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  • Pedro Nuno diz que Portas traz "má memória" e Ana Catarina atira ao "político da demissão irrevogável"

    Numa arruada no Barreiro, Pedro Nuno Santos passou pela Tasca da Galega, a ginjinha que Marcelo pôs no mapa político na noite de Natal. E, ao balcão, respondeu a intervenção de Paulo Portas dizendo que “a cada figura nova que aparece [nos comícios da AD] lembra-nos o pior, o pior, aos mais velhos, às mulheres”.

    Na rua, pouco antes, já tinha sido confrontado pelos jornalistas com os ataques de Portas: “A memória que ele deixou não é boa, portanto não me preocupa muito o que ele diz”.

    A arruada do Barreiro contou novamente com Ana Catarina Mendes, a cabeça de lista do PS pelo distrito de Setúbal, que falou no mini-comício montado no final do contacto com a população, no mercado. Também a ainda ministra atacou as figuras da direita que têm aparecido na campanha de Montenegro, dizendo que “a direita está um tanto ou quanto em delírio”.

    Falou de Durão Barroso, que fala “com orgulho nos resultados da troika”, de Passos Coelho, para atacar a sua posição em matéria de imigração, de Cristas, para falar na “lei que levou idosos ao despejo”, e de Paulo Núncio, por causa do referendo ao aborto.

    Sobre Portas, fala na “maior perplexidade” por ouvir “o político da demissão irrevogável falar de demissões”.

    A vinda desta lista de sociais-democratas à campanha tem servido ao PS para apontar “o retrocesso” que dizem que pode estar ao virar da esquina destas eleições e também na questão da confiança. No mercado do Barreiro, Pedro Nuno voltou a insistir na ideia de que “na AD não se pode confiar”. Quanto ao PS, diz que “é o porto seguro no qual os portugueses podem confiar”.

  • Bom dia, passámos a seguir o 11º. dia da campanha eleitoral neste outro artigo em direto.

    Marques Mendes pede “voto maciço” na Aliança Democrática. “É preciso estabilidade para governar”

    Obrigada por nos acompanhar. Até já.

  • Goucha apela ao voto na AD e critica Pedro Nuno, o ministro que "nada fez", e Ventura, que "promete mundos e fundos"

    O apresentador Manuel Luís Goucha, que assinou o manifesto da Aliança Democrática, divulgou nas redes sociais um vídeo de apoio à coligação de Luís Montenegro e que está a ser muito partilhado pelos dirigentes da AD.

    No vídeo, publicado no Instagram, o apresentador diz que vai votar pela coligação liderada por Montenegro porque quer votar na “mudança” e “por ter memória”. “Em 2011, foi um governo socialista que levou este país à beira da falência e chamou a troika. Mais recentemente, foi um governo socialista que, com um maioria absoluta nos últimos dois anos, nada fez”, afirma.

    O apresentador aproveita então para criticar os líderes do PS, Pedro Nuno Santos, e do Chega, André Ventura. “Estranho que haja um candidato socialista que agora se autodefine como um fazedor e estava lá como ministro e nada fez. Do outro lado, temos um outro candidato que diz que vai fazer tudo e mais alguma coisa. Promete mundos e fundos, mas depois também não se iluda, são propostas que não são concretizáveis. São propostas que nascem da conversa das pessoas descontentes numa mesa de café”, afirma.

  • Contra "desfile de esqueletos", Ventura atira que "melhor deputado do PSD" está no Chega e é a "prova provada" de onde está o futuro

    André Ventura atira-se ao “desfile de esqueletos” e de “velhas glórias” nas campanhas de PS e PSD, ao “comentador do regime”, Luís Marques Mendes, e às “elites” que considera que andaram a “saquear” Portugal. “Podem trazer as múmias que quiserem, nós somos o futuro”, resume o líder do Chega, num comício em Évora, onde o “melhor deputado do PSD” na atual legislatura — nas palavras de Ventura — é o cabeça de lista do Chega.

    Mais, Rui Cristina serve o propósito de futuro que Ventura quis deixar perante os apoiantes, em contraste com os partidos que diz representarem o passado. É um “dia para comemorar”, começa por dizer, e completa: “Perguntavam-nos, depois de termos destruído, consumido, o CDS, se seríamos capazes de fazer o mesmo ao PSD. É uma pergunta que fica hoje com resposta, temos connosco aquele que era o candidato que era o melhor deputado do PSD da última legislatura. É a prova provada de que o futuro é o Chega”.

