Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia. Este liveblog fica arquivado, mas o Observador continua este sábado a acompanhar a guerra no Médio Oriente ao minuto aqui.

    Tropas israelitas avançam sobre zonas seguras de Rafah. Mais de 90% das escolas de Gaza danificadas

  • Observatório de guerra relata explosão na fronteira entre Síria e o Irão

    O Observatório Sírio para os Direitos Humanos relatou hoje uma explosão em Al-Sukariyah e Al Bukamal, uma zona fronteiriça entre a Síria e o Irão controlada por forças iranianas. A explosão terá sido provocada por ataques de aviões de combate que sobrevoaram a zona.

    Os eventos foram assinalados pelos media estatais iranianos, que responsabilizaram os Estados Unidos pelos ataques, acusações até agora sem resposta.

  • IDF atacam bases do Hezbollah no sul do Líbano

    A força aérea israelita afirmou ter realizado uma série de ataques no sul do Líbano. Os ataques, com recurso a drones e aviões de combates, destruíram edifícios e infraestruturas utilizadas pelo Hezbollah e uma base militar em Mays al-Jabal.

  • IDF negam responsabilidade pelo ataque em al-Mawasi que matou 25 pessoas

    As Forças de Defesa de Israel (IDF) declararam hoje não ter realizado qualquer ataque aéreo na área de al-Masawi. Em comunicado, citado pelo Haaretz, as IDF negaram os relatos palestinianos e afirmaram que já foi aberta uma investigação ao ataque.

    Segundo os números atualizados pelo ministério da Saúde palestiniano, o bombardeamento de um campo de refugiados na zona costeira de Rafah matou 25 pessoas e feriu outras 50.

  • Médicos sem Fronteiras em perigo de suspender atividades em Gaza por falta de material médico

    Os Médicos sem Fronteiras (MSF) denunciaram hoje o bloqueio israelita na passagem de Kerem Shalom, onde seis camiões com 37 toneladas de material de ajuda humanitária estão há uma semana à espera de autorização para entrar em Gaza.

    Em comunicado, a ONG explica que o bloqueio esvaziou as reservas de material médico em Gaza ao mesmo tempo que os ferimentos e as doenças dispararam. A falta de pensos, gaze e medicação para a sarna – alguns dos exemplos urgentes da MSF – tornam impossível dar resposta à situação em Gaza.

    “Se não conseguirmos fazer chegar os fornecimentos médicos a Gaza muito em breve, poderemos ter de suspender as nossas atividades médicas. Esta é uma realidade impensável, dadas as necessidades médicas desesperadas de milhares de pessoas em Gaza”, afirmou o coordenador da MSF na Palestina.

  • Guterres lamenta “anarquia” e “caos total” que dificultam ajuda a Gaza

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou hoje o estado de “anarquia” e “caos total” na Faixa de Gaza, a dificultar a distribuição de ajuda humanitária e provocar muitos saques de camiões quando entram naquele território palestiniano.

    Numa conferência de imprensa na ONU, António Guterres reconheceu que a guerra em Gaza “é diferente de qualquer outra guerra”, porque normalmente há regras que são respeitadas e cada lado controla uma parte do território, onde garante, de uma forma ou de outra, a segurança.

    Mas em Gaza, sustentou, os combatentes israelitas e do movimento islamita palestiniano Hamas estão constantemente a deslocar-se de um lado para o outro, o que resulta num “caos total” e na “ausência de autoridade na maior parte do território”.

  • Borrell admite envio de missão naval da UE para Chipre após advertências do Hezbollah

    O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, admitiu hoje a possibilidade de estabelecer uma missão naval europeia em Chipre para garantir a segurança do Estado-membro face à recente advertência do grupo xiita libanês Hezbollah.

    “A situação na fronteira entre Israel e o Líbano é explosiva. Chipre também está ameaçado e o conflito também é visível no mar Vermelho, onde os navios de guerra europeus protegem as rotas comerciais marítimas dos ataques das milícias Huthis aliadas do Irão”, assinalou o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, numa referência à situação de tensão no Médio Oriente.

    “Caso Chipre solicite apoio concreto da UE, tentaremos estabelecer aí uma missão naval para melhorar a situação de segurança no terreno”, acrescentou.

  • Ministro israelita diz que anexação da Cisjordânia já está em curso, contrariando a posição oficial de Israel

    “Será mais fácil de engolir no contexto internacional e jurídico. Para que não digam que estamos a fazer uma anexação.” Foram estas as palavras de Bezalel Smotrich durante um evento privado com colonos israelitas na Cisjordânia, sobre a anexação da região palestiniana.

    O ministro das Finanças de Benjamin Netanyahu garantiu ao público do evento que já está em curso um processo de mudança de autoridade no território ocupado, mas que este está a ser feito furtivamente, para que não seja detetado e condenado pela comunidade internacional. As declarações foram partilhadas pelo The New York Times, que teve acesso a uma gravação do evento e analisou o discurso.

