de guerra, em tribunal, mas, por agora, estava a ser responsabilizada “pela força dos guerreiros, de todos os ucranianos que estão a restaurar a justiça, a destruir os ocupantes e a defender as posições”.

    O chefe de Estado sublinhou “a resiliência e a coragem” dos soldados ucranianos que têm feito prisioneiros russos para serem utilizados como moeda de troca. “Quero agradecer especialmente aos guerreiros e unidades que estão a abastecer o nosso ‘fundo de troca’: fazendo prisioneiros dos ocupantes e ajudando-os assim a libertar o nosso povo do cativeiro russo. Isto é muito importante e foi particularmente eficaz nos últimos três dias”, declarou Zelensky, na sua referência mais direta à ofensiva até agora.

  • Agência Internacional de Energia Atómica pede “contenção máxima” perto da central nuclear de Kursk

    O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) instou hoje as forças russas e ucranianas, que combatem na região russa de Kursk, a terem “máxima contenção” em relação à central nuclear e evitarem um acidente.

    “Gostaria de apelar a todas as partes para que atuem com a máxima contenção para evitar um acidente nuclear que possa causar graves consequências radiológicas”, frisou Grossi, num comunicado divulgado pela agência nuclear da ONU.

    “Estou pessoalmente em contacto com as autoridades competentes de ambos os países e continuarei a acompanhar o assunto”, garantiu ainda.

    A central de Kursk possui seis reatores, embora apenas dois estejam totalmente operacionais, explicou a agência internacional, num comunicado em que não se referiu detalhadamente aos acontecimentos ocorridos esta semana nesta região russa.

  • EUA anunciam novo pacote de ajuda militar a Kiev de 115 milhões de euros

    Os Estados Unidos anunciaram hoje um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, de 125 milhões de dólares (115 milhões de euros), que inclui munições para sistemas de rockets e artilharia ou armas antitanque.

    O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, realçou, em comunicado, que este é o décimo pacote de assistência a Kiev autorizado pelo Presidente, Joe Biden, com o objetivo de ajudar a Ucrânia “a proteger as suas tropas, o seu povo e as suas cidades da Rússia”.

    Para Blinken este é “um novo pacote significativo de armas e equipamento urgentemente necessário para apoiar as suas forças militares na sua defesa contra os ataques em curso da Rússia”.

    Entre o material, que será fornecido o “mais rapidamente possível”, incluem-se “intercetores de defesa aérea, munições para sistemas de foguetes e artilharia, radares multimissão e armas antitanque”.

  • Irão irá entregar centenas de mísseis balísticos a Moscovo, avança Reuters

    Moscovo e Teerão assinaram um acordo de defesa no dia 13 de dezembro de dezenas de soldados russos estão agora no Médio Oriente a receber formação para operar mísseis balísticos Fath-360. O próximo passo será a entrega de centenas destas armas a Moscovo, relataram duas fontes dos serviços de informação europeus à Reuters.

    O ministério da Defesa russo recusou comentar a informação. Já o Irão, confirmou a assinatura de um acordo para cooperação militar, mas recusou que esteja a considerar entregar de armamento que “possa ser utilizado no conflito com a Ucrânia”.

    Os mísseis Fath-360 são guiados por satélite e permitiriam a Moscovo atacar alvos bem para lá da frente de guerra na Ucrânia, enquanto outros mísseis, de fabrico iraniano, seriam eficazes para alvos a curtas distâncias.

  • Ucrânia reivindica ofensiva em Kursk pela primeira vez. Exército diz controlar instalações da Gazprom

    Ao fim de quatro dias de ofensiva, o exército ucraniano fez a primeira confirmação oficial da operação militar na região russa de Kursk. Num vídeo partilhado pelo Financial Times, um soldado do 99º Batalhão fala em frente a uma instalação da Gazprom, afirmando ter tomado controlo da cidade de Sudzha e das condutas de passagem do gás, que alimentam a rede europeia. Fontes russas já tinham relatado a ocupação da cidade fronteiriça.

    “A cidade está silenciosa e os edifícios estão intactos. A instalação estratégica da Gazprom está sob controlo”, afirmam brevemente.

  • Grupo Wagner declara-se pronto para combater em Kursk

    O Grupo Wagner pronunciou-se hoje sobre a ofensiva ucraniana em Kursk, dizendo-se “pronto para posicionar formações de combate, à primeira chamada“.

