Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia, passámos a seguir a situação política nacional neste outro artigo em direto.

    Rua de Santa Catarina, no Porto, é hoje palco de arruadas de três partidos

    Obrigada por nos acompanhar, até já!

  • Catarina Martins anuncia que vai propor condenação política do governo alemão no Parlamento Europeu por envio de armas a Israel

    Catarina Martins anunciou esta terça-feira que vai propor no Parlamento Europeu uma “sanção política” contra o governo alemão por continuar a apoiar militarmente Israel.

    Numa intervenção em que disse que o principal tema da campanha “são os direitos humanos”, Catarina Martins disse que proporá que o Parlamento “condene o governo alemão”, porque acredita que essa poderá ser a forma mais rápida de parar o envio de armas para Israel.

    Catarina Martins desafiou outros cabeças-de-lista, nomeadamente Temido, Paupério e Cotrim que se “façam ouvir” e aprovem essa condenação política.

  • Louçã acusa Cotrim de não conhecer Milton Friedman — ou, pior, de conhecer Milton Friedman e mesmo assim recomendá-lo

    Francisco Louçã criticou ainda a indiferença perante a liberdade e atacou João Cotrim de Figueredo, por ter recomendado a Catarina Martins a leitura de um livro de Milton Friedman.

    Talvez Cotrim “conheça a lombada” mas não conheça o autor, ou conheça o autor mas não a sua história, o que seria “poucochinho”. Mas talvez, continuou Louçã, Cotrim conheça mesmo o autor e saiba que ele “foi apoiante de uma ditadura”, acusou Louçã

    “Ministros discípulos de Milton Friedman estavam no governo quando estavam a ser assassinadas milhares de pessoas”, atirou, lembrando que Friedman dizia, sobre Pinochet, que “o Chile é um milagre económico, mas o milagre político de Pinochet é ainda mais incrível”.

    Sobre a indiferença perante as condições de vida, Louçã exigiu que os partidos digam ao que vêm no que toca às questões que importam à vida das pessoas, incluindo o emprego, a habitação, a saúde e a educação. É na “ausência de respostas”, diz Louçã, que se encontra a “proximidade” entre a AD, o PS e a IL.

    “A indiferença é uma casta”, sintetizou Louçã, lembrando a polémica com o antigo ministro holandês Jeroen Dijsselbloem e a célebre declaração sobre as “mulheres e álcool”, e também como o liberal Mark Rutte, que abriu as portas a um governo com a extrema-direita na Holanda, vai ser secretário-geral da NATO

    “Já pensam, já agem como extrema direita”, disse. “Não há cavernícolas que saiam do armário.”

  • Cotrim: "Para dizer barbaridades não é preciso coragem; é só preciso falta de vergonha na cara"

    Vai amadurecendo o apelo ao voto de João Cotrim Figueiredo junto do eleitorado que alimenta o Chega ou que cai para abstenção. Nos últimos dias, o candidato da Iniciativa Liberal tem falado sobre os eleitores zangados e desiludidos com o sistema, e responsabilizando as forças democráticas por terem contribuído para o divórcio entre eleitos e eleitores. Desta vez, em Mirandela, não foi diferente.

    O liberal tentou explicar que “uma sociedade democrática é baseada numa relação de confiança entre pessoas” e que é urgente recuperar essa confiança. “Temos demasiados políticos que governam como se soubessem o que é melhor para as pessoas. Esses políticos não confiam nas pessoas”, começou por argumentar Cotrim.

    Depois, é preciso recuperar a “confiança nas instituições”. “Temos demasiados políticos com medo de reformar o Estado porque sabem que reformar o Estado é tirar-lhes poder. Eles não querem acabar com o compadrio e a pequena corrupção.”

    Em terceiro lugar, é preciso recuperar a “confiança nas instituições da sociedade civil, incluindo as empresas”, argumentou Cotrim. “Temos demasiados políticos que tratam as empresas com desconfianças. Destilam ódio quando falam em lucro. Esses odeiam o lucro muito mais do que gostam das pessoas.”

    “Precisamos de otimismo e competência. Só conseguimos conquistar as pessoas a trabalhar”, continuou Cotrim. “A dizer aquilo que se faz e fazer aquilo que se diz. [A incutir a ideia de que] ser livre implica ser responsável. E a proteger. Sem existir uma proteção de base, sem paz, é difícil desfrutar da liberdade”, sublinhou o candidato da IL.

