Momentos-chave
- "Todas as negociações foram exatamente como a Ucrânia precisava", afirma Zelensky
- Trump diz que acordo na Ucrânia "acontecerá na altura certa", mas ainda é "muito cedo" para partilhar os seus planos
- Zelensky diz que reunião com Trump foi "produtiva"
- Três mortos e seis feridos em ataque russo em Kryvyi Rih
- Rússia acusa países ocidentais de dificultarem ligações com enclave de Kaliningrado
- "Percebemos que não conseguimos parar Putin até novembro e precisamos da ajuda dos Estados Unidos": Zelensky justifica encontro com Trump
- "Acho que temos uma visão comum que a guerra tem de ser parada", defende Zelensky antes da reunião com Trump
- Morreram 16.640 militares ucranianos durante esta semana
- O que está a acontecer
- Zelensky reúne-se hoje com Donald Trump
- Bielorrússia garante uso imediato de armas nucleares em caso de ataque da NATO
- MNE do Reino Unido afirma que guerra vai ficar mais difícil para a Rússia
- Kiev desmente troca de 13 crianças deslocadas com a Rússia
- Sergey Lavrov reuniu-se com António Guterres
- Ataques russos mataram oito pessoas na Ucrânia e fizeram 49 feridos
- Governo russo anuncia apoios para habitantes de Kursk privados dos seus bens
- Defesa russa interceta nove drones ucranianos
Histórico de atualizações
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Este liveblog fica por aqui, mas pode continuar a acompanhar as últimas notícias sobre a guerra na Ucrânia neste novo liveblog que agora abrimos.
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"Todas as negociações foram exatamente como a Ucrânia precisava", afirma Zelensky
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, regressa hoje à Ucrânia, depois de seis dias nos Estados Unidos, onde levou a cabo múltiplas negociações. Antes de partir, o chefe de Estado utilizou o seu discurso diário para fazer um balanço da semana de trabalho.
Zelensky começou por destacar o encontro de hoje com Donald Trump e os dois encontros de ontem, com o Presidente Joe Biden e a vice-Presidente Kamala Harris. “Todos os pontos chave para a Ucrânia estão em cima da mesa dos nossos parceiros e tudo está a ser considerado. Capacidades de longo alcance, pacotes de defesa, sanções contra a Rússia, passos sobre os bens russos. Tratámos de todos estes tópicos”, garantiu.
Para além do atual Presidente dos Estados Unidos e dos dois candidatos ao cargo, Zelensky agradeceu o apoio do Congresso norte-americano: aos dois partidos e às duas câmaras. “É importante para a Ucrânia que a América tenha compreensão direta da Ucrânia. E definitivamente tem”, sublinhou.
À ajuda norte-americana, soma-se a ajuda do G7, no âmbito do qual foram assinados novos acordos de reconstrução, em conjunto com mais 30 países e a União Europeia. De forma bilateral, Volodymyr Zelensky assinou ainda 26 acordos de segurança e reconstrução. “Estas são as bases reais para a segurança partilhada. Paz através da força”, rematou o Presidente.
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Trump diz que acordo na Ucrânia "acontecerá na altura certa", mas ainda é "muito cedo" para partilhar os seus planos
“Ambos queremos que isto acabe e ambos queremos que seja feito um acordo justo”, afirmou Trump ao lado de Zelensky, em declarações reproduzidas no canal televisivo Fox News, depois do encontro de cerca de 40 minutos, mostrando confiança de que “isso acontecerá na altura certa”.
O político republicano disse igualmente que, tal como Zelensky, o Presidente russo, Vladimir Putin, também deseja o fim do conflito que iniciou em fevereiro de 2022 e que “isso é uma boa combinação para um acordo justo para todos”.
Para Trump, ainda é “muito cedo” para partilhar as suas iniciativas sobre o fim da guerra, após ter dito no passado que conseguiria acabar com ela em 24 horas, referindo apenas que tem as suas ideias sobre o assunto, tal como Zelensky terá as suas.
“Nem deveria ter começado”, completou no fim da frase o Presidente ucraniano, num comentário que mereceu a concordância de Trump, que fez ainda uma referência à reconstrução de “um belo país”, ao que Zelensky aproveitou para deixar um convite ao candidato republicano para o conhecer pelos seus próprios olhos.
