Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Este liveblog fica por aqui. Dentro de momentos poderá ler um artigo com a análise do que se passou nestas quase quatro horas de debate no Observador.

    Obrigada por ter estado connosco e até à próxima!

  • Moção de censura ao Governo chumbada. Só Chega votou a favor

    Sem surpresas, a moção de censura do Chega ao Governo acaba de ser chumbada. Só o Chega votou a favor. PSD e IL abstiveram-se e PS, PCP, BE, Livre e PAN votaram contra.

    Os deputados do PS aplaudem o resultado de pé.

    Moção de censura ao Governo promovida pelo partido Chega na Assembleia da República. Votos contra do PS, BE, PCP, Livre e PAN Lisboa, 06 de Julho de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

  • Chega diz "vai dormir descansado" ao contrário de outros

    O encerramento fica a cargo do líder parlamentar do Chega que diz que “o Parlamento se prepara para passar uma borracha por tudo o que está mal neste país” e coloca o Chega como líder da oposição.

    O PSD e a IL acham que a Saúde não é motivo para uma moção de censura, atira agora em direção às bancadas ao lado da sua.

    Também atira ao Governo e ao caso Pedro Nuno: “Que coesão demonstra este caso? Nenhuma”, responde o próprio deputado.

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    E não poupa Fernando Medina, que está nas Finanças mas na Câmara “entregou dados” à Rússia, recuperando um caso antigo. Nem o “saudosismo de José Sócrates” que ainda diz ver na bancada socialista.

    “Este é o Governo PS que merece ser censurado”, diz o deputado que diz que os socialistas querem sempre “ter o domínio sobre as pessoas”. E que só o Chega faz “oposição de frente e sem medo ao PS”.

    Chega diz “vai dormir descansado” esta noite ao contrário de outros que vão ter de “pôr almofada por cima da cabeça”.

  • Ana Catarina Mendes: abstenção do PSD será "ato de masoquismo". "Quer competir no radicalismo com o Chega?"

    A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares fala pelo Governo para encerrar o debate e acusa o Chega de ter querido apenas “fazer prova de vida” e “condicionar o PPD-PSD”.

    “Desafiar a nova liderança do PSD para a mesma irresponsabilidade de pendor populista. O que quis foi desafiar o PSD para uma radicalização, mesmo que isso represente, como ficou evidente, o abuso, a degradação das instituições e do debate político”.

    Repete o apelo de Eurico Brilhante Dias: o PSD ainda pode transmitir que é uma “força moderada”. De resto, abster-se agora é um ato de “masoquismo”, depois dos confrontos com o Chega neste debate, atira. Coloca a questão na definição do PSD: “Quer competir no radicalismo ou defender a moderação que anunciou no congresso? Quer fazer como nos Açores e aliar-se a esta direita populista, xenófoba e ultraliberal?”.

    Depois passa ao ataque a Montenegro, que acusa de olhar com ironia para apelos de Costa ao diálogo e recusar reformas, recuperando também as figuras do passismo.

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    Depois critica um excerto da moção do Chega, que diz que com a taxa de abstenção elevada das últimas eleições o PS não representa a maioria das cidadãos. “Por essa ordem de ideias, não usando da sua demagogia, os 399 mil votos do Chega não representam a opinião dosmais de 5 milhões de meio dos cidadãos. Fale apenas em nome do seu partido”, ataca.

    A ministra reconhece ainda as dificuldades do Governo, que atribui ao contexto internacional adverso, e diz que é preciso encontrar respostas para a inflação e reformar o SNS.

    “O Governo sai deste Parlamento reforçado, consciente dos desafios de uma conjuntura de imprevisibilidade. Somos uma equipa consistente, coesa na sua diversidade, solidária na sua pluralidade, entusiasmada mas serena”.

  • Santos Silva para Ventura: "Conforme-se com o peso nesta Assembleia que o povo soberano lhe deu"

    Agora, André Ventura acusa Santos Silva de promover a “balda total” e usar “critérios diferentes” para deixar o PSD falar e o Chega não (noutro momento do debate). “Conforme-se com o peso nesta Assembleia que o povo soberano lhe deu”, responde o presidente da Assembleia da República. Acaba por também não dar tempo ao PSD para falar.

  • Ventura atira-se a IL: "Há o Portugal do Princípe Real e o Portugal real"

    Agora novamente André Ventura que diz que não quis acabar o debate sem responder à IL. “O que sabemos na últimas legislaturas é que a IL aprovou tantos diplomas do Governo como o PEV e o PCP”, atirou o líder do Chega à bancada do lado que acusa de ter estado “de mão dada com a extrema esquerda na última legislatura”.

