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  • "Agora não há desculpas." Ventura ajoelha-se no final do longo discurso

    André Ventura termina o longo discurso a dizer que “agora não há desculpas” e a pedir ao partido “olhos nos olhos e coração com coração” que faça o melhor para as eleições legislativas antecipadas. Perante uma sala cheia, o líder do Chega ajoelha-se no palco.

  • Ventura continua o longo discurso assumindo como lema do Chega “Deus, pátria, família e trabalho”, sem medo de ser associado a “Salazar”. Este último ponto é uma chamada ao voto de protesto, aos que “emigraram” para procurar melhores condições de vida e aos que trabalham e pagam impostos, indignados com “quem não faz nada”.

  • "Sei que muitos duvidam de mim, das minhas intenções, da religiosidade, mas peço uma oportunidade"

    “Não podemos entrar em atitudes de: agora como isto não me correu bem, vou-me embora”. Ventura recorda que um militante lhe entregou o seu cartão neste congresso. “Não é a atitude que devemos ter enquanto partido. Estamos aqui por algo superior a nós”. Suscita vários gritos de apoio na plateia. “Assim não dá! Não é possível fazer um partido assim”.

    Volta a falar em “juramentos de sangue” e a pedir aos militantes que sejam “o escudo uns dos outros”. “Todos vocês já acreditaram noutros antes de mim, nunca pedi que me deixassem decidir tudo sozinho. Sei que muitos têm dúvidas e que muitos duvidam da pessoa que é André Ventura e da forma assertiva e às vezes dura, das intenções, da religiosidade. É legítimo. Mas durante 46 anos acreditámos nos mesmos. Peço uma oportunidade para governar este país”.

    André Ventura insiste no mesmo discurso e pede que todos “acreditem até ao fim”. “Até dia 30 de janeiro não há gostos, nem egos, nem lugares”, afirma.

    Depois de já ter tido problemas com representantes do Chega, Ventura admite que pode vir a “cometer erros a escolher pessoas ou que não seja plenamente grato”. Mas garante que vai “dar tudo”. “Não peço cheques em branco, mas um voto de confiança”, salvaguarda.

  • Líder do Chega promete escolher os candidatos que "melhor podem servir Portugal" para as eleições

    André Ventura pede confiança do partido para acreditarem que “vai escolher para candidatos os que melhor podem servir o partido e Portugal” nas próximas eleições legislativas.

    “Não perguntem o que o Chega pode fazer por vocês, perguntem o que podem fazer pelo Chega e para Portugal”, apela.

    O líder do Chega promete “dar o melhor nas escolhas legislativas”. “Os melhores, os mais leais e os que amam o partido, com o amor a Portugal em primeiro lugar.”

  • André Ventura chama eleitores de "centro-direita ou de direita" que já não acreditam no PSD e CDS

    André Ventura volta a estender a passadeira ao eleitorado da direita: “Eleitores que são do PSD, do CDS, de partidos que morreram há uns meses e que não acreditam no PSD de Rio que se rendeu ao PS, não estão órfãos.”

    O líder do Chega garante que há um partido para os “eleitores de centro-direita ou de direita” e que “há um partido enorme que não abdica dos seus valores”.

  • Ventura diz que não descansa enquanto não responsabilizar quem "verdadeiramente" matou Sá Carneiro

    Ainda sobre Sá Carneiro, Ventura vai mais longe: “Nunca se vendeu ao socialismo e à extrema-esquerda e provavelmente pagou isso com a vida. Morreu num pseudo-acidente em quem ninguém acredita”. Ventura até promete “não descansar” enquanto não responsabilizar quem “verdadeiramente” matou Sá Carneiro. Ovação em pé.

  • Ventura ataca BE, PCP, Joacine e Ferro, goza com Edite Estrela e diz que Sá Carneiro "estaria orgulhoso"

    “Neste novo quadro, em que provavelmente só vamos ter metade do BE no Parlamento… metade se calhar é muito, mas espero que a Mariana Mortágua esteja lá para explicar algumas coisas… um quarto do PCP e não vamos ter a Joacine… um quadro mais digno”, diz. O maior aplauso acontece quando fala da ex-deputada do Livre.

    Ventura dramatiza, recordando “os vídeos” do Parlamento em que “aos poucos segundos se ouvia Ferro Rodrigues a dizer que o deputado tem de terminar”. E depois goza com Edite Estrela, que faz parte da mesa que conduz os trabalhos parlamentares, fazendo uma voz mais aguda: “Tem mesmo de terminar!”.

    “Com o respeito que me merece, acho que Sá Carneiro estaria orgulhoso do trabalho que fizemos”.

  • "De hoje até 30 de janeiro nada vai impedir que sejamos a terceira força política em Portugal"

    André Ventura puxa pela plateia com um dos slogans do partido: “Pouco importa, pouco importa que eles digam bem ou mal, nós queremos o Chega a mandar em Portugal.”

