Histórico de atualizações
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Rui Tavares aviva a memória a Moedas: "Esquerda teve muito mais votos que a direita"
Já com a voz de oposição ensaiada, Rui Tavares diz que é preciso conhecer “o concreto das propostas” de Moedas para que seja possível posicionar-se, mas lembra: maioria na autarquia é de esquerda.
“Se reconhecemos a legitimidade do novo presidente da câmara Carlos Moedas, a quem desejei boa sorte, a verdade é que é importante também que seja reconhecido da parte do Executivo, dos vereadores na câmara, que a esquerda teve mais votação, é a maioria na vereação e precisamos de ver passos, no concreto”, apontou acrescentando desde já uma proposta concreta.
O Livre vai dar entrada de um projeto que pretende que os jovens consigam “comparticipação pública” para comprarem casa, à semelhança do que acontece noutros países.
Sobre o discurso desta tarde, Tavares já tem dúvidas: “Não se consegue perceber que se anuncie aquilo que nas entrelinhas é uma descapitalização da carris ou dos próprios serviços da CM e do Orçamento da câmara e se queira fazer desburocratização sem investimento numa reforma da habitação municipal”.
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Moedas: "Nos consensos todos vamos ter que ceder um pouco"
Enquanto distribuía abraços, Moedas foi questionado sobre os recados que deixou durante o discurso de tomada de posse e esclarece: “aquilo que disse é que sou conhecido por ser um homem de consensos, tenho trabalhado consensos em toda a minha vida”.
“Nos consensos todos vamos ter que ceder um pouco. O que eu faço é respeitar a legitimidade democrática de cada um daqueles que foi eleito, mas também temos que respeitar a vontade dos lisboetas de dar mais votos a esta plataforma que represento”, diz o presidente da câmara de Lisboa que quer “trabalhar com todos”.
Sobre a renúncia de Fernando Medina ao lugar de vereador, Moedas rejeita a ideia de ter agradecido a essa decisão do socialista.
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Rio diz que "teve grande conversa com Moedas onde lhe deu conselhos"
De saída da cerimónia de tomada de posse, Rui Rio admite que já deu “conselhos” a Moedas sobre a gestão camarária, não especificamente de Lisboa.
“Tive uma conversa grande onde lhe dei alguns conselhos para gerir uma instituição grande onde acaba de chegar e que teve na mão de outro partido durante muitos anos tal como eu tinha encontrado”, reconhece o líder do PSD considerando que sem maioria “Moedas tem a vida dificultada”.
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Medina: "A minha presença seria tentação de continuação dos momentos de campanha. Terminou"
Já no final da cerimónia, em declarações aos jornalistas,
Fernando Medina, que se despediu esta tarde da Câmara Municipal de Lisboa, deixou uma palavra ao seu sucessor, que agradeceu a dignidade com que fez a transição de pastas. “Não fiz mais do que cumprir a minha obrigação de democrata.”
“A minha presença seria tentação de continuação dos momentos de campanha eleitoral. Terminou, boa-sorte aos eleitos.”
Ainda assim, Media não deixou de assumir o “sentimento de tristeza pessoal, mas também de missão cumprida” com que se despede da autarquia. “Deixo a cidade melhor do que tinha.”
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“Larguei tudo como candidato. Darei tudo como Presidente”
Carlos Moedas termina o discurso: “Larguei tudo como candidato. Darei tudo como Presidente”.
Aplaudido de pé, à semelhança do que aconteceu quando foi chamado a tomar posse.
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Moedas diz-se consciente “do fardo” que começa a pesar sobre si
Na reta final do discurso, Carlos Moedas diz que “é preciso toda uma comunidade para gerir uma cidade” e que junta “antigos adversários que a partir de hoje têm uma oportunidade para trabalhar em conjunto”.
“Com este ritual dizemos solenemente aos Lisboetas aquilo que tencionamos fazer. Não o fazemos com sentimento triunfalista e muito menos esquecendo o passado. Fazemo-lo sim com a consciência do fardo que sai dos ombros de uns – aliviando-os – e que agora recai sobre nós, pesando”, reconhece Moedas que cita o presidente americano Lyndon B. Johnson quando questionado sobre a importância da tarefa: “Podia ser pior, podia ser presidente da câmara”.
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O elogio a Medina e ao espírito construtivo
O autarca deixa um curto elogio a Fernando Medina e ao “espírito construtivo” que demonstrou nas reuniões de passagem de pasta, “digna e democrática”.
