Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Boa noite,

    termina aqui mais um liveblog. Dentro de poucas horas regressamos. Também no Observador, na manhã desta sexta-feira, pode acompanhar a entrevista ao secretário-geral do PS, António Costa.

  • Ventura quer um país à sua medida, diferente do "país de Sócrates" e onde emigrantes não sejam tratados como "lixo"

    Depois de Passos Coelho, José Sócrates. Há espaço para atacar todos, principalmente os nomes que governaram o país nos últimos anos. Em Chaves, num distrito marcado pela emigração e pelo êxodo rural, o líder do Chega dedicou parte do discurso a quem tem de abandonar o país em busca de melhores condições e vida e garantiu que “o país de José Sócrates e de André Ventura são países muito diferentes”.

    “O de um é o país em que os ricos, os cobardes e os corruptos ficam mais ricos; o outro é um país em que pensionistas, trabalhadores e homens comuns têm a dignidade, a força e o salário que merecem para viver em Portugal”, distinguiu o líder do Chega.

    O discurso servia para levar para a campanha uma das propostas eleitorais do Chega: o Ministério das Comunidades Portuguesas.

    Ventura acusou PS e PSD de se remeterem-se ao silêncio sobre a dificuldade de os emigrantes votarem e ataca: “Tratamos os emigrantes como se fossem lixo.” Numa sala em que, acredita Ventura, muitos sofrem com a emigração, o presidente do Chega apelou à emoção: “Cada alma que emigrou é um país que falhou.”

  • A noite em que o pedido de maioria absoluta tirou folga. Costa passa ao lado e pede "votação massiva"

    Esta noite, em Santarém, Costa fez a separação entre si e Rui Rio, que se aproximou nas sondagens. E terminou o discurso sem falar na maioria absoluta, que nos últimos dias não tem saído das suas intervenções. Pediu “estabilidade” e uma “votação massiva” no PS.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha arruada, de António Costa, candidato pelo PS a primeiro-ministro, num comício em Santarém. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Santarém, 20 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Nos Açores, Madeira, Beja, Faro. Em todos os sítios por onde António Costa passou nestes primeiro dias de campanha, falou sempre na necessidade de o PS conquistar uma maioria absoluta nestas eleições. Esta noite, em Santarém, saltou essa referência. O mais que pediu foi “estabilidade para quatro anos” e também uma “votação massiva de todas e todos para garantir a força necessária para continuarmos a avançar”. Hoje, a maioria absoluta — que ainda de manhã, no debate, tinha referido no debate, embora quando questionado sobre isso.

    O dia foi de uma sondagem da Universidade Católica Portuguesa, difundida. pela RTP, e que mostra uma aproximação de Rio. Um cenário que complica com o objetivo socialista.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha arruada, de António Costa, candidato pelo PS a primeiro-ministro, num comício em Santarém. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Santarém, 20 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    No discurso da noite, ao lado da sua ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública Alexandra Leitão, António Costa apontou o alvo a Rui Rio, estabelecendo diferenças. Até acusou o líder do PSD de “brincar com coisas muito sérias”, quando voltou a apontar ao sistema de pensões misto proposto pelo PSD. “Todos nós vimos o que aconteceu a milhões de famílias nos EUA quando na crise de 2008 perderam todas as suas poupanças porque as confiaram ao jogo do mercado”.

    De um lado existe o PS que aumenta o salário mínimo, disse: “Do outro lado o que temos é um PSD que nem sequer quer subir o salário mínimo quanto mais aumentar os salários acima do salário mínimo”. E mais, disse também que “de um lado está o PS que quer baixar o IRS já em 2022″… e do outro “um PSD que diz que não vai baixar o IRS em 2022, 2023, 2024 e, se tudo correr bem, começará a pensar baixar em 2025 e 2026.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha arruada, de António Costa, candidato pelo PS a primeiro-ministro, num comício em Santarém. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Santarém, 20 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Catarina fala da "emergência climática, que é agora" no Algarve e deixa recado a Costa: "Um voto no BE vai derrubar muros e abrir portas"

