Bom dia, este liveblog vai ser encerrado, obrigada por nos ter acompanhado.

Continue a seguir os desenvolvimentos no conflito israelo-palestiniano neste novo liveblog.

Hezbollah diz que conseguiu a “vitória” contra Israel e que continua em “total prontidão” para reagir ao “inimigo”

Sirenes de alerta antiaéreo foram acionadas esta noite no centro e norte de Israel, devido a disparos de drones pelo Hezbollah contra instalações militares israelitas.

A situação ocorreu depois da declaração do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sobre o estabelecimento de um cessar-fogo no Líbano.

“Em resposta aos ataques à capital Beirute e aos massacres cometidos pelo inimigo israelita”, o Hezbollah lançou drones sobre vários alvos militares sensíveis em Telavive e nos arredores”, declarou o grupo apoiado pelo Irão no seu texto.

O Governo português saudou o cessar-fogo no Líbano a partir de quarta-feira, anunciado esta terça-feira por Israel, considerando ser um passo essencial para a paz, e agradeceu os esforços da França e dos Estados Unidos.

“Este é um passo essencial para uma solução de paz e segurança, apelando a que este espírito de compromisso se possa espalhar a toda a região”, considerou o Governo, numa publicação na conta oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.

O executivo agradeceu ainda “os esforços da França e dos Estados Unidos” para que a proposta de cessar-fogo fosse aprovada pelo Conselho de Ministros de Israel.

O Governo português saúda o anúncio de cessar-fogo no conflito no Líbano, agradecendo os esforços da França e dos Estados Unidos. Este é um passo essencial para uma solução de paz e segurança, apelando a que este espírito de compromisso se possa espalhar a toda a região.

— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) November 26, 2024

“Assim como o povo libanês merece um futuro de segurança e prosperidade, o povo de Gaza também merece”, afirmou Biden esta terça-feira, quando confirmou a aprovação do cessar-fogo no Líbano.

“O Hamas tem recusado por meses e meses negociar um cessar-fogo de boa fé e um acordo de reféns”, notou ainda o Presidente norte-americano, que entende que o Hamas “tem uma escolha a fazer”.

“A sua única saída é libertar os reféns, inclusive os cidadãos norte-americanos que estão ainda no seu poder”, garantiu.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou no X (antigo Twitter) que os ministros do seu governo “aprovaram esta noite” a “proposta dos Unidos para um acordo de cessar-fogo no Líbano”.

ראש הממשלה בנימין נתניהו שוחח כעת עם נשיא ארצות-הברית ג׳ו ביידן, והודה לו על מעורבות ארצות-הברית בהשגת הסכם הפסקת האש בלבנון, ועל ההבנה שישראל תשמור על חופש פעולה באכיפתו.

— ראש ממשלת ישראל (@IsraeliPM_heb) November 26, 2024

De acordo com Benjamin Netanyhau apenas um ministro “votou contra”, havendo uma “maioria de dez” que votaram a favor.

“Israel aprecia a contribuição dos Estados Unidos no processo e mantém o seu direito de agir contra qualquer ameaça à sua segurança”, escreveu ainda o primeiro-ministro.

Além disso, Benjamin Netanyahu indicou que falou ao telefone, após a reunião do conselho de ministros, com Joe Biden, o Presidente norte-americano, agradecendo-lhe o “envolvimento dos Estados Unidos em conseguir um acordo de cessar-fogo no Líbano”.

Biden confirma que o acordo de cessar-fogo foi aprovado e que entrará em vigor às 4h00 da madrugada da hora local no Líbano (2h00 em Lisboa).

“Os combates na fronteira entre Israel e Líbano vão terminar”, garante o Presidente norte-americano, que afirma que o acordo foi “desenhado para ser uma cessação permanente das hostilidades”.

“O que resta do Hezbollah e de outras organizações terroristas não poderá ameaçar a segurança novamente”, assegura. Anuncia que “nos próximos 60 dias Israel retirará gradualmente suas forças”.