    “Há o Portugal do Princípe Real e o Portugal real, nós somos do Portugal Real”, atira ainda a Cotrim Figueiredo.

    Depois vira-se para o PCP que “diz a mesma coisa há anos”. E ainda para a maioria do PS dizendo que não representa a realidade de Portugal.

  • PS pede ao PSD que vote contra moção e "separe as águas". "Abstenção não resolve o problema"

    Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, deixa agora um “apelo”: “Os debates devem ser consequentes. Este foi um momento importante porque mais uma vez teremos oportunidade de reforçar o Governo e dar estabilidade”. “Esta foi uma moção de censura ao PSD, à oposição, e o challenger apresentou-se aqui para questionar o PSD”, diz.

    “Com cortesia”, e saudando o líder parlamentar cessante do PSD, Paulo Mota Pinto, diz que não há “abstenção que resolva o problema” e pede ao PSD que “vote contra e separe as águas”.

  • Costa "é o verdadeiro homem da propaganda" , atira Chega

    Fala agora Jorge Galveias do Chega que diz que Costa “é o verdadeiro homem da propaganda” e que se esqueceu da perda de poder de compra “brutal” dos reformados.

    O deputado pergunta a Costa se já percebeu que os “33 cêntimos diários que representam os dez euros mensais não dão para comprar um litro de leite. Não chega a ser uma esmola”.

  • PCP ironiza: "Moção de censura por pouco não foi parar ao correio do pavilhão Rosa Mota"

    A moção de censura por pouco não foi parar à caixa de correio do Pavilhão Rosa Mota, onde aconteceu o congresso do PSD, ironiza agora o comunista Bruno Dias. “O destinatário não é o Governo, mas principalmente o PSD e acessoriamente a IL”. Até porque o PSD de Montenegro terá agora uma maior concorrência no “campeonato do passismo” e do “revanchismo”, atira.

    “Quando fala do Serviço Nacional de Saúde quem nunca quis defender o SNS; quando fala dos preços dos combustíveis quem nunca os quis controlar, e muito menos enfrentar os interesses das petrolíferas; quando fala da credibilidade do Governo quem tudo tem feito para descredibilizar a Assembleia da República e atacar a Constituição, a pergunta que se coloca é: mas alguém vê seriedade nesta operação?!”, questiona.

    Por isso, para o PCP, não há “problema” a decidir a votação de hoje — o problema são as votações do PS no resto do ano, atira, às vezes até em “convergência” com o Chega. E argumenta com exemplos que vão dos preços dos combustíveis às propinas: “A cada dia que passa, a vida concreta da imensa maioria do povo vai ficando mais difícil”.

    “Era preciso que essas intenções declaradas pelo Governo não voltassem ao fim do dia para a gaveta, e se traduzissem na ação concreta de que o país precisa”, reclama.

  • IL: "Esta moção de censura é uma moção de confiança a António Costa"

    É a vez da intervenção de Rodrigo Saraiva da Iniciativa Liberal que começa a atirar ao tom de João Torres, do PS, que “parece que por efeito osmose adotou o estilo e tom do Chega na sua intervenção”.

    Continua atacando a iniciativa do Chega que “apresenta uma moção de censura, que, chumbada, se torna na validação formal de uma moção de confiança a um péssimo Governo.” “Esta moção de censura é uma moção de confiança a António Costa”, repete.

    Cabe na cabeça de alguém, mesmo perante o desacerto governativo que a Iniciativa Liberal tem vindo a denunciar, enviar o país para uma nova crise política?”

    O deputado da IL diz que no “actual contexto político e cenário parlamentar, esta moção de censura é um tiro de pólvora seca. É inconsequente. Não só porque se sabe que o PS protegerá o Governo, por mais trapalhadas que sejam feitas, como, veja-se só, o texto da moção ainda diz que o rumo do desastre pode ser invertido com mudanças à peça.”

    E refere uma contabilização feita pelo Observador, depois do debate e votação do Orçamento do Estado para 2022, para voltar a atacar o Chega. “Só no último OE o Chega votou 56 vezes a favor de propostas de alteração do PS. Foi mesmo o partido que mais votou ao lado do PS”, afirma o deputado.

    Quem votou com quem no Orçamento? Chega foi o partido que aprovou mais alterações do PS

  • Rita Matias, do Chega, traz polémica dos alunos de Famalicão

    Rita Matias, do Chega, ataca agora com a polémica dos alunos de Famalicão. “Linha de bullying e perseguição a uma família que a única coisa que quer é que os seus filhos não sejam sujeitos à doutrinação”.

    Depois, diz que o PS “anda a brincar com os portugueses, nomeadamente a carteira dos portugueses”, falando dos preços dos alimentos.

