Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia, continuamos a seguir a situação política nacional neste outro artigo em direto.

    Reconhecimento da Palestina: AD e PS consideram que Portugal não o deve fazer sozinho. Mas admitem urgência

    Obrigada por nos acompanhar, até já!

  • João Oliveira: Europeias são "batalha pela democracia" na qual a cultura é "absolutamente decisiva"

    O cabeça-de-lista comunista às europeias considera que as próximas eleições são uma “batalha pela democracia”, do ponto de vista político, económico, social e cultural. Numa sessão sobre cultura organizada pela CDU esta segunda-feira, em Lisboa, João Oliveira fez questão de frisar que o tratamento do setor é um ponto de diferenciação em relação às restantes candidaturas. “Nós não estamos a tratar das questões da cultura como um aspeto secundário do conjunto vasto de matérias que temos a tratar. Estamos a tratá-las com a importância que têm”.

    João Oliveira assumiu que muitas das soluções para os problemas da cultura no país passam pela política nacional mas garantiu que a questão passa também pelo panorama europeu, desde logo na aplicação dos fundos comunitários, que de acordo com o comunista, devem chegar “livres de constrangimentos na sua utilização”. Assim, argumentou, o país teria disponibilidade para “compensar os prejuízos que tem sofrido pela imposição das políticas europeias, também em relação à cultura”. Exigiu, por isso, soberania nacional para mobilizar os meios que chegam da Europa, para que possam ser aplicados aos interesses do povo português.

    O candidato considera que a cultura deve ser vista como “fator de realização individual” a nível social, e que esse é o ponto de vista político “mais relevante” na discussão do tema. “No plano atual, esta é uma afirmação contra-corrente, num mundo em que as pessoas são cada vez mais empurradas para olharem para o próprio umbigo”.

    Numa sessão em que 135 agentes e trabalhadores da cultura apresentaram um manifesto de apelo ao voto na CDU, João Oliveira opôs-se ainda contra quem olha para o setor como um produto que se comercializa como qualquer outro e em que “desaparece tudo o que não tenha rentabilidade económica”. Por esta razão, concluiu com a ideia que tinha lançado logo ao início do discurso, defendendo que a cultura é um pilar importante da democracia e um “espaço de construção de identidade”, que não deve ser tratado de maneira mercantilista.

  • Rui Rocha desafia adversários a deixarem de ser "sonsos" sobre a Ucrânia

    Rui Rocha fala agora no jantar-comício da Iniciativa Liberal, que decorre no Beato, em Lisboa. O presidente do partido começa por referir e elogiar a oportunidade de receber Zelensky em Portugal. “É uma oportunidade de darmos um sinal de apoio inequívoco aos ucranianos que lutam também pela liberdade na Europa.”

    A partir desse ponto, Rocha parte para o ataque e recorda as posições dos vários partidos sobre essa matéria. “O PCP abandonou o Parlamento português quando Zelensky falava. Eu não esqueço. Tenho memória”, inicia.

    “Nas vésperas da invasão da Ucrânia, lembro-me bem das palavras de Mariana Mortágua, subscrevendo Putin. Não sejam sonsos. Lembro-me bem. E lembro-me bem como Catarina Martins punha toda a responsabilidade na Europa, como se Putin não tivesse nenhuma responsabilidade. Não sejam sonsos”, desafia.

    Rocha estende ainda a crítica a Tânger Corrêa, que tem defendido um acordo pela paz que não hostilize diretamente a Rússia. “Sabemos muito bem o que isso significa: a paz nos termos de Putin. A isso dizemos que não. Não são os aliados de Putin que vão decidir. “

    O presidente da Iniciativa Liberal centra depois as atenções em Marta Temido e Sebastião Bugalho. “O PS não foi capaz de responder o problema da Saúde em Portugal. Apela-se à Europa. Fuga de cérebros? Apela-se à Europa. E assim sucessivamente. Nada permite que abdiquemos das nossas responsabilidades. Não é uma responsabilidade exclusiva da Europa”, aponta.

    “Sebastião Bugalho não é muito diferente. Problema da Habitação? Inscrever a Habitação na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeu. Quantas casas vai construir? O que precisamos é de construir mais casas”, provoca Rui Rocha.