    “É preciso gritar menos e trabalhar mais. Para dizer barbaridades, não é preciso coragem; é só preciso a lata e a falta de vergonha na cara. A IL não está cá esta para protestar; está cá para trabalhar”, rematou João Cotrim Figueiredo.

  • Francisco Louçã: Von der Leyen "não está à procura" de uma aliança com a extrema-direita, "já a encontrou"

    Louçã dedicou o seu discurso à crítica de quatro formas de “indiferença” e destacou em primeiro lugar a indiferença perante a guerra. “Um grande filósofo alemão do século passado dizia com muita amargura que depois de Auschwitz não se podia compor um poema”, disse. “Depois destas guerra, não se pode fazer política que não seja pela paz. É o sentido mais elementar da humanidade.”

    Sobre a indiferença perante as migrações, Louçã atirou a Ursula von der Leyen e destacou que a presidente da Comissão Europeia “não está à procura de uma aliança com a extrema-direita”, mas “já a encontrou”. Ao mesmo tempo, em Portugal, Ventura disse “que a AD está a copiar as suas propostas”. “Von der Leyen e Montenegro não fazem outra coisa se não copiar as ideias da direita”, assinalou Louçã.

    Segundo o fundador do Bloco, há duas formas de responder à indiferença perante as migrações. “Uma é à Chega”, afirmou, lembrando como nos comícios do Chega se grita “nem mais um” — embora apoiem a vinda dos vistos gold. “Desde que falem dinheirês, podem vir.” A segunda forma é, diz Louçã, a da AD, PS e IL: de quem votou o Pacto das Migrações, embora diga que tenha defeitos.

    “Votaram não concordando com a proposta”, disse Louçã, garantindo que é “mentira” que a queiram mudar e acusando aqueles partidos de propor um voto de que discordam. “Não acreditam neles próprios e querem que nós acreditemos.”

  • Francisco Louçã entra na campanha do Bloco e diz que europeias têm de ser a "continuação da festa dos 50 anos do 25 de Abril"

    O fundador e ex-coordenador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã juntou-se esta terça-feira à campanha de Catarina Martins num comício no Porto em que atacou as “campanhas da nostalgia” e garantiu que estas eleições europeias não são uma “segunda volta das legislativas”, mas sim a “continuação da festa dos 50 anos do 25 de Abril”.

    “Daremos um recado à Catarina e ao José Gusmão: levem o nosso cravo e levantem-no bem”, disse Francisco Louçã num discurso muito aplaudido em que dissertou sobre a “indiferença” que se “instalou como um vírus” nas campanhas “fantasmáticas” da direita, que têm pouco a “propor”.

  • "PS tem incoerência como princípio e a instabilidade como fim", diz Bugalho

    Agora, no jantar-comício da AD em Pombal, fala o cabeça de lista que tem ouvido o que vem dos adversários durante a campanha nomeadamente a crítica de eleitoralismo que vem do PS, “aquilo que o PS tem chamado de eleitoralismo é fazer o que em nove anos de socialismo eles não conseguiram”.

    [Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador]

    Sebastião Bugalho diz que “para eles é eleitoralismo, porque já nem eleições conseguem ganhar”. E volta a atacar o PS pelas “incoerências e inconsistências”, perguntado se o voto do dia 9 é “no PS que diz que as medidas do Governo para os migrantes são realistas e equilibradas, como diz António Vitorino ou são vagas e abstratas e põem em risco direitos humanos como diz Pedro Nuno Santos”.

    “É o voto na incerteza” e que “tem sempre a incoerência como princípio e a instabilidade como fim., é o voto em que vale tudo para não se conseguir nada”, afirma o cabeça de lista. Contrapõe com o voto da AD que é “no futuro que não quer se passado”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Marisa Matias ataca Chega lembrando incoerências com outros partidos de extrema-direita europeia

    A deputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias está esta noite a discursar num comício do partido no Porto — e dedica a intervenção a um ataque ao Chega, lembrando “o que andam a dizer” os outros partidos de extrema-direita da Europa, seus parceiros.

    “O resultado destas eleições vai ser determinante para começar a estancar onda de crescimento da extrema-direita”, disse Marisa Matias, assumindo que esta campanha é “muito difícil” devido ao “contexto político” atual, com uma guerra na Europa e com o genocídio em Gaza.

    Marisa Matias lembra que a extrema-direita austríaca diz que “não têm dúvidas em carregar no botão vermelho e tirar a Áustria da loucura que é a UE”. Já a extrema-direita alemã “quer fulminar o Parlamento Europeu”, enquanto a extrema-direita holandesa que “acabar com transferências dos países ricos do norte para os pobres do sul”.

