O The Washington Post escreveu este domingo que o governo ucraniano terá sido informado do telefonema entre Trump e Putin, no rescaldo das eleições norte-americanas, e não se opôs à conversa. Mas a Ucrânia já veio negar ter sido informada antecipadamente.

“As notícias de que o lado ucraniano foi informado antecipadamente do alegado telefonema são falsas. Consequentemente, a Ucrânia não poderia ter apoiado nem ter-se oposto ao telefonema”, afirmou Heorhii Tykhyi, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, à Reuters.

Na conversa entre Trump e Putin, o primeiro terá avisado o segundo para não escalar a guerra na Ucrânia.

O republicano e ex-governador da Flórida Rick Scott, que garantiu já a reeleição para o Senado, está a ser apontado por várias personalidades políticas e mediáticas para liderar a maioria republicana no Senado.

O republicano Marco Rubio já disse que irá votar em Rick Scott, Elon Musk também já defendeu a sua eleição e até o ex-candidato presidencial Robert Kennedy Jr. disse que sem Scott “toda a agenda reformista” de Trump vai “vacilar”.

Rick Scott for Senate Majority Leader! https://t.co/lpT34yHTKk

— Elon Musk (@elonmusk) November 10, 2024

Os senadores republicanos vão escolher esta semana o novo líder republicano no Senado, que até aqui era Mitch McConnell.

Ainda não está finalizada a corrida à Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso. Segundo a CNN, os republicanos vão à frente com 214 mandatos, enquanto os democratas estão com 205. São necessários 218 para ter maioria.

A estação televisiva indica que os republicanos conseguiram ‘virar’ sete cadeiras e os democratas outras cinco.

A probabilidade de os republicanos conseguirem também a maioria na Câmara dos Representantes continua a aumentar. A democrata pelo Colorado Yadira Caraveo anunciou este domingo que concedeu a eleição para o republicano Gave Evans, falhando assim a reeleição, embora a Associated Press ainda não tenha declarado um vencedor.

Na rede social X, Caraveo escreveu que não era o resultado que esperava e agradeceu o apoio à família e equipa.

It’s been the honor of a lifetime to serve the people of #CO08. Thank you to my family, volunteers, staff and supporters who believed in this campaign. While this isn’t the outcome we hoped for, the work is not over. pic.twitter.com/duWSpmfabd

— Dr. Yadira Caraveo (@YadiraCaraveo) November 10, 2024

Já no Arizona a corrida está renhida e a AP também ainda não conseguiu declarar um vencedor. Para já, o democrata Ruben Gallego está com uma ligeira vantagem face à republicana Kari Lake.

O recém-eleito presidente dos Estados Unidos aconselhou o seu homólogo russo a não escalar a guerra na Ucrânia, avançou o jornal The Washington Post, referindo-se a uma conversa telefónica entre Donald Trump e Vladimir Putin.

Trump terá lembrado ao líder russo a considerável presença militar que os Estados Unidos têm na Europa e expressado o seu interesse em manter conversações para abordar “a resolução da guerra na Ucrânia em breve”.

Ainda segundo o The Washington Post, o governo ucraniano terá sido informado do telefonema entre Trump e Putin e não se opôs à conversa. Entretanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou um “exagero” a afirmação de Trump de que irá pôr fim ao conflito na Ucrânia “em 24 horas”.

Na quinta-feira, Putin felicitou publicamente Trump pela vitória eleitoral contra Kamala Harris e considerou-o “corajoso” pela sua resposta à tentativa de assassinato num comício eleitoral em julho.

Joe Biden vai partilhar com Donald Trump o seu compromisso para uma “transferência pacífica do poder” quando se encontrar com o Presidente eleito na quarta-feira, na Casa Branca. Também irá partilhar as suas visões em assuntos domésticos e de política externa.

“O Presidente terá a oportunidade de explicar ao Presidente Trump como olha para as coisas, em que ponto estão e abordar com o Presidente Trump o que este pensa destes assuntos quando assumir funções”, afirmou o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, este domingo na CBS News, citado pela CNN.

Biden também defenderá a continuidade do apoio à Ucrânia após o fim do seu mandato.