  • Pedro Nuno Santos ironiza: Governo "faz vários Conselhos de Ministros por semana" porque está "em permanente campanha"

    “Somos europeístas porque sempre fomos capazes de querer mais, de desafiar. Estamos no combate, na luta, para continuar a transformar a UE num espaço mais solidário”, continua Pedro Nuno Santos. Também faz uma referência ao espaço da Incrível Almadense, dizendo que a luta pela igualdade e liberdade não terminou com o fim da ditadura, e continua em Portugal, passando também “pela Ucrânia e por Gaza”.

    Pedro Nuno Santos passa a falar dos direitos reprodutivos das mulheres, “batalha que ganhámos”, frisa. “Continua a ser por aqui que passa a igualdade e o Estado social”.

    Além disso, frisa, é preciso uma Europa industrial. “O Governo já leva quase 60 dias. Quantas vezes ouviram falar de economia, competitividade, desenvolvimento? Zero”. “O primeiro-ministro foi incapaz até ao dia de hoje de dizer o que quer para a economia portuguesa. Sabemos que querem baixar o IRC e pára aí, não sabem mais nada”, acusa, frisando que não sabe porque é que se costuma dizer que a economia é um tema mais caro à direita.

    Neste ponto, Pedro Nuno Santos fala de matérias que precisam de ser corrigidas, como a distribuição dos subsídios à indústria. “Não queremos uma UE que se desenvolva de forma desigual. Não queremos depender apenas do turismo e dos serviços de baixo valor acrescentado”. Defende que Portugal tem competências únicas, nomeadamente na produção de energia barata e nas reservas de lítio, “das maiores da Europa”. “Não queremos que os campeões europeus se concentrem apenas na Alemanha ou em França. Queremos ter indústria avançada em Portugal”.

    Depois passa à crítica direta a Luís Montenegro. “Em Portugal temos um Governo que vive em intenso combate com o Governo anterior” sem se importar com que o país passe “vergonha” a nível europeu e promovendo a ideia de que as contas públicas portuguesas “não tinham saúde”. Depois, critica António Leitão Amaro por ter dito que Portugal corria o risco de ser suspenso do espaço Schegen “e não demorou a ser desmentido pela Comissão Europeu”. E acrescenta que o Governo “está também em permanente campanha, faz vários Conselhos de Ministros por semana” sem que se saiba quando, e para apresentarem medidas “quando estão a ser ultrapassados pelos partidos da oposição, quando o PS tem um agendamento no Parlamento”, quando as sondagens são más, ou quando o cabeça de lista da AD “tem uma má performance na televisão”, ironiza.

    “Sem estratégia, sem visão, sem coerência, vai apresentando medidas grande parte das quais já apresentada no Governo anterior”. Depois diz que é preciso estar atento ao que é “novo” no Governo, que acusa de “simular diálogo” sobre Habitação. “O que era importante era que houvesse Conselho de Ministros a marcar o início da campanha”. Mas diz que olhando para as propostas da AD é possível perceber “para quem governa”, lembrando a redução fiscal proposta pelo PSD (“mais de metade da redução era dirigida aos 10% que mais ganham. Nunca nos enganaram. Querem o voto da maioria do povo para governarem para a minoria”).

    No IRS Jovem, frisa, a situação é a mesma, sendo o custo da medida “brutal” para o OE e podendo ser utilizada em alternativa para construir creches ou centros de saúde. “Um jovem que ganha 5 mil euros” poupará mais de mil euros por mês, garante, contra os 50 euros que poupará um jovem que ganhe mil euros. “Os jovens não são um grupo abstrato, não são todos iguais”. E pergunta qual é a diferença na vida entre um jovem com 34 anos e um cidadão com 36, dizendo que há aqui um tratamento desigual.

    “Esta é uma diferença enorme entre PS e AD. Não governamos, nunca governámos nem nunca governaremos para a minoria, mas para a maioria esmagadora do povo”. Diz que essas duas visões de sociedade e de “estar na vida” se confrontam nestas eleições.

  • Cotrim atira contra legado de Temido na pandemia e diz ter saudades do "comentador Bugalho"

    João Cotrim Figueiredo já discursa no jantar-comício da Iniciativa Liberal. “A União Europeia é essencialmente um projeto europeu”, celebra o antigo presidente do partido. Ainda assim, Cotrim lamenta que o projeto europeu seja um espaço com cada vez menos paz, liberdade e prosperidade.