O líder americano garantiu ainda que os EUA, com o apoio da França e de outros aliados, “se comprometeram a trabalhar com Israel e o Líbano para garantir que o acordo seja implementado”.

Biden garantiu ainda que Israel mantém o “direito de auto defesa” no caso de existir uma quebra no acordo por parte do Hezbollah.

Joe Biden discursa agora sobre o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. “Israel não lançou esta guerra”, começa por afirmar, referindo que também os libaneses não a queriam.

“Desde o início da guerra com o Hezbollah, mais de 70.000 israelitas foram forçados a viver como refugiados em seus países e mais de 300.000 libaneses também foram forçados a viver como refugiados em seu próprio país”, afirma o presidente dos EUA.

Biden confirma que o acordo de cessar-fogo foi aprovado e que entrará em vigor às 4h00 da madrugada da hora local no Líbano (2h00 em Lisboa).

O ministro israelita da Segurança Nacional criticou o iminente acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, garantindo oposição.

Numa publicação na rede social X, Itamar Ben-Gvir classifica esse acordo como um “erro histórico”.

למה אני מתנגד להסכם עם לבנון:

זו לא הפסקת אש. זה חזרה לקונספציה של שקט תמורת שקט, וכבר ראינו לאן זה מוביל. ההסכם הזה לא עומד במטרת המלחמה – של להחזיר את תושבי הצפון בביטחה הביתה.

הסכם עם צבא לבנון הוא הסכם על הקרח. לצבא לבנון אין בכלל את הסמכות, ובטח לא את היכולת להתגבר על…

— איתמר בן גביר (@itamarbengvir) November 26, 2024

O aliado de extrema-direita de Netanyahu escreve ainda que o acordo não garantiria o regresso em segurança dos israelitas ao norte do país — zona que tem sido atacada pelo Hezbollah, nas últimas semanas.

A terminar, Ben-Gvir afirma que Israel “não deve confiar em ninguém”.

O acordo para cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah está fechado. Isto é tudo o que sabe sobre as tréguas para cessar as ofensivas no Líbano:

• Enquanto a declaração do primeiro-ministro israelita era transmitida, a Reuters já tinha avançado que o gabinete de Segurança israelita deu luz verde ao acordo de cessar-fogo imediato com o Líbano. O acordo entra em vigor esta quarta-feira.
• O gabinete israelita reuniu-se na tarde desta terça-feira com a proposta em cima da mesa. Sabe-se que o acordo prevê a suspensão das hostilidades, que acontece de forma imediata, iniciando-se um período de transição de 60 dias desde o momento da sua aprovação. Durante esse período, o exército israelita deverá retirar-se totalmente do território libanês.
• O acordo segue os contornos da resolução 1701 do conselho de segurança da ONU, que encerrou a guerra de 36 dias entre Israel e Hezbollah em 2006, mas que nunca foi totalmente implementado.
• Espera-se que os militares de Israel se retirem totalmente do sul do Líbano. Do seu lado, o Hezbollah fica obrigado a retirar-se para norte do rio Litani, que fica cerca de 25 quilómetros a norte da fronteira. Fica criada, desse modo, uma faixa fronteiriça cuja segurança será assegurada, simultaneamente, pelo exército libanês (não envolvido nas hostilidades) e pelas forças de manutenção de paz da ONU.
• O cumprimento destas condições será supervisionado por um comité de cinco países liderado pelos Estados Unidos. É a esse comité que ambas as partes devem reportar suspeitas de incumprimento da outra parte. Há também a informação de que os EUA ajudarão Israel no caso de o Hezbollah atacar o território israelita ou reposicionar o seu armamento na zona a sul do rio Litani.
• Não haverá uma zona-tampão patrulhada pelas forças israelitas dentro do Líbano. Esta era uma medida pedida pelos responsáveis das regiões do norte de Israel, que temem pela sua segurança quando regressarem a casa — de onde saíram há cerca de um ano.
• Inicialmente, umas das exigências para o cessar-fogo, do lado do Hezbollah, era o fim dos ataques israelitas a Gaza. A exigência caiu e com ela a probabilidade de se atingir uma solução de tréguas na Faixa de Gaza.

