Vladimir Putin disse aos líderes da comunidade judaica em Moscovo que tem tentado tirar partido dos laços políticos com o Hamas para atingir “resultados específicos” e conseguir libertar reféns, relata o Times of Israel, citando as agências russas.

“A Rússia tem feito de tudo para ajudar as pessoas a libertar os reféns.”

“Do que sei, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tem trabalhado com a ala política do Hamas e, no total, têm existido resultados específicos”, disse Putin, mas sem apresentar mais informação.

As associações Judeus para uma Justiça Racial e Económica e a Voz Judaica para a Paz tentaram bloquear a caravana de Joe Biden enquanto o Presidente norte-americano se deslocava para um evento de angariação de fundos em Nova Iorque.

Em imagens partilhadas na rede social X, antigo Twitter, os manifestantes sentaram-se na estrada, com cartazes onde pediam o fim do financiamento para o genocídio de palestinianos. Alguns dos manifestantes tinham t-shirts com “cessar-fogo agora”.

A postura dos EUA no apoio a Israel tem sido criticada por várias associações judaicas. “Nem mais um níquel, nem mais um centavo, não a mais dinheiro para os crimes de Israel”, cita a Al Jazeera.

JFREJ members have joined @jvpliveNY in blocking President Biden’s motorcade to demand he stop funding the genocide of Palestinians. Arrests happening now. pic.twitter.com/N6pOwkOi9v

— Jews for Racial & Economic Justice (@JFREJNYC) February 7, 2024

HAPPENING NOW: Hundreds of Jews are blockading the @POTUS motorcade as it attempts to reach a fundraiser on the Upper East Side, calling on the President — in his first New York City appearance since the crisis in Gaza began — to stop funding Israel’s genocide of Palestinians. pic.twitter.com/yCf9aNUBYO

— Jewish Voice for Peace NYC (@jvpliveNY) February 7, 2024

Antony Blinken, o Secretário de Estado dos EUA, disse esta quarta-feira que o príncipe Mohamed Bin Salman da Arábia Saudita repetiu “o desejo e a determinação de procurar a normalização” em Israel.

Mas, segundo o relato de Blinken, para isto acontecer é necessário haver calma em Gaza e ter um “caminho claro e credível” para um estado palestiniano”, cita o Times of Israel.

O comando central dos Estados Unidos (Centcom) confirmou esta quarta-feira que o ataque realizado em Bagdade (ver entrada das 19h20) matou um comandante do Kataib Hezbollah, grupo iraquiano ligado ao Hezbollah e com ligações à milícia Al-Hashd al-Shaabi, que também foi atingida pelo ataque na capital iraquiana.

“Não hesitaremos em responsabilizar todos aqueles que ameaçam a segurança das nossas forças”, assegurou o Centcom, citado pela CNN internacional.

Ainda assim, a identidade do comandante não foi revelada, sabendo-se apenas que o ataque foi realizado com um drone e matou pelo menos três pessoas (ver entrada das 19h29).

USCENTCOM Conducts Strike Killing Kata’ib Hezbollah Senior Leader

At 9:30 p.m. (Baghdad Time) February 7, U.S. Central Command (CENTCOM) forces conducted a unilateral strike in Iraq in response to the attacks on U.S. service members, killing a Kata’ib Hezbollah commander… pic.twitter.com/Zhkjimx5UG

— U.S. Central Command (@CENTCOM) February 7, 2024

O acordo bipartidário que contemplava o pacote de ajuda externa a Israel e à Ucrânia e o reforço da segurança fronteiriça não foi aprovado pelo Senado dos Estados Unidos, acabando por cair, para já.

A votação contou com 49 votos favoráveis e 50 votos contra, quando precisava de pelo menos 60 votos favoráveis para avançar, escreve a CNN internacional.

Em reação à votação, o Presidente Joe Biden atacou os republicanos que fazem parte do Congresso, dizendo que “nunca” pensou ver “algo como o que está a acontecer agora”.

Depois, Biden apontou a culpa a Donald Trump, que acusou de ter “ligado e ameaçado” os legisladores do partido republicano com “represálias”. Estão “a afastar-se porque têm Donald Trump a telefonar e a ameaçá-los”, completou.

Ali Hashem, correspondente da Al Jazeera, está a avançar mais algumas informações sobre os acontecimentos em Bagdade, no Iraque.

A Al Jazeera fala numa série de explosões ouvidas em Bagdade, incluindo aquela que incendiou um veículo.

“Um ataque de drone foi dirigido a um carro no leste da capital e, de acordo com as forças de segurança, há pelo menos três pessoas mortas”, disse o correspondente.

Ainda não há informação sobre se os três mortos são civis ou se estavam “afiliados a fações armadas”, diz o correspondente. Por sua vez, o jornal Haaretz fala num ataque a um membro da milícia Al-Hashd al-Shaabi.

Um drone atingiu um veículo de um membro da milícia Al-Hashd al-Shaabi, em Bagdade, no Iraque. A informação está a ser citada pelo Haaretz e pela Sky News.

Já a Reuters cita uma testemunha, que relatou um carro em chamas em Bagdade.

Dois nomes ligados ao Hamas reagiram às declarações do primeiro-ministro de Israel, que disse que o país não vai ceder às “exigências delirantes” do grupo islâmico.

