Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Boa noite,

    chega ao fim mais um dia de cobertura da campanha das Legislativas. Voltamos dentro de algumas horas para lhe contar tudo sobre um fim-de-semana preenchido de ações dos partidos.

    Obrigado por ter estado desse lado.

  • João Oliveira ataca Costa: "Quer versão mais ou menos ecológica das soluções limianas de má memória" para evitar "convergência com CDU"

    Na caravana comunista o foco continua a ser o alerta para o perigo da maioria absoluta socialista (ainda que as sondagens mais recentes afastem cada vez mais esse cenário). Num dia pelo Algarve e com o microfone das intervenções aberto à população, João Oliveira terminou a jornada num auditório bem composto a explicar o que Costa não disse.

    “Em matéria de convergência já se percebeu que a única coisa que o PS quer afastar é a convergência com a CDU e já se percebeu também porquê”, começou por dizer explicando: “porque a convergência com a CDU obriga o PS a dar resposta a problemas”.

    E a colagem do PS à direita é um dos focos centrais. Diz o secretário-geral temporário que com a CDU os socialistas têm que “abandonar opções da política de direita a que querem dar andamento, têm que adotar medidas de combate às injustiças e de valorização do trabalho, reforçar os serviços públicos e combater os interesses dos grupos económicos”.

    Com António Costa a dizer que volta a levar ao Parlamento o Orçamento que precipitou a crise política, a CDU insiste no ponto que ditou a clivagem entre os dois partidos: o aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros.

    “Não é para daqui a quatro ou cinco anos, mas para este ano e para o próximo que o salário mínimo deve ser fixado em 800 e 850 euros”, atirou o comunista dizendo ainda que “de nada servem as boas intenções” quando se recusa “revogar as normas gravosas da lei laboral”.

  • Com a mira apontada também à direita, CDS assume-se como o "antídoto contra o liberalismo bloquista" e o "fanatismo populista"

    Francisco Rodrigues dos Santos também quis marcar diferenças à direita, da Iniciativa Liberal ao Chega (nunca mencionando os nomes dos partidos) para apelar ao voto no CDS. O partido assume-se como um “antídoto contra o liberalismo bloquista” e o “fanatismo populista”.

    “A nível económico, há 50 anos que somos o partido pela liberdade, pelos empresários, pelo crescimento económico, pela iniciativa privada. Estes partidos que se dizem da nova direita [gesticula umas aspas] sem se assumir de direita, afirmando liberalismo puro são iguais à esquerda em tudo tirando a economia“, criticou Rodrigues dos Santos.

    O CDS, diz, defende a “liberdade económica”, mas é “com orgulho um partido conservador que se reconhece nos valores da doutrina social da Igreja”. Aqui a mira é apontada ao partido de João Cotrim de Figueiredo: “Dizemos não à eutanásia, não à legalização das drogas, não à prostituição, não ao cancelamento cultural, e sim às proteções sociais porque sempre fomos um partido ao contrário deste novo liberalismo, que se esquece das pessoa para encontrar os mercados“.

    Rui Oliveira/OBSERVADOR

    O partido, acrescenta o ex-líder da Juventude Popular, é o “antídoto contra o liberalismo bloquista”, mas também contra o “fanatismo populista”, contra “extremismos” à direita e à esquerda.

    É que a crítica estende-se também ao Chega (mais uma vez, sem o referir). Francisco Rodrigues dos Santos vincou que alguns dos chavões que têm sido repetidos pelo partido de André Ventura já são defendidos há anos pelo CDS.

    “Há quase 50 anos que o CDS defende a moralização dos apoios sociais, não precisamos que venham recordar-nos quais as bandeiras do CDS. É que este fanatismo populista em tudo aquilo que é decente copia o CDS, em tudo aquilo que não é decente defende tonterias” que “um verdadeiro democrata-cristão não pode nunca tolerar”.

    Por isso, assegura, o CDS nunca defenderá “castrações químicas”, “penas de morte”, “prisões perpétuas”. E também ” nunca estaremos contra aqueles que precisam do Estado para poder sobreviver”.

