Terminamos aqui este liveblog com os acontecimentos desta terça-feira. Continuamos a acompanhar a Guerra na Ucrânia no novo liveblog que agora abrimos.

EUA enviaram secretamente mísseis de longo alcance para a Ucrânia

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Durante a noite desta terça-feira, a Rússia lançou um ataque com mísseis em Kharkiv, ferindo duas pessoas e provocando danos em quatro edifícios residenciais, partilhou no Telegram Ihor Terekhov, presidente da Câmara local.

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos afirmou esta terça-feira que Kiev está a pressionar Washington para começar a produção conjunta de sistemas de defesa aérea Patriot, que permita ajudar a Ucrânia a defender-se da ofensiva russa.

Em entrevista ao European Pravda, Oksana Markarova acrescentou que a produção conjunta de Patriots foi um dos principais assuntos discutidos durante as visitas de Volodymyr Zelensky aos Estados Unidos.

“Esta é uma importante tarefa estratégica global e um elemento de cooperação económica. Mas é também um aumento na capacidade de combate e na produção das capacidades que a Ucrânia necessita imediatamente”, disse a embaixadora

Segundo a Bloomberg, a União Europeia está a analisar uma imposição de sanções contra mais de uma dúzia de empresas que fornecem tecnologia de apoio à defesa russa.

Estas empreses não se encontram na União Europeia e estão sediadas em países como a Turquia, a China ou a Rússia. No documento a que a Bloomberg teve acesso, é dito que as empresas sediadas fora do território russo “têm ligações com indivíduos e empresas russas e bielorrussas”.

As empresas são alegadamente responsáveis ​​pela importação de “milhões de euros em bens europeus restritos que foram utilizados pelos militares russos”, acrescenta.

Oksana Markarova, embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, afirmou esta terça-feira que, depois da última votação da ajuda à Ucrânia na Câmara dos Representantes, o apoio dos republicanos foi um dos mais elevados desde 2022.

Citada pelo European Pravda, a embaixadora referiu que o apoio dos republicanos “ao quinto pacote é maior do que em três das quatro votações anteriores”.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, garantiu esta terça-feira que a aliança militar não está a planear implantar armas nucleares noutros países, dentro dos limites da dissuasão.

Citado pelo European Pravda, Stoltenberg acrescentou que “não há planos para expandir os acordos da NATO sobre a utilização conjunta de armas nucleares”.

Segundo a CNN internacional, os Estados Unidos poderão vir a incluir mísseis de longo alcance ATACMS no próximo pacote de ajuda militar fornecido à Ucrânia e que deverá estar próximos dos mil milhões de dólares.

A referida fonte acrescenta que o pacote será fornecido a partir dos stocks do Exército norte-americana, de modo a tornar mais rápida a sua disponibilização no terreno.

“Durante as reuniões do Congresso nas últimas semanas, funcionários da administração indicaram que os EUA provavelmente enviarão ATACMS de longo alcance para a Ucrânia pela primeira vez como parte de um novo pacote de ajuda”, acrescenta a CNN internacional.

O ministro da Defesa russo disse hoje que o exército tomou várias localidades ucranianas na última semana e estimou em cerca de 500 mil militares ucranianos mortos desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

“As nossas tropas têm a iniciativa ao longo de toda a linha da frente e continuam a expulsar o inimigo das suas posições. Graças a ações intensivas, as forças armadas russas libertaram as localidades de Pervomaiske, Bogdanivka e Novomikhailivka da República Popular de Donetsk”, afirmou Serguei Shoigu durante um briefing sobre o curso da guerra na Ucrânia.

O relatório do ministério da Defesa russo refere ainda que as forças russas estão atualmente a “expandir a sua zona de controlo em Berdichi e Gueorguivka”, respetivamente a oeste de Avdivka e Marinka.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, fez saber que o Presidente russo, Vladimir Putin, já “foi informado sobre a detenção do vice-ministro Timur Ivanov”, lê-se no jornal Kommersant.

O Senado norte-americano acaba de dar a luz verde à votação para determinar se o pacote de ajuda à Ucrânia avaliado em 61 mil milhões de dólares (cerca de 57 mil milhões de euros) é aprovado.

No mesmo sentido, os senadores aprovaram a votação do pacote de ajuda a Israel, Taiwan e outros parceiros internacionais.

