Momentos-chave
- Ministra confirma que só a nota técnica, e não o parecer, sobre vacinação das crianças será divulgada
- "SNS não fez tudo perfeito, mas conseguiu manter resposta assistencial e combater pandemia", diz Temido
- Ventura acusa Governo de "esconder" pareceres técnicos sobre vacinação infantil
- "Não é com boas intenções que se defende o SNS", diz PCP
- IL fala de "caos" no SNS e exige revelação "imediata" de pareceres sobre vacinação de crianças
- PAN questiona ministra sobre vacinação de crianças
- BE critica "péssima gestão política" de SNS "suborçamentado" e investimentos que ficam "numa gaveta das Finanças" até dezembro
- PS acusa PSD de "apoucar feitos do SNS"
- PSD diz que Governo de Costa "colocou em causa a existência futura do SNS". E lembra a última polémica de Temido
- Costa e Ferro despedem-se
- Costa: "Não assinaremos nenhum acordo de parceria com a UE antes de 30 de janeiro"
- Costa diz que "medidas fiscais são sempre importantes" na área da energia, mas para atacar PSD e CDS
- Governo rejeita vacinação obrigatória. Restrição de voos para Moçambique é "absolutamente inaceitável"
- CDS pergunta se Governo pondera nova redução dos impostos na energia
- PSD quer saber se Costa vai usar acordo de parceria como "propaganda nas legislativas" ou se deixa assinatura para novo Governo
- Costa diz que debate europeu sobre "preços dos combustíveis" se "arrasta há excessivo tempo"
- Costa reúne-se com Comissão Permanente da Assembleia da República
Histórico de atualizações
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Boa tarde,
o liveblogue sobre a primeira reunião da Comissão Permanente termina por aqui. Aqui fica um resumo de tudo o que se passou:
Debate num Parlamento dissolvido. Costa contra vacina obrigatória e a deixar uma promessa
Obrigado por nos ter acompanhado.
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Ministra confirma que só a nota técnica, e não o parecer, sobre vacinação das crianças será divulgada
Confirma-se que o parecer sobre a vacinação das crianças não será divulgado: segundo a ministra da Saúde no interior no debate e depois, à saída, em explicações aos jornalistas, o que será divulgado será apenas a nota técnica da comissão técnica de vacinação e a versão atualizada, que deverá ficar pronta hoje, depois de uma reunião da estrutura (falta definir o intervalo entre as duas doses). Segundo a ministra, os pareceres são apenas documentos “instrutórios” e não devem, por isso, ser divulgados.
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O debate da urgência com a ministra da Saúde terminou. O acompanhamento ao minuto do trabalhos parlamentares fica por aqui.
Até à próxima!
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"SNS não fez tudo perfeito, mas conseguiu manter resposta assistencial e combater pandemia", diz Temido
“Há problemas no SNS e nos serviços públicos, mas não vamos desistir, vamos continuar a investir em soluções”, diz a ministra ainda em resposta às perguntas colocadas pela oposição.
“Não estamos desapontados por ter trazido mais 700 milhões para o SNS”, ironiza. Marta Temido admite que “o SNS não fez tudo perfeito, tem muito para melhorar, mas conseguiu manter a resposta assistencial à população e combater a pandemia.”
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Temido responde à polémica da resiliência com Governo de Passos e justifica falta de médicos de família: "Há mais 400 mil pessoas inscritas"
Temido aproveita ainda para responder a Batista Leite, dizendo que viu os profissionais do SNS serem “resilientes” durante as decisões a que foram “submetidos há não muitos anos”, ou seja, no Governo de Pedro Passos Coelho. “O número de portugueses sem médico de família é infelizmente hoje o mesmo que no final da legislatura PSD/CDS porque temos mais 400 mil inscritos nos centros de Saúde”, justifica. Continua ao ataque ao PSD, perguntando se as soluções para o SNS seriam mais cortes.
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Temido diz que Governo se limita a aplicar decisões científicas sobre vacinação. Versão final da nota técnica está a ser terminada
Em resposta aos deputados, a ministra da Saúde, Marta Temido, diz que “nunca o Governo tomou decisões em matéria de vacinação; nunca discutiu se uma vacina era integrada no plano de vacinação; limitou-se a aplicar decisão técnica e respeitar ritmo de evolução da ciência”.
A posição técnica sobre vacinação das crianças está publicada, lembra. “Constava que a avaliação de risco/benefício é favorável”, sublinha, com prioridade a crianças com fatores de risco. E recorda que ainda está a ser avaliado o melhor intervalo entre as duas doses. O parecer final deverá ficar pronto na reunião de hoje da comissão técnica de vacinação, explica. É a posição final será tornada pública.