    “Vou arriscar dizer uma coisa que Trump disse e isso vai ser mal entendido: Podia dar tiros a alguém na Quinta Avenida e que não ia perder em número de votos.” “Não vou dar tiros a ninguém.”

    Mas o líder do Chega tem uma crença: “O povo está tão farto e tão crente neste poder que de hoje até 30 de janeiro nada vai impedir que sejamos a terceira força política em Portugal.”

  • Ventura: "Se chegámos aqui, por que é que não podemos vencer o PSD?"

    O líder do Chega volta a comparar Portugal com os países do Leste. “Em 20 anos deixámo-nos ultrapassar Lituânia , Rep. Checa e Estónia”, disse, enquanto se ouve da plateia: “Eles deixaram o socialismo.”

    André Ventura concorda e culpa, além do socialismo, a “social-democracia travestida de socialismo”. “Estes 46 anos de PSD e PS apenas nos devem merecer a desconfiança, temos de quebrar o bipartidarismo crónico que mata o país”.

    Ventura quer contrariar a “ideia de que a Costa só pode suceder a Rio” e mostra que quer chegar ao lugar onde até agora está o PSD.

    “O Chega ainda está longe, mas há dois anos alguém acreditaria que estaríamos aqui, que seria possível um partido ter crescido tanto com tanto boicote e armadilha? Nem eu diria”, admite.

    “Se chegámos aqui, por que é que não podemos vencer o PSD?”, questiona o líder do Chega, que ambiciona não precisar dos sociais-democratas, no futuro, para construir um governo de direita.

  • Ventura para Sócrates e Salgado: "O Rendeiro já foi. Têm dois meses para se pôr a andar"

    Quando fala da direita, Ventura diz que fala no CDS quase num sentido fúnebre”, com ironia. Continua a listar as indignações do país: a percentagem de agressores sexuais que estão soltos, Sócrates a passear pela Ericeira “e a pensar: que parvos que eles são, contra a corrupção”. A referência a Sócrates provoca apupos, mas Ventura promete: “Agora está com os milhões e está bem, mas quando ganharmos não vai estar nada bem”.

    E deixa um “conselho” a Sócrates e Ricardo Salgado: “O Rendeiro já foi. Têm dois meses” — até às eleições — “para se pôr a andar”. Ainda sobre Salgado, acrescenta: “Mesmo com Alzheimer, vamos atrás de vocês”.

  • André Ventura ambiciona chegar ao governo sem o PSD: "Temos de lutar para ser a maior força política em Portugal"

    “Não podemos abdicar aquilo em que acreditámos e que nos deus os votos aos portugueses”, diz Ventura no discurso de encerramento, para garantir que “o partido não venderá a sua alma”.

    Mas também alerta que “a força não pode ser só do presidente [do Chega], tem de ser no distrito no concelho”. Ventura diz que sempre que perguntarem porque o Chega não viabiliza o Governo do PSD o Chega tem de justificar com as bandeiras do país.

    “O PSD fez o mesmo que fez o partido socialista”, acusa. E questiona os congressistas se é isso que o Chega quer. “Não”, grita-se da plateia. “Temos de lutar para ser a maior força política em Portugal”, aponta o líder do Chega.

  • "Prometemos, como num juramento de sangue, que nunca seríamos a muleta do sistema"

    “A pressão vai ser enorme” sobre todos os membros do Chega, que ouvirão este apelo, avisa Ventura: “Por favor, deem a mão ao PSD para evitar António Costa e o socialismo”. Mas lembra que o Chega já ajudou a acabar com “25 anos de socialismo” nos Açores e que foi preciso dar um “murro na mesa” para não serem engolidos pelo PSD nos Açores.

    “Nós nunca fomos de nos ajoelharmos, de nos vergarmos. Não estamos à venda. Por muito que a pressão aumente e que digam que somos a causa da instabilidade, quando crescemos contra tudo, prometemos uns aos outros, como num juramento de sangue, que nunca seríamos a muleta do sistema”. “Como é que o podemos fazer depois de 30 de janeiro? Não podemos, não queremos nem vamos” diz num discurso inflamado que provoca uma ovação de pé.

  • "Prometi ao PR que seríamos o mesmo partido de sempre, institucionalmente leal, mas assertivo e forte"

    “Pedem-nos moderação”, recorda, enquanto conta aos congressistas que recebeu uma chamada do Presidente da República. Na plateia ouvem-se aplausos e assobios.

    “Prometi que seríamos o mesmo partido de sempre, institucionalmente leal, mas assertivo e forte”, garante o líder do Chega.

    André Ventura diz que “já ninguém acredita que o PSD é um partido de direita” e argumentou que “Rio disse na conferência dos partidos de direita que não era um partido de direita”. Por isso, insiste: “Senhor Presidente da República, espere lealdade, mas não que digamos que o branco é preto, que azul é verde.”