  • CDS atira a Costa: "Tenho mais razões para ter orgulho no governo da PàF do que António Costa por ter pertencido ao governo de Sócrates"

    Francisco Rodrigues dos Santos decidiu responder esta sexta-feira a António Costa, que num dos debates televisivos disse que o líder centrista tem orgulho no governo da PàF (coligação PSD/CDS).

    O presidente do CDS não só disse que é “o único líder da direita que assume o legado da PàF”, como: “Tenho mais razões para ter orgulho no governo da PàF do que António Costa por ter pertencido ao governo de Sócrates”.

    Rui Oliveira/OBSERVADOR

    Rodrigues dos Santos criticou o que disse ser a “aparição” de José Sócrates, que foi entrevistado pela CNN Portugal sobre as eleições legislativas. “Com esta aparição, José Sócrates vem relembrar os portugueses aquilo que significa uma maioria absoluta do PS e porque é que os portugueses não devem dar uma nova maioria à esquerda no parlamento”, defendeu, num jantar-comício em Vila Nova de Gaia.

    “José Sócrates é o melhor argumento para não darmos uma nova maioria à esquerda. (…) É o relembrar do que as maiores absolutas do PS significam para o país, arrogâncias absolutas e caos absolutos e sacrifícios enormes pelos quais tivemos todos de passar enlameados em suspeitas de corrupção”, acrescentou.

  • Catarina Martins promete voltar a entregar projeto da eutanásia no primeiro dia da próxima legislatura

    No mesmo palco de Coimbra, Catarina Martins deixou uma promessa: no primeiro dia da próxima legislatura o Bloco vai voltar a apresentar o projeto lei da eutanásia, “desfazendo todas as dúvidas sobre uma eventual ambiguidade”, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter voltado a devolver o diploma ao Parlamento.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício no Convento de São Francisco, com José Manuel Pureza e Marisa Matias. Coimbra, 21 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    O resto da intervenção foi dedicado ao tema que marcou o dia de campanha bloquista: a defesa dos serviços públicos. A direita, argumentou, “desconfia e não gosta dos serviços públicos, quer matar os serviços públicos essenciais”. E nisto incluiu as propostas do PSD de atribuir médicos assistentes para colmatar a falta de médicos de família, garantindo que pelas contas do BE um médico de família ganha num mês o que custaria três dias de consulta com um assistente. Por outro lado, atacou a ideia do cheque-ensino: de novo, pelas contas do Bloco, se o cheque fosse de apenas mil euros por aluno por aluno, isto representaria 300 milhões anuais do Orçamento — para preços dos colégios aqui de Coimbra, por exemplo o de São José, cobriria “um mês e meio” dos custos.

    O último apelo mostrou a preocupação do Bloco em manter o deputado em Coimbra: “Aqui em Coimbra o Bloco é a esquerda que elege”.

  • Pureza lembra Pinho para avisar contra maiorias absolutas: "São o porto de abrigo da grande corrupção"

    Depois de passar por Lisboa e Leiria, o Bloco de Esquerda decidiu terminar o dia em Coimbra, com mais um comício noturno. Na qualidade de mandatária do distrito, Marisa Matias subiu ao palco para falar de dois temas concretos — as questões laborais e a proposta para criar um Serviço Nacional de Cuidados — e ‘malhar’ no PS.

    “Nós sabemos quem são os nossos inimigos, e à direita, mas era o que faltava… Houve uma escolha do Governo de Costa, que se traduziu em não querer novo acordo e querer governar como se tivesse maioria absoluta. Lamentamos, não tinha”, atacou, entre aplausos da plateia.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício no Convento de São Francisco, com José Manuel Pureza e Marisa Matias. Coimbra, 21 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    A seguir foi a vez do cabeça de lista e deputado José Manuel Pureza, que se focou no tema da corrupção, “da corrupção a sério, daquela que usa gravata e surripia milhões, que a extrema-direita ajuda a manter na sombra” — e o usou para chegar a um dos temas principais da campanha: a maioria absoluta (ou não) do PS.

