Momentos-chave
- Família de quatro pessoas mortas em ataque israelita no norte de Gaza
- Nove cidadãos processam Estados Unidos por não os ter retirado de Gaza
- Erdoğan: Ocidente tem de impedir Israel de invadir Síria
- Síria está "presa por um fio", diz ministra alemã
- Netanyahu não vai à Polónia para cerimónia de aniversário da libertação de Auschwitz para evitar ser detido
- Israelitas incendeiam e vandalizam mesquita na Cisjordânia
- ONU: Israel transformou sistema de ajuda humanitária a Gaza numa arma
- Delegação diplomática dos EUA aterrou em Damasco para reuniões com líderes do HTS
- Diplomacia chinesa apela a “processo aberto e inclusivo” para solução política na Síria
Atualizações em direto
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Família de quatro pessoas mortas em ataque israelita no norte de Gaza
Um ataque aéreo israelita levado a cabo na manhã de hoje contra o bairro de Al-Azza, em Beit Hanoun, no norte de Gaza, matou quatro pessoas, avança a agência de notícias palestiniana WAFA.
Os quatro mortos formavam uma família composta por um casal e duas filhas. Várias outras pessoas sofreram ferimentos no ataque.
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Nove cidadãos processam Estados Unidos por não os ter retirado de Gaza
Nove cidadãos com dupla nacionalidade norte-americana e palestiniana processaram ontem o governo dos Estados Unidos da América por alegadamente não ter conseguido salvá-los e aos seus familiares quando ficaram presos em Gaza, durante a guerra, noticia a Reuters.
O processo apresentado afirma que o direito constitucional de igual proteção dos cidadãos foi violado, defendendo que os cidadãos que apresentam a queixa terão sido privados “dos típicos e comuns esforços de retirada”, que são feitos em casos com “americanos que não são palestinianos”.
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Erdoğan: Ocidente tem de impedir Israel de invadir Síria
O Presidente turco Recep Tayyip Erdoğan disse que os Estados Unidos da América e os restantes países do Ocidente devem prevenir Israel de invadir territórios sírios, noticia o Hareetz.
Erdoğan afirmou que a Turquia não vai abandonar a Síria na luta contra o estado Islâmico e o grupo separatista curdo PKK. O Presidente turco anunciou que a chefe da diplomacia turca irá visitar o país para discutir a sua “nova estrutura”.
Erdoğan sublinhou que as sanções impostas contra a Síria, implementadas durante o regime de Assad, devem ser levantadas para ajudar à reconstrução do país.
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Síria está "presa por um fio", diz ministra alemã
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha Annalena Baerbock disse hoje que a Síria está “presa por um fio”, numa visita a Ancara, noticia o Haaretz.
“A Síria não se deve tornar um peão de poderes estrangeiros nem uma experiência de forças radicais”, disse. Antes de se encontrar com o seu homónimo turco, Baerbock afirmou que a estabilidade da Síria também é do interesse do governo turco, já que “mais de três milhões de refugiados sírios estão a viver na Turquia”
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Netanyahu não vai à Polónia para cerimónia de aniversário da libertação de Auschwitz para evitar ser detido
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu não vai estar presente na cerimónia do 80º aniversário da libertação de Auschwitz-Bikernau, na Polónia, por ter receio de ser detido devido ao mandado de captura em vigor contra ele, emitido pelo Tribunal Penal Internacional.
De acordo com o jornal polaco Rzeczpospolita, o presidente de Israel Isaac Herzog também não vai participar no evento que será celebrado no campo de concentração, em 27 de janeiro. O ministro dos Negócios Estrangeiros Gideon Sa’ar deverá ser o representante do país na cerimónia.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco Władysław Bartoszewski, responsável pela organização da cerimónia, disse que a Polónia “está empenhada em respeitar as decisões do Tribunal Internacional”.
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Ministro israelita critica Papa por "banalização" do termo genocídio
O ministro dos assuntos da diáspora de Israel Amichai Chikli criticou o Papa Francisco por ter proposto uma investigação para determinar se os ataques de Israel na Faixa de Gaza constituem um genocídio.