    André Ventura recorda que o crescimento do Chega tem uma correlação direta com a “profunda insatistafação com o estado a que o país chegou” e garante que “o povo não se deixa contaminar”.

    Numa comparação entre o passado e a “alternativa” que chama a si, sublinha que não quer “viver num país onde quem trabalha recebe menos do que ninguém faz nada” e recusa um “país à medida do provincianismo subsidiodependente”. Em contraste, quer um país com os “portugueses de bem primeiro”.

    Enquanto recordava um pedido que lhe foi feito durante a arruada (“Salve Portugal do socialismo”), André Ventura ainda se enganou ao atirar um “Salve Portugal da democracia… do socialismo”, corrige — “Vai passar isto em todo o lado”, ri-se — mas completa que “em abono da verdade a democracia precisa de muitas mudanças”.

    André Ventura sublinha ainda que este não é um “projeto para quatro anos”, deixando claro que “votar no Chega é um projeto para as próximas décadas em Portugal” e deixa a promessa: “Será um novo país que vai nascer daqui” — uma “nação forte, digna e decente” em que a “decência seja o império”.

  • Ativistas do Fim ao Fóssil reivindicam interrupção do comício do PS

    Uma das interrupções que marcou o comício socialista desta noite foi levada a cabo por “dez estudantes que se levantaram para fazer um discurso”. Pertenciam ao movimento Fim ao Fóssil.

    Os manifestantes afirmam que todos os partidos estão a falhar, pois “nenhum tem um plano para o fim do uso dos combustíveis fósseis até 2030″. Segundo um comunicado divulgado pelo movimento, estudantes da Greve Climática Estudantil interromperam um comício do PS, que decorria na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, para reivindicar o fim aos combustíveis fósseis”.

    Afirmam que nenhum partido tem um plano para o fim aos combustíveis fósseis até 2030 em eleições que dão mandato até 2028 e que isso é o mesmo que “condenar conscientemente o futuro de todos os jovens”.

    “Em Portugal, já começámos a sentir os efeitos da crise climática: as secas, o preço dos alimentos, as mortes devido ao calor ou frio extremo, os incêndios e cheias.”, disseram os estudantes, alertando o partido de que “vão ser cada vez mais frequentes e intensos enquanto nada fizerem”. “A escolha é vossa, vão comprometer-se com a ciência e a justiça? Comprometer-se com o fim aos fósseis até 2030?”, questionaram.

    O discurso acusou ainda o PS de ter escolhido e continuar a escolher aumentar as emissões no país: “este partido escolheu proteger os lucros exorbitantes da EDP e da GALP, nomear como ministros CEOs de petrolíferas e criar projetos suicidas de expansão de emissões, como um novo gasoduto e um novo aeroporto.”

    Segundo o movimento, os estudantes foram “interrompidos e retirados do comício de forma violenta por militantes do partido. Alguns dos manifestantes chegaram mesmo a ser agredidos”.

  • Pedro Nuno diz que país "não pode perder oportunidade de ter primeiro-ministro a descer com orgulho a Avenida" 50 anos do 25 de abril

    Na intervenção que faz do púlpito, no palco da Aula Magna, Pedro Nuno Santos tenta prosseguir o discurso onde tinha começado por dizer que “se alguém tinha dúvidas da força do PS, estes últimos dias foram claros”. Diz que sempre disse que “era na campanha que iam ver a força” do partido.

    Fala também da governação até aqui e como “garantiu este presente”, cabendo-lhe a si “garantir o futuro”. A dada altura um homem grita do meio da plateia palavras de apoio e o líder assusta-se: “Agora fico na dúvida”. E acrescenta que “se há outra característica que o PS tem é o respeito por quem discorda”.

    Fala ainda na estabilidade orçamental, apontando para Costa que está sentado mesmo à sua frente na primeira fila do comício, acrescentando que é preciso “valorizar mais quem trabalha, os professores,os médicos. enfermeiros, os polícias, os guardas, os militares os oficiais de justiça”. Diz ainda que “os socialistas também sabem melhor do que a AD valorizar a Administração Pública”.