    Para isso, foi buscar o nome de Manuel Pinho e desfiou todo o caso das acusações ao ex-ministro socialista no caso EDP. “Nunca saiu do GES e ficou a receber uma avença enquanto era ministro. Portanto era o representante do GES no Governo e remunerado como tal”. Pormenor — ou não: “Era um Governo de maioria absoluta”. “Pinho decidiu conceder a exploração de 27 barragens à EDP, presidida por António Mexia, antigo ministro do PSD, e o BES era principal acionista do EDP. O valor da concessão foi muitos milhões abaixo do valor sugerido gentilmente pela própria EDP”. O resumo, nas palavras de Pureza: “Borlas, pagamentos obscuros, offshores. Eis a alta corrupção em todo o seu esplendor”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício no Convento de São Francisco, com José Manuel Pureza e Marisa Matias. Coimbra, 21 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    Se o recado não estivesse ainda claro o suficiente, Pureza fez questão de o traduzir: “No momento de votar lembremo-nos de Manuel Pinho, ministro de um Governo de maioria absoluta. As maiorias absolutas são o porto de abrigo da grande corrupção. Também vamos decidir se é deste lado que estamos”.

  • Chega apresenta queixa à PGR devido a ataque informático ao site e portal do partido

    O Chega apresentou queixa na Procuradoria-Geral da República (PGR) devido ao ataque informático ao site e ao portal que o partido reportou esta quinta-feira.

    Tendo em conta a queixa, o ataque terá acontecido entre as 8h30 e as 17h15, sendo que o nível de “degradação da qualidade do serviço” foi diferente ao longo do dia e no site do partido “resposta muito lenta/offline durante cerca de três horas”.

    Terá havido ainda “cerca de 20 contas de e-mail com acesso automaticamente bloqueado e os seus utilizadores incapacitados de as utilizar”.

    O Chega reporta também que “foi possível evitar que fosse comprometida qualquer credencial de acesso ou que fossem acedidos ou comprometidos quaisquer dados pessoas, e-mails ou documentos”.

  • No Chega não há medo de sondagens e até se fazem contas: "Parece começar a construir-se ideia de maioria à direita"

    Se há quem não fale em sondagens, esse alguém não é André Ventura. O líder do Chega nunca é apanhado desprevenido quanto aos números mais recentes (ao contrário do que aconteceu com Rui Rio), admite que vê as sondagens e nunca diz que não a um comentário.

    Desta vez e com base no estudo de mercado da CNN, é o próprio a destacar o que mais lhe salta à vista: “Parece começar a construir-se a ideia de uma maioria que é possível à direita.”

    “Se o PSD conseguir encurtar a distância para o PS, mesmo que não chegue a ultrapassar o PS, se o Chega tiver mais votos do que o BE e se IL tiver mais votos que PCP, não creio que sejam os mandatos do Livre ou do PAN que farão essa diferença numa maioria de direita”, explica o líder do Chega, alertando que, para isso, é preciso que “todos interlocutores saibam estar à altura das responsabilidades”.

    Questionado sobre as críticas que tem feito ao partido liderado por Rui Rio, Ventura referiu que “o PSD tem de esquecer a ideia de que vai ter muletas, no máximo terá parceiros críticos, com identidade e ideias próprias”.

    “O que o eleitorado está a dizer que quer uma direita não-unitária, mas uma direita composta por vários partidos”, enalteceu o líder do Chega, assegurando que será “leal” aos “compromissos” feitos no pós-eleições (ainda que não abdique das exigências): “O que é assinado e definido é para cumprir.”

  • Gato de Inês de Sousa Real vê filme de terror chamado "samarra de Costa"

    Mais um dia de campanha, mais uma ronda em que os companheiros de estimação dos candidatos sobem ao palco.

    A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, reagiu esta sexta-feira na rede social Twitter à indumentária que António Costa utilizou na quarta-feira durante a campanha para as eleições legislativas.

    “Na 4.ª feira foi António Costa e hoje Ana Mendes Godinho. O Mikas até fugiu da televisão, pois está com medo de ver mais algum animal a virar gola de samarra”, comentou a a líder do PAN.

