Depois de todas as novidades apresentadas, cabe ao CEO da Apple encerrar a keynote deste evento anual, fazendo uma espécie de resumo.

O foco foi não só para as novidades do iOS, mas também para o lançamento de dois novos computadores da marca.

Feitas as apresentações, a WWDC continuará até sexta-feira, com sessões específicas para programadores da Apple.

A ferramenta “Stage Manager”, apresentada há momentos como uma das novidades do sistema operativo macOS Ventura, também vai marcar presença no iPad.

A ideia é que os utilizadores possam também ter uma forma de trabalhar mais organizada, redimensionando dimensões das janelas para conseguir ver diversas informações em simultâneo, por exemplo.

Depois de um rol de funcionalidades para o iPhone, Apple Watch e ainda dois novos Macbook, é chegada a vez do sistema operativo para o iPad.

A empresa começa a lista de novidades pela chegada da aplicação de meteorologia ao iPad, mas as principais novidades estão ligadas à colaboração e produtividade, através de uma ferramenta chamada FreeForm. A ideia é que seja possível não só uma série de utilizadores editarem o mesmo documento, mas também ter uma vertente de videochamadas, através da integração do FaceTime.

Não é segredo que a indústria tecnológica dedica cada vez mais atenção à área da segurança – e também a uma solução mais robusta para as passwords.

A aposta da Apple neste campeonato passa pelas Passkeys, com a empresa a dizer que está a “ajudar a criar a próxima geração de criadores de paswords”.

A ideia passa por usar as ferramentas de biometria que estão incluídas nos equipamentos. E fica a promessa: as “Passkeys não podem ser alvo de esquemas de phishing” e também não podem ser reveladas por terceiros.

Estas Passkeys serão sincronizadas de forma automática entre os diferentes dispositivos da Apple.

É hora de mostrar o novo sistema operativo para os computadores da Apple, o macOS Ventura.

A Apple começa por uma ferramenta chamada Stage Manager, que promete ajudar a manter janelas e ficheiros em ordem de uma forma automática. Se o utilizador quiser esconder o mais concentrado possível, pode apenas focar-se numa única aplicação e tudo o resto é “arrumado” ao canto do ecrã.

O MacBook Pro de 13 polegadas também vai ter o novo processador divulgado pela empresa, o M2.

Nos Estados Unidos, este MacBook custará 1.299 dólares, chegando ao mercado no próximo mês.

Feitas as apresentações na área do software, a Apple revela o que aí vem na área dos equipamentos. Mais fino “de todos os ângulos” – é esta a descrição feita pela Apple para revelar o novo MacBook Air – um dos produtos que já era antecipado nesta apresentação.

O novo MacBook Air tem um ecrã de 13,6 polegadas, ligeiramente maior do que o antecessor, e a promessa de uma câmara de alta definição, especialmente útil depois de uma pandemia que fez disparar as videochamadas.

Com a inclusão do novo processador M2, também revelado esta segunda-feira pela empresa, fica a promessa de um equipamento onde a portabilidade não condena a performance – pelo menos na lógica da Apple, que promete um equipamento “mais rápido e leve”.

A Apple quer tornar “aspetos mais complicados de saúde” em atividades “mais fáceis”, nomeadamente na área da medicação. Através da aplicação Medications, os utilizadores poderão indicar qual a medicação que tomam de forma regular e receber lembretes para tomar a medicação à hora certa. E adicionar um novo medicamento à lista pode ser tão simples quanto começar a escrever o nome de um fármaco numa lista de sugestões ou tirando uma fotografia à embalagem.

Esta aplicação poderá ser usada mesmo por quem não tenha um Apple Watch. Ao fazer o registo da medicação, caso tome mais do que um medicamento pode receber alertas sobre a forma como determinados medicamentos interagem uns com os outros. Também é possível fazer partilha de dados de medicação com outros utilizadores, uma funcionalidade mais virada para as famílias.

A Apple apresenta uma ferramenta que pretende ajudar pessoas que se encontrem em relações abusivas. No caso de haver partilha de passwords ou de localização com outra pessoas, esta funcionalidade permite ao dono do iPhone saber quem tem acesso a que informação e deixar de fazer esta partilha, em situações de perigo.

Caso o dono do iPhone ative esta funcionalidade e deixe de partilhar informação com o abusador, é explicado que não haverá notificações ou avisos à outra parte.

Depois da Wallet, a Apple dedica atenção à galeria de fotos do iPhone – vista como um verdadeiro tesouro para alguns utilizadores.

Uma das novidades passa pela partilha de fotos com familiares, feita de uma forma mais automática, através de uma espécie de galeria de fotos partilhada através da iCloud. Será possível fazer esta partilha com até seis pessoas e, sempre que tirar uma foto que pretende adicionar à galeria partilhada, poderá escolher esta opção logo após captar a imagem.

A Apple vai lançar o Apple Pay Later, uma aposta que embarca numa das tendências de pagamentos, o BNPL (compre agora, pague depois).

Na prática, esta tendência permite aos utilizadores fazer compras online com pagamentos parcelados, com o aliciante de não ter juros ou comissões associadas. De acordo com a informação divulgada pela Apple, será possível dividir os pagamentos de determinada compra em quatro modalidades.

Esta é uma das principais novidades incluída nas funcionalidades da área Wallet da Apple. Além do BNPL, a Apple irá lançar também a possibilidade de partilhar chaves inteligentes, que podem ser guardadas nesta carteira, através de email, mensagens ou do WhatsApp.

Editar mensagens para corrigir gralhas, a possibilidade de cancelar o envio de determinada mensagem e marcadores para não se esquecer der responder mais tarde. São pelo menos três as novas funcionalidades que vão chegar ao serviço de mensagens do iPhone com o iOS 16.

E, de acordo com Craig Federighi, vice-presidente da área de engenharia de software da tecnológica norte-americana que revelou esta novidade, estas eram três das funções “mais pedidas” pelos utilizadores para a área das mensagens.

O “lock screen”, a área que os donos dos iPhone vêem quando o equipamento está bloqueado, vai sofrer alterações e ganha uma maior capacidade de personalização.

Os utilizadores do iOS 16 poderão não só escolher o aspeto de funções como o relógio e como este fica posicionado com a imagem de fundo, mas também adicionar mais “widgets” com funcionalidades que achem mais úteis.

Tim Cook, o CEO da Apple, dá as boas-vindas aos programadores que acompanham este evento anual da Apple, que se estende até à próxima sexta-feira, 10 de junho.

E, além de falar das iniciativas da empresa para criar mais programadores, mencionando os projetos de academias para fomentar o interesse na área tecnológica, o CEO da empresa apresentou um número redondo: há já 34 milhões de programadores Apple.

Este é por excelência a altura do ano em que a Apple revela o que aí vem a nível de software e novas funcionalidades, em praticamente todas as linhas de produtos, do iPhone até ao Apple Watch.

Ainda assim, apesar de o software ser a estrela da companhia, o facto de a loja online da empresa ter estado offline durante a manhã desta segunda-feira deixa no ar a possibilidade de a empresa vir a revelar novos produtos.