Momentos-chave
- Ataques israelitas matam 33 pessoas em Gaza ao longo do dia
- Ministério da Saúde declara epidemia de poliomielite em Gaza
- Manifestantes de extrema-direita ocupam segunda base militar em protesto contra detenção de soldados
- Oficiais e deputados israelitas condenam invasão da base militar de Sde Teiman
- Hamas critica "procrastinação" de Netanyahu, que nega acusações de boicote ao acordo
- Manifestantes e políticos de extrema-direita invadem base de Sde Teiman
- Casa Branca afirma que Israel tem direito a defender-se de ataques do Hezbollah
- Partido de extrema-direita de Ben Gvir protesta contra detenção de militares israelitas suspeitos de torturar prisioneiros
- Israel retalia contra Líbano no primeiro ataque mortal desde sábado. Os dois mortos são membros do Hezbollah
- "Concordámos que aumento do conflito na região não interessa a ninguém". Ministro britânico falou por telefone com primeiro-ministro libanês
- Lufthansa suspende 5 rotas para o Líbano por uma "questão de precaução"
Histórico de atualizações
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Bom dia!
Este liveblog fica agora por aqui. Continuamos a acompanhar os desenvolvimentos no conflito entre Israel e o Hamas num novo liveblog que pode seguir neste link.
Obrigada por ter estado connosco.
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Reino Unido apela à saída de nacionais do Líbano
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico publicou uma nota, aconselhando todos os britânicos a “abandonar o Líbano e a não viajar para o país”. David Lammy relata que o Ministério está “a trabalhar horas extra para assegurar a segurança dos nacionais britânicos”. O alerta surge na sequência do escalar da tensão na fronteira entre o Líbano e Israel e a troca de ataques ao longo do fim de semana e do dia de hoje.
We are advising British nationals to leave Lebanon and not to travel to the country.
This is a fast-moving situation. FCDO staff are working round the clock to help ensure the safety of British nationals. https://t.co/47BeXyvG6V
— David Lammy (@DavidLammy) July 29, 2024
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Ataques israelitas matam 33 pessoas em Gaza ao longo do dia
Três pessoas foram mortas por um bombardeamento israelita numa zona costeira do sul de Gaza, al-Mawasi. Esta região tinha sido declarada como uma zona segura pelo exército israelita.
Esta tarde, um outro ataque na cidade de Gaza, no centro do enclave, também tinha morto três pessoas, uma menina e dois rapazes jovens. Ambos os ataques foram relatados pelos correspondentes da Al Jazeera na Faixa de Gaza.
As equipas médicas declaram ainda que ao longo do dia, foram mortas pelo menos 33 pessoas, noutros ataques no enclave.
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Ministério da Saúde declara epidemia de poliomielite em Gaza
O Ministério da Saúde de Gaza declarou hoje uma epidemia de poliomielite no enclave. O vírus foi detetado há duas semanas em amostras de água e teve “um desenvolvimento surpreendente”, alertou a OMS, na sexta-feira.
A epidemia é resultado das “condições deploráveis em que os residente da Faixa de Gaza estão como resultado da brutal agressão israelita, que os privou de água potável, destruiu a infraestrutura de esgotos e levou à insegurança alimentar”, declarou o gabinete de imprensa do Ministério num comunicado no Telegram.
É ainda possível ler que a epidemia é “uma ameaça à saúde dos residentes na Faixa de Gaza e países vizinhos e um retrocesso no programa global de erradicação da polio”. Apesar dos esforços da UNICEF e da OMS, para tratar os casos da doença no enclave, o Ministério nota que a erradicação total da polio só é possível com o fim da agressão israelita e o restauro das condições de saúde e segurança.
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Manifestantes de extrema-direita ocupam segunda base militar em protesto contra detenção de soldados
Depois de terem ocupado a base de Sde Teiman, onde os soldados israelitas são acusados de terem torturado um prisioneiro palestiniano, os manifestantes de extrema direita dirigiram-se para o tribunal militar na base de Beit Lid, onde estes estão a ser questionados.
As dezenas de manifestantes de extrema-direita, em que se incluem ministros e membros do parlamento entraram em confrontos com as IDF colocadas na base, como se pode ver em imagens partilhadas nas redes sociais. Contudo, a polícia dispersou a multidão em poucos minutos, afirmou a polícia em comunicado, citado nos media israelitas.
https://twitter.com/yankicoen/status/1817987096327622895
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Oficiais e deputados israelitas condenam invasão da base militar de Sde Teiman
Vários políticos e militares israelitas reagiram à invasão da base militar de Sde Teiman, onde nove israelitas torturaram um prisioneiro palestiniano. Os soldados foram detidos e estão ser interrogados sobre esta acusação. A ocupação foi incentivada pelo ministro de extrema-direita Ben Gvir e liderada pelo deputado Zvi Succot.