    E ataca o choque de IRC que a direita propõe, mais uma vez apontando o “rombo nas contas públicas” e diz que “baixar o IRC é prejudicar o financiamento da Segurança Social”. E atira, também mais uma vez, à falta de credibilidade do cenário macroeconómico da AD.

    Fala nos cortes nas pensões e refere novamente que o PS “não precisa de se reconciliar com os pensionistas e os reformados”. Acusa o PSD de ter se ter “gabado de ter ido além da troika” e que só foi “travado pelo Tribunal Constitucional” nesses cortes. Nesse momento, diz, “Montenegro estava lá a vibrar com as medidas que o Governo implementou em Portugal”.

    Termina a fala de cultura e a apelar ao voto e a prometer “governar para a maioria… para todos”, corrige de imediato. Logo a seguir, Pedro Nuno Santos diz ver “esperança em todo o lado no país” e que “o país vai comemorar os 50 anos do 25 de Abril com um primeiro-minisro que vai descer com orgulho a Avenida. Não podemos perder esta oportunidade”, afirma.

  • Rui Rocha acusa AD de falta de coragem. Cotrim aponta o que falta à AD (e elogia o sucessor)

    Rui Rocha acusou esta noite a AD de “falta de coragem” para mudar a reforma eleitoral sem depender do PS numa revisão constitucional. Foi no jantar-comício na Casa do Alentejo, em Lisboa, perante cerca de 200 simpatizantes.

    Voltou ainda a atacar a AD por causa das declarações em que Paulo Núncio admitiu um novo referendo ao aborto: “Eu não quero um pais onde se admite como tese remota que os direitos das mulheres sejam postos em causa”. Um momento muito aplaudido de pé por toda a sala.

    O essencial do discurso do presidente da IL foi a defender a reconciliação de Portugal com os seus jovens, para evitar que tenham de emigrar em busca de melhores salários.

    Antes falou João Cotrim de Figueiredo, o anterior líder, cabeça de lista pelo círculo da Europa e às eleições europeias de 9 de junho.

    Cotrim de Figueiredo despachou rapidamente as razões para alguns indecisos não querer votar PS: “Olham para o PS e percebem que não é daí que vem solução. Se não resolveu em todos estes anos, não é agora. Por favor saiam da frente e não atrasem mais”. E arrumou o Chega chamando-lhe um “circo de gritaria e infantilidade, sem fim de promessas, tão estatista como o PS”.

    Depois centrou a parte maior do discurso a explicar que falta à AD cabeça, mãos e coração para “mudar Portugal a sério”. E vincou que “só a IL pode dar à AD o que falta”.

    Cotrim de Figueiredo deixou ainda um elogio ao sucessor que apoiou quando decidiu sair da liderança do partido há um ano: “Os voluntários têm sido coordenados por uma extraordinária equipa de campanha liderada por Riui Rocha, que tem sido incansável na luta, foi impecável nos debates e todos os dias tem conquistado a confiança de mais e mais portugueses”.

  • Mortágua exige "os salários que estão a dever ao povo" e diz que voto é entre "fugir para trás ou puxar para a frente"

    Mariana Mortágua fala agora no comício do BE em Santa Maria da Feira e começa por dizer que quase 70% das mulheres em Portugal ganham menos de mil euros brutos e que a desigualdade salarial em relação aos homens continua a ser uma realidade. “São elas que aguentam este país”, dispara.

    “Um terço das pessoas que trabalham não consegue fazer frente a um imprevisto” a meio do mês, prossegue. A ideia é frisar que mesmo o salário mínimo é insuficiente.

    “O que proponho é simples e sensato: exigirmos os salários que estão a dever ao povo”, atira. “Se há produtividade, se há dinheiro para distribuir aos acionistas — olhem para os lucros da banca, da Galp, da EDP, não digam que não há dinheiro para acionistas e salários milionários aos administradores — tem de haver para quem trabalha e produz”.

