Momentos-chave
- Termina a quinta sessão deste julgamento
- José António Barreiros faz agora questões a Ulrich
- Recomeça a sessão. Questões passam agora para o lado da defesa dos arguidos
- Juíza trava "estados de alma" de Fernando Ulrich
- "Aquilo que eu vi foi uma negociação, não havia a palavra apaziguamento" entre Salgado e Queiroz Pereira
- "Estouraram com mais de 20 bi [mil milhões de euros]. Isto é uma coisa absolutamente extraordinária"
- "Isto vai durar anos, qual é a diferença entre mandar hoje ou amanhã?"
- Ulrich fala agora sobre os sucessivos aumentos de capital do BES
- "Quase a totalidade dos empréstimos foi reembolsada ao BPI"
- "O que é que interessa o que me está a perguntar quando estouraram 18 mil milhões de euros?", pergunta Ulrich
- "Não são questões diversas às questões que lhe foram colocadas em sede de inquérito", responde MP
- Recomeça a sessão
- Termina depoimento de Queiroz Pereira. Pausa para almoço
- Pedro Queiroz Pereira fala agora sobre a tentativa de Salgado controlar a Semapa através das irmãs
- Quinta sessão conta com a presença de dois dos 18 arguidos deste processo
- "A responsabilidade foi sempre do dr. Ricardo Salgado"
- Pedro Queiroz Pereira disse que Manuel Fernando e José Manuel Espírito Santos não percebiam "nada" daquilo que acontecia no banco
- Pausa na sessão
- Queiroz Pereira disse que Salgado chegou a ameaçar governador do Banco de Portugal
- Como é que Salgado recuperou relação com Marcelo? Entregou "trabalhos de cobrança à dra. Rita Amaral Cabral"
- Ouve-se agora Pedro Queiroz Pereira a falar sobre relação entre Salgado e Presidente da República
- Queiroz Pereira fala sobre acordo com Salgado para que "desaparecesse do mapa"
- "Tentei durante algum tempo não usar números e coisas que já tinha"
- Pedro Queiroz Pereira: "Eles andavam a comprar os meus acionistas e não tinham dinheiro"
- Salgado era "um mentiroso compulsivo", disse Pedro Queiroz Pereira em 2018
- Será agora reproduzido depoimento de Pedro Queiroz Pereira
Histórico de atualizações
-
Termina aqui o quinto dia do julgamento do caso BES/GES. Obrigada pela sua preferência!
Boa noite!
-
O dia cinco do julgamento do GES. Da grande indignação de Ulrich que espantou a sala às críticas esperadas de Queiroz Pereira
A quinta sessão de julgamento do caso BES ficou marcada pelas questões que Fernando Ulrich devolveu ao tribunal: “Essa pergunta serve para quê?”, indignou-se.
-
Termina a quinta sessão deste julgamento
Sem mais perguntas da defesa, termina testemunho de Fernando Ulrich e acaba a quinta sessão deste julgamento. A próxima está marcada para a próxima segunda-feira.
-
José António Barreiros faz agora questões a Ulrich
José António Barreiros quer esclarecer os contratos de dívidas da ESI com o BPI e quer saber se não houve hipótese de negociar a dívida, por exemplo, através da Rioforte. Fernando Ulrich responde que não.
E volta a dizer que Ricardo Salgado é que dava as ordens: “Uma coisa é o reporte formal, outra coisa é o reporte de poder. Não tenho nenhuma dúvida de que, tal como do lado do BPI uma operação destas não podia ser aprovada sem a minha concordância, também assumo que do lado de lá não poderia ser aprovada sem o dr. Ricardo Salgado”.
-
Recomeça a sessão. Questões passam agora para o lado da defesa dos arguidos
Terminou a pausa. Questões passam agora para o lado da defesa dos arguidos. Francisco Proença de Carvalho, advogado de Ricardo Salgado diz não ter questões e palavra passa para José António Barreiros, advogado de Manuel Fernando Espírito Santo.
-
Pausa na sessão
Sessão interrompida para pausa de cinco minutos.
-
Juíza trava "estados de alma" de Fernando Ulrich
Fernando Ulrich fala sobre o desfecho do Grupo Espírito Santo e defende “uma pedagogia e uma lição” para que não haja casos idênticos no futuro.
