Momentos-chave
Atualizações em direto
  • A solução para o conflito regional está num cessar-fogo e não na escalada, perpetrada por Israel, acusa Líbano

    “O diálogo é uma alternativa à linguagem das armas”, continua o ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, notando que o Líbano já propôs no Conselho de Segurança uma pacificação na fronteira sul com Israel. E insiste na resolução 1701, estabelecida em 2006: um cessar-fogo entre Israel e o Líbano.

    Bouhabib continua, agradecendo a ajuda de “países amigos” e garantindo que o objetivo libanês é que todas as armas no país estejam sob controlo do Estado. “É uma mensagem clara para a comunidade internacional: tencionamos aplicar a resolução. Não somos espetadores, vamos mobilizar os nossos esforços, para ajudar a nossa população”, afirma, numa referência subentendida ao Hezbollah.

    “Até 8 de outubro de 2023, não houve nenhum incidente ou ameaça grave à segurança regional registado”, argumentou o ministro, acusando Israel de se focar na radicalização da agressão e na sua expansão regional e não na paz e utilizando como exemplo os ataques com pagers, que mataram mulheres e crianças e deixaram muitas pessoas incapacitadas.

    “Perante esta tentativa de mergulhar o Médio Oriente no conflito, reafirmamos a nossa recusa da guerra e o nosso direito legítimo de nos defendermos, segundo a Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional”, defendeu.

  • "Enquanto houver ocupação, há instabilidade e guerra": ministro do Líbano apela à intervenção internacional na região

    O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Emigrantes do Líbano, Abdallah Bouhabib, discursa a esta hora na Assembleia Geral das Nações Unidas, apelando à intervenção internacional na crise que enfrenta e pedindo proteção à ONU face à agressão de Israel.

    “O Líbano está a enfrentar uma crise que ameaça a sua existência, o seu povo e a sua prosperidade e precisa de intervenção internacional urgente, antes que haja um efeito dominó na região”, afirmou o ministro libanês.

    Agradeceu a proposta de cessar-fogo, apresentada por França e os Estados Unidos, e exigiu que sejam tomadas medidas imediatas para a aplicar, argumentando que o Líbano continua comprometido com o Direito Internacional, mesmo quando a ONU não está comprometida com a proteção do país, numa acusação de abandono à comunidade internacional.

    Bouhabib continua com uma declaração inequívoca: “a causa [da crise] é a ocupação, enquanto houver ocupação, há instabilidade e guerra”, acusando agora Israel de continuamente desvalorizar esta questão, à luz do Direito Internacional.

  • Sirenes anti-aéreas soaram em Telavive depois de míssil ser disparado do Iémen

    Em Telavive, as sirenes de aviso para ataques aéreos soaram esta noite, logo após a meia noite (22h em Portugal Continental). As IDF avançaram que foi intercetado um míssil disparado do Iémen e que as sirenes soaram, para avisar dos destroços em queda, avança o Haaretz.

    No aeroporto de Telavive, as sirenes também soaram, mas a circulação normal já foi restabelecida, relata o mesmo jornal. Apesar de os ataques nas comunidades fronteiriças (principalmente na fronteira norte, com o Líbano) acontecerem quase diariamente, as ameaças à capital financeira de Israel não são tão frequentes.

  • Ataques israelitas no Líbano fizeram 92 mortos nas últimas 24 horas

    Os ataques aéreos feitos por Israel mataram 92 pessoas no Líbano nas últimas 24 horas, revela o Ministério da Saúde, em números citados pela Al Jazeera.

    Segundo estes números, morreram 40 pessoas nas cidades e aldeias do sul e 48 nas regiões do leste do país. Há ainda 153 feridos.

  • Hezbollah confirma a morte do líder do programa de drones em ataque israelita a Beirute

    O Hezbollah confirma a morte do líder do programa de drones do grupo, Mohammad Surur, que morreu durante um ataque israelita a Beirute esta quinta-feira.

    O jornal Haaretz cita um comunicado do Hezbollah em que é atribuída a Surur o comando do uso de drones e mísseis lançados contra Israel desde outubro.

