Momentos-chave
- Governo de Rajoy chumbado
- Albert Rivera: "Demonstrámos que é no centro que está a virtude"
- Mariano Rajoy: "Senhor Iglesias, às vezes pergunto-me se gostaria de ser como você"
- Pablo Iglesias: "Ninguém nos compra"
- Mariano Rajoy responde a Pedro Sánchez
- Pedro Sánchez: "Felizmente, na política há vida para além de Rajoy"
- Pedro Sánchez (PSOE) já fala e disse que vai votar "não" ao Governo de Rajoy
Histórico de atualizações
-
Sexta-feira Rajoy tem nova hipótese, com votação depois das 20h05
Perante o chumbo de hoje, a presidente do Parlamento, Ana Pastor, seguiu as regras e declarou nova votação para daqui a 48 horas.
Assim, o parlamento espanhol vai votar novamente a proposta de Governo. O encontro está marcado para as 19h00 locais (18h00 de Lisboa) e a votação não acontecerá antes das 20h05 locais (19h05 de Lisboa).
O procedimento será o mesmo, mas há uma regra que muda nesta segunda votação: bastará a Rajoy que a sua proposta tenha mais votos a favor do que votos contra para que ele possa formar Governo. Assim, a abstenção de alguns deputados pode ditar a sua investidura. Porém, pelo que tem sido anunciado pelos partidos ao longo das últimas semanas, e também de acordo com aquilo que foi confirmado hoje, esse é um cenário muito improvável.
Assim, Espanha caminha cada vez mais depressa para umas novas eleições. Ditam as regras que, a partir de hoje, o Congresso dos Deputados tem exatamente 2 meses para encontrar um Governo. Se fracassar, será dissolvido pelo Rei, que convocará novas eleições para daí a 54 dias ou para o domingo que se seguir a esse período. Tudo isto implica que se Espanha tiver novas eleições, elas serão a 25 de dezembro — isto, claro, a não ser que os partidos façam uma alteração à lei eleitoral a bem de evitar essa coincidência.
Mas, caros leitores, o Natal ainda é longínquo e até lá ainda há muito pela frente. Nomeadamente a votação de sexta-feira, que seguiremos aqui no Observador ao pormenor. É para lá que marcamos encontro.
Obrigado por ter estado aqui connosco!
-
Ana Pastor anuncia os resultados finais:
Sim — 170
Não — 180
Abstenções — 0 -
Governo de Rajoy chumbado
O “não” conseguiu os 176 votos necessários para chumbar a proposta de Governo de Rajoy. A votação continua, apenas por mero formalismo.
-
Faltam 20 votos para o "Não" ganhar e o Governo de Rajoy ser chumbado
Sim — 133
Não — 156 -
Agora, com apenas 85 votos por contar, faltam 30 para o “não” ganhar
Sim — 119
Não — 146 -
Já agora, ainda não houve nenhuma abstenção.
-
Faltam 46 votos para o “Não” vencer, chegando aos 176.
Sim —105
Não — 130 -
"Não" continua à frente
Com 150 votos por contar e outros 200 já pronunciados, o resultado continua a ditar o chumbo do Governo de Mariano Rajoy.
Sim — 87
Não — 113 -
Faltam 200 votos. Para já, este é o resultado:
Sim — 64
Não — 86 -
Sim — 44; Não — 60
Faltam votar 246 deputados. Para já, o resultado está a favor do “não”.
Sim — 44;
Não — 60
-
Para vencer, um lado precisa de chegar aos 176 votos. Isto é, o requisito mínimo para a maioria absoluta.
-
Sim — 21; Não — 38
-
A Presidente do Congresso dos Deputados, Ana Pastor, acaba de explicar as regras para a votação. Cada deputado vota à sua vez, dizendo em quem vota.
A ordem é alfabética, mas com uma particularidade: começa a partir do primeiro apelido de um parlamentar escolhido à sorte. Calhou ser Elvira Ramón Utrabo, do PSOE. Assim, vota-se de “Ramón” para a frente, dando a volta ao alfabeto depois do Z, começando de novo pelos A, B, C… Até que se chega a Elvira Ramón Utrabo. Confuso? Bem-vindo à política espanhola.
-
Mais de oito horas depois do início da sessão, a votação está prestes a começar.
-
Acabou o discurso de Mariano Rajoy.
-
Mariano Rajoy já responde a Rafael Hernando.
Começou assim: “Quero agradecer ao Partido Popular e aos seus deputados. Os últimos quatro anos não foram fáceis para ninguém. Não têm sido desde o 20 de dezembro [2015] nem depois do 26 de junho [2016], nem serão no futuro. Vivemos uma etapa difícil, fizemos algumas coisas bem e cometemos alguns erros. Mas creio que o balanço do conjunto é muito positivo e vocês podem sentir-se orgulhosos”.
-
Rafael Hernando (PP), termina o seu discurso com um pedido direto ao PSOE e a Pedro Sánchez:
“Senhores do PSOE, peço-vos que reflitam. Têm 48 horas para fazê-lo. Peço-vos que reflitam e mudem o vosso voto, porque isso permitirá alcançar uma saída para este país. Este país precisa de um Governo que governe. Não necessita de um Governo em funções, necessita de um Governo que funcione. E também necessita de alguém que desbloqueie o parlamento, porque se não há Governo, também não funciona o parlamento. Se não há chefe de Governo, não pode haver chefe da oposição. E o que eu peço àquele que aspira a ser chefe da oposição, que permita a que acha que deve ser Governo.”
-
Rafael Herando (PP) para Pedro Sánchez:
“Aqui não vale mais desculpas: você, senhor Sánchez, pode ser útil se o quiser. Pode aceitar a oferta que lhe fez o senhor Rajoy para chegar a acordos ou pode continuar a insistir que os seus compromissos com os eleitores que lhe votaram não servem para nada. Que são inúteis! E levar-nos a umas novas eleições. Se for assim, diga-no-lo já. Não continue a enganar os cidadãos, que não precisam de mais mentiras nem de mais teatrinhos. Estão nas suas mãos por isso.”
-
Rafael Hernando responde à crítica de Albert Rivera por o PP não ter aprovado o programa de Governo do PSOE, que foi chumbado em março. Nessa altura, o PSOE apresentava um programa negociado com o Ciudadanos. O pacto que o PP apresenta hoje, com o Ciudadanos, tem 150 medidas. Entre estas, 100 já estavam no pacto entre o PSOE e o Ciudadanos, de março. Eis a resposta de Rafael Hernando:
“Desde isso, os cidadãos pronunciaram-se nas urnas, com os resultados que nós conhecemos. Aquele que não tinha legitimidade suficiente para seguir em frente, e isso sabiam vocês, sabia o PSOE e sabíamos nós… Por isso, não respondi aos pedidos que algumas me fizeram. Nós não queríamos participar nesse teatrinho, não queríamos ser cúmplices daquilo, não queríamos apoiar um Presidente, o senhor Sánchez, que perdeu as eleições, que ficou em quarto em Madrid e que teve o pior resultado do seu partido na democracia. Será tão difícil entender isto?”
-
Rafael Hernando (PP):
“A legislatura passada faliu devido à imprudência e à irresponsabilidade daqueles cuja única obsessão era ganhar em despachos aquilo que os espanhóis não lhes deram nas urnas e demolir as políticas de desenvolvimento e crescimento levadas à cabo pelo Governo de Mariano Rajoy. Tudo isto convertendo o Congresso dos Deputados no cenário de uma teatrinho político e mediático marcado por improvisações, ocorrências e encenações de pactos inviáveis. Tudo isto, senhores, para nada.”