  • Bruno Nunes, do Chega, para Inês Sousa Real: "É uma flor muito bonita, vem uma vaca e come-a". Santos Silva critica intervenção "excessiva"

    Bruno Nunes continua e o novo alvo é a ministra da Coesão Territorial, que na semana passada elogiava publicamente Pedro Nuno Santos e dizia ter ficado de “coração apertado” por causa da crise no Governo. “Isto é de um país a brincar”.

    Até Rui Tavares e o PAN são brindados pelos ataques — “a senhora é uma flor muito bonita no meio do campo, um dia destes vem uma vaca e come-a”, diz, num momento que espanta as bancadas. Santos Silva repreende o deputado pela intervenção “excessiva”.

  • Chega ataca PSD sobre acordo nos Açores: "Estão coligados com extremistas e fascistas?". PS ri-se

    Fala agora Bruno Nunes, do Chega, que diz que é “surreal” o que ouviu do PSD. “Estão coligados com extremistas, fascistas e populistas nos Açores?”. As palmas não aparecem só na bancada do Chega, mas também no PS, que se riem da referência ao acordo nos Açores.

    “É culpa do Ventura o gasóleo aumentar? É culpa do Ventura não se poder parir em Portugal ao domingo?”, atira. E ainda ataca Marcelo Rebelo de Sousa e Pedro Adão e Silva por terem estado “a banhos” em Copacabana “e os portugueses a bancar”.

  • PSD diz que Costa e Pedro Nuno "se divertem com golpes de poder interno"

    No PSD fala agora Paula Cardoso que refere um “governo que vive à sombra da maioria, vulgo bananeira, que é o Governo do PS”. “Inativo, cansado, em modo de voo”, é assim que a deputada descreve o Executivo de Costa.

    A deputada atira aos “tantos nada deste Governo, camuflados de anúncios e promessas que nunca chegam a acontecer” e acusa Costa de se desculpar com a troika, a guerra, a pandemia, “ou até mesmo o PSD”.

    Fala do caso de Pedro Nuno Santos, dizendo que “ninguém acredita que o que se passou foi uma “insignificante falha de comunicação”.

    Diz que o Governo é “insensível às dificuldades” dos portugueses que se “diverte com golpes de poder interno, disputas, braços de ferro”. Fala mesmo num “jogo entre dois exímios players, numa luta incessante para ver quem perde mais vidas e saber quem dos dois ouve primeiro o sinal de game over“.

    E conclui, sobre este assunto, que ele mostra como “Costa está a governar para um cargo europeu” e Pedro Nuno para “ser líder do partido”.

    Ataca a moção do Chega que diz mostrar um” vontade cega de aparecer” que “não apresenta soluções”. E justifica a abstenção do PSD dizendo que o partido “não pode permitir que esta casa seja instrumentalizada para responder a caprichos ou a troco de uma ou outra parangona”. “O PSD não dará palco a vaidades pessoais, egocentricas ou populismos estéreis”

  • João Torres, do PS, malha no "radicalismo" do Chega, "marketing" da IL e "déjà vu" de Montenegro. Moção é "baixa política"

    João Torres, secretário-geral adjunto do PS, diz que a moção é apenas uma “manobra de diversão” e uma prova de “baixa política” e passa ao ataque à oposição à direita.

    “Só pretende entalar o maior partido da oposição”, ataca. “O campeonato da liderança da oposição está ao rubro”, ironiza. E diz que a discussão entre PSD e Chega parece “uma briga de família”. Já o PS, defende, é o único partido com vocação de serviço público, responsável e europeísta que o afirma com clareza: “Connosco, a extrema-direita não passará”.

    “É o PS e só o PS que pode continuar a responder aos anseios e ambições dos portugueses”, insiste. A direita, atirada para um “longo inverno de oposição” pela maioria absoluta do PS, “abandonou toda a propositura contra a pobreza e exclusão social no nosso país”.

    E continua a bater na direita: “O que teria para oferecer caso a moção fosse aprovada? O radicalismo da extrema-direita, o permanente estado de marketing da IL ou o déjà vu da nova liderança do PSD — ávido de uma nova temporada de ‘Conta-me como foi’, mas em mau? Todos se lembram do que fizeram no Governo passado”.

    “Por muito que insistam, o PS não vai abandonar o seu foco: melhorar a vida dos portugueses”. Já a moção de censura tem essa grande virtude, ironiza: provar que é com o PS que o país vai “continuar a avançar”, enquanto as oposições o tentam “puxar para trás”.