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Zelensky diz que reunião com Trump foi "produtiva"
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu a Donald Trump a oportunidade para a reunião que tiveram esta tarde. “Tive uma reunião muito produtiva com Donald Trump. Apresentei-lhe o nosso plano de vitória e revimos detalhadamente a situação na Ucrânia e as consequências da guerra para o nosso povo. Muitos detalhes foram discutidos.”, escreveu Zelensky no X.
I had a very productive meeting with @realDonaldTrump. I presented him our Victory Plan, and we thoroughly reviewed the situation in Ukraine and the consequences of the war for our people. Many details were discussed. I am grateful for this meeting. A just peace is needed.
We… pic.twitter.com/33t0kghTle
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) September 27, 2024
Na mesma publicação, o chefe de Estado ucraniano partilhou um vídeo da conferência de imprensa que os dois fizeram antes do encontro.
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Três mortos e seis feridos em ataque russo em Kryvyi Rih
O Governador regional de Dnipro, Serhii Lysak, relatou hoje que um míssil russo atingiu a esquadra da polícia de Kryvyi Rih, a cidade natal do Presidente Volodymyr Zelensky, avança o Kyiv Independent.
O responsável da administração militar da cidade, Oleksandr Vilkul, acrescentou que este ataque matou duas mulheres e um homem e feriu outros seis homens. As operações de emergência e resgate ainda estão a decorrer no local, onde ainda há pessoas presas entre os escombros.
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Rússia acusa países ocidentais de dificultarem ligações com enclave de Kaliningrado
O conselheiro presidencial russo Nikolai Patrushev acusou hoje os países ocidentais de “dificultarem ao máximo” as ligações entre o país e Kaliningrado para isolar este enclave russo situado nas margens do Báltico.
“Para isolar esta região, para impedir o fluxo de transportes com o território da Rússia, os países ocidentais estão a dificultar ao máximo o trânsito de passageiros e de carga para Kaliningrado”, criticou o antigo secretário do Conselho de Segurança russo.
Patrushev alegou ainda que cerca de 80% dos bens e mercadorias necessários ao enclave, localizado entre a Polónia e a Lituânia (ambos membros da NATO), não podem atualmente ser carregados por via terrestre, rodoviária ou ferroviária.
Assim, grande parte da carga é transportada por via marítima, acrescentou, detalhando o trabalho para encaminhar “cargas de gasóleo, cimento, brita e outras mercadorias para a frota de petroleiros, graneleiros e navios de carga geral”.
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"Percebemos que não conseguimos parar Putin até novembro e precisamos da ajuda dos Estados Unidos": Zelensky justifica encontro com Trump
Questionado sobre por que motivo quis encontrar-se com Donald Trump, o Presidente Zelensky respondeu que quis apresentar o seu plano de vitória a ambos os candidatos presidenciais norte-americanos. “Percebemos que não conseguimos parar Putin até novembro e vamos continuar a precisar do apoio dos Estados Unidos depois de novembro“, afirmou o Chefe de Estado ucraniano.
Já o ex-Presidente norte-americano destaca que “o país [de Zelensky] vai dar tudo, como nunca aconteceu em lado nenhum, é uma situação terrível”, acrescentando que tem uma “ótima relação” tanto com Zelensky como com o Presidente russo, Vladimir Putin. O candidato republicano continua a sua intervenção, elogiando a posição firme que o Presidente ucraniano assumiu durante a tentativa de impeachment a Donald Trump: “ele basicamente acabou com a essa fraude”, afirmou. “Se ganharmos, acho que vamos resolver aquilo muito facilmente e muito rapidamente”, insistiu.
Neste ponto, Volodymyr Zelensky interrompe Trump, notando: “espero que nós tenhamos uma relação melhor [do que com Putin]”, ao que o norte-americano respondeu que “são precisas duas pessoas para dançar”. “Só o facto de estarmos juntos é muito bom sinal”, afirmou, acrescentando que está confiante que conseguirão “algo bom para as duas partes”, antes da tomada de posse do próximo Presidente dos EUA, a 20 de janeiro.
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"Acho que temos uma visão comum que a guerra tem de ser parada", defende Zelensky antes da reunião com Trump
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, fizeram uma breve conferência de imprensa na Trump Tower, em Nova Iorque, antes de reunirem em privado. O ex-Presidente norte-americano refere que é uma honra receber Zelensky, que “já passou por muito”.
