Momentos-chave
- Zelensky encontra-se com Geert Wilders, líder da extrema-direita neerlandesa
- Diretor da CIA admite que havia risco de uma guerra nuclear no início do conflito
- Ministério da Defesa do Reino Unido fala em "ganhos táticos" russos perto de Vuhledar
- Diretores da CIA e do MI6 dizem que ofensiva ucraniana em Kursk "levantou questões entre a elite russa"
- Tropas russas ocupam aldeia de Kalynove, no sudeste de Pokrovsk
- Zelensky agradece a Meloni e ao povo italiano pelo "apoio"
- Medvedev diz que nem Trump, nem Kamala vão levantar sanções à Rússia: "Haverá sanções até colapso dos EUA"
- Itália nunca vai hesitar na decisão de apoiar a Ucrânia, diz Meloni
- Russia diz ter ocupado vila em Donetsk
- Três mortos em ataque russo a Donetsk
- Destroços de drone russo caem junto do parlamento ucraniano
Histórico de atualizações
-
Bom dia, obrigada por ter estado connosco ao longo do dia de ontem. Continuamos a seguir a guerra na Ucrânia neste novo artigo em direto.
Drones russos violam espaço aéreo na Letónia e Roménia, dois Estados-membros da NATO
-
Zelensky encontra-se com Geert Wilders, líder da extrema-direita neerlandesa
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontrou-se este sábado com Geert Wilders, o líder do PVV, partido de extrema-direita neerlandês que venceu as últimas legislativas nos Países Baixos e formou um governo de coligação com vários partidos — não tendo ficado com a chefia do governo.
Segundo o gabinete de Zelensky, o Presidente ucraniano agradeceu o apoio dos Países Baixos à Ucrânia, em particular na defesa aérea. “Volydymyr Zelensky também sublinhou os esforços da Ucrânia para restaurar uma paz justa e duradoura. Em particular, mencionou o processo de aplicação da Fórmula de Paz, baseada nos resultados da primeira Cimeira da Paz e a preparação para a segunda”, acrescentou o gabinete, segundo o Ukrainska Pravda.
-
Diretor da CIA admite que havia risco de uma guerra nuclear no início do conflito
O diretor da CIA, William J. Burns, junto do diretor do MI6, admitiu que no início da invasão russa havia um “risco genuíno” de a guerra na Ucrânia se tornar numa guerra nuclear.
“Houve um momento, no outono de 2022, em que pensei que existia um risco genuíno de uma potencial utilização de armas nucleares táticas”, afirmou Burns, citado na Sky News.
“O Presidente [dos EUA] enviou-me para falar com o nosso homólogo russo, Sergei Naryshkin, no final de 2022, para deixar bem claro quais seriam as consequências desse tipo de escalada”, acrescentou.
“Acho que não nos podemos dar ao luxo de ser intimidados por essa chantagem ou bullying [mas] temos que estar atentos a isso.”
-
Meloni reitera "compromisso permanente" do G7 com a defesa da Ucrânia
A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, cujo país preside ao G7 este ano, assegurou hoje ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a centralidade do apoio à Ucrânia no grupo das sete democracias mais poderosas.
Meloni reiterou “a centralidade do apoio à Ucrânia na agenda da presidência italiana do G7 e o compromisso permanente com a legítima defesa da Ucrânia e com uma paz justa e duradoura”, afirmou num comunicado, citado pela EFE.
-
Ministério da Defesa do Reino Unido fala em "ganhos táticos" russos perto de Vuhledar
O Ministério da Defesa do Reino Unido, no seu briefing diário, indica que a Rússia obteve “ganhos táticos” em redor da cidade de Vuhledar, que tem sido um “alvo das forças russas” e que serve como um ponto estratégico que impede avanços russos em Donetsk.
Ainda que no passado a Rússia não tenha tido grande sucesso na ofensiva em redor de Vuhledar, o Ministério da Defesa britânico assinala que as tropas de Moscovo “fizeram avanços” recentemente, principalmente a leste e a oeste da cidade.
“No próximo mês, é provável que a Rússia continue as tentativas de avançar em redor de Vuhledar e ameaçar a cidade em si”, lê-se no briefing.
-
Diretores da CIA e do MI6 dizem que ofensiva ucraniana em Kursk "levantou questões entre a elite russa"
O diretor da CIA, William J. Burns, e o diretor do MI6, Richard Moore, estão hoje juntos num evento organizado pelo Financial Times. Os dois líderes dos serviços de informações norte-americanos e britânicos elogiaram a ofensiva ucraniana em Kursk.
William Burns defende que a ofensiva em Kursk foi uma “conquista tática significativa”, aumentando a moral das tropas ucranianas e expondo as fragilidades russas.
Para além disso, segundo o diretor da CIA, esta operação militar “levantou questões entre a elite russa” sobre a maneira como está a ser gerida a guerra na Ucrânia.
Por sua vez, no entender de Richard Moore, esta ofensiva foi uma ação “corajosa e audaz por parte dos ucranianos”. “Tentou mudar o jogo e eu penso que eles mudaram a narrativa”, assinalou o diretor do MI6, acrescentando que a guerra “regressou à Rússia”.
-
Tropas russas ocupam aldeia de Kalynove, no sudeste de Pokrovsk
O Ministério da Defesa da Rússia disse, de acordo com a Reuters, que as forças russas ocuparam a aldeia de Kalynove, de 200 habitantes, no sudeste de Pokrovsk — cidade que Moscovo está a tentar conquistar.