    Num comunicado do Conselho de Comandantes, publicado num canal do Telegram associado ao grupo, os líderes do grupo declaram que “sempre tiveram apenas um objetivo: defender os interesses da Pátria, ajudar a Rússia a prosperar e proteger o povo russo”. “Estamos prontos para defender este objetivo até à última gota de sangue”, pode ler-se ainda.

  • Depois do avanço rápido, ucranianos já cavam trincheiras e erguem fortificações em Kursk

    Em apenas quatro dias, a ofensiva da Ucrânia na Rússia conquistou centenas de quilómetros quadrados de território, apesar de os relatos divergirem entre 450 e 800 quilómetros quadrados. Do lado russo da fronteira, as forças armadas ucranianas terão já começado a construir trincheiras e fortificações, para fortalecer as posições no território conquistado, relata o jornal ABC, citando canais de Telegram de militares russos.

    O The Guardian nota que os movimentos relâmpago em Kursk não são característicos da forma de combate dos ucranianos a este, onde os esforços de guerra assentam, precisamente em posições fortificadas e recurso a trincheiras. Ainda esta manhã, emboscaram uma coluna militar, que se dirigia para a região para reforçar a defesa russa, um exemplo destes movimentos.

  • "Estamos a regressar aos tempos de Estaline", considera ativista russo, libertado por Moscovo

    Oleg Orlov, um dos ativistas libertado na troca de prisioneiros entre Moscovo e o Ocidente da semana passada, deixou duras críticas a Putin e prometeu continuar a lutar pelos mais de 760 prisioneiros políticos que continuam presos na Rússia.

    Agora com 71 anos, o russo começou a sua vida pública nos anos 80, como ativista de direitos humanos e viu a organização que fundou receber o Nobel da Paz. Depois do fim da URSS, via esperanças de democratização para o seu país, que foram destruídas depois da eleição de Vladimir Putin. “Estamos a regressar aos tempos de Estaline”, declarou, numa entrevista à AP publicada hoje.

    Sobre a troca de prisioneiros que lhe restituiu a liberdade, Orlov relatou que não foi informado de nada. Tinha sido condenado a dois anos e meio de prisão, por um artigo anti-guerra, pena que estava a cumprir no centro da Rússia. Poucos tempo antes da troca, tinha-lhe sido negado um recurso à sentença e aguardava a transferência para uma colónia penal.

    Disseram-lhe que pedisse clemência a Putin, recusou. Transferido para Moscovo, apresentou uma queixa por falta de contacto com o seu advogado, a que lhe responderam com um documento de perdão. Emocionado, relatou que só acreditou na libertação quando aterrou na Alemanha, onde viu os seus companheiros de luta, Sasha Skochilenko e Andrei Pivovarov.

  • Yulia Navalnaya: "A guerra chegou finalmente à Rússia e Putin é o culpado"

    Yulia Navalnaya publicou hoje um vídeo sobre a ofensiva ucraniana na região de Kursk, em que acusa Putin de ter começado a guerra, mas agora estar a deixar os civis inocentes sofrerem as consequências das suas ações. A crítica do Kremlin, viúva do opositor de Putin, argumentou que Moscovo está a mentir repetidamente sobre a situação na frente de batalha e o apoio aos habitantes da região, da mesma forma que mentiu sobre a guerra, ao chamar-lhe “operação especial”

    “O exército está a morrer por Putin, que enviou pessoas comuns para a guerra, depois de as ter conduzido à pobreza. Agora, ir para a guerra parece normal”, acusou Navalnaya. “Putin, o teu silêncio mata ucranianos e russos. Trouxeste a guerra até à Ucrânia no início e agora até Kursk e Belgorod, enquanto observas de fora”, acrescentou na mensagem.

  • Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo assume que Ucrânia está a "intensificar atividades" dentro da Rússia

    A porta-voz do Ministério dos Negócios da Rússia, Maria Zakharova, assumiu hoje que a Ucrânia está a “intensificar as atividades terroristas” na Rússia, tendo em conta os “últimos eventos”.

    Em declarações à agência RIA, Maria Zakharova acusou Kiev de levar a cabo “ataques contra alvos civis e civis em território russo”, o que já resultou em “baixas”.

    “A Rússia pretende trazer o assunto das ações bárbaras do regime de Zelensky e dos seus patrocinadores às Nações Unidas e outros fóruns multilaterais”, prometeu Maria Zakharova.