A juíza do Supremo Tribunal Sonia Sotomayor não tem planos para sair do cargo, segundo fontes que lhe são próximas citadas pela CNN Internacional. Alguns democratas têm apelado à sua saída de forma a que Joe Biden possa nomear um sucessor antes de Donald Trump assumir funções.

“[Sonia Sotomayor] está de ótima saúde e o tribunal precisa dela mais do que nunca”, afirmou uma fonte.

A saída de Sotomayor, de 70 anos, neste momento para a reforma permitiria a Biden nomear um sucessor de forma a garantir que o lugar é ocupado durante mais tempo por alguém mais próximo dos ideais democratas. Tem sido esse o racional de alguns democratas para defender a saída da juíza. Sotomayor tinha sido nomeada por Obama.

A CNN recorda que durante o segundo mandato de Barack Obama também houve uma pressão pública para que outra juíza, Ruth Bader Ginsburg, na altura na casa dos 80 anos, renunciasse, permitindo a Obama nomear um sucessor. Bader Ginsburg recusou sair. Morreu em 2020, aos 87 anos, o que deu ao então Presidente Donald Trump a oportunidade de nomear um terceiro juiz para o Supremo.

O ex-secretário do Tesouro de Donald Trump, Steven Mnuchin, afirmou que não pretende integrar a nova administração do Presidente eleito, mas que está pronto a aconselhar o seu sucessor, nomeadamente sobre a forma de reforçar as sanções contra o Irão e a Rússia e de conter o crescimento da dívida dos EUA, noticia a Reuters.

Em entrevista, Mnuchin disse que era importante que o Tesouro trabalhasse no sentido de reforçar a política comercial dos EUA. Servir como secretário de Estado do Tesouro durante o primeiro mandato de Trump “foi a experiência de uma vida, e estou feliz em aconselhar do lado de fora”, disse Mnuchin. “Tenho certeza de que terão muitas escolhas ótimas”. Mnuchin recusou-se a nomear qualquer favorito.

Depois de deixar o cargo, Mnuchin fundou a Liberty Strategic Capital, uma empresa de capital privado, com investimentos do Softbank Group e do fundo soberano Mubadala de Abu Dhabi, recorda a agência de notícias.

Donald Trump afirmou este sábado que não convidará Nikki Haley, antiga embaixadora nas Nações Unidas, nem Mike Pompeo, antigo secretário de Estado, para integrar a nova administração.

O anúncio feito pelo futuro presidente dos Estados Unidos na Truth Social, a rede social de Trump, reporta o The New York Times. Tanto Haley como Pompeo fizeram parte do executivo de Trump no primeiro mandato do empresário na Casa Branca, entre 2016 e 2020.

“Não vou convidar a ex-embaixadora Nikki Haley nem o ex-secretário de Estado Mike Pompeo para se juntarem à Administração Trump que está atualmente em formação”, disse o Trump na publicação. “Gostei muito e apreciei muito trabalhar com eles anteriormente, e gostaria de agradecer-lhes pelo seu serviço ao nosso país.”

Trump está a reunir-se com potenciais candidatos para integrar a administração antes da tomada de posse como presidente, a 20 de janeiro, escreve a Reuters, que noticiou esta sexta-feira que Trump se reuniu com Scott Bessent, investidor que é um potencial candidato a Secretário do Tesouro dos EUA.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, venceu no Arizona, triunfando em todos os estados considerados decisivos na corrida à Casa Branca, de acordo com projeções divulgadas no sábado pela CNN e a Associated Press.

O Arizona junta-se aos restantes swing states destas eleições – Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte e Nevada – onde Trump também venceu nas eleições de terça-feira, com 312 votos eleitorais contra os 226 da candidata democrata e vice-presidente, Kamala Harris.

Trump inverte assim o resultado obtido no Arizona em 2020, quando o Presidente do país, Joe Biden, venceu por 10.457 votos na batalha eleitoral mais renhida entre os estados desse ano.

O Arizona é historicamente de tendência republicana – a vitória de Biden foi a segunda de um candidato democrata nos últimos 28 anos – mas o rápido crescimento da população latina e as divisões no seio dos republicanos nesse estado complicaram a reconquista.

Desde a última vitória de Trump no Arizona (2016), o partido Democrata conseguiu eleger a governadora, Katie Hobbs, dois senadores e outros altos cargos estaduais.