    Como o programa do Chega tem um “veto absoluto” a qualquer corte na Política Agrícola Comum, Marisa Matias diz ter curiosidade em ver como é que o Chega se vai entender com os outros partidos de extrema-direita na Europa.

  • Montenegro diz que oposição está de "mau humor" e diz a Pedro Nuno que "o que falta não é diálogo"

    O líder do PSD faz ainda a pedagogia do voto, depois de nas legislativas ter havido confusões entre AD e ADN. “Que nesta eleição não se confunda o ADN com a Aliança Democrática”, deseja Luís Montenegro no comício de Pombal.

    “Não queremos nenhum voto de nenhum português que queira votar no ADN e esperamos que nenhum dos que quer votar na AD vote no ADN por engano”, disse ainda Montenegro.

    Da oposição diz que lhes “falta imaginação” e também que “andam a empatar” mas que “o objetivo não é fazer o que vem de trás”, dando como exemplo a ambição de “baixar a carga fiscal para todos os trabalhadores” — as propostas para reduzir o IRS vão ser votadas amanhã na especialidade no Parlamento e Montenegro.

    Fala do plano de emergência para a Saúde, elogiando o que aprovou, e defendendo a procura de respostas para as carências do SNS nos privados, dizendo que a AD “não está ao serviço de ideologias”.

    “Não estamos do lado nem de facilitar nem de obstruir, estamos do lado da moderação”, diz Montenegro que acusa a oposição de “achar mal a descida de impostos para a classe média, a subida do complemento solidário para os pensionistas mais pobres, as medidas dirigidas à juventude”. “A oposição está a achar mal tudo, está de mau humor, aparecem sempre com azedume e espírito crítico negativo”, atira ainda.

    E responde a Pedro Nuno Santos, dizendo que tem dialogado com a oposição: “O que falta não é diálogo, o que falta é vontade à oposição de estar ao lado dos portugueses mesmo que isso signifique estar ao lado do Governo”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Montenegro diz que "outras forças" é que "aproveitam Governo para fazerem campanha direta"

    Em Pombal, num jantar-comício da AD, Luís Montenegro volta à campanha das Europeias e aproveita para indiretas às críticas de eleitoralismo que vêm da oposição. Diz que “outro tempo houve e outras forças políticas há que aproveitam as campanhas eleitorais e os membros do Governo para fazerem campanha direta política. Nós na AD não fazemos isso”, afirmou.

    E isto porque o presidente da Câmara do Pombal, Pedro Pimpão, que aproveitou a presença do primeiro-ministro para pedir a ligação do IC2 à A1. “Não é o primeiro-ministro que está aqui hoje”, disse Montenegro do palco do comício onde também defendeu que “esta eleição não deve ser utilizada para outra coisa que não seja para escolher os que melhor podem representar país no Parlamento Europeu”. “É importante que não se escolha por simpatia ou pela filosofia partidária, mas pela qualidade intrínseca dos representantes do país”, defende o líder do PSD.

    Elogia Bugalho diz que tem sido “o centro da campanha” e rima dizendo que “se todos os dias falam do Bugalho é porque ele está a fazer um bom trabalho”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Pedro Nuno Santos acusa AD de querer "voltar ao mau passado das regularizações extraordinárias"

    Para Pedro Nuno Santos, que continua a discursar em Guimarães, o caminho que a AD quer implementar em Portugal é de “combate com a oposição” e não de diálogo; é um Governo que quer “governar como se tivesse maioria absoluta”. “É um Governo em combate e campanha permanente”. Pedro Nuno Santos diz que esta campanha também é importante para o PS sinalizar que quer um Parlamento onde haja diálogo.

    “Temos visão do país e continuaremos a lutar por ela. Não somos uma força de bloqueio”, diz, recordando que o PS já resolveu alguns “problemas” à direita, como a eleição de João Pedro Aguiar-Branco. E promete manter essa postura, incluindo tentar melhorias de propostas do PSD, como no IRS. Critica também as opções por trás dessas propostas, dizendo que o IRS é “ilustrativo da forma como olham para o país” e que a AD quis canalizar metade das poupanças para os 10% que ganham mais. No IRS Jovem a mesma coisa, argumenta: são mil milhões de euros a menos na receita que trazem uma poupança maior aos que ganham mais.