  • IDF dizem que atingiram 220 alvos do Hezbollah durante o dia de hoje

    As IDF terão atingido cerca de 220 alvos do Hezbollah durante as últimas 24 horas, segundo um comunicado publicado pelo exército israelita. “[Atingiram] infraestruturas terroristas, lançadores, cujos projéteis foram disparados contra território israelita, terroristas do Hezbollah e instalações de armazenamento de armas no Líbano”, pode ler-se no comunicado, citado pelo Haaretz.

    “As IDF continua a operar para degradar e destruir as capacidades e infraestruturas terroristas do Hezbollah”, acrescentam.

  • Prioridade de Israel é impedir transferência de armas do Irão para o Hezbollah

    O responsável da Força Aérea israelita, Tomer Bar, definiu hoje como prioridade de Telavive impedir que o Irão entregue armas ao Hezbollah. “Vamos prevenir qualquer possibilidade de transferência de armas do Irão, face ao que já tirámos do Hezbollah”, afirmou Bar durante uma reunião na base aérea de Tel Nof.

    “Esta missão está a tornar-se a primeira na nossa ordem de prioridades”, acrescentou, citado por um jornalista do Times of Israel no local.

  • Montenegro apela à "máxima contenção das partes" no Líbano e condena "desastre humanitário" em Gaza

    O primeiro-ministro, Luís Montenegro, discursou pela primeira vez na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde repetiu críticas ao funcionamento do Conselho de Segurança e à falta de agilidade. “Esperamos que agora no Líbano o Conselho de Segurança possa ser eficaz para evitar o aumento da escalada. É imprescindível que façam o que estiver ao seu alcance para assegurar plena implementação das resolução adotadas por este Conselho”, afirmou.

    Referindo múltiplas vezes os impactos humanos, ambientais e económicos da crise em Gaza e no Líbano — assim como na Ucrânia, no Sudão, Mianmar ou Sahel –, Montenegro deixou clara a posição de Portugal face ao escalar da tensão no Médio Oriente. Apelou “à máxima contenção das partes” no Líbano e condenou “firmemente” os ataques do Hamas no 7 de outubro, exigindo a libertação dos reféns. No mesmo sentido, disse “não se conformar com o desastre humanitário e o crescimento do número de vítimas civis em Gaza”.

    O primeiro-ministro continuou, defendendo um cessar-fogo incondicional e a implementação da solução de dois Estados, “a única que poderá trazer paz e estabilidade à região”. “Portugal é contra a expansão de colonatos, o confisco de terras nos Territórios Palestinianos Ocupados, e as ações de colonos que constituem violações do Direito Internacional e obstáculos à paz”, acrescentou ainda.

  • Blinken insiste em trégua de 21 dias entre Israel e Hezbollah

    O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, insistiu hoje na proposta de uma trégua de 21 dias na fronteira israelo-libanesa, para procurar uma “solução diplomática” para o conflito entre Israel e o grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.

    “Grande parte do mundo está a unir-se para pedir um cessar-fogo de 21 dias para nos dar algum tempo e espaço para ver se conseguimos encontrar uma solução diplomática”, disse Blinken em entrevista à estação televisiva MSNBC a partir de Nova Iorque, onde participa na 79.ª Assembleia-Geral da ONU.

    O secretário de Estado sublinhou que a diplomacia é “a melhor forma” de garantir que os libaneses e israelitas que tiveram de abandonar as suas casas perto da fronteira possam regressar.

    Uma guerra em grande escala, por outro lado, seria “má para todos”, acrescentou o chefe da diplomacia de Washington, que apelou a Israel para não cair na “armadilha” do Irão, aliado do Hezbollah no Líbano e do grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

    Segundo Blinken, o governo iraniano está a tentar “mergulhar Israel em várias guerras de desgaste, seja no norte do Líbano, em Gaza ou noutros locais da região”.

  • Acordo de cessar-fogo recusado por Israel tinha sido coordenado entre Washington e Telavive

    A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que a proposta de cessar-fogo temporário que França e os Estados Unidos apresentaram para o conflito entre o Hezbollah e Israel tinha sido apresentado a Telavive antecipadamente. “A declaração foi realmente coordenada com a parte israelita“, confirmou Jean-Pierre, em conferência de imprensa, citada pelo Times of Israel.