    Na quarta-feira, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS apresentou-se em Beja envergando uma samarra, peça de vestuário típica daquela região e que utiliza pelo de animais na gola.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de António Costa, candidato pelo PS a primeiro-ministro, em Beja e em Faro. Beja e Faro, 19 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    A porta-voz do PAN aproveitou também para tecer uma crítica ao uso de peles de animais no vestuário, e aconselhou Costa a fazer “um upgrade ao armário”.

  • PSD morde os calcanhares ao PS. Partidos estão separados por um ponto

    O PSD continua a aproximar-se cada vez mais dos socialistas. De acordo com a tracking poll da Pitagórica publicada diariamente pela CNN Portugal, o PS está com 34,6% das intenções de voto, enquanto os sociais-democratas obtêm 33,5% — estando, assim, separados por 1,1 pontos.

    Há também uma surpresa no que concerne ao terceiro lugar: a Iniciativa Liberal empata com o Chega, obtendo os dois partidos 6,3% das intenções de voto.

    O BE distancia-se cada vez mais de ser a terceira força política e recolhe 4,9% das intenções de voto. A CDU fica ligeiramente atrás com 4,5%.

    Nos restantes partidos, o PAN e o Livre empatam com 1,6%, enquanto o CDS angaria 1,2% dos votos.

    Realizada entre 17 a 20 de janeiro, a sondagem contou com 152 respostas.

  • Manifesto. Mais de 150 personalidades pedem "maioria reforçada" do PS: voto em Costa "permite olhar futuro com confiança democrática"

    Mais de 150 personalidades assinaram um manifesto que apela a uma “maioria reforçada” ao PS para não ceder a “tentações autoritárias” e “injustas políticas de austeridade” com uma “solução estável”.

    Manifesto. Mais de 150 personalidades pedem “maioria reforçada” do PS: voto em Costa “permite olhar futuro com confiança democrática”

  • "Ninguém se deixe iludir com as sondagens". Mas o ataque de Costa ao PSD adensou

    O candidato socialista fez um comício na Guarda com ataques unidirecionais. Com as sondagens a apertarem a distância entre os dois, António Costa centra-se nos ataques a Rui Rio e até descreveu o chumbo do Orçamento como obra do “PSD e os outros partidos” — até aqui esta carta tinha sido, essencialmente, atirada para cima da esquerda, mas esta sexta-feira tudo foi dar ao PSD.

    “A campanha do PSD é como aqueles contratos de seguros onde é preciso ler letras pequeninas que nos apanham na distração”, disse Costa a dada altura da intervenção quando acusou Rio de “fazer uma campanha onde não diz nada do que efetivamente quer fazer”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Castelo Branco do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Guarda, 21 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    “Passeia pelas ruas, anda a ser simpático, a acenar, mas falar de políticas em concreto, ‘tá quieto”, acrescentou também. Na frente de ataque contra o PSD, Costa usa dos cartas: o modelo misto que rio propõe para o sistema de pensões e também o SNS “tendencialmente pago” que acusa o social-democrata de promover.

    E acabou a pedir a maioria — que ontem à noite não pediu — e apelar ao voto para evitar outra “experiência muito dolorosa” como nas autárquicas em Lisboa, o mesmo argumento que usara de manhã em entrevista ao Observador.

    António Costa: “Foi com a ilusão das sondagens que perdemos a câmara de Lisboa”

    Carregou nas mesmas tintas, apelando a que “ninguém se deixe iludir com as sondagens” para depois não “acordarem surpreendidos” no dia seguinte às eleições. “As eleições não se ganham nas sondagens mas nas urnas”.

    Mais ao início da noite, em Castelo Branco, o discurso não acrescentou muito mais. Costa voltou a acusar o adversário de “fugir como o diabo da cruz de dizer o que é o seu programa eleitoral. É só um conjunto de arruadas, onde um dia há bombos, no outro raspadinhas e no outro se lança duas graçolas”, acusou dirigindo-se diretamente a Rui Rio.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Castelo Branco do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Guarda, 21 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Recebeu, ali em pleno interior, um manifesto com medidas para o interior — que recupera o que o PS tem no programa do Governo — e que foi assinado pelos cabeças de lista de Castelo Branco, Ana Abrunhosa, da Guarda, Ana Mendes Godinho, de Portalegre, Ricardo Pinheiro, de Portalegre e ainda João Azevedo, de Viseu.