    A posição oficial de Israel sobre a Cisjordânia é que o seu estatuto administrativo está a ser negociado entre as autoridades israelitas e palestinianas. Na prática, a região é governada por militares num regime de ocupação. Smotrich explicou como os cargos públicos estão a ser progressivamente retirados aos militares e entregues a civis associados ao ministério das Finanças israelitas. Áreas de autoridade inteiras já estão a funcionar num regime de anexação civil, que vai contra as resoluções quer do Supremo Tribunal de Israel como da comunidade internacional. O ministro da extrema-direita assegurou aos colonos que Benjamin Netnyahu “apoia completamente” o processo em curso.

    Para os palestinianos residentes na Cisjordânia, a existência desta anexação não é surpreendente: “isto já está a acontecer desde 1967”, garante um analista político palestiniano ao jornal norte-americano. O que surpreende é o facto de um oficial do governo israelita ter confirmado o processo a uma audiência civil. “É interessante ouvir Smotrich na sua própria voz confirmar muito do que suspeitávamos sobre a sua agenda”, aponta Ibrahim Dalalsha.

  • Qatar aponta progressos nos diálogos com o Hamas, mas assume que estes têm de continuar

    O ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, que tem mediado os acordos de cessar-fogo entre o Hamas e Israel, reconheceu que ainda existem lacunas nas prioridades de ambas as partes.

    “Continuamos os nossos esforços e tem havido sucessivas reuniões com o Hamas, numa tentativa de colmatar o fosso entre as duas partes para alcançar o cessar-fogo e a troca de reféns e prisioneiros”, declarou hoje Mohammed bin Abdulrahman numa conferência de imprensa em Madrid.

    “Ainda não chegámos a um formato que seja adequado. Assim que o alcançarmos, comunicá-lo-emos à parte israelita”, acrescentou, nas declarações citadas pelo Haaretz.

  • "Esta guerra terá um derrotado definitivo, que é o regime sionista", declara missão iraniana na ONU

    A missão do Irão junto das Nações Unidas argumentou que o “Hezbollah tem a capacidade de se defender a si e ao Líbano”, expressando o seu apoio ao grupo libanês perante a intensificação das ofensivas com Israel.

    “Qualquer decisão imprudente do regime de ocupação israelita para se salvar pode mergulhar a região numa nova guerra, cuja consequência seria a destruição das infraestruturas do Líbano, bem como dos territórios ocupados em 1948. Esta guerra terá um derrotado definitivo, que é o regime sionista (…) – talvez tenha chegado o momento da auto-aniquilação deste regime ilegítimo“, pode ler-se na publicação iraniana na rede social X.

  • Diplomata norte-americano, especialista em assuntos israelo-palestinianos, apresenta demissão

    Andrew Miller, oficial sénior do Departamento de Estado norte-americano, apresentou a sua demissão, depois de críticas contínuas à política externa de Biden, avançou o The Washington Post.

    O diplomata, descrito pelos colegas, como um apoiante de um Estado Palestiniano, pleno de direitos, expressou ao longo dos últimos oito meses o seu descontentamento com o facto de os EUA manterem uma relação tão próxima e protetora de Benjamin Netanyahu e da coligação de extrema-direita israelita.

    Miller apontou motivos pessoais para a sua demissão, mas disse aos colegas que a sua preferência era “continuar a lutar por aquilo em que acredita, incluindo as áreas em que discorda da política da administração”.

  • Subiu para 18 o número de mortes no ataque israelita em al-Mawasi

    O ataque israelita desta tarde a um campo de refugiados em Rafah matou pelo menos 18 pessoas e feriu 35. Inicialmente, tinham sido avançados oito mortos.

    O relato foi feito pelo Crescente Vermelho Palestiniano, que está no local a prestar auxílio e confirmado pela Al Jazeera. O repórter que têm no terreno descreve as ações de resgate das autoridades palestinianas e antecipa o aumento do número de mortes, uma vez que não existem hospitais funcionais em Rafah.

    Al-Mawasi é uma zona costeira, no extremo ocidental de Rafah. Milhares de refugiados palestinianos encontram-se em tendas nesta área, num campo de refugiados improvisado, que foi hoje alvo de um ataque aéreo israelita.

  • "O Líbano não se pode transformar noutra Gaza", alerta Guterres

    O secretário-geral das Nações Unidas expressou a sua preocupação perante o intensificar da tensão entre Israel e o Hezbollah, garantindo que os agentes da ONU estão a fazer os possíveis para desescalar a situação.

    “Um movimento precipitado – um erro de cálculo – pode desencadear uma catástrofe que vai muito para além da fronteira e, na verdade, para além da imaginação. Os povos da região e os povos do mundo não podem permitir que o Líbano se torne noutra Gaza.”, declarou António Guterres, citado pela Reuters.