    “A Europa que hoje já temos já foi melhor. Quem quer defender a Europa só pode fazer uma opção: liberal. Está na altura de reconhecermos que a Europa precisa de ser refundanda”, aponta o cabeça de lista da Iniciativa Liberal às eleições europeias.

    “Temos a única visão coerente e global do projeto europeu. Queremos uma Europa que cresça, que seja próxima dos cidadãos, transparente, simples, uma Europa que defenda a liberdade de expressão e que resista a qualquer tentativa de a controlar. Estaremos na primeira linha de combate às derivas totalitárias ou iliberais”, continua Cotrim.

    O antigo presidente da Iniciativa Liberal fala depois da Ucrânia, solidarizando-se com a luta do povo ucraniano. “O nosso apoio à Ucrânia não acaba num ‘mas’. O nosso apoio à Ucrânia só acaba quando a Ucrânia for dona do seu destino.”

    Cotrim aponta agora baterias a Marta Temido, acusando a socialista de ter “fugido aos debates” e, quando falou, não foi capaz de dizer mais do que “banalidades”. O liberal fala ainda o legado de Temido durante a pandemia e argumenta que, se a socialista não foi capaz de “manter o SNS sob o mínimo controlo” nessa altura, não será capaz de defender a causa na Europa. “Não funciona, lamento.”

    O liberal ataca depois Sebastião Bugalho, assumindo, mais uma vez, ter saudades do “‘comentador Bugalho’”, que era “solto e irreverente”. Cotrim acusa depois o candidato da AD de ser titubeante na defesa da liberdade de expressão e promete ser o “primeiro subscritor” de um manifesto que venha a surgir para o regresso do comentador.

    Sobre Tânger Corrêa, Cotrim recorda as teorias da conspiração alimentadas pelo candidato do Chega e, com ironia, desafia o embaixador a surgir mais vezes na campanha. “Apareça porque nos diverte.”

    O liberal reserva ainda duas críticas a Catarina Martins e a João Oliveira. No primeiro caso, João Cotrim Figueiredo acusa a bloquista de ser “eurosonsa” e dá como exemplos as posições do Bloco sobre a Ucrânia, sobre o nuclear e sobre imigrações; no segundo caso, o liberal desafia o comunista a “assumir-se” e a revelar as verdadeiras posições do partido em matérias como a defesa da Ucrânia e a integração no euro.

  • Ventura saúda visita de Zelensky a Portugal e defende que a Ucrânia "deve entrar" na UE

    Ventura defendeu que a adesão da Ucrânia na UE deve concretizar-se, “mesmo que isso tenha custos”. Questionado sobre o grupo político europeu em que o Chega se insere contar com vários partidos pró-Rússia, sustentou que “há posições diferentes dentro do ID” e que é um “sinal que não somos um partido de diretório central em que alguém manda e nós ajoelhamos”.

    Ventura saúda visita de Zelensky a Portugal e defende que a Ucrânia “deve entrar” na UE

  • Pedro Nuno Santos puxa por Temido, a candidata "que se dá com o povo": "É fruto do trabalho dela"

    Fala agora Pedro Nuno Santos, no comício do PS em Almada. Começa por dizer que o PS “é um partido de mulheres, de grandes mulheres, que representam todas as do país” e com “consciência do longo combate que ainda temos de travar pela igualdade em português”.

    “A Marta tem-nos representado tão bem. É a maior, a mais alta das candidatas”, começa por dizer. “Não é apenas uma candidata que se dá bem com o povo, como se fosse coisa de menor. Dá-se de facto”, tem uma relação que é “uma mais valia” para a candidatura.

    “As relações com os outros não se constroem do nada”. Se é boa na rua, isso é “fruto do trabalho dela” e da relação que construiu com os portugueses. “É trabalho em contexto difícil, foi testada como poucos e os portugueses não esquecem”.

    Além disso, diz, Temido conhece a forma como funciona a UE como mais nenhum cabeça de lista, porque sabe o que é um Conselho Europeu ou um Conselho de Ministros onde se discute legislação que depois é trabalhada com o Parlamento Europeu. Agradece a presença de Pedro Silva Pereira e Margarida Marques pelo meio. E frisa que Temido “esteve lá, a propor” num dos momentos mais críticos.