A Dinamarca vai alocar cerca de 420 milhões de euros para a Ucrânia, como parte de um memorando de entendimento relativo à cooperação e reconstrução de longo prazo.

De acordo com o ministério da Economia ucraniano, cerca de 40 milhões de euros destinam-se ao apoio ao sector privado envolvido na reconstrução e 380 milhões de euros são para apoiar infraestruturas críticas que usam energias renováveis.

O montante destina-se ao Fundo de Exportação e Investimento dinamarquês, que visa reduzir os riscos financeiros que as empresas envolvidas na reconstrução da Ucrânia podem enfrentar.

As tropas russas atacaram, segundo o governador Vadym Filashkin, a cidade de Kostiantynivka, na região de Donetsk, durante a manhã desta terça-feira, causando cinco feridos.

As vítimas do ataque aéreo em Kostiantynivka “estavam a viajar de carro e se encontraram no epicentro da explosão”. Dois dos feridos estão hospitalizados em estado grave.

O Presidente angolano, João Lourenço, deverá deslocar-se à Rússia em maio do próximo ano a convite do seu homólogo russo, Vladimir Putin, anunciou nesta terça-feira o embaixador do país europeu em Angola.

Vladimir Tararov falava à imprensa no final de uma audiência concedida pelo chefe de Estado angolano, com o qual abordou a cooperação entre Angola e a Rússia.

Segundo Vladimir Tararov, João Lourenço aceitou o convite de Vladimir Putin para participar, em Moscovo, a 9 de maio de 2025, nas “comemorações da vitória sobre o fascismo”, na II Guerra Mundial.

“Isso tem grande importância para nós, porque convidamos os nossos amigos mais próximos para que possam partilhar connosco a alegria da vitória contra o fascismo, isso tem grande importância para todo o mundo, porque desta vitória saiu a descolonização, a libertação nacional de vários países, não só da África, mas também da Ásia, e temos muitas coisas para discutir e compartilhar entre nós”, referiu.

Parte da ajuda militar remetida pelos Estados Unidos para a Ucrânia já se encontra na Alemanha e na Polónia, reduzindo o tempo de espera necessário pelas armas e o equipamento, relata a CNN, que cita uma fonte familiarizada com o assunto.

Segundo a fonte, grande parte da ajuda “já está pré-posicionada em instalações de armazenamento” nos dois países e “os projéteis de artilharia estão entre os primeiros materiais transportados”.

O governo ucraniano atribuiu mais de 202 milhões de dólares para a construção de defesas na Ucrânia, afirmou esta terça-feira Denys Shmyhal, primeiro-ministro ucraniano.

“A nossa tarefa é criar uma muralha defensiva confiável que proteja os nossos soldados e dê ao nosso Exército uma vantagem maior no campo de batalha”, disse o primeiro-ministro.

Oleksandr Pivnenko, comandante da Guarda Nacional da Ucrânia, afirmou esta terça-feira que as tropas russas precisariam de vários anos para conseguirem ocupar totalmente a cidade de Kharkiv.

Em entrevista ao Liga, acrescentou que a Rússia pode realizar uma nova ofensiva em Kharkiv, apesar de considerar que esta iria falhar.

“Eles [tropas russas] terão de lutar durante anos para capturar Kharkiv. Lembrem-se de quanto tempo Bakhmut e Avdiivka foram mantidos. É mais fácil para os russos mudarem a liderança russa e abandonarem os seus planos do que conquistarem a cidade, trazendo consigo mais milhares de soldados até à morte”, afirmou Pivnenko.

Serhiy Lysak, governador da região de Dnipro, partilhou esta terça-feira no Telegram que um ataque russo na região feriu pelo menos oito pessoas.

Um estudo realizado pelo Sociological Group Rating em 2023, em cooperação com a Gallup International, e publicado esta terça-feira, aponta que 62% dos ucranianos estão disponíveis para lutar pelo seu país, ao contrário do que acontece nos restantes países europeus.

Para além deste número, 33% consideraram revelaram não estar preparados para o fazer e 4% mostraram-se indecisos.

Em sentido inverso, os cidadãos de Itália, Alemanha, Áustria, Espanha e Bulgária que participaram no estudo mostraram uma menor disponibilidade para lutar pelos seus países.