O líder da oposição responsabilizou o executivo, cuja fraqueza diz ter permitido destruir “a sociedade israelita” e agora “a cadeia de comando”. “Os políticos que abandonaram os reféns, abandonaram a segurança. O país está em risco de existir se estas pessoas não deixarem o poder”, acusou Yair Lapid, acrescentando que os atos levados a cabo em Sde Teiman foram “desprezíveis e perigosos”.
“O incidente é extremamente sério e ilegal. Invadir uma base militar e perturbar a ordem é um comportamento que não deve ser aceite de forma alguma. Estamos em guerra e ações deste tipo põe em perigo a segurança do país“, declarou por sua vez o comandante das IDF. Herzi Halevi acrescentou que apoia a investigação em curso aos nove militares acusados de tortura.
Também Benjamin Netanyahu “condenou fortemente” a invasão da base das IDF, apelando ao acalmar dos ânimos. “Mesmo em tempos de fúria, a lei aplica-se a todos”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro em comunicado. “Temos de permitir às partes autorizadas que prossigam com a investigação, mantendo a dignidade dos nossos soldados”, acrescentou, citado pelo Times of Israel.
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Hamas critica "procrastinação" de Netanyahu, que nega acusações de boicote ao acordo
O Hamas acusou hoje o primeiro-ministro israelita de estar a pôr entraves propositados às negociações de cessar-fogo, críticas que já foram feitas pelos mediadores e pela própria equipa israelita. “Ouvimos os mediadores sobre os diálogos em Roma e é claro que Netanyahu regressou à sua estratégia de procrastinação para evitar chegar a um acordo. Netanyahu colocou novas condições e exigências, o que constitui uma retirada do documento de Biden e da posição do Conselho de Segurança”, acusou hoje o grupo de resistência palestiniana, num comunicado citado pelo Haaretz.
As acusações referem-se às novas exigências apresentadas pelo governo israelita, incluindo a opção de retomar a ofensiva em Gaza durante a segunda etapa do acordo de cessar-fogo, a permanência de tropas nos corredores de Netzarim e Philadelphi e ainda a permanência de tropas no norte do enclave, por “motivos de segurança”, em caso de surgirem ameaças.
Benjamin Netanyahu negou as acusações, respondendo que o Hamas é que está a mudar o acordo, tal como apresentado por Joe Biden. “Israel não adicionou nada ao rascunho, [ao contrário do Hamas] que exigiu 29 correções e não concordou com o rascunho original”, declarou o gabinete do primeiro-ministro em comunicado.
Na verdade, os mediadores relataram que apesar de o Hamas ter apresentado uma série de exigências, acabaram por desistir da maior parte, aproximando-se da proposta original. Só depois deste passo atrás dos palestinianos é que Israel introduziu os novos detalhes no acordo.
Israel e Hamas: os avanços e recuos na negociação do acordo que porá “fim duradouro” ao conflito
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Manifestantes e políticos de extrema-direita invadem base de Sde Teiman
Manifestantes e deputados dos partidos de extrema direita responderam ao apelo do ministro Ben Gvir e reuniram-se à porta da base das IDF de Sde Teiman, onde nove soldados israelitas são acusados de ter torturado um prisioneiro palestiniano, atos pelos quais foram detidos. Zvi Succot, do partido ultranacionalista Sionismo Religioso, liderou depois os manifestantes numa invasão da base.
De megafone em punho, o deputado afirmou que “estes soldados não podem ser investigados até serem investigados os que falharam a prevenir [o 7 de outubro]” e ainda que “está é uma demonstração importante”. Pouco depois, quebraram os cadeados dos portões com alicates, ocupando a base militar. Vídeos destes momentos foram publicados nas redes sociais de media israelitas.
No protesto também se encontrava o ministro da Resiliência Nacional, que condenou a invasão mas declarou que os membros do parlamento, como Sukkot tinham imunidade para o fazer. “Isto não ajuda a passar a mensagem. Não posso apoiar uma invasão ilegal. Sou um ministro do Estado de Israel. Mas membros do Knesset [parlamento israelita] têm imunidade. Eles podem entrar”, defendeu em declarações à rádio 103FM, citadas pelo Times of Israel.
UPDATE: Right-wing Israeli politicians, including MK Zvi Succot of the Otzma Yehudit party, breached the IDF's Sde Teiman base in protest after 9 soldiers were detained for questioning regarding the mistreatment of a terrorist. https://t.co/6lEVFHNE0b pic.twitter.com/WR79v2nOgw
— Breaking News (@TheNewsTrending) July 29, 2024
ח"כ צבי סוכות פרץ לבסיס שדה תימן – יחד עם עשרות אזרחים | תיעודhttps://t.co/D8xf92kPSa
צילום: לפי סעיף 27 א' pic.twitter.com/FimVvxAAAz
— החדשות – N12 (@N12News) July 29, 2024
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Casa Branca afirma que Israel tem direito a defender-se de ataques do Hezbollah
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca reagiu aos ataques do Hezbollah aos Montes Golã e a retaliação israelita, reafirmando o apoio norte-americano à “legítima defesa israelita”. John Kirby assinalou contudo, que a defesa de Israel não deve levar à escalada no conflito na fronteira com o Líbano. No comunicado, citado pelo Times of Israel, o norte-americano alertou ainda que o ataque atribuído ao Hezbollah não deve pôr em causa as negociações de paz que estão em curso com o Hamas.