  • Pelo menos 10 mortos em ataque a campo de refugiados em Gaza

    Pelo menos 10 pessoas morreram na sequência de um ataque israelita no campo de refugiados de al-Shati, na cidade de Gaza, avançou a Al Jazeera.

  • Forças israelitas lançam bomba perto de Rafah e matam pelo menos oito pessoas

    Pelo menos oito pessoas morreram depois de as forças israelitas terem lançado uma bomba contra a zona de al-Mawasi, perto de Rafah. Segundo a Al Jazeera, várias ambulâncias transportaram os feridos e os corpos para os hospitais de campanha.

  • Calor intenso em Gaza pode piorar crise de saúde, avisa OMS

    A Organização Mundial da Saúde alertou para o facto de o calor intenso que se sente na Faixa de Gaza poder vir a agravar os problemas de saúde dos palestinianos, citou o Times of Israel.

    “Temos assistido a deslocações maciças nas últimas semanas e meses e sabemos que essa combinação e o calor podem provocar um aumento das doenças”, afirmou Richard Peeperkorn, representante da OMS nos territórios palestinianos ocupados.

    “Temos contaminação de água por causa de água quente, e teremos muito mais deterioração dos alimentos por causa da alta temperatura. Vamos ter mosquitos e moscas, desidratação e insolação”, alertou.

  • Presidente palestiniano agradece à Arménia reconhecimento do Estado da Palestina

    O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, agradeceu hoje à Arménia por ter reconhecido a Palestina como Estado e instou mais países a seguirem a decisão baseando-se nas fronteiras anteriores a 1967.

    “A sábia decisão da Arménia está em sintonia com os princípios da solução de dois Estados, uma escolha estratégica que defende a vontade e a legitimidade internacionais”, refere um comunicado presidencial, divulgado pela agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.

    As fronteiras anteriores a 1967 incluem Gaza, a Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental como capital.

    Hussein al-Sheikh, secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), também expressou a “satisfação” com o reconhecimento.

    “É uma vitória da lei, da justiça, da legitimidade e da luta do nosso povo palestiniano pela libertação e independência”, disse al-Sheikh em mensagem difundida nas redes sociais.

  • Hamas pede investigação a alegada tortura de prisioneiros palestinianos

    O grupo islamita palestiniano Hamas apelou na quinta-feira à noite à comunidade internacional para que investigue alegados casos de abuso e tortura de pessoas detidas em Gaza em prisões israelitas.

    “Continuam os testemunhos horríveis sobre as condições dos palestinianos detidos nas prisões sionistas”, disse o Hamas num comunicado citado hoje pela agência espanhola EFE.

    Vários grupos de defesa dos direitos humanos têm alegado casos de abusos em centros de detenção usados pelo exército israelita no âmbito da ofensiva em curso na Faixa de Gaza.

    O mais recente, segundo o Hamas, “foi o de vários palestinianos raptados em Gaza e libertados hoje [quinta-feira] da prisão militar sionista Sde Teman”.

    Trata-se de um centro de detenção localizado no deserto de Neguev, a cerca de 30 quilómetros da fronteira da Faixa de Gaza.

    “As instituições de direitos humanos, em particular o Comité Internacional da Cruz Vermelha, devem trabalhar para acompanhar as condições dos palestinianos detidos nestas prisões fascistas e pôr fim às graves violações a que estão expostos”, acrescentou.

  • Cinco mortos em ataque israelita a edifício municipal em Gaza

    Cinco pessoas morreram na sequência de um ataque israelita a um edifício municipal na cidade de Gaza, avançou a Al Jazeera.

    Os mortos, quatro funcionários municipais e uma pessoa que passava pela rua, foram transportados para o hospital al-Ahli Arab, uma vez que o hospital mais próximo, o al-Shifa, está fora de serviço.

  • Era "absolutamente necessário" criticar publicamente a Casa Branca, diz Netanyahu

    O primeiro-ministro israelita considerou “absolutamente necessário” criticar publicamente a Casa Branca, avançou o Times of Israel, citando o site de notícias Punchbowl. Na terça-feira, Benjamin Netanyahu queixou-se da falta de apoio da Casa Branca, considerando que os EUA não estavam a enviar armas suficientes para “a guerra com o Hamas”.

    “Começámos a ver que tínhamos alguns problemas significativos a surgir há alguns meses. E, de facto, tentámos, em muitas e muitas conversas discretas entre os nossos funcionários e os funcionários americanos, e entre mim e o presidente, tentar resolver esta diminuição da oferta”, afirmou.

    No entanto, Netanyahu disse que não foi “capaz de resolver o problema”, mesmo depois de o ter abordado com o Secretário de Estado norte-americano durante a sua visita a Israel e, por isso, “senti que era absolutamente necessário expor a questão, depois de meses de conversas silenciosas que não resolveram o problema”.

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