    Catarina Martins fala dos problemas específicos da região do Algarve, “propondo” que a população “não se resigne nem ao trabalho precário nem às alterações do clima”. Por um lado, explica, é preciso melhorar preços e acessos aos transportes coletivos.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício no Museu de Portimão com José Gusmão (1º candidato por Faro) Portimão, 20 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    Outra forma de se conseguir concretizar a transição energética, diz, é baixar os custos da energia, que são em Portugal “um exagero”. “Um bem essencial não pode ter o IVA máximo”. Além disso, o Bloco propõe que haja projetos comunitários de produção fotovoltaica, financiados pelo Estado, para que esta seja descentralizada (em oito anos o investimento do Estado seria devolvido, calcula o Bloco). “Medidas concretas para já, porque a emergência climática é agora”.

    “Já vimos uma direita que nega que exista uma emergência climática; ambientalistas dizer que podem fazer Governo com essa direita; e muitos que dizem que farão alguma coisa se os lóbis estiverem de acordo — uma maneira de dizer que nunca farão nada”. Depois, a política — e, de novo, o tiro contra a hipotética uma maioria absoluta do PS: “O PS decidiu fazer uma campanha a erguer muros contra a esquerda, mas depois vêm os votos. Um voto no BE vai derrubar muros e abrir portas: é o voto que vai fazer a diferença no dia seguinte”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício no Museu de Portimão com José Gusmão (1º candidato por Faro) Portimão, 20 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

  • Chega diz que site e portal do partido foram alvo de ataque informático

    André Ventura revelou que o site e o portal do Chega foram “alvo de um ataque informático”, esta quinta-feira, e que, até ao momento, o partido ainda não consegue ter controlo absoluto dos sites.

    “Não sabemos por quem ou de que forma, mas o nosso site e o portal foram atacados”, anunciou o líder do partido, referindo que irá entregar todos dados disponíveis às autoridades.

    Numa declaração aos jornalistas durante o jantar-comício do Chega, André Ventura esclareceu que houve “vários ataques” durante o dia, “alguns deles com origem em países que não Portugal” e “a situação é complexa”.

    “O Chega não tem, neste momento, o domínio total de muitas funcionalidades, quer do site, quer do portal. Há e-mails que não estão a funcionar e não conseguimos ter noção de houve subtração de dados pessoais ou roubo de informação”, explicou. Ventura sublinhou ainda que o portal tem toda a “informação pessoal, eventualmente de donativos e de participação em eventos”.

  • José Gusmão desvaloriza "dramatizações" do PS e insiste: "Escolha é entre maiorias na AR. Regras não mudam conforme as conveniências"

    O Bloco está esta noite num comício em Portimão e o cabeça de cartaz, além de Catarina Martins, é um nome que regressa de Bruxelas para tentar a missão de ser eleito por Faro: o eurodeputado José Gusmão.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício no Museu de Portimão com José Gusmão (1º candidato por Faro) Portimão, 20 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    Começa pelas críticas à falta de investimento e “visão estratégica” que “marcou” a governação do PS e foi “um dos pontos de tensão” com a esquerda: “Não se consegue andar cem metros no Algarve sem pisar primeiras pedras”. O dinheiro para esta e outras obras, insiste, estava nos Orçamentos aprovados à esquerda — e o BE “tinha, tem e mantém essa vontade” de negociar.

    No país, conclusão semelhante: a direita “não tem soluções”; o PS só ofereceu avanços importantes quando esteve condicionado pela esquerda; e a “estabilidade das maiorias absolutas foi a estabilidade dos interesses económicos e os momentos dos grandes escândalos da corrupção”.