    “O PS governa para a esmagadora maioria da população. São duas formas distintas de ver a sociedade”. E diz que a AD não sabe “governar com equilíbrio e respeito por todos os portugueses”. “Só queríamos poder participar e ser ouvidos”.

    Sobre o debate do Orçamento, diz que ainda falta muito tempo, mas avisa que o documento já vai sendo construindo em tempo de campanha e sem diálogo. E ainda vai ao tema do SNS, num discurso com uma ementa muito variada, criticando a ideia de que há uma capacidade por explorar no setor privado — “o que temos neste plano é o início do definhamento do SNS”.

    Depois, aborda o plano para a imigração, acusando o AD de criar a ideia de que haveria uma “falsa solução” para os fluxos migratórios. “Nós defendemos uma solução regulada, mas as soluções da AD não vão resolver nenhum problema”, assegura. “É um debate complexo, mas é um debate que temos de fazer”. Para o PS, a elevada entrada de imigrantes justifica-se com a economia e a necessidade de mão de obra. “É na economia que está a chave para a alteração dos fluxos migratórios”.

    Critica a AD por prever uma “ausência de regularização” para imigrantes ilegais que já estejam a trabalhar, e que se “acumularão”. “O passado das regularizações extraordinárias era um mau passado, mas é a ele que a AD quer voltar”.

    Pedro Nuno Santos remata depois dizendo que o PS quer continuar a apresentar as suas propostas, e não com “um Governo a ignorar o Parlamento”. As eleições serão para a Europa, mas “vamos também votar por uma forma de estar na política e na sociedade”. Pede que nenhum socialista fique em casa no dia nove, tentando assim mobilizar as bases específicas do partido.

  • Tânger considera que houve "pressão política" para atribuir vistos no aeroporto

    André Ventura, numa arruada em Aveiro, volta a falar sobre o tema da imigração para dizer que o Chega pretende levar à Assembleia da República os diplomas que foi colocando como fundamentais para aprovar as medidas do programa de Governo.

    O plano fica, segundo Ventura, “muito aquém do que devia” — chega a chamar-lhe “uma fantochada” —, e por essa razão, apesar da promulgação de Marcelo, o Chega pretende levar o tema ao Parlamento para um “debate construtivo”.

    Sobre a proposta de limitar os apoios até que os imigrantes façam cinco anos de descontos, Ventura explica que não é inconstitucional porque a lei prevê a “possibilidade de limitar os seus benefícios sociais em função do período de residência em Portugal”.

    Tânger Corrêa não só “não discorda uma linha” de Ventura, como questiona a falta de memória para dizer que “os vistos até há três ou quatro anos” eram concedidos como “turismo, trabalho e de residência” e não à “entrada do aeroporto como um visto excecional”.

    Além de dizer que os vistos são concedidos por “pressão política”, sugerindo que o foram “principalmente pelo governo que acabou”, o cabeça de lista do Chega defende que “este governo não está a saber lidar com o assunto” porque “está com medo”.

    E depois de se referir a milhares de pessoas nesta circunstância irregular, Tânger diz ser evidente que se são “400 mil por legalizar, são 400 mil que têm vistos que não são emitidos de acordo com os acordos de Schengen” — “Porque se fossem emitidos de acordo com os acordos de Schengen, já estavam automaticamente legalizados.”

  • Pedro Nuno Santos defende reconhecimento imediato do Estado da Palestina: "É altura de Portugal dar esse passo"

    Em Guimarães, Pedro Nuno Santos fala no direito dos povos à autodeterminação e independência, luta que o PS fará na Europa, assegura. Recorda que o PS “não hesitou um segundo” na defesa da Ucrânia e que não há “duplicidade moral” com os socialistas — “estamos ao lado do povo da Palestina. Não nos esquecemos deles. Estivemos na primeira hora na condenação do ataque do Hamas, mas também estamos contra o desrespeito do direito internacional”, defendendo o reconhecimento do Estado da Palestina.

    Pede “coerência”: “Não nos podemos ficar pelo reconhecimento de um dos Estados, temos de reconhecer de imediato o Estado da Palestina”. “É altura de Portugal dar esse passo, é um sinal político importante que devemos dar ao mundo e a Israel”.

  • Pedro Nuno Santos acusa candidatos da AD de "hesitar e ficar atrapalhados" a falar do aborto

    Pedro Nuno Santos começa agora a falar em Guimarães, elogiando a campanha “com humildade e empatia” de Marta Temido, que diz condizer com o que já tinha sido a sua governação.