  • Temido diz que valores da Europa estão sob ameaça. "Não estamos a acenar com o fantasma do medo, estamos a ser realistas"

    Marta Temido fala agora sobre a segunda prioridade do PS, os jovens, defendendo o fim dos estágios não remunerados em toda a UE. E diz que isso distingue claramente o PS da direita: “A direita votou contra a proposta europeia para abolir os estágios não remunerados no seio da UE, esta é que é a verdade”. Sobre a conciliação entre vida familiar e profissional, promete lutar por licenças de parentalidade mais longas e uniformes a nível europeu, partilhadas de forma uniforme. E defende uma aposta “nas empresas e no mercado do trabalho”, apostando nos jovens e no direito de ficarem em Portugal.

    Recusa para isso “artifícios de baixas de impostos que nada mais são do que o que já estava previsto”, atira contra o PSD.

    A terceira prioridade é “mais e melhor emprego”. “Queremos uma Europa que seja uma potência do conhecimento, onde a inovação esteja ao serviço de todos e as transições se façam de forma justa sem deixar ninguém para trás”. Defende que os fundos europeus façam uma ligação inteligente entre empresas e conhecimento académico. Quer que se criem “ecossistemas” neste sentido na Europa, implementando um Fundo de Soberania Europeu que permita reindustrializar e investir em setores estratégicos.

    Temido defende que o projeto do PS é também uma Europa “de resultados, que faz a diferença na vida das pessoas” e “não deixa ninguém para trás”. Depois, diz que “há muito que está em risco”, porque há “um conjunto de valores ameaçados”. “Não estamos a acenar com o fantasma do medo, estamos a ser realistas e pragmáticos”, garante.

    “Não aceitamos que nos imponham mais desigualdades, ou estigmas, ou medos, ou ódios”.

  • Marta Temido defende investimento europeu em Habitação e diz que direita "prefere gastar dinheiro em muros do ódio"

    Agora fala Marta Temido no comício do PS em Almada.

    “Queremos muito aprofundar as conquistas de Portugal na UE. Trabalharemos por mais progresso e menos retrocesso” e travar ameaças a “valores que estão na base do projeto europeu”, começa por dizer.

    “A UE não é só um espaço com moeda única ou livre circulação. Faz-se também do reforço da Europa social, e essa é mesmo parte da prioridade dos eurodeputados portugueses desde o primeiro dia”. E lembra a pandemia dizendo que “para cada problema há mesmo uma solução, e nós não vamos desistir de encontrar essa solução”.

    Destaca três problemas “complexos” que afetam o país e a Europa. Primeiro, a Habitação, frisa, um problema “que não é só de Portugal” e precisa de soluções nacionais e locais, mas também europeias. “O enfrentar da crise da Habitação deve mesmo ser uma prioridade de todos na Europa”. “Para nós não é só um direito abstrato, uma palavra que utilizamos quando chegam as eleições. Está no topo das nossas prioridades”, atira, numa farpa à AD. E diz que o PS estava certo quando enviou uma carta à Comissão Europeia sobre a Habitação a nível europeu. “Na altura esse pedido foi alvo da chacota de alguns. Diziam que era uma demonstração do nosso falhanço, mas era a convicção de que os nossos problemas têm de ser resolvidos no local, nacional e europeu. A Europa não é uma ideia abstrata e temos o direito de reclamar que esteja mais próxima das nossas vidas e que nos ajude”. E defende o Plano Europeu para a Habitação Acessível proposto pelo PS e um mecanismo de investimento permanente em habitação permanente na UE. Lembra que Portugal tem 2% de Habitação pública e que a média da UE é de 11%: “Há muito para fazer”.

    A direita, diz, prefere “gastar dinheiro em muros” para “proteger as fronteiras”: “Muros do medo, do ódio. Não é aí que queremos gastar o dinheiro europeu”. E frisa que o pacote para a Habitação inscrito no PRR é o segundo maior na Europa. Mas o PRR termina em 2026 e pede respostas para depois disso. “Queremos resposta com base em investimento”.

