Histórico de atualizações
  • BCE admite, pela primeira vez, fazer uma "pausa" nas subidas dos juros. Mas ciclo de aumentos pode não ter terminado

    Se em junho Lagarde garantia que BCE não estava “sequer a pensar em fazer uma pausa” nos juros, a hipótese passou a estar em cima da mesa. Juros não descem antes de junho de 2024, dizem mercados.

    BCE admite, pela primeira vez, fazer uma “pausa” nas subidas dos juros. Mas ciclo de aumentos pode não ter terminado

  • BCE não revela se "ainda temos caminho para percorrer" na subida de juros

    Christine Lagarde termina a conferência de imprensa a dizer que o BCE não está, neste momento, em posição de poder dizer se “ainda há caminho para percorrer” na subida de juros.

    Essa foi uma formulação utilizada frequentemente, no passado, para sinalizar mais subidas dos juros. Mas Lagarde não se compromete com tal mensagem, garantindo que o BCE está numa posição de “mente aberta” e que tudo vai depender do que disserem os dados económicos (sobretudo os relacionados com a inflação).

  • BCE já estará a pensar em fazer uma "pausa" na subida de juros

    Há seis semanas, na última reunião do BCE, Lagarde tinha dito que o BCE não estava “sequer a pensar” em fazer uma “pausa” na subida de juros. Agora, a francesa foi desafiada por um jornalista da Reuters a dizer se essa indicação continua a ser válida hoje.

    Lagarde respondeu com alguma agressividade, recusando ser posta numa situação em que lhe pedem para validar (ou não) uma ideia. “Aquilo que o BCE quer comunicar é aquilo que estamos a dizer”, disse a francesa antes de, depois, reconhecer que uma das hipóteses para setembro é uma “pausa”.

    Ou seja, apesar de tudo, o jornalista teve a resposta que procurava.

  • Setembro? "Podemos subir, podemos manter", diz Christine Lagarde

    O que vai acontecer em setembro? Christine Lagarde não se compromete, mas os mercados financeiros estão a ler uma maior probabilidade de não haver subida dos juros. “Podemos subir e podemos manter” as taxas de juro no mesmo nível, diz Lagarde.

    A presidente do BCE sinaliza, também, que “o que for decidido em setembro poderá não ser definitivo“, ou seja, caso as taxas de juro não subam em setembro isso não significa que se deve considerar que o BCE parou de subir os juros. Este é um sinal semelhante ao que foi transmitido pela Reserva Federal dos EUA, que tinha parado de subir os juros e, ontem, voltou a subir.

    O BCE está determinado em “quebrar a coluna” da inflação e as próximas decisões – em setembro e depois – irão depender totalmente daquilo que for transmitido pelos dados económicos.

  • Terá Lagarde dado uma pista (subtil) de que esta foi a última subida das taxas de juro?

    Uma mudança subtil no discurso lido por Lagarde, que já está a dar a habitual conferência de imprensa em Frankfurt, está a ser lida como uma possível pista de que esta poderá ter sido a última subida dos juros.

    Ao passo que há seis semanas o BCE prometia “trazer” as taxas de juro para níveis que assegurem a descida da inflação, agora o BCE promete que a taxa “será definida” em níveis suficientemente restritivos, “pelo tempo que for necessário”, para fazer desacelerar os preços.

    O ênfase com que Lagarde leu esta parte do comunicado está a levar o euro a perder ainda mais terreno face ao dólar. Poderá ser um sinal muito subtil de que o BCE admite que esta pode ter sido a última subida deste ciclo.

  • BCE mantém referência a "decisões futuras" que irão baixar a inflação. Mas não se compromete

    O comunicado do BCE, que pode ser lido na íntegra aqui (em inglês), traz poucas alterações em relação às mensagens anteriormente transmitidas pela autoridade monetária. Mas é relevante que o banco central volte a incluir uma referência a “futuras decisões” que irão, segundo o BCE, assegurar que a inflação regressa a níveis mais alinhados com o seu objetivo.