    Lembra que o salário mínimo era de 370 euros em 2000 e só aumentou 200 euros em dez anos. Chega à geringonça: “Foi um acordo do BE com o PS que estabeleceu que voltaria a subir todos os anos, contra todos os agoiros, uma direita agoirenta, bafienta”. “Fizemo-lo corajosamente, contra todas as ameaças de quem dizia que o salário mínimo não podia subir”, atira, perguntando se isto melhorou ou não a vida do “povo”. Ainda assim “não é suficiente”, frisa: o salário mínimo continua a ser “demasiado baixo”, porque a maioria absoluta abandonou o objetivo de que o aumento fosse “real” — “a inflação comeu todo o aumento de 60 euros deste ano e vai comer parte dos próximos se nada fizermos”, assegura.

    “O que há é uma estagnação do salário mínimo. Por isso não nos contentamos com a proposta do salário mínimo do PS em 2028, o que se recebe hoje em Espanha. Se a esquerda tiver força não é assim que vai acontecer”, garante. O Bloco quer 900 euros de aumento intercalar já este ano e nos seguintes um aumento de 50 euros acima do preço em cada ano.

    Mas “não podemos aceitar que a economia fique sempre nivelada pelo mínimo”, frisa agora. E não pode ser isso que o país tem para “apresentar” aos jovens — “a maior certeza que lhes podemos dar é: fica. Mas fica porque vais progredir (…), porque o salário paga tudo aquilo a que tens direito”.

    Mais uma vez, defende que “ninguém espera” que o PS faça agora o que recusou fazer no passado, mesmo com “palavras bonitas”. A regra é “simples”, resume: nenhum administrador ou CEO se faça pagar num mês mais do que um trabalhador leva um ano de trabalho a ganhar — é a proposta do BE sobre leques salariais.

    “As contas não batem certo e nós queremos que as contas da vida do nosso povo batam certo”, remata. A “vida boa” que o Bloco promete será decidida no dia das eleições, assegura.

    Depois, o apelo ao voto: “Depois do desvario da maioria absoluta, voto é entre fugir para trás” com a direita — “Quem acha que castiga um mau governo da maioria absoluta votando PSD iria castigar-se a si próprio” — ou puxar para a frente, e essa opção depende da força que o BE tiver. Tal como aconteceu em 2015, o BE pode determinar o programa do próximo governo” e convencer o PS a fazer o que se “recusou a fazer” sozinho, em maioria absoluta. “Todos os que preferem o BE vão votar no BE”, pede. “Somos o povo da esquerda que quer vencer a direita e extrema-direita. Vamos votar por uma vida boa. Vote em quem confia e decida sem medo”.

  • Montenegro apela diretamente aos eleitores do Chega: "Sei que não são extremistas, racistas e xenófobas. É tempo de reponderarem"

    É a vez de Luís Montenegro, que, pela primeira vez nesta campanha, fala diretamente para os eleitores e potenciais eleitores do Chega.

    “Respeito aqueles que sentiram o impulso de dar força àquele partido. Compreendo que muita dessa força vem da revolta que muitas portuguesas e portugueses sentem porque os poderes públicos não está a dar a resposta que essas pessoas exigem. Não confundo esse partido e a sua liderança com esses eleitores.”

    “Como presidente do PSD tenho humildade de reconhecer que esse sinal aos dois partidos que governam o país desde o 25 de Abril. Não tenho nenhum problema em assumir que possa haver algum protesto dirigido ao PSD. Não fizemos sempre tudo bem. Somos coorresponsáveis. Compreendo-as essas pessoas e sei que elas não são extremistas, racistas e xenófobas”, continua Montenegro.

    “E também sei que elas acham que o líder deste partido não vai resolver nada e que o programa deste partido não vai trazer soluções. E sabem o que penso sobre o líder deste partido. Não vale a pena andarem a teorizar, nem a brincar. Não é não.”

    Quem pretende “mudança”, “tirar o PS do governo”, “novas políticas”, tem a “oportunidade de aprofundar o seu pensamento” e votar AD, sob pena de “acordarem na segunda-feira” com a manutenção do PS no poder.