    JOAO PORFIRIO/OBSERVADOR

  • Catarina Martins: europeias são as eleições "mais importantes de sempre"

    Catarina Martins terminou o primeiro comício da campanha reiterando o que já tinha dito durante a arruada da tarde: estas são “as eleições mais importantes de sempre”.

    Em vários temas, da segurança ao clima, dos direitos das mulheres à autodeterminação de vários povos (como Palestina e Ucrânia), várias são as grandes decisões em jogo nestas eleições, afirmou, destacando também a importância de defender o estado social, a educação pública e a saúde pública. “Não há democracia sem estado social.”

    Apesar de as maiores críticas terem sido dirigidas à extrema-direita e à direita tradicional, Catarina Martins também deixou ataques contra Marta Temido, candidata do PS, acusando-a de estar errada quando diz que as regras da governação económica dão “flexibilidade”. Para Catarina Martins, a “única flexibilidade é da Comissão Europeia, que terá flexibilidade como nunca para impor regras aos países sobre como gastam o seu dinheiro”.

    “Esta campanha tem de ser contra a confusão”, disse ainda, voltando a visar Sebastião Bugalho. “Contra a confusão”, afirmou, a proposta do Bloco de Esquerda é de “clareza”.

  • Ana Catarina Mendes acusa Sebastião Bugalho de "fazer campanha e enganar portugueses com direitos fundamentais"

    A número três da lista do PS às europeias, Ana Catarina Mendes, fala agora em Almada, garantindo que o PS avança para estas eleições “sem medo para combater a extrema-direita e para que vença a liberdade e a democracia na Europa”.

    Depois recorda o “medo” durante a pandemia, quando os socialistas “estiveram mais uma vez à altura”. “A Marta Temido não poupou esforços para salvar vidas”, atira.

    O que está em causa, prossegue, é saber se aqueles que estão à frente dos destinos da Europa respondem “com solidariedade ou austeridade”. Puxa pela resposta que Durão Barroso e a direita em Portugal deram à crise das dívidas soberanas, e pela resposta dada na pandemia, “com um governo português socialista” e “na Europa como um todo, com solidariedade e cooperação”.

    “Não ficámos à espera de dizer mal de Portugal na Europa”. Aproveita para elogiar o papel dos eurodeputados Pedro Silva Pereira e Margarida Marques, que estão na sala. E lembra respostas como o lay-off e o Plano de Recuperação e Resiliência, incluindo um “ambicioso programa de Habitação”. “Hoje quando uns falam de ter a habitação como direito fundamental é bom lembrar que os eurodeputados do PSD e CDS não acompanharam o PS na proposta de baixar as taxas de juro da Habitação”, ataca. Acusa ainda a direita de “ridicularizar a coragem” de António Costa quando mandou uma carta à Comissão Europeia pedindo uma resposta europeia à Habitação, “um problema de todos os portugueses”.

    “Os direitos fundamentais são para respeitar, não para fazer campanha e enganar os portugueses, como Sebastião Bugalho está a fazer”. E garante que com o PS não haverá retrocessos nos direitos sexuais e reprodutivos, um “direito humano” de “respeito pelas mulheres” que não se resume a uma questão jurídica, defende.

    A candidata socialista fala ainda de uma Europa que sempre integrou e acolheu, defendendo que deve continuar a ter uma voz “solidária e humanista” e com “respeito pelos direitos humanos”. Depois, lembra que esta é uma “terra antifascista” e diz que o que está em causa no dia 9 de junho é o projeto de democracia na Europa. “Não escolham a extrema-direita boazinha ou má. Não há extrema-direita boa. Esteve toda reunida em Madrid há 15 dias a ameaçar o projeto europeu”, ataca. “Os socialistas e democratas têm obrigação de erguer a sua voz contra aqueles que fazem um ataque sem precedentes à nossa democracia”.

    “Não quero que os meus filhos estejam num Portugal que seja aquele em que os meus avós cresceram. Temos de continuar vigilante”, garante. Prossegue ainda dizendo que amanhã é um dia histórico para Portugal e que continuará a condenar o ataque de Putin à Ucrânia: “Aqui estaremos não com uma voz em Portugal e outra na Europa”, diz garantindo “apoiar sem nenhuma tibieza o processo de integração da Ucrânia na UE”.