    Na forma como o BCE e os bancos centrais normalmente comunicam com os mercados, isto pode ser um sinal de que a autoridade monetária mantém a porta aberta a que possa haver mais subidas de taxas de juro.

    Ainda assim, o comunicado do BCE está a provocar uma reação negativa na cotação do euro face ao dólar, que dissipou boa parte dos ganhos da primeira metade da sessão nos mercados cambiais.

    O euro-dólar desceu para menos de 1,11 dólares, no que pode ser uma reação ao facto de o BCE, desta vez, não sinalizar de forma clara que poderá haver mais subidas (como aconteceu em junho, a respeito do que seria decidido hoje).

  • BCE confirma subida de 25 pontos-base. Taxa de juro sobe para 3,75%, igualando nível mais elevado de sempre

    Está confirmado. O BCE anunciou a subida de 25 pontos-base que foi sinalizada pela primeira vez na última reunião do Conselho do BCE, há seis semanas.

    A taxa de juro sobe para 3,75%, igualando o nível mais elevado de sempre, que remonta aos primeiros anos da união monetária.

  • Porquê subir as taxas de juro (pelo menos) mais uma vez?

    Foi há exatamente um ano, em julho de 2022, que o BCE subiu as taxas de juro pela primeira vez neste ciclo. Na altura, a taxa dos depósitos estava num nível negativo (-0,5%) e passou para zero. Desde então, o BCE nunca mais parou de subir os juros de forma rápida.

    As taxas de juro começaram por subir não só para tentar controlar a inflação mas, também, para promover a inevitável “normalização” da política monetária, depois de longos anos de juros baixos e negativos. Porém, nesta fase é claro que o BCE já ultrapassou o que se poderia considerar um nível “neutral” de juros e já está num território que procura deliberadamente restringir a procura económica.

    É através dessa restrição da procura económica que o BCE quer levar a taxa de inflação para níveis mais alinhados com o seu objetivo de 2%.

    A inflação tem baixado – 5,5%, segundo os dados mais recentes – mas a leitura de preços que exclui a energia e produtos alimentares (que agora estão a baixar e, por isso, a puxar a inflação para baixo) continua a preocupar muito o BCE: a chamada “inflação subjacente” baixou de 6,9% para 6,8% e está, com esta descida lenta, a sinalizar que as pressões inflacionistas continuam generalizadas na economia de uma forma que o BCE precisa de combater.

  • Taxas de juro vão igualar o nível mais elevado de sempre

    Ao colocar a taxa de juro dos depósitos em 3,75%, o BCE estará a regressar ao nível de juros mais elevado da história da zona euro. Nos primeiros anos da união monetária, as taxas de juro estiveram em 3,75% (entre outubro de 2000 e maio de 2001) e, agora, regressa-se a esse patamar.

    A principal dúvida, porém, é se esta será a última subida da taxa de juro neste que foi o ciclo de aperto monetário mais agressivo, de longe, na história da união monetária. O cenário previsto, neste momento, pela maior parte dos economistas é que esta não será a última subida.

    Neste momento a expectativa é que a autoridade monetária ainda volte a subir os juros mais uma vez, em setembro, para 4%.

    Descidas? Poucos esperam que elas aconteçam, pelo menos, antes de março de 2024. Mas tudo isto pode mudar conforme as pistas dadas pela presidente do BCE, nesta conferência de imprensa.

  • BCE prepara nova subida dos juros. Será a última?

    Boa tarde,

    O Banco Central Europeu (BCE) deve anunciar, dentro de momentos, mais uma subida das taxas de juro, que foi amplamente sinalizada nas últimas semanas pela presidente Christine Lagarde e por outros membros do Conselho do BCE.

    A confirmar-se, será um aumento de 25 pontos-base (um quarto de ponto percentual), que irá elevar para 3,75% a chamada “taxa dos depósitos” – aquela que é a mais relevante, neste momento, para a política monetária na zona euro.

    O anúncio deverá ser feito às 13h15, hora de Lisboa, e a habitual conferência de imprensa de Lagarde tem início previsto para meia hora depois, às 13h45. Vamos acompanhar tudo neste liveblog.

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