    Depois, um ataque direto a Costa e ao seu apelo sobre a maioria absoluta. “As pessoas lembram-se do que significaram as maiorias absolutas. São um paraíso para quem governa e são um inferno para quem é desgovernado. É por isso que a escolha destas eleições não é, como diz Costa, entre Costa e Rio; se fosse assim tínhamos ficado em 2015 com Passos Coelho como primeiro-ministro”, relembra. “As regras da democracia não mudam conforme as conveniências de nenhum líder partidário. Nem entre uma maioria absoluta e o pântano. A escolha é entre as maiorias que se formam na AR. Por muitas dramatizações que se façam, depois dos votos contados, quando tivermos maioria plural, todos vamos ter de olhar para as nossas responsabilidades”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício no Museu de Portimão com José Gusmão (1º candidato por Faro) Portimão, 20 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

  • Chicão com defesa e Ventura sem ministério? "Rio não aceita lidar com a realidade dos números"

    Rui Rio admitiu que Francisco Rodrigues dos Santos poderia ficar com a pasta da Defesa num possível governo de direita, mas André Ventura considera que esse é um tema que deve ficar para depois. Contudo, o líder do Chega acredita que o presidente do PSD “não aceita lidar com a realidade dos números”.

    “Se os resultados da sondagem forem a expressão da noite eleitoral, mas com uma maioria de direita, Rui Rio só tem uma opção: sair e dar o lugar a quem aceite fazer um governo de direita”, atirou Ventura, argumentando que Rio estar a discutir um ministério para o CDS e não para o Chega é estar fora da realidade dos números.

    “Isto não vai mudar de hoje para amanhã”, alertou, frisando que as sondagens “mantêm o Chega em terceiro lugar isolado” e que só com o partido será possível formar um governo de direita.

    Apesar das críticas, Ventura considera que “a direita perde se começar a discutir nomes para pastas” e que o “foco essencial deve ser ter maioria e afastar António Costa”.

    “Não é desvalorizar nenhum candidato a ministro ou secretário de Estado, temos de nos concentrar em ter a maioria no Parlamento e depois sentar à mesa e ver que governo é que podemos fazer com as circunstância que temos”, reforçou.

  • Ventura sobre insultos a Sousa Real: "A minha atitude será sempre de reprovação"

    André Ventura reprova a atitude dos apoiantes do Chega que, esta tarde, vaiaram e insultaram Inês Sousa Real, em Beja. À chegada ao jantar-comício em Chaves, o líder do Chega esclareceu que não sabe o que se passou, mas distanciou-se dos “insultos e violência”.

    “Não sei o que se passou, mas a minha atitude será sempre de reprovação, sejam quem forem os envolvidos”, assegurou o presidente do Chega. E prosseguiu: “Nem sequer vou tentar justificar. É sabido o que penso do PAN, do proibicionismo do PAN, do totalitarismo do PAN, [mas] isso é uma coisa, outra coisa são insultos e violência.”

    Perante o sucedido, recordou ainda o incidente nas eleições Presidenciais. “Já fui vítima disso, sei o que é isso e acho que em política todos perdemos quando isso acontece”, disse, acrescentando que nunca se revê numa “atitude ou reconhecimento pela violência”.

  • A horas de terminar o prazo, mais de 285 mil inscritos até às 19h00 para voto antecipado em mobilidade

    A horas de terminar o prazo, um total de 285.508 eleitores pediram o voto antecipado. O MAI avança ainda que, entre domingo e quarta-feira, tinham-se inscrito 247.047 cidadãos eleitores.

    A horas de terminar o prazo, mais de 285 mil inscritos até às 19h00 para voto antecipado em mobilidade

  • Rio cancela manhã de campanha na Figueira da Foz

    Rui Rio não vai visitar o mercado da Figueira da Foz durante a manhã de sexta-feira como estava inicialmente previsto. O imprevisto está ainda relacionado com o episódio desta tarde, em que o líder do PSD foi obrigado a chegar mais tarde a uma sessão de esclarecimento por causa de uma hemorragia no nariz.

    A informação foi avançada pela assessoria de imprensa do candidato. De acordo com fonte oficial, o presidente do PSD “vai fazer um exame para resolver a questão do sangramento do nariz”.

    Está previsto que regresse à campanha para um almoço com os candidatos do distrito na Figueira da Foz. Depois deve seguir para Coimbra e Lisboa, onde vai participar no programa de Ricardo Araújo Pereira.