Papa pede investigação sobre genocídio em Gaza no seu novo livro
“Enquanto povo que perdeu seis milhões dos seus filhos e filhas no Holocausto, somos particularmente sensíveis à banalização do termo genocídio”, escreveu Chikli no jornal Il Foglio. Essa é “uma banalização que se aproxima perigosamente da negação do Holocausto”.
“O silencio do Vaticano durante esses dias negros da Shoá continua a ser ensurdecedor”, afirmou o ministro. “Peço-lhe gentilmente que esclareça a sua posição relativamente à nova acusação de genocídio contra o Estado judaico. A verdade e Deus são um só”, concluiu.
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Suécia vai parar de financiar UNRWA
A Suécia vai parar de financiar a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) e vai passar a enviar ajuda humanitária para Gaza através de canais alternativos, afirmou um ministro do governo sueco.
A decisão do executivo da Suécia é tomada após Israel ter anunciado que vai banir a missão da UNRWA no país, a partir do final de janeiro de 2025. O governo israelita acusa a agência de estar envolvida com os ataques terroristas do dia 7 de outubro de 2023.
O ministro sueco Benjamin Dousa disse, em declarações veiculadas pela Reuters, que pretende aumentar a ajuda humanitária para a Faixa de Gaza no próximo ano.
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Israelitas incendeiam e vandalizam mesquita na Cisjordânia
A agência de notícias palestiniana WAFA avança que cidadãos israelitas incendiaram na manhã de hoje uma mesquita em Marda, aldeia em Salfit, província da Cisjordânia ocupada por Israel.
الخارجية تدين إحراق المستوطنين مسجد مردا وتطالب الأمم المتحدة تفعيل نظام الحماية الدولية
The Ministry of Foreign Affairs condemns the #settlers' burning of Marda Mosque and calls on the United Nations to activate the international protection system. pic.twitter.com/JIenY8Weje
— State of Palestine – MFA 🇵🇸🇵🇸 (@pmofa) December 20, 2024
Alguns residentes de Marda conseguiram controlar as chamas antes que se alastrassem, limitando os danos à entrada do edifício. Não resultaram quaisquer vítimas do incidente.
De acordo com as fontes consultadas pela WAFA, os responsáveis pelo incêndio também pintaram mensagens racistas nas paredes da mesquita.
O ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana condenou o ataque e pediu às Nações Unidas para ativar o “sistema internacional de proteção”.
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Como Israel está a criar um novo Médio Oriente. Ligue 910024185 e entre em direto no Contra-Corrente
Como nos dominós, a guerra que começou com o pogrom de 7 de Outubro de 2023 está a derrubar muitos dos protagonistas que condicionavam a geopolítica do Médio Oriente, e a responsabilidade é de Israel.
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ONU: Israel transformou sistema de ajuda humanitária a Gaza numa arma
Um alto responsável das Nações Unidas acusa Israel de usar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza como arma contra os residentes daquele território.
“Parece que o sistema de ajuda foi transformado numa arma e, como resultado disso, aquilo que podemos dar às pessoas é apenas uma fração do que elas realmente precisam”, disse em conferência de imprensa Georgios Petropoulos, responsável do departamento da ONU para a coordenação dos assuntos humanitários (OCHA) em Gaza.
Citado pela Al Jazeera, Petropoulos sublinhou ainda que as autoridades israelitas “parecem não ter vontade” de abrir os check-points, o que coloca em causa a entrega atempada da ajuda humanitária aos cidadãos de Gaza, e revelou que há carregamentos de ajuda que são roubados em áreas controladas pelo exército israelita.
Além disso, Petropoulos salientou que os trabalhadores humanitários têm de fazer escolhas “horríveis” entre entregar comida ou agasalhos. “Devo deixar as pessoas morrer de fome ou de frio?”, questionou-se, sublinhando que já há “fome” em Gaza.