  • "Sebastião é só confusão!" Catarina Martins ataca AD e exige "avanços" nos direitos das mulheres, "o grande debate destas eleições"

    Depois de falar sobre a questão da Palestina, Catarina Martins focou uma grande parte do seu primeiro discurso de campanha aos direitos das mulheres, que diz serem “o grande debate destas eleições”.

    Recordando que esta campanha europeia decorre no ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril, Catarina Martins alertou para as “ameaças”, que vêm não apenas da extrema-direita, mas também da “direita tradicional”, e desferiu múltiplos ataques a Sebastião Bugalho, cabeça-de-lista da Aliança Democrática, devido à questão do aborto.

    “Que bom é festejar avanços que pareciam impossíveis”, disse Catarina Martins, elogiando a “força popular” que “derruba muros e faz o que se achava impensável”. A candidata bloquista disse ainda que o objetivo da luta não é impedir recuos, mas exigir “avanços”.

    “É tão bom que a Paula Cosme Pinto tenha dito sim aqui estamos nesta campanha para uma aliança feminista”, disse, referindo-se ao discurso da candidata que surge em quarto lugar na lista do Bloco, e que falou antes de Catarina Martins para dar alguns dados sobre a violência contra as mulheres na Europa e para exigir respeito pelos direitos das mulheres.

    Catarina Martins acusou a direita tradicional de, quando fala em linhas vermelhas em relação à extrema-direita, não falar dos direitos das mulheres. “Quando Sebastião Bugalho diz que se levantará para defender os direitos das mulheres”, disse a candidata, é “cinismo” de quem está ao lado da extrema-direita.

    “Quem se senta ao lado da extrema direita, não está do lado dos direitos das mulheres, está a atacar direitos das mulheres”, disse. “Quem se engasga sobre o direito das mulheres sobre o seu corpo, quem se atrapalha, quem faz confusão, não merece a nossa confiança.”

    “Aqui estamos para dizer a Sebastião Bugalho que o direito à Interrupção Voluntária da Gravidez não é uma questão difícil: é uma questão fácil. Ou as mulheres são respeitas ou não são respeitadas”, disse, antes de ensaiar um grito de ordem que viria a repetir no discurso: “Sebastião é só confusão!”

    “Lembramo-nos do que eles fizeram no governo passado, quando em 2015 introduziram na lei da IVG normas humilhantes contra as mulheres”, disse ainda, exigindo “clareza a toda a gente que se candidata nestas eleições sobre o que vai dizer sobre os direitos das mulheres”.

  • No primeiro comício, Catarina Martins acusa Europa de "cinismo" e pede reconhecimento da Palestina

    A cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda às eleições europeias, Catarina Martins, acusou esta segunda-feira no primeiro jantar-comício da campanha eleitoral Israel de cometer um “genocídio” em Gaza e atacou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, por não ter ainda reconhecido o Estado da Palestina.

    “Nesta sexta-feira, o Tribunal Internacional de Justiça exigiu que Israel retirasse imediatamente de Rafah”, lembrou Catarina Martins, acrescentando que, no domingo, Israel bombardeou em Rafah os civis que fugiam para campos de refugiados. A candidata bloquista ainda elogiou Josep Borrell, o chefe da diplomacia europeia, por ter dizer que “Israel não pode insultar o Tribunal Penal Internacional” e que “tem de cumprir regras”, mas lamentou que a sua seja uma “voz isolada”.

    “A maior parte dos discursos têm sido discursos de cinismo”, assinalou Catarina Martins, repetindo um termo que tem marcado o período pré-eleitoral. “Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros português, resolveu dizer que nenhum governo fez tanto para reconhecer o Estado da Palestina. Esqueceu-se de um pormenor: de reconhecer o Estado da Palestina”, acrescentou, antes de exclamar: “Eurocinismo!”

    Para Catarina Martins, Israel “não cumpre nada do direito internacional e está a fazer um genocídio em Gaza”. Muito aplaudida num jantar-comício na escola secundária da Portela (concelho de Loures) com a participação de mais de 150 pessoas, Catarina Martins terminou a primeira parte da sua intervenção com gritos de ordem pela Palestina: “Sanções contra Israel, já! Cessar-fogo imediato! Palestina livre e reconhecida! Contra o cinismo!”