Moedas fala ainda sobre António Costa e diz estar “confiante na cooperação entre o Município e o Governo da República”. “No respeito das competências e diferenças próprias, estou certo que conseguiremos colaborar em prol de Lisboa e de Portugal.”
“Quero Lisboa mais presente nos debates Europeus e globais em áreas como a transição energética, mobilidade sustentável ou ciência e inovação. Seremos locais, municipais, metropolitanos e globais.”
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Moedas avisa esquerda: “Tenho o direito de exigir que seja respeitada a nossa legitimidade”
O discurso entra agora numa fase mais política. O agora presidente da Câmara Municipal de Lisboa garante que estará sempre “disponível para trabalhar com todos os eleitos” e que todos “têm o direito de lutar pelas suas convicções”. Ainda assim, Moedas deixa um aviso:
“Estou certo de que todos aceitam – como democratas que são – que os lisboetas atribuíram a uma plataforma mais votos do que a todas as outras, o que tem implicações próprias e claras. Da minha parte, tenho a obrigação de respeitar essa legitimidade de cada um. Mas ao mesmo tempo, tenho o direito de exigir que seja respeitada a legitimidade específica do nosso mandato executivo.”
“Enquanto presidente de Câmara trabalharei de forma incansável para gerar consensos”, continuou Moedas. “[Mas] não contrariarei princípios fundamentais do nosso programa, pois tal seria defraudar a confiança que depositaram em nós. Posso e sei fazer compromissos onde todos cedem um pouco para o bem geral. Todos temos de ceder um pouco para o bem geral.”
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A cultura “vista de forma integrada”: um teatro em cada freguesia
Na cultura Moedas frisa a anunciada intenção de ter um teatro em cada freguesia. “Tal como a natureza, também a Cultura deve ser vista de forma integrada. Recuso falsas dicotomias e falsas escolhas. O nosso projeto cultural será abrangente, sem tribos nem fações”.
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Moedas vai ficar com pelouro da transição energética e alterações climáticas
A primeira grande novidade da tarde: Carlos Moedas vai assumir pessoalmente o pelouro o pelouro da transição energética e alterações climáticas.
“Uma cidade verde e sustentável faz-se com as pessoas. Não impondo a transição às pessoas. Uma das missões em curso é precisamente a de ajudar as cidades a ser neutras do ponto de vista de emissões de CO2. Trabalharemos em rede e em parceria com outras grandes cidades do mundo, para que Lisboa seja pioneira nesta corrida contra o tempo”, assegura.
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Moedas promete estar ao lado das forças de segurança
No que concerne à segurança, Carlos Moedas cita Jane Jacobs: “as ruas e os seus passeios são os órgãos vitais das cidades”. Considera o presidente da autarquia que é preciso valorizar as forças policiais e apostar no policiamento de proximidade — e promete “estar ao lado” das forças de segurança — sem esquecer “os passeios bem-vividos, com pessoas a circular e o comércio local de portas abertas”.
Quanto a “possíveis catástrofes”, Carlos Moedas quer “uma redobrada atenção ao sistema de Proteção Civil” para ter a cidade preparada para “fenómenos da natureza e possíveis catástrofes”.
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Moedas vai tornar transportes gratuitos e redesenhar rede de ciclovia
O novo presidente da Câmara Municipal de Lisboa fala agora de outra das suas grandes bandeiras: a mobilidade. O antigo comissário europeu quer “reduzir tempos, reduzir preços e reduzir emissões”.
Para tal, Moedas quer melhorar a rede de transportes públicos, tornar o estacionamento mais acessível e, claro, redesenhar a rede de ciclovias — uma das propostas que mais discussão provocou durante a campanha.
“Temos que redesenhar a rede de ciclovias. Queremos aumentar a circulação em bicicletas, mas de uma forma que seja segura e equilibrada”, diz.
“O nosso objetivo é que, cada dia, mais e mais pessoas optem de forma natural pelos transportes coletivos e sustentáveis. E por isso queremos tornar os transportes gratuitos para os mais novos, para induzir hábito de andar de transportes públicos, e para os mais idosos, que tanto precisam”, argumenta.
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“Transparência e redução de burocracia são os melhores remédios contra a corrupção”
Na área da habitação, Moedas promete “auditar” e diz ser “urgente” acelerar a reconversão do “muito património municipal devoluto” bem como conseguir “um choque de gestão no licenciamento”. E não se esquece dos jovens: “temos que ajudar os jovens na compra da sua primeira casa”.