“Muito obrigada por este reunião, cinco anos depois [da última vez que se encontraram]. Agora, há muitos desafios na Ucrânia e nos Estados Unidos que quero discutir consigo. Acho que temos uma visão comum que a guerra tem de ser parada e Putin não pode ganhar”, afirmou por sua vez Zelensky.
Correção: esta conferência de imprensa realizou-se antes da reunião e não após
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Finlândia vai acolher centro de comando da NATO a 100 quilómetros da Rússia
A Finlândia vai acolher dois centros de comando da NATO, um dos quais situado na cidade de Mikkeli, a cerca de 100 quilómetros da fronteira russa, anunciou hoje o ministro da Defesa finlandês, Antti Hakkanen.
O novo subcomando da NATO em Mikkeli, sob o Comando Aliado Conjunto de Norfolk, será estabelecido nas atuais instalações do Quartel-General das Forças Terrestres Finlandesas e será dirigido por um oficial militar finlandês.
Hakkanen disse numa conferência de imprensa que o novo subcomando terrestre da NATO no norte da Europa terá um orçamento anual de cerca de 8,5 milhões de euros.
Será composto por “dezenas de oficiais” de vários países aliados, embora o número e a nacionalidade do pessoal sejam especificados quando o processo de planeamento militar estiver concluído.
“A Finlândia envia uma mensagem à Rússia de que somos membros de pleno direito da NATO e que a NATO também desempenha um papel muito importante na defesa da Finlândia”, disse Hakkanen.
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Conselheiro de Orbán sugere que Hungria se renderia em caso de invasão russa: "Não faríamos o que Zelensky fez"
Conselheiro do primeiro-ministro da Hungria recorda Revolução Húngara de 1956 para sugerir que a Hungria se renderia em caso de invasão russa. E diz que Zelensky foi “irresponsável” por ter resistido.
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Morreram 16.640 militares ucranianos durante esta semana
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que morreram 16.640 militares ucranianos ao longo da última semana.
Nos últimos sete dias, as forças militares russas conduziram 33 ataques a instalações de indústria militar e atingiram ainda um complexo de formação que tinha armas ocidentais.
No mesmo balanço, referem a ocupação de quatro novos territórios na região de Donetsk, as cidades Grigorovka, Ostroe, Ukrainsk e Marinovka.
As autoridades russas não forneceram dados sobre as suas perdas nestas operações.
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O que está a acontecer
- Presidente da Ucrânia reúne-se hoje à tarde com Donald Trump na Trump Tower, em Nova Iorque.
- Presidente da Bielorrússia ameaça usar armas nucleares “imediatamente” em caso de ataque da NATO e diz que sanções ocidentais são evidências de fascismo.
- Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido afirma que próximo inverno será difícil para a Rússia.
- Provedor de Justiça da Ucrânia desmente troca de 13 crianças deslocadas com a Rússia.
- Ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria considera sanções da UE à Rússia como um “fracasso total”.
- Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia apela a António Guterres que se mantenha imparcial na ONU.
- Ataques russos na Ucrânia causam 8 mortes e 49 feridos.
- Ministério da Defesa russo interceta nove drones ucranianos.
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Zelensky reúne-se hoje com Donald Trump
Volodymyr Zelensky e Donald Trump vão estar reunidos hoje, na Trump Tower em Nova Iorque, pelas 14h45 de Portugal. A informação é citada pela CBS.
????President Trump announces a meeting with President Zelensky tomorrow morning.pic.twitter.com/pYro3Q7who
— Donald J. Trump Posts From His Truth Social (@TrumpDailyPosts) September 26, 2024
Esta reunião será a terceira do Presidente da Ucrânia em solo norte-americano, após se ter reunido com Joe Biden e Kamala Harris durante o dia de quinta-feira. O encontro foi anunciado por Trump, ontem à noite.
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Bielorrússia garante uso imediato de armas nucleares em caso de ataque da NATO
O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, afirmou que “caso a NATO ataque a Bielorrússia, vão ser utilizadas armas nucleares”, avança a agência estatal bielorrussa BELTA.
“A linha vermelha é a fronteira. Se a ultrapassarem, a resposta é imediata”, disse Lukashenko, uma posição que é idêntica ao seu homólogo russo.