“Estoura um grupo e um banco que causaram prejuízos superiores a 20 bi [mil milhões de euros]. Eu era o responsável por um dos principais bancos. E chego aqui e só conheço três arguidos e vejo arguidos que provavelmente só estavam a executar ordens. Só tenho duas grandes aspirações para este julgamento: que consigam encontrar soluções para compensar as vítimas e que saia daqui uma pedagogia e uma lição enorme para todos daquilo que é um exemplo do que não se deve fazer. O governo estava errado, a gestão foi imprudente”, disse Ulrich.
Mas a juíza trava o depoimento do presidente do conselho de administração do BPI — um conjunto de “estados de alma” de Ulrich, como classificou a juíza Helena Susano logo de seguida — e passa a palavra novamente ao advogado Nuno Silva Vieira.
-
"Aquilo que eu vi foi uma negociação, não havia a palavra apaziguamento" entre Salgado e Queiroz Pereira
Nuno Silva Vieira, advogado que representa mais de 1300 lesados, quis saber se o BPI já tinha conhecimento da situação financeira do BES em 2013, na altura em que Salgado queria controlar a Semapa de Pedro Queiroz Pereira.
“Na tentativa de apaziguar relações entre Salgado e Queiroz Pereira, já tinha conhecimento da verdadeira situação do BES?”, questionou o advogado.
“Eu não acompanhei nenhuma tentativa de apaziguamento. Aquilo que eu vi foi uma negociação, não havia a palavra apaziguamento, mas percebo o contexto. O BES era uma dos nossos principais concorrentes, portanto não partilhamos informação sensível sobre o BES. Tínhamos acesso a informação pública”, respondeu Fernando Ulrich.
-
"Estouraram com mais de 20 bi [mil milhões de euros]. Isto é uma coisa absolutamente extraordinária"
Fernando Ulrich responde agora ao advogado Miguel Pereira Coutinho, que está do lado dos assistentes, e explica que os contactos com o Banco de Portugal aconteceram precisamente porque viu que existia um elevado risco na relação entre o GES e o BES, “como se veio a verificar”. “O que me preocupava era a consequência que o GES pudesse vir a ter no BES e pudesse existir um problema muito grande no BES que nos pudesse pôr em perigo a todos”, acrescentou.
E voltou a repetir: “Estouraram com mais de 20 bi [mil milhões de euros]. Isto é uma coisa absolutamente extraordinária”.
“Os contribuintes não suportaram um cêntimo, nem vão suportar [a resolução do BES]. Foram os acionistas, os bancos e os clientes que compraram os produtos. O fundo de resolução já meteu 8.3 mil milhões de euros ao Novo Banco. Se os bancos tivessem sido obrigados a refletir nas contas o prejuízo que isto significa isto limpava mais de um terço dos bancos de Portugal.”
E voltou a criticar as questões feitas, desta vez pelo advogado Miguel Pereira Coutinho, a propósito de questões de transparência do BES: “Não respondo a esta pergunta. É uma pergunta opinativa. Não percebo o que é que estou aqui a fazer para este tipo de perguntas”.
-
"Isto vai durar anos, qual é a diferença entre mandar hoje ou amanhã?"
Ministério Público perguntou a Fernando Ulrich quem era o intermediário da ESI para renegociar o crédito. “Acho que era o dr. Salgado”.
No entanto, o Ulrich voltou a criticar este julgamento: “Posso mandar-lhe amanhã. Isto vai durar anos, qual é a diferença entre mandar hoje ou amanhã?“
-
Ulrich fala agora sobre os sucessivos aumentos de capital do BES
A procuradora Carla Dias quis saber agora se, na perspetiva de Fernando Ulrich, os sucessivos aumentos de capital que o BES fez eram “sinal de vitalidade”.
“Se considerarmos o início de 2013 e olharmos para o período entre 2000 e 2012 — esta era uma análise que costumávamos fazer. A questão da reputação dos bancos era uma grande prioridade e eu, na apresentação de resultados, apresentava sempre um slide em que o título era ‘os bancos não são todos iguais’ e um dos quadros era o montante dos aumentos de capital dos principais bancos e o montante dos dividendos distribuídos. E o que se vê é que a CGD, BCP e BES fizeram mais aumentos de capital do que pagaram dividendos”, respondeu Fernando Ulrich.