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Delegação diplomática dos EUA aterrou em Damasco para reuniões com líderes do HTS
Uma delegação diplomática dos Estados Unidos aterrou esta sexta-feira em Damasco, na Síria, para reuniões com a liderança do grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), responsável pelo golpe que terminou com o regime de Bashar al-Assad e assumiu o governo do país.
Na primeira missão diplomática formal dos EUA à Síria desde o início da guerra civil, em 2011, os representantes norte-americanos vão encontrar-se com responsáveis de um grupo que Washington continua a considerar formalmente como um grupo terrorista — com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de um projeto moderado de governação para o futuro da Síria.
De acordo com a AFP, que cita fonte oficial do Departamento de Estado norte-americano, a delegação norte-americana também se vai reunir com ativistas sírios, responsáveis da sociedade civil e membros de minorias. O objetivo é falar com os sírios sobre “a sua visão para o futuro do seu país e sobre como os EUA os podem ajudar”. Ao mesmo tempo, os EUA querem informações sobre cidadãos norte-americanos desaparecidos na Síria.
A delegação inclui figuras de relevo como Barbara Leaf (a principal responsável do Departamento de Estado para o Médio Oriente), Daniel Rubinstein (diplomata de carreira que fica responsável pelas conversas com a Síria) e Roger Cartens (responsável pelos esforços de recuperação de reféns norte-americanos).
Os Estados Unidos têm manifestado cautela relativamente às intenções do HTS, apesar dos sinais positivos dados nos dias que se seguiram à queda do regime de Assad. Com origens em movimentos jihadistas e ligações à própria Al-Qaeda, o HTS tem procurado nos últimos anos adotar uma postura de moderação e de envolvimento político — mas o Ocidente tem alertado para o risco de um regime ditatorial ser simplesmente substituído por outro.
O líder do HTS, Abu Mohammed al-Jolani, tem tido reuniões com várias delegações ocidentais nos últimos dias.
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Diplomacia chinesa apela a “processo aberto e inclusivo” para solução política na Síria
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, apelou hoje às várias fações na Síria para que “embarquem, no interesse a longo prazo do país e do seu povo, num processo aberto e inclusivo de resolução política”.
Durante uma reunião em Pequim com um grupo de diplomatas de países árabes, o ministro chinês sublinhou a importância de “evitar que o terrorismo se aproveite do caos para regressar” à Síria, após a recente queda do regime de Bashar al-Assad, de acordo com um comunicado difundido pela diplomacia chinesa.
Wang pediu recentemente que se “evite a fragmentação” e se “restaure a estabilidade” no país árabe.
O ministro chinês apelou também a um “cessar-fogo imediato” e à “retirada permanente das tropas” em Gaza, bem como a uma “solução justa e duradoura para o conflito palestiniano com base na fórmula dos dois Estados”, ao mesmo tempo que apelou à “preservação da soberania do Líbano”.
No ano passado, o país asiático manifestou o apoio à solução de “dois Estados” para o conflito israelo-palestiniano e declarou “consternação” face aos ataques israelitas contra civis.
“A China continuará a apoiar os países árabes no reforço da sua autonomia estratégica”, afirmou Wang, acrescentando que o Médio Oriente “não pode continuar a ser um campo de batalha das grandes potências e uma vítima dos conflitos geopolíticos”.
De acordo com o comunicado, os representantes diplomáticos dos países árabes em Pequim “elogiaram a posição imparcial da China e o seu apoio à causa justa do povo palestiniano” e registaram as “contribuições positivas” do país asiático para a “paz e estabilidade” na região.
Os delegados árabes pediram à China que desempenhe “um papel mais importante” face às “mudanças abruptas” no Médio Oriente e ao “sofrimento dos povos da região”.
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Bom dia.
O Observador continua esta sexta-feira a acompanhar ao minuto os desenvolvimentos do conflito no Médio Oriente, com foco na guerra em Israel e na situação na Síria.
O liveblog de quinta-feira fica arquivado aqui.
Blinken sobre cessar-fogo em Gaza: “Pressão está no Hamas para chegarmos finalmente a um sim”