    No jantar-comício, Catarina Martins destacou também que os tempos que se avizinham serão “difíceis” e vão exigir “muita determinação” da parte do Bloco de Esquerda.

  • Miguel Albuquerque: entendimento entre PS e JPP é um “ato de desespero, uma fuga para a frente em vez de assumir a derrota"

    O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, considera que o acordo apresentado hoje pelos líderes do PS, Paulo Cafôfo, e do Juntos Pelo Povo é um “ato de desespero” após a derrota nas eleições regionais de domingo.

    Este entendimento é um “ato de desespero, uma fuga para a frente em vez de assumir a responsabilidade da derrota. A partir da derrota, tenta-se construir algo que é utópico”, disse em declarações exclusivas à RTP (transmitidas após a conferência de imprensa de JPS e JPP), durante as quais também assumiu que “possivelmente” vai optar não por acordos governamentais, mas sim por “soluções parlamentares”.

    Miguel Albuquerque garantiu ainda ter “disponibilidade total” para dialogar com outros partidos, desvalorizando aqueles que consideram a sua presença tóxica no seguimento do caso judicial por suspeitas de corrupção que levou a que renunciasse à Presidência do Governo Regional da Madeira. “Quem ganhou as eleições foi o PSD comigo na frente”, frisou.

    “Não me incomoda que haja partidos que não querem dialogar comigo”, acrescentou ainda, defendendo que o momento “não é de tratar dos egos”. O que importa, defende, é “o interesse superior da região”. “E o que está democraticamente expresso pelos eleitores é que quem deve governar é o PSD”, rematou.

  • Pedro Nuno Santos acusa Montenegro de "enganar portugueses" sobre a Madeira: "Não alteremos a nossa Constituição em discursos"

    À chegada a um comício em Almada, Pedro Nuno Santos é questionado sobre o acordo entre PS e JPP na Madeira e responde a Luís Montenegro, que acusou os derrotados de quererem “geringonçar” e de agirem como se tivessem ganhado.

    “É muito importante que um primeiro-ministro não engane os portugueses sobre o que diz a Constituição”, ataca, lembrando que as eleições na Assembleia da República ou na Assembleia Legislativa na Madeira não têm os mesmos moldes que eleições autárquicas, onde governa quem ganha. “Numa assembleia são eleitos representantes do povo e encontram soluções de governo, é assim que funcionam as democracias parlamentares”. E acrescenta que “ganha quem consegue mais representação parlamentar”.

    “Voltamos a insistir no erro e quantos mais anos vamos ter de explicar isto. O PSD também não tem essa maioria, ok?”, atira, quando os jornalistas recordam que neste caso o PS e o JPP não têm maioria. “Temos de aceitar que os grupos conversam e tentar construir entendimentos. De uma vez por todas, não alteremos a nossa Constituição em discursos. Ela é como é”.

    Admitindo que tem “obviamente” conversado diariamente com Paulo Cafôfo, Pedro Nuno Santos frisa por várias vezes que não dá indicações nem interfere nas decisões do PS Madeira, mas que “apoia” as decisões que forem tomadas a nível regional.

    O secretário-geral do PS desvaloriza ainda o facto de o PS não ter optado pela mesma solução a nível nacional, quando poderia ter construído uma solução com mais deputados do que a AD. “Não foi essa a nossa opção no quadro da República. Cada situação é uma situação e tem de ser avaliada no seu contexto”.

  • Líder parlamentar do Bloco de Esquerda acusa PSD de não ter impedido aparecimento do discurso de ódio em Portugal

    O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, acusou esta segunda-feira o PSD de não ter impedido o crescimento do discurso de ódio do Chega.

    Falando num comício na escola secundária da Portela, concelho de Loures, antes da cabeça-de-lista, Catarina Martins, Fabian Figueiredo lembrou que foi justamente em Loures que, em 2017, o Bloco de Esquerda ergueu “uma barreira ao ódio” que “o PSD de Pedro Passos Coelho” não repudiou.

    “O seu discurso de ódio nasceu no PSD, aqui”, disse Fabian Figueiredo, referindo-se a André Ventura, líder do Chega, candidato autárquico pelo PSD à câmara de Loures em 2017.