A ex-ministra dos Negócios Estrangeiros israelita Tzipi Livni lamentou esta terça-feira as acções de apoiantes palestinianos, que pintaram a fachada do Centro de Congressos do Estoril, numa tentativa de impedir a sua participação no 10.º Fórum da Aliança das Civilizações.

“Não posso ignorar o que aconteceu esta terça-feira de manhã nesta conferência. Tentaram impedir-me de falar e de partilhar as minhas visões neste palco. É fácil apoiar a paz e a tolerância desde que não se tenha que pagar um preço por isso”, disse Livni, durante o painel “Unidos em Paz: Recuperar a confiança, reformular o futuro”.

Um grupo de ativistas pró-palestinianos pintou a vermelho a palavra “sionista” na fachada do Centro de Congressos do Estoril, na noite de segunda-feira, em protesto contra o discurso da antiga ministra israelita.

Netanyahu afirma que este é o “momento certo para um cessar-fogo” e cita três motivos: “a ameaça iraniana, a recuperação das forças israelitas e o isolamento do Hamas”.

“Um bom acordo é um acordo que é cumprido e nós iremos cumpri-lo”, acrescentou, citado pela Sky News.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, vai fazer declarações sobre o cessar-fogo no Líbano às 19h30 em Lisboa (menos cinco horas em Washington).

U.S. PRESIDENT BIDEN TO DELIVER REMARKS AT 2:30 PM -WHITE HOUSE

— First Squawk (@FirstSquawk) November 26, 2024

Benjamin Netanyahu já está a discursar e diz estar orgulhoso da “resistência” demonstrada pelos israelitas que vivem no norte do país e da “bravura” das Forças de Defesa de Israel.

Afirmou também que o seu governo está comprometido em devolver os reféns que ainda permanecem em Gaza.

Em relação ao cessar-fogo, Netanyahu diz que “apresentará aos ministros o plano para um cessar-fogo no Líbano”. Aquele que foi discutido esta tarde no Gabinete de Segurança e que recebeu luz verde para avançar.

Sobre a duração das tréguas, o primeiro-ministro diz que tudo “dependerá do que acontecer no Líbano”.

“Se o Hezbollah tentar atacar, se se armar e se reconstruir infraestruturas perto da fronteira, atacaremos”, assegurou.

A Reuters avança que o gabinete de segurança israelita deu luz verde ao acordo de cessar-fogo imediato com o Líbano.

O cessar-fogo entra em vigor amanhã, ou seja, esta quarta-feira.

Antony Blinken diz que os Estados Unidos da América estão “nos passos finais para assegurar um acordo de cessar-fogo entre Israel e Líbano”.

O secretário de Estado norte-americano, citado pelo jornal israelita Haaretz , diz que o acordo pode ser decisivo para a “criação de condições que permitam às pessoas regressar a casa em segurança”.

Blinken acrescenta que a “diminuição das tensões na região”, proporcionada pelo acordo, “pode ajudar a acabar com o conflito em Gaza”.

“O Hamas sabe que não poderá contar com a abertura de outras frentes de guerra”, conclui.

O responsável norte-americano falou aos jornalistas no final da reunião do G7 que decorreu hoje, em Itália.

Entretanto, a CBS News avança que o acordo já está mesmo fechado.

Israel terá realizado ataques aéreos, esta tarde, contra duas cidades na província de Homs, na Síria.

A informação é avançada pela agência estatal síria SANA.

A estação televisiva CBS News, citando uma fonte norte-americana, está a avançar que há acordo para um cessar-fogo imediato entre Israel e o Líbano.

O acordo foi feito com a mediação de França e dos Estados Unidos. É expectável que o Presidente norte-americano, Joe Biden, faça um discurso à nação ainda hoje, após o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanhayu, falar à nação.

Segundo a CBS, o acordo de cessar-fogo é imediato. Contudo, as forças israelitas terão 60 dias para abandonar o Líbano, sendo que o primeiro contingente de Israel sairá de território libanês dentro de dez dias.