A Reuters cita Sami Abu Zuhri e Osama Hamdan, dois oficiais do grupo islâmico, que consideram que o facto de Netanyahu dizer que “não há outra solução a não ser a vitória completa e final” mostra as intenções de Israel continuar com o conflito na região.

Vários dos israelitas que foram feitos reféns pelo Hamas a 7 de outubro e que foram entretanto libertados deixaram uma mensagem ao primeiro-ministro, após a conferência de imprensa desta noite.

Através de comunicado, que é dirigido ao governo israelita, o grupo de reféns libertados diz que “se chegou a um momento de verdade em que se tem de decidir quem vive e quem morre”. “O preço é elevado e o preço do abandono será uma nódoa para as próximas gerações”.

Adina Moshe, uma das reféns libertadas, é citada pelo jornal Haaretz. “Eu estive lá, mas fui libertada. Os meus amigos ainda lá estão. Alguns deles não sobreviveram. Dirijo-me a si, senhor Netanyahu. Está tudo nas suas mãos”, declarou.

“É você quem pode [decidir] e eu temo que, se continuar por este caminho de [desmantelar o Hamas] não restará ninguém para salvar.”

O Crescente Vermelho diz que dois homens palestinianos foram mortos no campo de refugiados de Nur Shams, na Cisjordânia, escreve a Al Jazeera, na sequência de uma intervenção israelita.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, os homens foram identificados como Ziyad al-Dameh, de 39 anos, e Islam al-Ali, de 36.

De acordo com a imprensa árabe, é a segunda vez em 24 horas em que há intervenção militar neste campo.

Netanyahu explicou ainda durante a conferência de imprensa que transmitiu a Antony Blinken a intenção de, após eliminar o Hamas, garantir que a Faixa de Gaza “é desmilitarizada para sempre”.

E, para atingir esse fim, diz que Israel “vai agir onde for necessário e pelo tempo necessário” para eliminar o Hamas.

Prometeu ainda que a UNRWA, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, vai ser “substituída” em Gaza.

O primeiro-ministro de Israel frisa que “sem derrota do Hamas” não haverá um acordo de paz, cita a Sky News.

Netanyahu diz que acredita que haverá eventualmente algum acordo, mas que “Israel não vai chegar a esses acordos, tratados de paz e normalização sem derrotar o Hamas”.

Netanyahu está agora a responder a questões dos jornalistas. Em relação às negociações sobre os reféns, o governante israelita diz que “a rendição às exigências delirantes do Hamas vai levar a outro massacre e a uma grande tragédia em Israel, que ninguém estaria disponível para aceitar”, cita o Haaretz.

O primeiro-ministro de Israel rejeitou a ideia de que o país tenha feito algum compromisso com o Hamas. “Não nos comprometemos realmente a nada”, explicou à imprensa após questões sobre se haveria uma troca de reféns em cativeiro em Gaza por prisioneiros palestinianos detidos pelas forças de Israel.

A Sky News continua a traduzir a conferência de Netanyahu, que afirma que a vitória chegará “numa questão de meses” pelo facto de as Forças de Defesa de Israel (IDF) estarem a trabalhar de “forma sistemática” e a atingir conquistas “sem precedentes”.

Como exemplo, o primeiro-ministro israelita falou em ferimentos ou mesmo a morte de “mais de 20 mil terroristas” em quatro meses.

Além disso, segundo Netanyahu, as IDF estão “a destruir sistematicamente” túneis do Hamas. “Os terroristas do Hamas estão a esconder-se com armas — a esconderem-se em locais que pensavam ser impenetráveis, a que ninguém conseguia chegar”.

A conferência de imprensa do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já começou.

O primeiro-ministro diz que Israel “está no caminho para uma vitória decisiva”, numa tradução da Sky News.

Esta quinta-feira deverá arrancar uma nova ronda de negociações sobre a situação em Gaza, avança a AFP, citando uma fonte do Egito, que estará a organizar a ronda, em conjunto com o Qatar.

Além de uma tentativa de atingir alguma “calma” na situação na Faixa de Gaza, também estará em cima da mesa a negociação da libertação de mais reféns, em troca de prisioneiros detidos por Israel.

De acordo com a AFP, uma fonte do Hamas já terá confirmado que o grupo palestiniano concordou participar nesta nova ronda.

Majdi Abd al-Aal, um dos líderes dos forças especiais do Hamas, terá sido morto esta quarta-feira em Rafah, avança o Jerusalem Post.

De acordo com o jornal, que cita informações da imprensa palestiniana, terá sido um ataque direcionado levado a cabo pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), que atingiu um veículo da polícia onde seguiria o líder da Hamas.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão a planear alterações no tempo de serviço militar, escreve o jornal israelita Haaretz.

De acordo com o jornal, as alterações são justificadas pela expectativa de uma guerra mais longa na Faixa de Gaza.

Atualmente, os recrutas homens têm de passar por 32 meses de serviço militar, enquanto as mulheres ficam 24 meses. Com as alterações previstas, que ainda têm de ser aprovadas pelos legisladores, estará de regresso o serviço militar obrigatório para os homens, durante três anos. Já as mulheres que entrem para o exército terão também um aumento do tempo de serviço para 36 meses.

Também estão planeadas mudanças para que quem tem funções militares possa sair do exército, com um aumento da idade. Atualmente, os soldados podem retirar-se dos 40 a0s 49, dependendo das funções. O plano passa por aumentar as idades, para de 45 a 52 anos.