    “É tempo de reponderarem e contribuírem ativamente para terem uma mudança política em Portugal”, apela Montenegro.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Moisés Ferreira diz que "voto útil" é no Bloco, para escolha não ser "entre crise da direita e crise da maioria absoluta"

    Moisés Ferreira, cabeça de lista do Bloco por Aveiro, que em 2019 falhou a eleição, começa agora a falar num comício em Santa Maria da Feira. Fala do que a “direita tem a dizer” ao país, tendo-lhe “caído a máscara”: “É como se numa manhã Montenegro e Melo tivessem dito: e se mostrássemos ao país que a coisa pouco recomendável que temos não é só Gonçalo da Câmara Pereira?”. Então começou o “desfile”: Pedro Passos Coelho, o “doutor austeridade agora com xenofobia”; Paulo Núncio, que quer “criminalizar mulheres” por causa do aborto; Oliveira e Sousa e a “conspiração” das alterações climáticas; e Durão, que disse que o PSD/CDS deveriam ter “orgulho” na sua última governação, “uma coisa extraordinária”. “Tem de ter orgulho nos cortes que fez nas pensões, nos salários, nos combates que fez a direitos. É isto que a direita tem: austeridade, crise, combate aos direitos”.

    Moisés Ferreira diz que a aparição de Passos Coelho pode ter feito “bater uma saudade” na restante direita, incluindo em Rui Rocha e André Ventura — que anda “atascado na crise do financiamento do Chega”, ataca. Em resumo: a direita só oferece “crise atrás de crise”.

    Depois vira-se para a maioria absoluta do PS, outra “sucessão de crises”, com a “especulação desenfreada” na Habitação; a crise climática — “se for preciso dar um jeitinho para um negócio, o data center ou a exploração fica acima do Ambiente”; ou a crise na Saúde, “marca indelével” desta governação.

    Fala da falta de cuidados primários e de urgências abertas, uma crise que é um “novo exemplo” de como o PS quer “barrar” as pessoas do hospital. Lembra o caso de Vila Nova de Gaia e de Santa Maria da Feira, em que “crianças que chegaram às urgências” foram recusadas pelo hospital por não virem referenciadas pelo SNS24 (faz parte do projeto “ligue antes, salve vidas”). “O SNS do PS agora tem porteiros, já não se pode entrar livremente. O PS diz: o problema é haver utentes, não é não haver médicos e enfermeiros”. Diz que a partir de agora “não vai ser assim”.

    Os portugueses não têm de escolher “entre a crise da maioria absoluta e a da direita”, garante. Por isso, fala do voto útil, tentando chegar aos indecisos: “Voto útil é aquele que responde aos problemas da nossa vida, não é para ver quem fica em primeiro”.

  • Portas sobre o Chega: "Não deixem que na política portuguesa se instale o vírus no ódio"

    Já na fase final do seu discurso, Portas lembra o contexto internacional e avisa para os risco associado a uma eventual aliança entre o PS e um “partido pró-russo, o PCP, e o Bloco de Esquerda, um partido anti-Nato”.

    Mas não são os únicos visado. Portas lembra as simpatias do Chega, referido como o “tal partido extremista”, por Salvini, que posa para as fotografias com tshirts a dizer “I Love Putin” e “a AfD alemã, que não é só russófila como agora quer um referendo para sair da União Europeia”.

    A terminar, Portas deixa uma nota pessoal. Numa referência velada ao facto de André Ventura falar permanentemente de figuras como Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e de outras figuras como fonte inspiracionais, o ex-líder do CDS lembra que estes foram “sempre espíritos liberais”. “Nenhum deles, jamais, distinguiram os portugueses pela cor da sua pele, pela sua etnia, condição ou orientação.”

    Lembrando várias vezes o exemplo demonstrando pelo Papa Francisco, quando disse “todos, todos, todos”, Portas deixa um último apelo: “Não deixem que na política portuguesa se instale o vírus no ódio”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Pedro Nuno interrompido duas vezes por pessoas que protestam à vez entre o público

    Pedro Nuno Santos começa a falar no comício do PS na Aula Magna com alguns percalços. Primeiro uma senhora tenta invadir o palco para lhe entregar uma Bíblia, tendo sido travada pelos seguranças — o socialista promete-lhe ir ter com ela no final. Pouco depois outras duas pessoas levantam-se, à vez, entre o público para ler uma mensagem alto.

    Primeiro foi uma mulher que começa a ler um texto, que os socialistas abafam imediatamente e a mulher acaba por ser afastada da sala, entre empurrões. Pouco depois, já após Pedro Nuno ter retomado o discurso, outro homem levanta-se aos gritos entre o público, sendo também afastado da sala.