“Caso nos ataquem, usamos armas nucleares e a Rússia luta connosco”, concluiu o chefe de Estado da Bielorrússia, referindo a presença de militares da NATO na fronteira com a Polónia.
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MNE do Reino Unido afirma que guerra vai ficar mais difícil para a Rússia
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy, afirma que o próximo inverno vai ser “muito mais difícil” para a Rússia. “A sua economia está em apuros, Putin vai ter problemas com a quantidade de perdas que está a sofrer”, sublinha Lammy numa entrevista à Voices of America.
O chefe da diplomacia britânica adianta que uma decisão sobre o levantamento de restrições ao uso ucraniano de mísseis de longo alcance deverá chegar a tempo do inverno. “Dentro dos próximos dias e semanas, esperamos estar em posição para assegurar que a Ucrânia está na melhor posição possível para o inverno duro no início de 2025 “.
Sobre as ameaças de declaração de guerra contra a NATO mediante esta aprovação ocidental, Lammy adianta que, sob a Carta das Nações Unidas, a Ucrânia tem o direto de se defender dos ataques russos e, por isso, vai fazer “tudo o que puder”, dentro do Direito Internacional, para apoiar a defesa ucraniana.
“A guerra pode acabar amanhã se Putin abandonar a Ucrânia”, referiu Lammy, como a condição necessária para o término do conflito. Segundo o ministro britânico, a guerra poderá ainda durar pelo menos dois anos, mas que o Reino Unido vai “ajudar a Ucrânia durante o tempo que for preciso”, reforçando o apoio à adesão ucraniana na NATO.
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Kiev desmente troca de 13 crianças deslocadas com a Rússia
Dmytro Lubinets, Provedor de Justiça da Ucrânia, nega qualquer troca de 13 crianças deslocadas com a Rússia, noticia o Kyiv Independent.
Lubinets afirma que nenhum acordo foi feito entre os dois países e afirma que estas alegações “promovem narrativas russas”. A noticia da suposta troca de crianças terá sido avançada por fontes do Qatar, que tem agido como mediador neste género de operações.
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Lukashenko diz que sanções contra Bielorrúsia são "fascismo"
Alexander Lukashenko, Presidente da Bielorrússia, afirmou que as sanções ocidentais impostas ao país são evidencias de fascismo, noticia a agência estatal russa TASS.
O chefe de Estado diz que o Ocidente não o afetou pessoalmente com as medidas, mas sim os “cidadãos bielorrussos, estudantes e pais”.
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MNE da Hungria diz que sanções contra Rússia são um "fracasso total"
Peter Szijjarto, ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, afirmou que as sanções impostas pela União Europeia à Rússia são um “fracasso total”, avança a agência estatal russa TASS.
De acordo com Szijjarto, estas medidas não tiveram o impacto pretendido, nem permitiram uma aproximação ao fim do conflito, causando mais danos à economia europeia do que à russa. “É óbvio que sofremos com a inflação acentuada. Sofremos com a subida rápida dos preços de eletricidade. Ambas foram consequências das sanções”, defendeu o chefe da diplomacia húngara.
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Sergey Lavrov reuniu-se com António Guterres
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia esteve reunido com António Guterres, apelando ao Secretário-geral das Nações Unidas que se mantenha “imparcial e equidistante”, noticia a RIA/Novosti.
À margem da Assembleia Geral da ONU, Sergey Lavrov pediu a Guterres para não permitir que a organização seja “arrastada para pseudo-iniciativas de paz”. O chefe da diplomacia russa sugeriu ainda que o Secretário-geral abrisse um processo de arbitragem contra os Estados Unidos, por alegadas violações do acordo das Nações Unidas de 1947, sobre o plano de divisão do território palestiniano.
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Ataques russos mataram oito pessoas na Ucrânia e fizeram 49 feridos
Na Ucrânia, os ataques russos das últimas horas tiraram a vida a oito pessoas e fizeram 49 feridos, segundo as autoridades regionais.
Segundo a Força Aérea ucraniana, citada pelo The Kyiv Independent, foram intercetados 24 dos 32 drones Shahed lançados pela Rússia, referindo que um dos drones entrou em espaço aéreo romeno.
No mesmo balanço, a Força Aérea dá ainda conta de que a Rússia também disparou um míssil norte-coreano Iskander e dois mísseis de cruzeiro Kh-22 contra território ucraniano.