  • Chega: "Temos uma incompetente à frente do Ministério da Saúde"

    Pedro Frazão, do Chega, fala agora para dizer que “os portugueses sabem bem quem os defende”, referindo-se ao partido de que faz parte e questiona ministra da Saúde sobre a conclusão do inquérito sobre a morte do bebé nas Caldas no início de junho, em plena crise das urgências.

    O deputado intervém sobretudo nesta matéria focando-se na ministra da Saúde. “O seu Governo fazem com que os portugueses fujam a sete pés para os privados”, afirma. A produtividade do SNS desceu 30%, refere ainda dirigindo-se à ministra. “Temos uma incompetente à frente do Ministério da Saúde”, diz aproveitando uma declaração do Presidente da República sobre a igualdade de género nas Forças Armadas.

  • Rui Tavares: moção "fútil" serve para "entalar o vizinho do lado". Ventura parece "um miúdo à frente de uma consola com muitos botões"

    Uma moção de censura não é uma oportunidade para “entalar o vizinho do lado” nem para tentar “entrar nos programas de comentário do próximo fim de semana”. Se não serve para deitar abaixo o Governo, serve apenas para “descredibilizar as moções de censura”, atira agora Rui Tavares, do Livre, dizendo que esta é a “chaga do populismo”.

    “É como um miúdo à frente de uma consola com muitos botões. É preciso carregar em todos, sobretudo se disserem perigo”. Mas o verdadeiro perigo não está nos populistas, diz Tavares: está nos políticos tradicionais e na “complacência” das maiorias, que devem responder a uma pergunta: “Como é que Portugal tem, na próxima década, de se reinventar”. Se esta moção “fútil” não servir para responder, terá de acontecer no debate do estado da Nação, a 21 de julho.

  • PS apela a estabilidade porque "precisamos de bons indicadores para os mercados financeiros"

    No PS, Jamila Madeira fala para assinalar o momento em que “oito meses do chumbo do Orçamento a oposição vem procurar promover mais um momento de instabilidade.”

    Jamila diz que se trata de “uma ânsia mediática” do Chega e que os “focos de instabilidade não são bons para os mercados financeiros e que neste momento precisamos de bons indicadores para os mercados financeiros”.

  • PAN ataca moção do Chega: "É absolutamente ineficaz"

    Inês Sousa Real, do PAN, fala para atacar o Chega que traz ao Parlamento “uma moção absolutamente ineficaz”.

    “O PAN não alinha com golpes de propaganda”, acrescenta a deputada que diz que “esta moção é um verdadeiro tigre de papel que parece que vai rasgar mas deixa tudo na mesma”. E é “maquilhagem para o vazio de propostas do Chega”.

    A deputada diz que Governo arriscar perder “oportunidade da maioria absoluta e aponta “desnorte” do Executivo. O partido vai votar contra a moção de censura do Chega.

  • Ventura diz que PSD anda a "fazer fretes ao Governo há seis anos" e tem de ter "noção". IL é "muleta" de Costa

    André Ventura diz que este é um momento um pouco “caricato”, virando-se para o PSD. Não quis fazer perguntas ao Governo porque não quer fazer um frete ao Governo, ironiza. “Compreendo que não queiram fazer mais fretes ao Governo: andam há seis anos a fazê-los!”.

    “A oposição é tão fraca que só leva à maioria absoluta”, atira contra o PSD. “Péssima oposição! Silêncio e cumplicidade com o Governo PS”, acusa. E contesta que as jornadas do Chega tenham sido marcadas só para atrapalhar a eleição do novo líder parlamentar do PSD: “Temos de ter um pouco de noção”.

    Depois vira-se para a IL, acusando-a de complacência e de ser “muleta” do Governo por se ter reunido com o Executivo depois das eleições. “Agora compreendo por que acabaram os debates quinzenais: porque quando o primeiro-ministro vem cá o PSD não quer fazer perguntas”.

    Ventura diz ainda que Costa será “o primeiro-ministro dos amanhãs cantarão”, dados os anúncios que fez sobre o próximo Conselho de Ministros. E lembra que o Chega foi o segundo partido que mais propostas apresentou no Orçamento do Estado (em resposta a Costa, que acusou o Chega de criticar mas não apresentar “nem uma propostazinha”). “Se não fosse António Costa não havia sol, nem a praia da Rocha, nem tínhamos este tempo fantástico”, ironiza. “É o alfa e o ómega da política portuguesa”.

    Recupera agora moções de censura antigas do PS, no caso ao Governo de Durão Barroso, por causa da guerra no Iraque, ou do BE, sobre a revisão constitucional extraordinária. “De facto, um tema que as pessoas em casa disseram — é isto mesmo!”, ironiza. “Agora quem me está a ver sabe que há alguém que enfrenta o PS”.

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