  • PS cada vez mais longe da maioria. PSD sobe e está apenas a quatro pontos de distância dos socialistas

    Se as eleições fossem hoje, o PS ganharia as eleições com 37% dos votos. O PSD obteria 33% das intenções de voto, estando cada vez mais perto dos socialistas.

    De acordo com uma sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, o PS cai dois pontos percentuais face à última sondagem, enquanto os sociais-democratas sobem três pontos percentuais e encurtam, de forma considerável, a vantagem ao PS.

    O terceiro lugar continua muito disputado, mas o Chega tem ligeira vantagem, obtendo 6%. Segue-se um empate entre forças partidárias: CDU, BE e IL — com 5% dos votos.

    Também empatados estão o CDS-PP, o PAN e o Livre: os três partidos reúnem 2% das intenções de voto.

  • E ao fantasma das maiorias absolutas a CDU soma o da "austeridade"

    Perante a ausência de resposta de António Costa sobre a manutenção das pontes com a CDU num cenário pós-eleitoral, com o ainda primeiro-ministro a pedir a maioria absoluta, os comunistas passam para outro trunfo para tentar capitalizar votos: o da austeridade.

    O deputado do PEV, José Luís Ferreira diz que o atual cenário de eleições antecipadas aconteceu em “resultado da estratégia do PS com a cumplicidade do Presidente da República” e alerta para que o elo entre PS e PSD possa trazer de volta a austeridade.

    “O PS está a seguir uma estratégia de vitimização, para ter a maioria absoluta ou conseguir um acordo ao centro que dispense os parceiros à esquerda”, apontou passando a outro fantasma: “Podendo precipitar o país num novo ciclo de austeridade”.

    Num comício participado na Marinha Grande, mas em contrarrelógio já que João Oliveira terá que voltar em pouco tempo a Lisboa para ainda estar esta noite em antena na SIC (algo que só acontece porque João Ferreira ficou afastado da campanha, ele que estaria na estrada), lembrando a batalha dos operários da cidade no dia 18 de janeiro de 1934, Oliveira diz que o voto na CDU é o único que conta para “a derrota das forças reacionárias e reafirma os valores de abril” e que “estraga as contas dos entendimentos entre PS e PSD”.

    Diz João Oliveira que há entre “PS e PSD um acordo velado que assenta numa outra aspiração” de ambos os partidos. E concretiza: “Que tenha início um novo ciclo de governos de alternância sem alternativa para o povo e o país”.

    “Por isso temos visto o PSD tão disponível para viabilizar o governo do PS, para que abram a porta giratória da promiscuidade e corrupção com longo historial e campo aberto a partir dos processos de privatização das empresas e setores estratégicos”, atirou ainda o deputado comunista.

  • Ventura no interior do país: descentralizar, sim, mas mantendo a redução de cargos políticos

    André Ventura estava em Mirandela, no distrito de Bragança, para voltar a elevar as bandeiras do Chega sobre o interior do país e, questionado sobre descentralização, referiu que “é preciso descentralizar, sem criar mais cargos políticos”.

    “Temos um excessivo números de lugares políticos para gerir poucas competências e poucos recursos”, atirou o líder do Chega quando confrontado sobre o equilíbrio entre a descentralização e a proposta do partido em reduzir para quase metade os cargos políticos.

    Ventura explicou que “não há competências para fazer mudanças” e, mantendo o modelo que existe, “só se está a gastar dinheiro com recursos e cargos políticos”.

    “Não vale de nada haver descentralização se municípios ou entidade que gerem descentralização não tiverem recursos para fazer estas mudanças e isso é o que PSD e PS propõem”, sublinhou, ao realçar que uma descentralização obrigaria também a uma “descentralização de recursos”, “a mexer na lei de finanças regionais” e a que “no Orçamento do Estado haja verba para o investimento no interior do país”.