Pokrovske é um importante centro logístico para a Ucrânia no Donbass. Caso for conquistada pela Rússia, as tropas do Kremlin poderiam avançar na rapidamente em Donetsk.
-
Zelensky agradece a Meloni e ao povo italiano pelo "apoio"
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, encontrou-se com a primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, à margem do Fórum Ambrosetti.
On the sidelines of the Ambrosetti Forum, I had a meeting with the President of the Council of Ministers of Italy, @GiorgiaMeloni.
One of the key topics we discussed was Ukraine’s recovery and reconstruction, particularly focusing on the restoration of our energy system. We… pic.twitter.com/ZKBFzoIniF
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) September 7, 2024
“Um dos principais tópicos que discutimos foi a recuperação e reconstrução da Ucrânia, particularmente o foco na restauração do nosso sistema energética”, escreveu Volodymyr Zelensky na sua conta do X (antigo Twitter).
Os dois líderes também falaram sobre a “implementação da Fórmula de Paz”, onde Itália, segundo refere Volodymyr Zelensky, “desempenha um papel ativo”.
“Agradeço à Giorgia [Meloni] e ao povo italiano pelo seu apoio e pelos esforços conjuntos de restaurar uma paz justa”, indicou o Presidente da Ucrânia.
-
Medvedev diz que nem Trump, nem Kamala vão levantar sanções à Rússia: "Haverá sanções até colapso dos EUA"
O ex-Presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, escreveu hoje na sua conta pessoal do Telegram que não acredita que haverá um levantamento de sanções por parte dos Estados Unidos, quer vença Kamala Harris, quer vença Donald Trump nas próximas eleições presidenciais, marcada para dia 5 de novembro.
“Houve sanções contra a União Soviética ao longo do século XX. Regressaram no século XXI numa escala sem precedentes. Portanto, para nós — sanções para sempre”, sinalizou o ex-Presidente russo.
A única maneira de que sanções norte-americanas contra a Rússia terminassem seria com o “colapso dos Estados Unidos” no que Medvedev prevê como uma “guerra civil inevitável”.
Nem mesmo Donald Trump — acusado de ser próximo da Rússia — será capaz, segundo o vice-presidente do Conselho de Segurança, de terminar com as sanções.
“Trump é, em última análise, uma personagem do sistema. Sim, é alguém extravagante e narcisista, mas, ao mesmo tempo, é pragmático. Trump, enquanto empresário, entende que as sanções prejudicam o domínio do dólar no mundo. No entanto, não o suficiente para organizar uma revolução nos Estados Unidos e ir contra a linha anti-russa”, afirmou Dmitry Medvedev
Sobre Kamala Harris, o ex-Presidente russo também não se mostrou confiante, lembrando que que a democrata é “inexperiente e, segundo os seus inimigos, simplesmente estúpida”.
-
Último transporte de helicópteros cedidos por Portugal segue para Kiev
O último transporte dos seis helicópteros Kamov doados por Portugal à Ucrânia seguiu sexta-feira para Kiev, “após um longo período de incerteza e de negociações”, anunciou hoje o Ministério da Defesa Nacional (MDN).
Na sexta-feira, saiu de Ponte de Sor o “último camião com material Kamov com destino à Ucrânia”, adiantou o ministério de Nuno Melo em comunicado.
Em outubro de 2022, a então ministra da Defesa, Helena Carreiras, anunciou que Portugal iria enviar para a Ucrânia os seis helicópteros russos de combate a incêndios que estavam sem licença para operar em Portugal, um dos quais inoperacional por ter sofrido um acidente.
-
Itália nunca vai hesitar na decisão de apoiar a Ucrânia, diz Meloni
A primeira-ministra italiana, Giorgina Meloni, garantiu que a Itália nunca vai hesitar na sua decisão de apoiar a Ucrânia e alertou para o cuidado de “não acreditar na propaganda da Rússia”, avançou a Reuters.
“Eu acredito que a China e a Índia tem um papel a desempenhar na resolução do conflito. A única coisa que não pode acontecer é pensar que o conflito pode ser resolvido abandonando a Ucrânia”, afirmou Meloni, acrescentando que é preciso ter “cuidado para não acreditar na propaganda da Rússia”.
“A escolha de apoiar a Ucrânia tem sido, antes de mais, uma escolha de interesse nacional, e é uma escolha que não vai mudar”.
-
Russia diz ter ocupado vila em Donetsk
O Ministério da Defesa russo afirmou que as suas tropas ocuparam a vila de Kalynove, na região de Donetsk, citou a Sky News.
-
Três mortos em ataque russo a Donetsk
Pelo menos três pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas num ataque russo a Donetsk, avançou o governo regional no Telegram. De acordo com a publicação, as vítimas mortais tinham idades entre os 24 e os 69 anos.
-
Destroços de drone russo caem junto do parlamento ucraniano
Destroços de um drono russo abatido durante a noite pelas forças ucranianas foram encontrados junto do parlamento, em Kiev, após ataques.
“Após o ataque noturno de hoje por drones russos, os destroços de um drone abatido foram encontrados perto do edifício da Verkhovna Rada”, informou o Parlamento, citado no Kyiv Independent. “Não foram encontrados quaisquer danos”.
Durante a noite, as forças ucranianas abateram 58 dos 67 drones lançados pela Rússia.
-
Bom dia,
Iniciamos aqui um novo dia de cobertura jornalística da guerra na Ucrânia. Pode ver o que se passou ontem neste artigo em direto.
Mísseis balísticos do Irão “já chegaram à Rússia”. Ocidente prepara sanções