    Insiste que a campanha é também sobre “uma visão de sociedade” e dos direitos. O PS continuará a estar “na primeira linha da defesa dos direitos das mulheres”, assegura, dizendo que nunca nenhum candidato do PS “hesitou ou se atrapalhou” para responder sobre esse tema. “Não ficamos atrapalhados quando nos perguntam sobre a IVG”, atira contra Bugalho. “Quando ouvimos os candidatos da AD ficamos preocupados, porque hesitam e se atrapalham no que é tão essencial”.

    Pedro Nuno Santos lembra que o aborto clandestino chegou a ser a terceira causa de morte em Portugal. “Não queremos andar para trás e sabemos que só com o PS andamos para a frente”.

  • César pede "paciência": "Agora é tempo das europeias, quando for tempo disso serão eleições para novo Governo, que esperamos ser do PS"

    Em Guimarães, César pede aos portugueses “o voto mais útil” para representar Portugal na Europa, uma Europa em que se cuide mais da democracia e dos direitos humanos e das mulheres.

    O presidente do PS defende ainda que as regras económicas devem servir as exceções, mas que não há euro sem “regras mínimas e comuns que têm de ser aplicadas”, procurando sempre que afetem menos as prioridades nacionais. Quanto às migrações, diz que devem ser encaradas com “humanismo”. E na UE defende que não se hesite em alargar “recursos onde eles são excedentes” para acomodar os efeitos de um novo alargamento.

    Para rematar, César pede “paciência nesta eleição”: “Agora é o tempo das europeias. Quando for tempo disso, serão as eleições para o novo Governo, que esperamos ser do PS. Temos de ser pacientes. Mesmo sabendo que apesar de terem recebido uma situação melhorada das finanças públicas e com crescimento da economia”, o Governo apresenta “plágios do Governo anterior” e “medidas para entrarem em vigor no dia de São Nunca”.

    “É mais hábil a propagandear do que a governar, mais afoito a desvalorizar oposição do que a valorizar a governação, demite e ameaça quem lhe parece perigoso, nomeia prestimosamente quem lhe é subserviente. Gostaria de andar para trás se lhe dessem roda livre na AR”.

    Esta candidatura do PS não é contra o Governo, mas “é bom lembrar que o voto na AD não é um voto nem na estabilidade nem na instabilidade — é uma má escolha para a Europa mas pode ser também um indesejável suplemento de arrogância para o Governo português”, que precisa de uma “lição de humildade.

  • César diz que Bugalho foi "escolha aflita" de Montenegro, que "aproveitou quem estava a falar numa televisão"

    César diz que Pedro Nuno Santos tem demonstrado “o muito que beneficiaria o país” se fosse primeiro-ministro. “Vai sê-lo”, garante. E comenta a “assiduidade” do líder socialista na campanha, que é “de todo o PS”.

    “Faz essa campanha junto das portuguesas e portugueses, de norte a sul”, porque “não é uma campanha de vários Conselhos de Ministros por semana nem de várias aparições na televisão por dia”, atira.

    Depois, diz que a AD está numa “aflição grande” e por isso tem feito críticas “curiosas” à presença de Pedro Nuno Santos, pela boca de Luís Montenegro e Hugo Soares, enquanto eles próprios participavam em ações de campanha da AD. E elogia Temido, que “não prestigia apenas o PS”: “Está entre os melhores que a política portuguesa tem”.

    César argumenta que estas eleições acontecem num momento “muito difícil e transitivo” para a Europa, com muita incerteza também sobre o futuro dos EUA. “A Europa democrática está numa fase perigosa”, avisa. Afirma que tudo deve ser feito para defender as fronteiras a Leste e para parar a “chacina” em Gaza, defendendo o reconhecimento do Estado da Palestina; mas também para que a Europa tenha “resultados positivos” na vida dos seus cidadãos e empresas. Além disso, “tudo devemos fazer para travar o avanço dos extremistas com que a família da AD pretende contemporizar”.

    Carlos César ao ataque: Governo, Bugalho e Úrsula

    Ouça aqui a reportagem de Luís Soares

    Fala dos “amigos do Chega” e de Ursula Von der Leyen, “rosto simpático dos amigos antipáticos” que fragilizam o projeto europeu. Para contrariar isto, é preciso que os socialistas europeus, e o PS em particular, ganhem. O presidente do PS diz que Portugal tem ganhado prestígio e “influência” a nível europeu, com Mário Soares logo de início, e com um reforço com o papel de António Costa. “Foram sempre referências superiores do ideal europeu”.