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Ventura acusa Governo de "esconder" pareceres técnicos sobre vacinação infantil
André Ventura voltou entretanto ao hemiciclo e intervém para dizer que Portugal é “o país da Europa que mais consultas adiou, o que mais cirurgias adiou fruto da Covid-19 como é que pode dizer que o SNS respondeu bem?”
“Como podemos continuar sem dinheiro para contratar médicos mas continuamos a ter para acolher refugiados”, questiona?
Antes de acabar, Ventura pede a divulgação dos pareceres sobre vacinação infantil, acusando o Governo de os estar a “esconder”.
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Ministro da Educação é o próximo a ser chamado à Comissão Permanente
A agenda da próxima reunião da Comissão Permanente foi já distribuída aos jornalistas com a indicação de que o Ministro da Educação vai ser o próximo elemento do governo a marcar presença nestes debates.
A próxima Comissão Permanente — que substitui as reuniões plenárias durante o período de dissolução –, está marcada para a próxima quinta-feira, 16 de dezembro.
Depois de ter chamado a Ministra da Saúde, o PSD pede agora a presença de Tiago Brandão Rodrigues, num período em que vão começar a ser vacinadas as crianças a partir dos 5 anos.
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Vacinar crianças "não pode ser decisão política", diz CDS
Pelo CDS, diz que a questão das vacinas para as crianças está a gerar um clima de “insegurança” e “incerteza”, ainda para mais tendo o Governo já anunciado que tinha a compra assegurada. “Faz parecer que a decisão dos especialistas é secundarizada”. “O CDS não é contra a vacinação das crianças, mas consideramos que a decisão não pode ser política, mas sim científica”.
Por último, pede a divulgação dos dados sobre VIH/SIDA em 2020.
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Hortense Martins, do PS, interveio no debate para fazer a defesa da ação governativa no SNS que, diz, “tem mais portugueses que acedem e querem aceder e tem reforço financeiro”.
E acusou a direita de querer aumentar as taxas moderadoras para inibir o acesso ao SNS por parte dos utentes, ao mesmo tempo que afirma que a redução “foi uma conquista desta legislatura”.
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PEV apela ao Governo: "Ainda há meios para o SNS no Orçamento do Estado para 2021"
Mariana Silva, do PEV, defende primeiro a valorização de um SNS “corroído” e “degradado”, acusando o Governo de ter recusado tomar as medidas necessárias para o setor. “Palmas já não bastam”, ataca. “Ainda há tempo para tomar decisões, ainda há meios no Orçamento do Estado para 2021”, apela. E ainda critica o “namoro” de PS e PSD, que diz ter por objetivo chegar a um bloco central.
Na vacinação, rejeita caminho de “ostracizar as crianças em função da decisão dos pais”.
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"Não é com boas intenções que se defende o SNS", diz PCP
Agora o PCP, com a deputada Paula Santos a dizer que se tivesse sido aprovadas as propostas do partido para o Orçamento do Estado (que chumbou) o país “tinha mais capacidade para responder à epidemia e responder à vacinação”.
A deputada diz que o subsídio de risco não foi pago a todos os profissionais do SNS que estiveram no combate à Covid-19. E que “há inúmeras dificuldades dos utentes nos cuidados de saúde primários que devia já estar resolvido”. Também questiona a ministra sobre o aumento de número de camas nos cuidados intensivos e no reforço das equipas de saúde pública
“O Governo insista nos mesmos erros e continua a não resolver problemas estruturais”, acusa. “Não é com boas intenções que se defende o SNS mas com decisões concretas”, atira ainda a deputada comunista.
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IL fala de "caos" no SNS e exige revelação "imediata" de pareceres sobre vacinação de crianças
Cotrim de Figueiredo descreve a situação no SNS como “o caos”, lembrando a sucessão de demissões de cargos de chefia em vários hospitais. Sobre a nova injeção no SNS, critica que mesmo assim se verifique o tal “caos”: “Não acha que é boa altura para pensar numa reforma em vez de atirar dinheiro para cima do problema?”.
Sobre a vacinação das crianças, diz que a não revelação dos pareceres não permite aos pais decidir em consciência e pede que o Governo diga “imediatamente” à DGS para libertar os documentos.
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PAN questiona ministra sobre vacinação de crianças
André Ventura foi chamado para a intervenção no debate com a ministra da Saúde, mas não está no hemiciclo, por isso é chamada Inês Sousa Real do PAN que questiona Marta Temido sobre a vacinação de crianças.