    [Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador]

    “Calma e serenidade”. Comício de Pedro Nuno interrompido por ativistas

    O discurso do líder do PS continua depois disso, com Pedro Nuno Santos a apelar à “calma, tranquilidade e serenidade”. “Só queria que quem quisesse falar o fizesse de uma vez”, diz ainda.

  • "Não queiram acordar com Pedro Nuno porque, em vez de votarem AD, dispersaram o voto"

    Paulo Portas entra agora na parte do discurso dedicada à questão da governabilidade, ironizando. “Deve ser o único país em que se pergunta ao provável vencedor o que é que vai fazer se perder.”

    “Luís Montenegro nunca se desviou dos princípios que enunciou. Foi criticado por isso. Mas foi coerente, constante, foi previsível”, insiste o antigo vice-primeiro-ministro.

    Por oposição, Portas diz que o adversário socialista não tem a mesma coerência sobre a governabilidade. “Como pode o centro votar Pedro Nuno Santos quando muda de opinião dia sim dia sim sobre a governanbilidade de Portugal?”, provocou o antigo líder do CDS.

    Mais à frente, numa sucessão de interjeições, Portas lembra que André Ventura e os seus apoiantes “ameaçaram fazer uma moção de rejeição contra a AD”, depois “suspenderam a decisão”, depois disseram “‘logo vejo caso a caso’”, e a seguir acrescentam “‘não governam porque não deixo’”. “Pim, Pong, Pim, Pong”, vai repetindo Portas. “Como é que alguém que se diz de direita com esta inconstância permanente?”, desafia o antigo presidente do CDS.“Luís Montenegro não haverá extremistas no governo. Com Pedro Nuno Santos haverá extremistas no governo.”

    Portas faz depois um aviso à navegação: é preciso dar “força suficiente para ter previsibilidade e estabilidade na governação”. “Ninguém falou em maioria, nem em euforia. Calma. Agora, cuidado. Não adormeçam sábado a pensar que este ciclo triste do PS vai acabar e não queiram acordar na segunda-feira com Pedro Nuno Santos porque, em vez de votarem AD, dispersaram o seu voto.”

  • Mariana Vieira da Silva acusa direita de "martelar o crescimento para as suas medidas caberem lá"

    No comício do PS em Lisboa uma falha de som apanha Mariana Vieira da Silva no arranque do discurso, tem de interromper, mas volta agora para recomeçar. A cabeça de lista pelo círculo de Lisboa diz que “estas são eleições que não desejávamos e de que o país não precisava” e dirige-se aos indecisos.

    E diz que o partido deve apresentar a esse grupo “orgulho no balanço” do que fez, “ambição no muito que vamos fazer” e também “os riscos que o país corre se a direita ganhar”. Garante que o país “está em plena mudança estrutural da economia” e que essa é “razão pela qual querem decretar que não devemos falar no passado: contrariámos tudo o que a direita sempre disse. Foi com estas políticas que alcançamos os resultados que eles tanto desejaram e não conquistaram”.

    “Quem falhou sempre no diagnóstico poderá agora ter razão nas soluções?”, questiona Mariana Vieira da Silva que fala também nas crises dos últimos anos, a pandemia, a guerra, a crise energética. “É nas crises que se v~e a força, determinação, as soluções e caminhos de cada um e vimos bem a diferença entre a nossa resposta à crise e a resposta à crise do PSD”.

    Dá exemplos, tais como a posição do PSD contra o aumento do salário mínimo, os vales alimentares para pensionistas que propôs perante a crise da inflação. “Não é só pelo que fizeram no Governo, mas também pelo que opuseram quando foram oposição que temos de vencer estas eleições”, desafia.

    Fala também no PRR para dizer que a direita diz que é só investimento público, pelo que considera “legítimo perguntar: onde vão cortar? Nas escolas?”, questiona.

    “Gostam tanto do passado que até mudaram o nome à coligação”, provoca. E diz que a direita “quer apresentar medidas para se reconciliarem com o povo português mas fizeram-no com truques do passado. Escreveram medidas e martelaram o crescimento até as medidas caberem lá”.

    Termina a sua intervenção com o apelo ao voto no PS: “Faltam três dias de campanha e está nas nossas mãos”.