    “O Chega não se vai vender ao sistema”, esclarece, recusando-se a governar sem ser à direita.

  • Ventura garante que Chega não vai "aburguesar-se" nem "pensar em lugares". "Nunca vamos deixar de ser rutura"

    “No dia em que nos aburguesarmos ou pensarmos mais em lugares, teremos pedido grande parte do nosso interesse e dinâmica”, prossegue Ventura, prometendo “nunca deixar de ser” um partido de “rutura”.

    “Se não, estaríamos daqui a dez dias no congresso do PSD ou em agosto no do PS, ou no não existente do CDS”, ironiza. “Mesmo os que não votaram em mim sabem que hoje só há um partido em Portugal contra o sistema”.

    Promete não abandonar as suas bandeiras, da Justiça à redução dos deputados. E diz que muita gente no PSD lhe diz que foi “tonto” por pedir isso, agora que o Chega pode eleger mais. “Vamos ser terceira força política, somos quarta força autárquica, e mantemos o ADN: precisamos de cortar nos cargos políticos”.

  • Líder do Vox disse a Ventura: "Talvez no Chega haja demasiado Chega e pouco Portugal"

    André Ventura recorda um momento em que se encontrou com Santiago Abascal e uma frase do líder do Vox: “Talvez no Chega haja demasiado Chega e pouco Portugal.”

    “Nunca concordei muito com ele”, disse entre risos, e atirando em jeito de brincadeira que Abascal “é maior”.

    O líder do partido espera que a “marca Chega” nunca seja “deixada cair”. “Amar Portugal e o Chega tornou-se quase inquebrável”, realça, ao falar em “simbiose perfeita”. Pelo meio, disse ainda que gosta de ver o partido, “até a crítica”.

  • Ventura pede "apoio institucional" a críticos internos para "dar imagem de credibilidade" do partido. "Temos quatro anos de luta"

    “Se ontem critiquei o meu opositor por não estar presente — no dia em que me viram derrotado aqui estarei — é porque acho que a democracia é saber ganhar e perder. Custava-me perder a presidência do partido nesta altura”, diz agora Ventura. “Mas se tivesse sido a decisão do partido, esse seria o meu candidato”. Com isto, o líder do Chega diz querer dar “o exemplo”: “Quando perdemos, a democracia ganha sempre”. Por isso, pede respeito pelos candidatos do partido — isto apesar de ter aplaudido intervenções que apelavam aos críticos para saírem do Chega.

    Ventura pede agora para “poder ter um mandato de quatro anos”, uma vez que tem tido muitos congressos.

    “Muitos eleitos não são do agrado de todos, eu próprio não sou. Mas agora temos quatro anos de luta em que o Chega tem de estar acima dos nossos egos. Há um nome acima de tudo. Os próximos quatro anos devem ser da marca Chega”, apela. “Ninguém pede seguidismo, pede apoio institucional para darmos uma imagem de credibilidade e solidez”.

  • Ventura: "Levo todos comigo, mesmo os que apelaram ao voto no meu opositor"

    André Ventura, líder do Chega, regressa ao púlpito para o discurso de encerramento do IV Congresso depois de ter visto a nova direção (com apenas uma mudança) a ser aprovada com 85,3%. E começa por agradecer à distrital de Viseu um “congresso fantástico”.

    Frisando que houve uma “grande prova de vivacidade” durante o Congresso, Ventura garante que leva “todos” consigo, “mesmo os que apelaram ao voto no meu opositor”. “Foi uma grande maturidade democrática” a reunião magna em Viseu, reitera, num Congresso em que muitos dirigentes mostraram que a porta está aberta para os opositores internos.

  • Oposição interna consegue mais de um quinto dos lugares do Conselho Nacional

    A votação para o Conselho Nacional representa uma perda de poder para André Ventura: a lista A, encabeçada por João Tilly, teve 71% dos votos e 53 mandatos, pelo que continua em maioria. Mas desta vez teve oposição: a lista B, de Mónica Lopes, que conseguiu 22,5% dos votos e 17 mandatos — em Coimbra, no último congresso, Tilly tinha encabeçado uma lista única.

  • Apupos e assobios contra líder da lista alternativa ao Conselho Nacional

    Continua a confusão na sala do Expocenter: sobe ao palco Mónica Lopes, a cabeça de lista da lista B ao Conselho Nacional, alternativa à de Ventura, e logo se ouvem apupos, assobios e gritos. Começa a desenrolar-se um troca de argumentos e insultos entre militantes enquanto a delegada espera para falar. Quando consegue, faz votos de que os militantes trabalhem “juntos e em união” e agradecendo a “confiança” dos colegas de partido. Vai cumprimentar a mesa da direção e de Ventura, que não a aplaude.

  • Numa curta declaração, Jorge Valsassina Gouveia, novo presidente da Mesa Nacional do Chega, promete cumprir o mandato com “seriedade” porque “o órgão e o partido merecem”.

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