“Não se devem tomar decisões com base na dúvida e na incerteza ainda para mais quando há um critério em faixas etárias e não em condições de saúde” das crianças.
A deputada do PAN diz ainda que pode vir a estar em causa o “princípio de não discriminação” quando se fala em restringir o acesso a algumas atividade a crianças vacinadas: crianças que possam praticar atividades desportivas
A deputada pede ainda “valorização dos recursos no SNS”: “Não basta estar a injetar dinheiro no SNS”. A deputada defende que e invista na “prevenção da doença e em colocar tecnologias ao serviço da saúde”.
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BE critica "péssima gestão política" de SNS "suborçamentado" e investimentos que ficam "numa gaveta das Finanças" até dezembro
Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, lembra que o Governo vai injetar 750 milhões de euros para pagamentos em atraso, “tentando fazer uma manchete com o assunto” (o jornal Público noticiou o assunto na primeira página). O que só revela, diz, a “suborçamentação” do SNS e que se “mantém a tentação” de durante 11 meses do ano manter pedidos de autorização e investimentos “numa gaveta do ministério das Finanças”. “É uma péssima forma de fazer gestão política do SNS. Redunda em ineficiências brutais para o SNS. Devíamos estar a rever carreiras e rever remunerações”. O deputado aproveita assim para recordar as propostas do BE para a Saúde que ficaram pelo caminho.
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PS acusa PSD de "apoucar feitos do SNS"
Maria Antónia Almeida Santos diz que a visão do PS “é outra, de um estado social forte que atenue as desigualdades” e acusa o PSD de “apoucar os feitos do SNS”.
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PSD diz que Governo de Costa "colocou em causa a existência futura do SNS". E lembra a última polémica de Temido
Arrumado o debate com Costa, começa agora a parte dedicada à Saúde, com a presença de Marta Temido.
Arranca o PSD, com Ricardo Batista Leite a dizer que o Governo “falhou na proteção da Saúde” e recordando que “há mais de um milhão de portugueses sem médico de família”. “O agravamento dos tempos de espera no SNS é mesmo a marca da incapacidade de governação do PS na Saúde”.
O retrato que desenha é catastrófico, de “doentes que sofrem às mãos de um Governo incapaz”, sem “planeamento nem estratégia”, que “navega à vista”. “O seis anos de governação socialista colocaram em causa a existência futura do SNS”. E puxa pela recente polémica com a ministra da Saúde, que acusa de dizer que “falta resiliência aos profissionais da Saúde”. Acaba com um apelo ao voto no PSD.
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Costa e Ferro despedem-se
Costa subiu agora à mesa da Assembleia para cumprimentar Ferro, uma vez que é a última vez que terá vindo ao Parlamento nesta legislatura. Os dois trocam um aperto de mão e despedem-se.
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Costa: "Não assinaremos nenhum acordo de parceria com a UE antes de 30 de janeiro"
Sobre migrações, Costa diz que “nem vale a pena perder tempo” com André Ventura, que tem posições nos seus “antípodas” e alimenta “discursos populistas”. “Desde a inquisição, muitos e muitos portugueses precisaram de proteção noutros Estados. Essa memória deve inspirar a nossa posição humanista”.
Costa diz que o Governo é favorável à migração regulada, mas não a “muros”. E que o acordo de mobilidade já assinado pelos deputados será entregue hoje. “Muros não são solução para nada, nem para vírus nem para seres humanos. Fenómeno migratório existe desde o início da Humanidade”, recorda.
Por último, responde a Isabel Meirelles: o debate sobre o PT2030 foi aberto em janeiro de 2018, por via de uma interpelação do PSD. “Queremos assegurar ao país que percebemos o sentido do voto dos portugueses: não assinaremos nenhum acordo de parceria com a UE antes de 30 de janeiro, ao contrário do que fez o Governo anterior, que privatizou a TAP dois dias antes”.
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Costa diz que "medidas fiscais são sempre importantes" na área da energia, mas para atacar PSD e CDS
Sobre os preços da energia, Costa responde ao desafio do CDS — de baixar carga fiscal na energia — e diz que “medidas fiscais são sempre importantes”, embora sem dizer se vai tomar mais alguma iniciativa nesse sentido.
O primeiro-ministro dizendo antes que essas medidas são de tal forma “importantes” que “ao contrário do que aconteceu no Governo PSD que aumento IVA na energia para 23%, este Governo criou uma situação em que o imposto pode variar em função das taxas de consumo”.
Costa diz que o que é “muito importante é continuarmos a investir na energia solar “.