  • Catarina andou de comboio para falar de ferrovia e clima. E Costa? "Acho que faz mal em queimar todas as pontes à sua volta"

    De olhos postos na questão da ferrovia, Catarina Martins foi andar de comboio no Algarve, de Alcantarilha a Portimão, ao lado do cabeça de lista de Faro, José Gusmão. Isto num comboio a diesel, uma vez que não há linha eletrificada naquele troço.

    Outros problemas, frisa, são os horários, as acessibilidades e os preços dos passes que nesta região “explodiram” — “a ferrovia aqui não é uma alternativa”, conclui. “A primeira pessoa que encontrei hoje quando cheguei ao Algarve disse-me que o passe dela passou de 40 para 70 euros, um absurdo”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Viagem de comboio entre Alcantarilha e Portimão. Portimão, 20 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    Tudo para chegar a uma das principais metas do Bloco nestas eleições: chamar a atenção para as alterações climáticas, nomeadamente através da aposta na ferrovia. “É mesmo uma emergência. Bem sei que a direita tem dificuldade em perceber, mas a emergência existe. Estamos a ver o perigo e o perigo está aqui: nas nossas vidas”. Recusa, no entanto, avaliar em particular o trabalho do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

    A viagem aconteceu horas depois do debate nas rádios e de António Costa ter voltado a frisar que já não confia na esquerda. “O PS tem toda a legitimidade de querer uma maioria absoluta, mas acho que faz mal em queimar todas as pontes à sua volta”, atira. “Mas eu cá estarei no dia a seguir para abrir as portas necessárias. A direita não trará soluções, o PS ficar isolado não dará nenhuma solução”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Viagem de comboio entre Alcantarilha e Portimão. Portimão, 20 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

  • Ventura sugere "teste à coligação" PSD/Chega: "Devíamos pôr o gato Zé Albino e coelha Acácia juntos para ver se a coisa funciona"

    No dia em que fez uma arruada em Mirandela, uma das zonas do país em que André Ventura conseguiu uma percentagem mais elevada nas eleições Presidenciais, com 20,51% (1.643 votos), não fez declarações aos jornalistas como tem acontecido durante a campanha, mas trouxe a luta de animais do Twitter para a rua.

    André Ventura está disponível para testes. Um gato (PSD) e um coelho (Chega) podem coligar-se? “Já vi imagens de gatos a darem-se com coelhos”, respondeu prontamente o líder do Chega, antes de sugerir um “bom teste à coligação”: “Devíamos pôr o gato Zé Albino e coelha Acácia juntos para ver se a coisa funciona e tirávamos as conclusões.”

    Sem se alongar muito e confrontado com a existência de outro coelho na campanha — Pedro Passos Coelho, trazido por diversas vezes pelo próprio André Ventura —, o presidente do partido foi perentório: “Há coelhos e coelhos… e a coelha Acácia é para continuar.”

  • Rui Rio volta à campanha depois de hemorragia no nariz, um "31" que quase estragou o caminho para o "30"

    Depois de ter sido assistido durante cerca de trinta minutos graças a uma hemorragia no nariz, o líder do PSD decidiu voltar para participar na sessão de esclarecimento marcada para Vila Real. É aplaudido de pé, ao som de gritos “PSD”.

    Rio acabou por confirmar que teve de se ausentar depois de ter começado a sangrar pelo nariz (“coisa que me aconteceu ontem, aliás”) e que estará relacionado com o frio, admitiu. “Agora tenho aqui um algodão…”, disse, apontando para a narina direita.

    Numa curta intervenção onde voltou a acusar o PS de querer manter “tudo na mesma” enquanto o país continua a “empobrecer alegremente”, Rui Rio defendeu a importância de inverter o rumo, com uma “atitude de mais rigor e menos facilitismo” e com um combate cerrado “aos interesses instalados”.

    No final, Rio acabou por lamentar não ter estado ali o tempo que queria e despediu-se com uma nota humorística. “Começar a deitar sangue era um 31 e nós não estamos para o 31, estamos aqui para o 30 de janeiro.”