  • "A tentativa de polarizar entre socialistas e extremistas falhou", diz Portas

    Depois, Paulo Portas sugere que o PS tentou “polarizar estas eleições entre socialistas e extremistas falhou”. “E falhou porque apanharam pela frente um grande marca política que nunca perdeu umas eleições”. Para Portas, esta eleição é entre um “PS fracassado e um centro-direita revigorado, capaz de ganhar as eleições”, argumenta.

    A seguir, Portas dirige a sua atenção para o adversário de Luís Montenegro. “Pedro Nuno Santos esteve lá, Pedro Nuno Santos concordou, Pedro Nuno Santos aceitou. E as coisas são claras: António Costa indicou quatro nomes para o substituir Mário Centeno, António Vitorino, Fernando Medina ou Carlos César. Nenhum dos nomes se chamava Pedro Nuno Santos. Porque será?”

    Continua Portas, dizendo que o “maior receio” do PS é que o centro-direita tem, pela primeira vez em mais de 20 anos, a possibilidade de governar com um cenário macroeconómico de crescimento moderado”.

    “O PS teme que um governo da AD consiga mais crescimento eco, mais emprego, melhor qualidade no emprego, maior rendimento dos trabalhadores, melhor gestão da política social, mais ambição no país e tudo isto moderadamente com uma carga fiscal menos pesada. É disto que têm medo”, enumera Portas.

  • Portas: "António Costa foi para o balneário antes do intervalo"

    Vai discursar agora Paulo Portas, ovacionado aqui nas Caldas da Rainha.

    “Estamos a poucos dias de uma eleição que é muito importante. Os portugueses, se quiserem, dirão que estão cansado de um Estado partido e que defendem uma democracia com alternância”, começa por dizer.

    A seguir, o antigo vice-primeiro-ministro alerta para o facto de nada estar ainda decidido. “As eleições ainda não estão decididas. Avançámos, mas ainda não suficiente para ter a certeza de que Pedro Nuno Santos não será o próximo primeiro-ministro.”

    Portas ensaia depois um apelo ao voto útil, com um primeiro piscar de olhos aos eleitores do Chega. “Precisamos de ajuda de quem ainda não decidiu. Não confundo os eleitores com os líderes e com os partidos. Precisamos da ajuda de quem ainda está indeciso.”

    Antes de avançar nesse sentido, o antigo líder do CDS começa por uma crítica aos socialistas pelos oito anos de governação, tentando recentrar a discussão: o Governo caiu não por causa de um processo judicial, mas por manifesta imprevidência do PS. “António Costa foi para o balneário antes do intervalo.”

    Falando sobre o estado da escola pública e do Serviço Nacional de Saúde, Paulo Portas aponta culpas ao PS. “Não almoçam ideologia e não jantam utopia. O problema do PS é a realidade. Tem contactos curtos e intermitentes com a realidade que deixa com o país.”

    “Não me lembro de uma coleção de políticas públicas que toda completa represente o fracasso do PS nos últimos anos”, insiste Paulo Portas.

    “Como não podem defender o presente, refugiam-se num passado que já passou há dez anos e no qual têm as maiores responsabilidades. Lembram-se que alguém faliu o país, que alguém chamou o sindicato dos credores, deixou um défice de dois dígitos. Isso já não cola. Estamos em 2024 e avaliação política foi feita em 2015 e, sem bem me lembro, a AD ganhou as eleições.”

  • Líder da JS diz que "passos Coelho ensaia um regresso, uma substituição de Montenegro aos 91 minutos"

    No comício do PS em Lisboa fala também o líder da JS e candidato a deputado que levanta logo duas vezes a sala. A primeira quando fala de Duarte Cordeiro e, de seguida, quando agradece a António Costa.

    Atira depois à AD e elogia “o melhor primeiro-ministro que tivemos desde o 25 de abril”. E Miguel Costa Matos diz que não é preciso recuar ao passado para criticar à direita, fala em “Passos Coelho que ensaia um regresso, uma substituição de Luís Montenegro aos 91 minutos, um regresso a São Bento com o discurso e apoio do Chega quem sabe assegurado por Rui Gomes da Silva”. Na sala grita-se “não passarão”.