-
"A situação [financeira do BFA] era exatamente a oposta entre o BES e o BESA. Conhecendo a situação do BFA, aquilo fazia imensa confusão"
Fernando Ulrich fala agora sobre o Banco de Fomento de Angola, referindo que este era um banco com “uma situação de liquidez muito forte”.
“A situação era exatamente a oposta entre o BES e o BESA. Conhecendo a situação do BFA, aquilo fazia imensa confusão”, acrescentou.
-
"Quase a totalidade dos empréstimos foi reembolsada ao BPI"
Ministério Público fala agora sobre uma proposta de estratégia de atuação feita em 2012, mas Fernando Ulrich volta a questionar a validade da questão.
“Eu pedia-lhe que respondesse às perguntas. A relevância ou não há-de ser aferida pelo tribunal”, respondeu a juíza Helena Susano.
E Fernando Ulrich acabou por falar: “A minha resposta é que quase a totalidade dos empréstimos foi reembolsada ao BPI”.
-
"O que é que interessa o que me está a perguntar quando estouraram 18 mil milhões de euros?", pergunta Ulrich
Procuradora Carla Dias continua a perguntar pelas relações de empréstimo do BPI à ESI, que é arguida neste processo. Mas Fernando Ulrich continua a não responder e crítica Ministério Público: “Assim nunca vamos chegar a lado nenhum. Isto é de tal maneira monstruoso. O que é que interessa o que me está a perguntar [empréstimo de 100 milhões de euros] quando estouraram 18 mil milhões de euros?”
“A resposta é sim, mas de que é que isso adianta?”, questionou.
-
"Não são questões diversas às questões que lhe foram colocadas em sede de inquérito", responde MP
Procuradora Carla Dias responde a Fernando Ulrich: “Não são questões diversas às questões que lhe foram colocadas em sede de inquérito. Queremos perceber as relações de empréstimo com o BPI, para percebermos a vida da ESI e do GES”.
-
Fernando Ulrich responde a Ministério Público: "Não sou eu que estou a ser julgado, nem o BPI. Essa pergunta serve para quê?"
Ministério Público quis saber, para começar, quais as ligações entre o BPI e as empresas do GES. Mas a procuradora foi travada por Fernando Ulrich, presidente do conselho de administração do BPI, referindo que, fruto das suas funções, não vai responder a algumas questões: “Amanhã levo com um processo por violação do segredo bancário”.
E continuou: “Não sou eu que estou a ser julgado, nem o BPI. Essa pergunta serve para quê? Porque é que tenho de justificar as operações que o BPI faz ou fez com os seus clientes?”
-
Recomeça a sessão
Fim da pausa para almoço. Sessão recomeça com testemunho de Fernando Ulrich, presidente do conselho de administração do BPI.
-
Termina depoimento de Queiroz Pereira. Pausa para almoço
Depoimento do antigo líder da Semapa terminou. Sessão é interrompida para almoço e será retomada às 14h15.
-
Pedro Queiroz Pereira fala agora sobre a tentativa de Salgado controlar a Semapa através das irmãs
O antigo líder da Semapa contou, em 2018, ao Ministério Público como é que Ricardo Salgado terá tentado controlar a Semapa. Este controlo terá sido feito através das irmãs de Queiroz Pereira.
“O que é que eu assisti? Assisti ao José Manuel [Espírito Santo, primo de Ricardo Salgado e seu aliado na administração do BES], ao Patrick Monteiro de Barros [acionista do GES e próximo de Salgado], ao Rui Silveira [administrador do BES próximo de Salgado], não sei mais a quem, a abordarem outros acionistas da Sodim, a oferecerem o dobro daquilo que as ações valiam para tentarem eles com a minha irmã chegarem ao controlo”, contou.
-
Quinta sessão conta com a presença de dois dos 18 arguidos deste processo
Nesta quinta sessão de julgamento estão apenas presentes dois arguidos — Francisco Machado da Cruz e Amílcar Morais Pires. Os dois arguidos suíços, Alexandre Cadosch e Michel Creton, que estiveram neste tribunal na semana passada, durante as quatro sessões, estão agora a assistir ao julgamento à distância.