    Netanyahu e o seu ministro dos Assunstos Estratégicos, Ron Dermer, foram informados dos diálogos entre Washington e Paris e aprovaram a proposta, adianta o Haaretz. Contudo, o primeiro-ministro israelita mudou de ideias durante o seu voo para os Estados Unidos, devido à pressão de alguns dos seus ministros, e assumiu uma posição mais confrontacional.

    A mudança de posição assemelha-se às ações que Netanyahu já tinha tomado sobre um acordo de cessar-fogo em Gaza perante a primeira proposta de Biden, em junho, relatam fontes norte-americanas ao jornal. “Ele assusta-se com a reação do seu próprio governo e faz meia volta a meio do caminho”, considerou a mesma fonte.

  • Olaf Scholz diz que Hezbollah tem de se retirar da região fronteiriça do Líbano

    Em Nova Iorque, o chanceler alemão, Olaf Scholz, reuniu-se com o deputado da oposição israelita e ex-ministro da Defesa, Benny Gantz. À saída do encontro, Scholz recorreu ao X para apelar a uma solução diplomática entre Israel e o Hezbollah.

    “O Hezbollah tem de se retirar da zona de fronteira do Líbano. Todas as partes têm a responsabilidade de encontrar uma solução diplomática. O conflito entre Israel e o Hezbollah não pode tornar-se um conflito regional“, escreveu Scholz.

  • "Vamos continuar a atacar com toda a força": Netanyahu recebido em Nova Iorque por protestos

    O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já está em Nova Iorque, acompanhado dos familiares de vários reféns israelitas em Gaza. À chegada, afirmou aos jornalistas que “a política de Israel é clara”. “Vamos continuar a atacar o Hezbollah com toda a força. E não vamos parar até atingirmos todos os nossos objetivos, o principal entre eles o regresso dos residentes do norte em segurança às suas casas”, declarou, citado pelo Associated Press.

    Netanyahu vai discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas amanhã de manhã (início da tarde em Portugal Continental). A esta hora, decorre em frente à ONU um protesto, organizado por grupos judeus e israelitas nos Estados Unidos, exigindo um acordo de cessar-fogo e o regresso dos reféns, relata o Haaretz.

  • Dois mortos no ataque israelita em Beirute

    O “ataque de precisão” que Israel lançou esta tarde contra um subúrbio de Beirute matou duas pessoas e feriu outras 15, relata a agência noticiosa libanesa, citada pela Al Jazeera. Entre os feridos, está uma mulher em “estado crítico”.

  • Israel afirma que vai receber 7,8 mil milhões de euros dos Estados Unidos

    O Ministério da Defesa israelita avançou que garantiu um pacote de apoio militar, entregue pelos Estados Unidos, no valor de 8,7 mil milhões de dólares (cerca de 7,8 mil milhões de euros). Deste valor 4,6 mil milhões vão ser investidos nos sistemas de defesa anti-aérea, adiantou a Reuters.

    “Este investimento substancial vai fortalecer significativamente sistemas críticos como o Iron Dome e a David’s Sling [dois sistemas de defesa israelitas], enquanto apoia o desenvolvimento contínuo de um sistema de defesa de laser avançados, na última fase de desenvolvimento”, pode ler-se num comunicado do Ministério israelita, citado pelo The Guardian, depois de uma reunião entre o diretor geral do Ministério da Defesa israelita, Eyal Zamir, e a subsecretária da Defesa dos EUA para a política, Amanda Dory.

  • Ministro israelita ameaça boicotar Governo em caso de cessar-fogo no Líbano

    O ministro de extrema-direita israelita Itamar Ben Gvir ameaçou hoje boicotar o trabalho do governo se Israel aceitar um cessar-fogo temporário com o movimento xiita Hezbollah no Líbano, como proposto pelos Estados Unidos e seus aliados.

    “Se for assinado um cessar-fogo temporário com o Hezbollah, o partido (Otzma Yehudit, ou Força Judaica) não cumprirá todas as obrigações no âmbito da coligação – em particular a votação, a participação em reuniões e todas as atividades da coligação governamental”, declarou Ben Gvir num comunicado partidário.

    O ministro israelita avisou ainda que se demitiria se tal cessar-fogo se tornasse permanente.