“Precisamos de um choque de gestão no licenciamento e tal começa na transparência. Os Lisboetas têm que ser os primeiros a fiscalizar o que estamos a fazer ou deixar de fazer”, diz Moedas notando que “a transparência e redução de burocracia são os melhores remédios contra a corrupção”.
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Moedas promete dar prioridade a plano de saúde para mais velhos
Carlos Moedas fala agora das suas prioridades na área social. Tal como tinha prometido durante a campanha autárquica, o agora presidente da Câmara Municipal de Lisboa garante que vai ser lançado um “plano de acesso à saúde para os lisboetas com mais de 65 anos, que são carenciados e que hoje, em muitos casos, não têm médico de família”.
O social-democrata diz ainda que dará particular atenção às “pessoas em situação de sem-abrigo”, será reforçada “a rede de cuidadores informais” e novos apoios para as “doenças crónicas e irreversíveis”.
“Gostava que Lisboa fosse conhecida como: a cidade que cuida. Que cuida de quem precisa”, sublinha.
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Redução de impostos, Fábrica de Empresas e o Centro Mundial para a Economia do Mar: Moedas apresenta medidas concretas
Carlos Moedas passa agora para as várias áreas da governação, começando pela economia. Straight to the point, Moedas fala do programa Recuperar+, da “redução de impostos municipais” para tornar “Lisboa uma cidade fiscalmente amigável” e a Fábrica de Empresas (apresentada como Fábrica de Unicórnios durante a campanha eleitoral).
“Também nesta lógica criaremos ecossistemas como a Fábrica de Empresas ou o Centro Mundial para a Economia do Mar que trarão a Lisboa uma nova maneira de ligar a inovação à criação de emprego”, diz Moedas.
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Moedas diz que primeira marca do programa é "envolvimento das pessoas no processo de decisão da cidade"
“Fui criticado por usar a palavra ‘pessoas’ em demasia”, nota Moedas que diz que o fez “convicto que a comunidade tem que estar no centro de tudo“.
“É esse o sentido que dou à criação de uma Assembleia de Cidadãos que reunirá várias vezes por ano. Lá estaremos para ouvir, corrigir, melhorar e avaliar. Como diz o famoso provérbio africano: ‘é preciso toda uma aldeia para educar uma só criança'”, diz o presidente da câmara já com vários nomes da Assembleia de Cidadãos sentados na plateia.
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“As populações não podem ser tratadas como entes abstratos”
Carlos Moedas fala agora dos “três vértices fundamentais” que vão orientar a sua presidência em Lisboa: a comunidade, o espaço e as regras.
“Lisboa tem que ser uma casa que todos sintam como sua. Os que aqui nasceram e os que para cá vieram. Os que vivem em Lisboa e os que aqui trabalham. Os mais velhos e os mais novos; A cidade tradicional e a cidade global”, sublinha.
“Se os políticos confiarem mais e envolverem mais os cidadãos, serão surpreendidos pela capacidade da comunidade em cuidar e preservar o seu espaço comum. Não há cidades perfeitas, mas há cidades mais felizes que outras. As populações não podem ser tratadas como entes abstratos, ouvidos apenas de 4 em 4 anos.”
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Moedas: "Hoje assinalamos um passado que tem que ser honrado e respeitado"
Explicando alguns rituais que mantinha enquanto Comissário da Ciência e Inovação em Bruxelas, Moedas diz que é importante lembrar-se que “o cargo está sempre assim das pessoas”.
Moedas diz agora que vive este dia com emoção e recorda Jorge Sampaio. “É, portanto, com emoção que vivo este ritual que hoje nos une”.
“Hoje assinalamos um passado que tem que ser honrado e respeitado. Mas também antecipamos um futuro no qual chegará o dia em que – também nós – passaremos o testemunho”, aponta Moedas depois de mencionar todos os presidentes da autarquia lisboeta.
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Carlos Moedas já discursa
Já começou o discurso de Carlos Moedas. Depois dos cumprimentos iniciais aos presentes, o presidente da câmara municipal cita Saint-Exupéry — “os nossos rituais estão para o Tempo como a nossa casa está para o Espaço” — e fala da importância dos rituais.
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Carlos Moedas já tomou posse como presidente da Câmara
Carlos Moedas acabou de tomar posse formalmente como presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Foi aplaudido de pé.