    “Os portugueses podem votar nesta eleição com os olhos e ouvidos no futuro europeu. É uma eleição importantíssima para a Europa, mas não por causa das próximas eleições legislativas, que havemos de vencer — porque não misturamos alhos com bugalhos”. A escolha dos candidatos não foi uma escolha “de última hora aproveitando quem estava naquele momento a falar numa televisão”, atira. E dizendo respeitar os candidatos da AD, incluindo o seu “agitado cabeça de lista”, que vem das “escolhas aflitas” de Luís Montenegro, diz que tem ouvido até de pessoas do PSD que não têm o perfil adequado para a candidatura. Já o PS, diz, honra a tradição europeísta e de prestígio do partido.

  • César critica partidos que trocam apoio a candidaturas portuguesas no Conselho Europeu por "ódio ou inveja partidária"

    Carlos César está também em Guimarães para o comício do PS e começa por dizer que vê na rua “sinais poderosos” da vitória do partido.

    “Estamos numa disputa que nos diferencia em tantas matérias importantes dos outros partidos. Mas a nossa candidatura não é inimiga dos que se propõem representar Portugal e defendem Europa democrática”, começa por dizer. “Ao contrário de outras, é candidatura que não troca portugueses que podem vir a desempenhar funções por exemplo no Conselho Europeu pelo ódio ou inveja partidária”. Esta candidatura, diz, quer “o melhor Portugal na Europa”.

  • Cabrita. "PR não devia ter participado nesta excitação"

    Eduardo Cabrita, antigo ministro da Administração Interna, critica o Presidente da República por ter promulgado – e tão rapidamente – uma das medidas do plano do Governo para as migrações.

    Defende que documento merecia “ponderação” e passar pela Assembleia da República.

    Eduardo Cabrita também admite que dois anos para extinguir o SEF foi demasiado tempo.

    Ouça aqui a entrevista a Eduardo Cabrita

    Cabrita. “PR não devia ter participado nesta excitação”

  • "Não basta ser jovem para defender os jovens", atira Temido a Bugalho, criticando "direita velha de valores"

    Marta Temido fala agora no comício do PS, em Guimarães, lembrando a “agenda europeia do progresso” que quer promover, com os pilares da Habitação, emprego e direitos, tudo dimensões que interessam aos mais jovens, frisa.

    “Na nossa agenda há um lugar muito especial para os jovens. Só que não basta ser jovem para defender os jovens, há quem ache que basta”, atira contra Sebastião Bugalho, insistindo que defender os jovens não passa por ter uma idade mais reduzida no cartão de cidadão. E relaciona essa defesa dos jovens também com a defesa das mulheres e do clima. “É assim esta direita velha não de idade, mas de princípios, valores, força e energia”, no que toca “ao trabalho e à vida dos jovens”.

    A experiência do PS permite-lhe assumir um compromisso diante dos jovens, diz, referindo-se ao programa Erasmus, que quer melhorar. O PS quer também que haja acesso a estágios remunerados — lembra que na UE a AD votou contra o fim dos estágios não remunerados. E defende o aprofundamento da garantia para a Juventude, para os jovens que não entram logo no mercado de trabalho ou que perdem o seu posto. Por fim, os socialistas querem defender uma economia mais competitiva, diz Marta Temido, ironizando sobre a proposta da AD para um Blue Card (um mecanismo de entrada para imigrantes qualificados) “mais baixinho” em termos das qualificações exigidas. Ainda aproveita para disparar contra os moldes do IRS Jovem.

  • Candidato do PS diz que direita tradicional está "contaminada" pela extrema-direita e chama a Bugalho "o rei da confusão"

    “Hoje há dois caminhos claros: uma Europa deles e uma Europa nossa”, começa agora a dizer o quarto candidato do PS às europeias, Bruno Gonçalves, num comício em Guimarães. A “deles” é a da extrema-direita, do racismo e da xenofobia. Mas “infelizmente o quadrante política está contaminado” a direita tradicional “compactua” com a extrema-direita lá fora — “e aqui não faz muito diferente”, defende.

    Critica as “contradições” de Sebastião Bugalho sobre o aborto e a eutanásia, assim como as votações dos eurodeputados da AD sobre as taxas de juro na Habitação. E diz que a AD trouxe “o rei da confusão, Sebastião” para a campanha. Depois, insiste que o PS, ao contrário da direita, “quando fala da Ucrânia não se esquece da Palestina”.

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