    Comçear a deitar sangue era um 31 e nós não estamos para o 31, estamos para o 30 de janeiro

    ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma arruada em Vila Real. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de Janeiro. 20 de Janeiro de 2022, Vila Real. TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • CDS num governo de Rio? "Se não tiver força para inscrever as suas propostas então não vai para o Governo fazer nada"

    O CDS diz que está disponível para integrar um eventual Executivo de Rui Rio, mas só se “tiver força” para inscrever as suas propostas no programa de governo.

    Numa arruada em Coimbra, Francisco Rodrigues dos Santos disse que vai “lutar” para que todos os votos do CDS contribuam para implementar um “programa reformista”. Se as medidas que inscreveu no compromisso eleitoral “estiverem inscritas num programa de governo então, sim senhor, o CDS quer ter responsabilidades governativas”. Mas acrescenta em jeito de aviso: “Se o CDS não tiver a força para inscrever estas propostas no programa de Governo então não vai para o Governo fazer nada”.

    “Quero que o CDS tenha força para influenciar a governação do país. Se tiver força e influenciar a governação do país podemos discutir se o CDS se senta ou não no governo, mas é uma questão posterior”, adiantou, depois de Rui Rio ter admitido atribuir a pasta da Defesa ao partido de Rodrigues dos Santos.

  • Rui Rio assistido em Vila Real por causa de hemorragia no nariz

    Rui Rio ainda não iniciou a sua última ação de campanha agendada para Vila Real depois de ter começado sangrar subitamente do nariz quando se preparava para intervir na sessão de esclarecimento.

    De acordo com informação avançada pela equipa do líder social-democrata, até ao momento ainda não foi possível estancar a hemorragia e, por precaução, decidiram adiar a participação de Rui Rio nesta ação de campanha.

    O presidente do PSD está a ser assistido no local por equipa médica. Ainda não é seguro que Rui Rio se volte a juntar à sessão de esclarecimento.

  • Cotrim reuniu com Ana Rita Cavaco e encontrou uma aliada: "Se Costa governou e foi o que foi para nós, o que seria com maioria..."

    Cotrim Figueiredo reuniu esta quinta-feira com a Ordem dos Enfermeiros e encontrou uma aliada nas críticas a Costa e a uma maioria absoluta do PS. A bastonária, Ana Rita Cavaco, afirmou aos jornalistas após a reunião não querer uma maioria absoluta socialista, depois de ter partilhado com o líder liberal algumas das preocupações que tem relativas à carreira e à situação dos enfermeiros.

    Ana Rita Cavaco, que é militante do PSD e tem sido muito crítica das políticas socialistas na Saúde e para os enfermeiros, apontou após ser interpelado pelos jornalistas:

    Não seria fã de uma maioria absoluta, acho que isso é mau para o país. Se Costa governou durante este tempo em coligação e foi o que foi para nós, enfermeiros, o que seria com uma maioria absoluta.”

    Questionada sobre se veria com bons olhos uma maioria de direita que incluísse a extrema-direita — isto é, o Chega —, Ana Rita Cavaco respondeu: “Acho que deve haver um vencedor, como é óbvio tem de haver, que depois poderá fazer coligações. Peço desculpa mas eu não conheço partidos de extrema-direita em Portugal, conheço partidos que são de direita, de esquerda, de centro embora para mim essa dicotomia está muito esbatida”.

    A bastonária da Ordem dos Enfermeiros acrescentou: “Acho que a conversar é que as pessoas se entendem, podem construir boas soluções para aquilo que são os problemas da vida de todos nós. É isso que pretendemos”.

  • CDS num governo do PSD? "Não seria a primeira vez"

    “Se tivesse ido ao debate das rádios, não vinha a Bragança e Vila Real”, justifica Rui Rio em ação de campanha na rua. “Preferencialmente começaria a negociar com o CDS e Iniciativa Liberal”, responde a uma pergunta sobre a possível escolha de Francisco Rodrigues dos Santos para ministro da Defesa.

    [Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador com a campanha do PSD em Bragança]

    CDS num governo do PSD? “Não seria a primeira vez”

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