  • General checheno e alto responsável do Ministério da Defesa russo admite perdas em Kursk

    É uma rara admissão. Um general checheno e alto funcionário do Ministério da Defesa russo assumiu que as forças russas estão a perder terreno e homens na batalha terrestre em Kursk, região russa fronteiriça.

    Apti Alaudinov não é um nome qualquer. Comanda as forças chechenas no terreno, lidera a unidade especial Akhmat, e foi nomeado em abril por Putin vice diretor do departamento politico-militar do Ministério da Defesa russo.

    Este general próximo do polémico líder checheno Kadirov tornou-se assim no primeiro comandante russo a admitir derrotas naquela zona. Disse ontem num vídeo, divulgado pelo Agentstvo no Telegram — órgão de comunicação social independente russo — que o exército ucraniano tinha avançado cerca de 10 quilómetros para a região de Kursk.

    “A situação não é irreversível, não aconteceu nada de sobrenatural… Sim, o nosso povo morreu, isso é um facto. O inimigo entrou em várias povoações”, disse Alaudinov. Os militares ucranianos tomaram estas posições porque a Rússia “não tinha forças, nem meios, nem recursos” para as defender.

  • Secretas alertaram líder das tropas russas sobre ofensiva ucraniana a Kursk. Mas Gerasimov ignorou avisou e nem avisou Putin

    Os serviços secretos russos alertaram Valery Gerasimov, o chefe das forças armadas russas, sobre o perigo de uma ofensiva ucranianas em Kursk. Contudo, segundo a Bloomberg, que cita fontes do Kremlin, o líder militar ignorou os avisos.

    Segundo revelou fonte do Kremlin àquele jornal, Valery Gerasimov e o seu núcleo duro ignoraram “os avisos das secretas” de que “os soldados ucranianos estavam perto da fronteira com a Rússia, em Kursk, duas semanas antes de ter começado a ofensiva”.

    Por ter ignorado estes avisos, Valery Gerasimov nem sequer avisou o Presidente russo, Vladimir Putin, dos perigos de uma ofensiva em Kursk.

    A mesma fonte do Kremlin conta à Bloomberg que Vladimir Putin não ficou satisfeito com a gestão da situação e está “perder a paciência” com Valery Gerasimov. Ainda assim, o líder das tropas russas não deverá ser afastado “a curto prazo” do cargo que desempenha.

    Apesar da renovação na cúpula militar russa que o Kremlin empreendeu em maio de 2024, Valery Gerasimov permaneceu no cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Russas.

  • Explosões e incêndios em cidade da região de Kursk

    Rylsk, cidade da região russa de Kursk, que há quatro dias está sob uma forte ofensiva ucraniana no terreno, registou esta noite fortes explosões e incêndios, informaram canais de Telegram ligados à Rússia.

    Os residentes terão ouvido quatro explosões na aldeia de Stepanovka. A causa da explosão ainda não é conhecida.

  • Número de mortes sobe para 11 e o de feridos para 37 em ataque russo a supermercado

    Onze mortos e 37 feridos: o Ministério da Administração Interna atualizou o número de vítimas do ataque russo a um supermercado em Kostyantynivka, região de Donetsk.

    Adianta ainda, no Telegram, onde publica imagens das operações de socorro, que o estabelecimento comercial foi atingido por um míssil Kh-38. “Muitas pessoas estavam nas proximidades na altura do ataque”. refere.

  • Rússia ataca supermercado em Donetsk, dez pessoas morrem

    A Rússia bombardeou um supermercado ucraniano, em Donetsk: matou dez pessoas e feriu outras 35, adianta Kiev.

    A informação foi primeiro avançada pelo Presidente da Ucrânia, nas suas redes sociais como a X e o Telegram que dava conta de um ataque a um supermercado e um posto dos correios em Kostyantynivka, referindo então a morte de quatro pessoas. Volodymyr Zelensky dizia que estavam ainda pessoas sob os escombros e que a “Rússia iria pagar por este terror”.

    Algum tempo depois o Ministério da Administração Interna atualizava o número de vítimas no supermercado, aludindo também a danos em casas, lojas e uma dúzia de carros.

  • Rússia envia reforços para Kursk

    A Rússia começou hoje a deslocar reforços para a região de Kursk, anunciou o Ministério da Defesa do país.