  • Noruega analisa empresa de suspeito de venda de pagers ao Hezbollah desaparecido há uma semana

    A polícia norueguesa está a avaliar suspeitas levantadas pelos media que ligam uma empresa de proprietário norueguês à venda ao Hezbollah dos pagers que explodiram na semana passada, noticia a Reuters. Esta é uma investigação preliminar que poderá originar uma investigação completa.

    A Norta Global Ltd, fundada por Rinson Jose e sediada em Sófia, Bulgária, já estava a ser alvo de uma investigação pela autoridades búlgaras desde a semana passada, após acusação do seu envolvimento na venda dos pagers por um media húngaro. A empresa foi fundada em 2022 pelo cidadão indo-norueguês de 39 anos, segundo documentos consultados pela Reuters.

    Segundo o perfil que tem no LinkedIn, Jose é empregado pelo DN Media Group, desde fevereiro 2020. O grupo disse que Jose partiu para uma conferência em Boston dia 17 de setembro, quando consultado pela Reuters. A agência noticia ainda que o DN Media Group não tem conseguido contactar Jose desde dia 18 de setembro.

  • Líder das IDF é contra cessar-fogo: "Precisamos de continuar a atacar o Hezbollah. Há anos que esperamos por esta oportunidade"

    O chefe das Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês), o major-general Herzi Halevi, disse hoje que Israel não deve aceitar um cessar-fogo com o Hezbollah.

    Citado pela canal 12, a alta patente militar declarou que é “preciso continuar a atacar o Hezbollah”. “Há anos que esperamos por esta oportunidade”, realçou Herzi Halevi.

    Adicionalmente, o líder militar frisou que Israel está “constantemente a trabalhar para alcançar resultados e para eliminar os dirigentes [do Hezbollah]”.

    A morte de dirigentes do Hezbollah permitirá, segundo explica, “impedir a transferência de armas e diminuir o poderio do Hezbollah, atacando-o em todo o Líbano”.

  • Representante palestiniano condena "agressão" ao Líbano e diz que é "guerra de genocídio"

    Na Assembleia Geral da ONU, o líder da Autoridade Palestiniana diz que sempre frisou a necessidade de “parar imediatamente a guerra” e que condena a morte de civis “independentemente de quem sejam, ou de que lado estão”, assim como o ato de fazer reféns, de ambos os lados.

    E condena a “agressão” de Israel ao Líbano, defendendo que os libaneses estão a ser sujeitos a uma “guerra de genocídio”.

    “Condenamos esta agressão e exigimos que páre imediatamente”.

  • Representante palestianiano na ONU: "Párem este crime. Esta loucura não pode continuar. O mundo inteiro é responsável"

    Na Assembleia Geral da ONU, o líder da Autoridade Palestiniana desmente as “mentiras” que acusa Benjamin Netanyahu de ter proferido quando discursou no Congresso norte-americano, nomeadamente sobre Israel “não matar civis inocentes”.

    “Quem matou então mais de 15 mil crianças? Peço que me respondam”, atira. “Párem este crime. Párem-no agora. Párem de matar crianças e mulheres”. Pede também que se páre o envio de armas a Israel: “Esta loucura não pode continuar. O mundo inteiro é responsável pelo que está a acontecer ao nosso povo”.

    Queixa-se do “terrorismo” dos colonos e da cumplicidade do exército israelita na Cisjordânia. E lembra a ameaça do ministro “terrorista” israelita Itamar Ben-Gvir de construir uma sinagoga no recinto da mesquita de Al-Aqsa, acusando-o de querer “atear um fogo de conflito religioso que queimará tudo no seu caminho”.

  • Presidente da Autoridade Palestiniana na ONU: "Não nos iremos embora. A Palestina continuará a ser nossa"

    Na Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, está agora a falar o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.

    “Não nos iremos embora”, começa por dizer, três vezes seguidas. “A Palestina é a nossa terra Natal, dos nossos pais, dos nossos avós. Continuará a ser nossa. Se alguém sair serão os usurpadores que a ocupam”.

    Continua dizendo que a Palestina está a ser alvo de um “genocídio” e um dos crimes mais “odiosos da nossa era”, tendo já matado “mais de 40 mil mártires só em Gaza, e milhares continuam debaixo dos escombros”.

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