    Publicação atualizada às 21h com o comício do PS em Castelo Branco

  • Costa sem o "mau feitio" de Rio, a matar o frio com ginginhas

    Frio cortante na Guarda, ao final da tarde, e António Costa não teve uma, mas duas ministras do seu Governo ao seu lado na arruada pelo centro da cidade. O tempo é de se diferencia de Rio e aí nem na simpatia lhe quer perder.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha na Guarda do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Guarda, 21 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Entrou num café e num instante uma fila de pequenos copos de ginginha surgiram em cima do balcão. Duas ginjas, dois brindes com o famoso “vai acima, vai abaixo, vai ao centro, vai para dentro” e, claro, o livro de autógrafos do estabelecimento. “O último a assinar foi Rui Rio”, previne o proprietário que explica que quando o social-democrata soube que imediatamente antes dele Marques Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa tinham assinado o mesmo livro, não quis fazer o mesmo. Costa respondeu logo que não tinha qualquer problema, que não tem, disse, “o mau feitio” de Rio, e esteve longamente a escrever no livro antes de voltar a sair para a tarde gelada.

    Nas ruas estava sobretudo a moldura socialista mobilizada para a arruada, de resto pouca gente a circular. Ao lado de António Costa seguia a cabeça de lista pelo distrito Ana Mendes Godinho, e também a candidata número um do distrito ao lado, Ana Abrunhosa, de Castelo Branco — “as anas da Beira”, como havia de dizer Godinho. A primeira bem mais efusiva que a segunda, gritava para quem acenava às janelas, sobretudo quando passou junto ao edifício da Segurança Social: “Forçaaaa, forçaaaa”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha na Guarda do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Guarda, 21 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Costa demarca-se de "nazizinho" de Rosa Mota

    “É uma expressão que ela disse e é dela”. António Costa diz estar “muito grato” pelo apoio de Rosa Mota, que esta manhã disse que Rui Rio “tentou destruir o Porto” e que “ele é que manda, é um nazizinho”, mas demarca-se da palavra que foi usada.

    “Cada um fala por si e eu falo por mim e nunca utilizei essa expressão”, respondeu o líder socialista, durante uma arruada na Guarda, quando confrontado com as declarações da campeã olímpica.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha na Guarda do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Guarda, 21 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    “A Rosa Mota é uma pessoa muito querida de todos os portugueses, uma grande campeã que muitas alegrias nos deu, como ela própria disse é uma palavra e expressão que ela disse e é dela”, afirmou Costa.

  • Líder do CDS encara absolvição de Rui Moreira “sem surpresa nenhuma”

    Em reação à notícia da absolvição de Rui Moreira no caso Selminho, Francisco Rodrigues dos Santos (que apoiou a candidatura do autarca ao Porto) disse estar “feliz” com a decisão, que vem repor a “honorabilidade e reputação” de Moreira.

    “Estou feliz e encarei a notícia sem surpresa nenhuma. Como todo o país sabe, e o Porto em particular, Rui Moreira é um político credível, sério, idóneo, que coloca sempre o interesse do Porto acima de qualquer outra circunstância da sua vida pessoal ou política”, começou por dizer, acrescentando que encarou a decisão “como uma reposição da justiça num processo que foi algo conturbado e que prejudicou o autarca Rui Moreira durante a campanha autárquica uma vez que foi dos assuntos mais tratados na altura”.

    O líder do CDS está “satisfeito” por notar que o desfecho foi o que estava “à espera”. “Fico feliz por o meu amigo Rui Moreira” ter “deixado este assunto definitivamente arrumado e reposta a sua honorabilidade e reputação que é para todos nós acima de qualquer suspeita”, concluiu.