    Sistemas de lançamento de rockets Grad, armas de artilharia e armamento pesado sobre lagartas estão a ser colocados na região à volta de Sudzha, informa a agência noticiosa Tass. Esta é a cidade mais atacada nestes quatro dias de ofensiva ucraniana.

    A Tass também publicou imagens de uma coluna de camiões militares russos com a legenda de que está a deslocar-se para a região de Kursk.

  • Escalada em Kursk? Pentágono "não" está preocupado e atira: "A Ucrânia faz o necessário para ter sucesso no campo de batalha"

    O Departamento de Defesa norte-americano “não” está preocupado com uma possível escalada, por conta da ofensiva ucraniana em território russo, mais concretamente em Kursk.

    “A Ucrânia está a lutar pelo seu território soberano que o seu vizinho invadiu. Se queremos desescalar as tensões, como temos dito desde o início, a melhor maneira de o fazer é que Putin tome hoje a decisão de retirar as suas tropas da Ucrânia”, afirmou Sabrina Singh, vice-porta-voz do Pentágono.

    Citada pelo Ukrainska Pravda, Sabrina Singh garantiu ainda que o Pentágono “vai continuar a apoiar a Ucrânia com os sistemas de que precisa”.

    A ofensiva não levará, de acordo com Sabrina Singh, a uma escalada. “A Ucrânia está a fazer o que precisa para ter sucesso no campo de batalha”, rematou a responsável do Pentágono.

  • Rússia diz que continua a fazer recuar exército ucraniano em Kursk e que matou 945 soldados

    As forças de Moscovo “continuam a fazer recuar” e a impedir o avanço do exército ucraniano no sul da Rússia, na região de Kursk, que está sob o estado de emergência federal, disse hoje o Ministério da Defesa russo no Telegram.

    “No total, durante os combates na direção de Kursk, o inimigo perdeu até 945 militares e 102 veículos blindados, incluindo 12 tanques, 17 veículos blindados de transporte de pessoal, seis veículos de combate de infantaria, 67 veículos blindados de combate, bem como 12 carros, dois lançadores autopropulsados do sistema de mísseis antiaéreos Buk M1 e três canhões de artilharia de campanha”, adianta o governo russo.

    Mas do outro lado, as informações que estão a surgir são diferentes, embora não oficiais, já que Kiev não adianta informações do terreno. Um vídeo publicado nas redes sociais hoje e verificado pela agência de notícias britânica Reuters mostra um comboio de camiões militares russos incendiados ao longo de uma autoestrada na região de Kursk.

    Nas imagens é possível ver cerca de 15 camiões, um dos quais com a marca Z que a Rússia utiliza como símbolo da sua “operação militar especial” na Ucrânia. No entanto, a Reuters avisa que apesar de ter verificado que se tratava da aldeia de Oktyabrskoye, não conseguiu determinar exatamente quando o vídeo foi filmado.

    Também a NEXTA, órgão de comunicação social independente russo, garante a autenticidade do vídeo, contando 14 camiões e estimando em quase 500 os soldados mortos neste ataque.

    Entretanto, a Ucrânia já confirmou que atingiu a base militar russa na região de Lipetsk, (ver entrada neste artigo em direto das 8h14) no oeste da Rússia, durante a noite.

  • Ucrânia ataca Belgorod, Kursk e Sebastopol

    Não é só Lipetsk que está sob fogo ucraniano. Belgorod, também perto da fronteira com a Ucrânia e Sebastopol, na Crimeia anexada pela Rússia em 2014, também estão a ser atacados pelas forças de Kiev, informam no Telegram os governadores regionais.

    Vyacheslav Gladkov, de Belgorod, adianta que as defesas aéreas russas abateram 29 drones e o ataque causou danos materiais. Já o seu colega de Sebastopol, Mikhail Razvojaïev, reporta ataques de drones aéreos e marítimos.

    E Kursk, que desde terça-feira está a ser alvo da maior incursão terrestre ucraniana em território russo desde que a guerra começou está novamente na mira dos mísseis e drones da Ucrânia. O governador, que ontem se reuniu com Putin, passou de novo a madrugada a lançar avisos à população de ataques aéreos no Telegram.

    Ontem, o analista militar Oleksandr Kovalenko disse à agência de notícias EFE que o exército ucraniano tinha controlado 400 quilómetros quadrados de território russo. Ou seja, diz o especialista ucraniano, quase metade da extensão conquistada na Ucrânia no início de 2024 pela Rússia.

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