    O líder parlamentar bloquista assinalou que, hoje, “voltou a mobilizar-se o ódio para fins políticos”, lembrou que o partido estava “certo” quando se levantou contra o Chega — e prometeu que o Bloco de Esquerda continuará a levantar-se “sempre que alguém quiser perseguir e discriminar”.

  • IL: “Miguel Albuquerque é o obstáculo neste momento”

    Rui Rocha não exclui a hipótese de vir a apoiar o PSD na Madeira desde que Miguel Albuquerque deixe de fazer parte da equação. Mesmo recusando fazer comentários concretos sobre a vida interna do PSD, o líder da Iniciativa Liberal não deixou de sugerir que é Albuquerque quem impede todo e qualquer acordo. “É o obstáculo neste momento”, disse Rui Rocha.

    Em declarações aos jornalistas, à margem de uma ação de campanha para as eleições europeias, Rui Rocha recusou ainda fazer parte da “encenação” criada entre PS e JPP na Madeira.

    “Não faz muito sentido comentar encenações e momentos teatrais. Podiam ter convidado o PCP ou o Bloco. O resultado era o mesmo”, ironizou Rui Rocha.

  • Bugalho diz que "afinal quem não consegue governar sem a extrema-direita é o PS"

    Ainda no comício de Évora, Sebastião Bugalho fala nas “linhas vermelhas” da sua candidatura europeia e que são as mesmas de Luís Montenegro. “Não abdicamos da democracia e do Estado de Direito, nem da pertença europeia sem extremismo, ao contrário de outros que quiseram uma coisa e outra só para poderem govenar”, diz atirando ao PS.

    [Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador]

    “Não mudamos de ideia conforme o que nos favorece”, afirma confrontando “os adversários com o facto de as linhas deles serem menos rectas, terem mais curvas e serem até uma montanha russa”. Dirige-se ao PS para dizer que o partido exigiu ao PSD que dissesse que ia governar sem o chega: “E assim foi. O PSD disse e cumpre que governa sem extremismos”. Mas depois, lembra, a oposição disse ao PSD que a direita tinha de se entender.

    “Depois nos terem dito que não podíamos governar com o Chega e de nos terem dito que tínhamos de governar com o Chega, querem estar eles no Parlamento a governar com o Chega”, acusa. Afinal, conclui, “quem não consegue govenar sem a extrema-direita é o PS. Quem nem consegue sequer fazer uma campanha para as Europeias sem a extrema-direita é o PS. Quem nem consegue aprovar nada no Parlamento sem o Chega é o PS. Quem não tem futuro na democracia sem o Chega é o PS”, atira por fim

  • Cafôfo e Élvio Sousa recusaram responder a perguntas. Mesa para assinar acordo esteve montada, mas acabou retirada

    Paulo Cafôfo e Élvio Sousa abandonam a sala sem responder a uma única pergunta, apesar de terem convocado os jornalistas para uma conferência de imprensa. A mesa que estava montada para uma assinatura de acordo, com duas pastas e duas canetas, desapareceu antes mesmo de entrarem na sala.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Bugalho diz que AD "não abdica da moderação por mais que a tentem"

    No comício da AD em Évora, fala agora Sebastião Bugalho dizendo “que é difícil num só ano ganhar eleições nos Açores, na nacionais, na Madeira” e “agora ainda as Europeias”. Isto para rematar: “Ganhar tudo é sempre difícil, mas não é impossível”.

    Para a oposição atira que “se é difícil ganhar será ainda mais difícil para os outros se perderem essas eleições. Já perderam uma, já perderam duas, já perderam três….”, enumera apontando ao PS que diz que ficar “pior” se perder novamente umas eleições.

    O cabeça de lista da AD nestas Europeia diz que do lado da AD há “bom senso” e “moderação” e que a coligação estará “ao centro” e defenderá “essa marca de moderação por mais que nos tentem e testem todos os dias para que abdiquemos dessa moderação”.

    Um desses “valores de moderação” é o da “estabilidade”, diz Bugalho que diz sair dos contactos de rua com “uma certeza e uma convicção: os portugueses não querem andar para trás, para isso já tivemos 9 anos de socialismo e não queremos mais”.

1 de 4