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Partido de extrema-direita de Ben Gvir protesta contra detenção de militares israelitas suspeitos de torturar prisioneiros
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e outros membros de seu partido de extrema direita anunciaram que estão a caminho do centro de detenção de Sde Teiman, no sul de Israel, para protestar contra a detenção de soldados das Forças de Defesa de Israel suspeitos de maltratar e torturar prisioneiros palestinianos.
“Os acampamentos de verão e a paciência com os terroristas acabaram. Os militares devem receber apoio total”, defendeu Ben Gvir.
No comunicado, citado pelo The Times of Israel, o partido diz ter ingressado numa “demanda para impedir a prisão vergonhosa de soldados israelitas”. O partido de extrema-direita descreve a detenção dos militares enquanto um “espetáculo de policiais militares que decidiram prender os melhores heróis” de Israel.
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Israel retalia contra Líbano no primeiro ataque mortal desde sábado. Os dois mortos são membros do Hezbollah
Duas pessoas morreram e três ficaram feridas, uma delas criança, esta manhã num ataque israelita com drones no sul do Líbano que atingiu um carro e uma moto. De acordo com a agência noticiosa saudita Al Hadath, citada pelo The Times of Israel, as duas vítimas mortais eram membros do Hezbollah.
Este terá sido o primeiro ataque mortal israelita ao Líbano desde que, no sábado, um ataque com rockets do Hezbollah matou 12 crianças nos Montes Golã, zona síria sob controlo israelita.
O grupo terrorista Hezbollah já veio confirmar a morte de um elemento “na estrada para Jerusalém”, expressão que utiliza para designar os operacionais mortos em ataques israelitas.
المقــ ـاومـ ـة الإسـ ـلامـ ـية تزف الشهـ ـيد عباس فادي حجازي "عباس الحر" من بلدة مجدل سلم في جنوب لبنان#ملحق pic.twitter.com/0PqMtsTLfD
— Mulhak – ملحق (@Mulhak) July 29, 2024
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"Concordámos que aumento do conflito na região não interessa a ninguém". Ministro britânico falou por telefone com primeiro-ministro libanês
O Reino Unido congratula o apelo do governo libanês à cessação de toda a violência após um ataque do Hezbollah nos Montes Golã sírios, sob controlo israelita, que provocou a morte de 12 crianças.
As declarações surgem após o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico ter falado por telefone com o primeiro-ministro do Líbano. “Ambos concordámos que o aumento do conflito na região não é do interesse de ninguém”, escreveu David Lammy no X.
I spoke to Prime Minister @Najib_Mikati today to express my concern at escalating tension and welcomed the Government of Lebanon’s statement urging for cessation of all violence. We both agreed that widening of conflict in the region is in nobody’s interest.
— David Lammy (@DavidLammy) July 29, 2024
Um rocket disparado do sul do Líbano, área controlada pelo Hezbollah, matou 12 crianças na cidade de Majdal Shams, no sábado à noite. Israel prometeu retaliar contra o grupo terrorista sediado no Líbano pelo ataque fatal.
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Lufthansa suspende 5 rotas para o Líbano por uma "questão de precaução"
A companhia aérea da Alemanha Lufthansa comunicou esta segunda-feira que suspendeu cinco rotas que partem ou têm como destino Beirute, capital do Líbano, avança a agência Reuters.
A decisão deve-se a uma “questão de precaução”, detalha a empresa, que acrescenta que esta suspensão irá durar até dia 30. A Lufthansa suspendeu os voos após uma escalada da tensão entre Israel e o grupo organizado Hezbollah.
No sábado morreram pelo menos 12 pessoas após um ataque que partiu do Líbano em direção aos Montes Golã. Israel culpa o Hezbollah e diz que “ultrapassou todas as linhas vermelhas”, alertando que pode conduzir a uma “guerra total”.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros do líbano, Abdullah Bou Habib, rejeitou “a teoria de que o Hezbollah tenha levado a cabo o ataque contra a população de Majdal Shams, nos Golã ocupados, uma vez que desde o início do conflito não disparou contra locais civis, mas sim contra posições militares”.
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Bom dia. Retomamos aqui a cobertura do conflito entre Israel e a Palestina.
Pode recuperar os acontecimentos do passado domingo no liveblog que agora encerramos.
Obrigado por estar connosco.