  • Catarina foi à escola atacar "privatizações mais ou menos envergonhadas" da direita e "ritmo lento" do PS. E fez apelo aos indecisos

    Um dia dedicado aos serviços públicos. Depois de uma visita a uma Unidade de Saúde Familiar na baixa lisboeta, esta manhã, Catarina Martins passou a tarde no agrupamento de escolas de Marrazes, Leiria. Recebida em euforia pelos alunos, que rodeavam a comitiva do Bloco de Esquerda e o grupo de jornalistas com pedidos constantes de selfies e autógrafos, Catarina aproveitou a visita para falar da importância dos serviços públicos e agitar dois papões: o da direita, que os “quer privatizar”, e o do “lento” Governo PS.

    A coordenadora bloquista frisou, desde logo, a diversidade de nacionalidades — em 2019, segundo o Região de Leiria, havia crianças e jovens de 34 países diferentes a estudar no distrito — que o agrupamento acolhe. “É um exemplo do que a escola pública é capaz de fazer. Nenhum serviço seria capaz de ser o instrumento de igualdade e coesão social que a escola pública é”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Visita ao Agrupamento de escolas de Marrazes. Leiria, 21 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    Os elogios à escola pública serviriam de ponte para as críticas à direita. “Ouço a direita falar de cheques-ensino e coisas do género. Portugal não precisa de desperdiçar recursos com pequenas borlas às famílias mais ricas que optem por colocar os filhos em colégios privados”. Conclusão:” É preciso um novo ciclo no país que não poupe nos serviços públicos fundamentais”. E, como tinha estado a tratar o tema da Saúde de manhã, o remate estendia-se ao setor: “Nestas eleições vemos como a direita tenta aproveitar as fragilidades que nós não negamos que existem no SNS e na escola pública para propostas de privatização mais ou menos envergonhada”.

    Os tais problemas terão mais a ver com o Governo atual, assumiu, que o Bloco apoiou. Mas agora é preciso uma espécie de terceira via entre as soluções da direita e a “lentidão” do PS a resolver problemas, sugeriu.

    “Dizemos que há uma terceira forma de olhar: deixar de adiar os compromissos fundamentais”. E as sondagens que mostram o PSD mais perto de vencer as eleições são motivo de preocupação? “Sondagens há para todos os gostos. O que têm demonstrado de diferente é um enorme número de indecisos e o que dizemos é que cada voto no BE impede uma maioria de direita. Estamos cá para uma solução que impeça o projeto da direita de desmantelar a escola pública e imprima ritmo necessário ao Governo”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Visita ao Agrupamento de escolas de Marrazes. Leiria, 21 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

  • Alterações climáticas são "discurso da moda das elites". Chega quer acabar com taxa de carbono

    As alterações climáticas chegaram à campanha do Chega, mas para André Ventura tem de haver limites naquele que diz ser um “discurso da moda nas elites”.

    “Temos de salvar o meio ambiente e o planeta, mas não à custa de maiores sacrifícios à classe média”, alertou o líder do Chega em Viana do Castelo, no primeiro almoço-comício da campanha, em que estiveram menos de 40 pessoas.

    O objetivo vinha definido: o Chega quer pôr fim à taxa de carbono. E esta serviria para colar PSD e PS. “António Costa e Rui Rio são iguais, todos criaram novos impostos sobre os combustíveis”, criticava o presidente do partido, enquanto reforçava que “o adicional ao ISP é para acabar e [que] o IVA deve ser calculado unicamente sob valor do combustível”.

    “Estas ideias feitas de que combater as alterações climáticas e combater a pobreza energética é um discurso que fica muito bonito e que toda a gente gosta de ouvir, é o discurso da moda nas elites das grandes cidades”, referiu, frisando que é um discurso que “não serve para ajudar ninguém”, apenas para “penalizar a classe média, os trabalhadores e os pensionistas”.

  • "Pequeno nazi? António Costa vai ficar a falar a sozinho"

    Já na sessão de esclarecimento, também em Coimbra, Rui Rio voltou falar sobre as declarações de Rosa Mota para voltar a atirar a António Costa e ao PS.

    “António Costa eleva cada vez mais o tom contra o PS. Fechou uma sala, meteu lá uns quantos ‘intelectuais’ e chamaram-me ‘pequeno nazi’. É assim provavelmente que querem ganhar as eleições. Com este nível de elevação não vamos muito longe. António Costa vai ficar a falar a sozinho, não vejo outra alternativa”, disse.