    “Vamos deixá-los vestir a pele de cordeiro e falar nas propostas”; sobretudo para os mais jovens só tem “propostas do passado” e “uma a triplicação da carga fiscal para os jovens quando fazem 35 anos”. “Um Robin dos Bosques liberal, invertido em que tiram aos mais pobres para dar aos mais riscos”, argumenta.

  • Temido usa pandemia para atirar à direita: Foi "Estado social forte" que deu resposta "quando todas as outras portas fecharam"

    O PS está me Lisboa num comício na Aula Magna onde Pedro Nuno Santos entrou acompanhado de António Costa, estando agora sentado ao lado de Manuel Alegre na primeira fila. A primeira a falar no comício é Marta Temido, presidente da concelhia do PS-Lisboa.

    A ex-ministra da Saúde que deixa “um alerta e um apelo”. O alerta para que “nenhum se resigne” e que todos “usem a lucidez”, apontando para o cenário macroecónimo da AD que aprsenta previsões diferentes de qualquer entidade internacional.

    Depois passa aos ataques ao que foi dito durante esta semana pelos candidatos da direita. “Como podemos levar a sério os negacionistas das ações climáticas?”, questionou levantando apupos na sala. E novamente quando perguntou “como é que podemos deixar sem resposta o que nos pretende amedrontar com a ideia de que a imigração provoca nos portugueses uma sensação de insegurança?” e ainda outra vez quando falou nas declarações de Paulo Núncio sobre a interrupção voluntária da gravidez.

    “Não passarão”, grita-se na sala na sequência das palavras de Marta Temido que fala depois do SNS e da proposta da AD de um “novo modelo de gestão trazendo de volta a anterior lei de sabes”. E fala na “luta contra a pandemia”, mas dizendo que se conseguiu porque existe “um Estado social forte” e que se manteve “quando todas as outras portas fecharam”. “Não podemos voltar para trás”, diz levantando a sala.

    Por fim, deixa o “apelo”: “Votar, votar, votar, votar PS, votar em Pedro Nuno Santos, essa é mesmo a única escolha”.

  • Sondagem diária da CNN mostra subida da AD. Coligação de Montenegro com o melhor resultado em 11 dias

    A sondagem diária da TVI/CNN Portugal aponta que a Aliança Democrática se afastou do Partido Socialista e alcança agora 30% das intenções de votos, o melhor resultado em 11 dias. Já o PS mantém-se, pelo segundo dia consecutivo, com 22% das intenções de voto.

    A tracking poll, realizada por IPESPE/Duplimétrica, mostra também que o Chega, que nas duas sondagens anteriores se mantinha nos 14%, desceu ligeiramente, para os 13%. Este é o valor mais baixo desde a publicação dos primeiros resultados da ferramenta da TVI/CNN.

    Os restantes partidos mantém os valores que registaram face ao levantamento anterior. Na quarta posição, o Bloco de Esquerda surge com 5%, pelo terceiro dia consecutivo. Seguem-se a Iniciativa Liberal (4%), o Livre (3%) e a CDU (2%), partidos que mantém o mesmo valor de ontem. Do mesmo modo, o PAN continua pelo 1%.

    Depois de na segunda-feira o número de indecisos ter diminuído para o valor mais baixo (15%) desde que a tracking poll da TVI/CNN foi divulgada, o valor voltou a subir, para os 16%.

    O trabalho de campo da sondagem diária foi realizado entre os dias 2 e 4 de março. Foram realizadas 200 entrevistas por dia, totalizando 600 entrevistas. A margem de erro situa-se nos 4,1%.

  • Melo acusa PS de encher salas só para "escutar os Calema"

    A caravana da Aliança Democrática está agora estacionada nas Caldas da Rainha para um jantar-comício com mais de duas mil pessoas.

    Discursa Nuno Melo, que começa com uma bicada ao PS, sugerindo que os socialistas enchem salas para “escutar os Calema”, enquanto a Aliança Democrática enche salas para “escutar Luís Montenegro”.

    “Paulo Portas é o melhor do CDS”, começa por saudar o líder do CDS. Antecipando que o PS vai voltar a recuperar a conversa do “antigamente”, Melo diz que figuras como Passos, Portas e Barroso representam o “presente e o futuro” da direita, por oposição ao PS, que não tem mais ninguém para apresentar. “Eles recrutam nos esconso do aparelho partidário, nós inspiramo-nos na excelência.”

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