    Com ironia, Rui Rio disse que se “reconhecesse que dentro daquela sala estava a intelectualidade” até podia pôr um processo por “difamação”. Mas depois, sugeriu, os advogados dos visados iam responder “intelectuais aonde?”. “Era uma defesa interessante”, concedeu o líder social-democrata.

    ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma arruada em Coimbra. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de Janeiro. 21 de Janeiro de 2022, Coimbra.. TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

    Borla à EDP “é uma vergonha”

    Já sobre o tema de fundo desta sessão esclarecimento, o Ambiente, Rui Rio reconheceu o desafio das alterações climáticas — “não há plano B” — mas também das respostas que têm de ser encontradas para evitar que sejam os mais pobres a pagar a transição energética. “Não podemos morrer da cura.”

    Nesse sentido, Rio, ao lado de Salvador Malheiro, vice-presidente e coordenador do partido para a área do ambiente, apresentou duas grandes bandeiras: incentivos às empresas que invistam na transição energética e aos municípios que cumpram determinadas metas de descarbonização.

    Aproveitando uma pergunta da eurodeputada Lídia Pereira, Rui Rio voltou a criticar o Governo socialista por ter permitido que a EDP não pagasse imposto de selo no negócio da vendas das barragens da companhia elétrica.

    “É uma vergonha a EDP ter vendido as barragens e não ter pago o imposto selo. Estou a responsabilizar o Governo. Não entendo que um Governo que anda à cata de todos impostos e mais alguns seja fraco com os fortes e forte com os fracos”, atirou.

    Recorrendo novamente à imagem do gato Zé Albino, Rui Rio sentenciou: “É gato escondido com rabo de fora.”

    ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma arruada em Coimbra. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de Janeiro. 21 de Janeiro de 2022, Coimbra.. TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Cotrim "satisfeito" com absolvição de Rui Moreira, que a IL apoiou no Porto

    O presidente da Iniciativa Liberal ficou “satisfeito” com a decisão que iliba Rui Moreira no caso Selminho.

    A decisão do coletivo de juízes presidido por Ângela Reguengo, anunciada esta sexta-feira, apontou incapacidade ao Ministério Público para provar o comportamento ilícito de que era acusado o autarca do Porto.

    Questionado pelos jornalistas, até pelo apoio da Iniciativa Liberal à candidatura de Rui Moreira, Cotrim Figueiredo respondeu: “Acabei de saber dessa notícia. Não conheço o teor do acórdão mas fico satisfeito que se tenha confirmado aquilo que eram as nossas perspetivas quando manifestámos o nosso apoio político à candidatura de Rui Moreira: que não tinha havido comportamento ilícito da parte do Rui Moreira no caso Selminho”.

    Cotrim, que teve esta tarde uma reunião com a Associação da Indústria da Península de Setúbal, acrescentou desejar que “agora já sem esta nuvem sobre o mandato de Rui Moreira, seja possível avançar no sentido de um mandato que beneficie todos os portuenses e que a IL possa fazer parte desse caminho”.

  • Rio sobre Rosa Mota: “António Costa é que sabe quem mete na sala”

    Rui Rio já reagiu às declarações de Rosa Mota, que o classificou como “nazizinho”.

    “Eu nem vou conferir grande importância porque acho que é dar importância demais a quem a não deve ter, agora não é essa a forma de se fazer campanha, nem de fazer política, a minha não é e está provado que não é, mas António Costa é que sabe quem mete dentro da sala”, atirou Rio, em declarações aos jornalistas à margem de uma ação de campanha em Coimbra.

    “A campanha do PS e de António Costa, toda ela está feita na base de tentar deturpar o que eu digo e não procurar defender as suas próprias propostas e quando defende as suas próprias propostas é um orçamento que chumbou e nem sei como é que ele o quer fazer passar no caso de ganhar as eleições, e depois chegam ao extremo de juntar numa sala um tipo de pessoas e o que sai de lá, desse tipo de pessoas, é que é um insulto, como é lógico”.

1 de 2