Momentos-chave
- Israel já terá começado a bombear água do mar para os túneis do Hamas em Gaza, avança o Wall Street Journal
- Várias zonas de Gaza ficaram inundadas depois de chuvas intensas
- Hospitais de Gaza dão conta de um elevado número de vítimas esta quarta-feira
- Representante norte-americano vai a Israel esta quinta-feira com outras paragens no Médio Oriente
- Familiares de reféns presos exigem explicações a Netanyahu por, aparentemente, travar novas negociações
- Capacidade de ajuda da ONU aos refugiados em Gaza "à beira do colapso"
- Biden garante que Estados Unidos não vão "desistir da esperança"
- Israelita que se acreditava estar raptado foi afinal morto no ataque de 7 de outubro
- Hamas não estará a responder a tentativas de retomas negociações para libertar reféns
- Líder político do Hamas diz que qualquer acordo para acabar com a guerra em Gaza que não inclua o Hamas será uma "ilusão"
- Familiares de reféns norte-americanos ainda cativos pelo Hamas encontraram-se com Biden e deixam elogios
- Sondagem palestiniana mostra uma subida no apoio ao Hamas e grande desaprovação de Abbas
- Número de mortes em Gaza sobe para 18.608 palestinianos, segundo o Hamas. Israel diz ter perdido 115 soldados
- Gaza "é um inferno", diz alto representante da ONU
- Entraram em Gaza 180 camiões e uma nova passagem foi aberta
- Exército israelita confirma ter atingido o Hezbollah no Líbano
- Ursula von der Leyen apoia sanções aos colonos israelitas responsáveis pelos ataques na Cisjordânia
- Familiares e apoiantes de reféns em Gaza formam cadeia humana junto a edifícios governamentais em Israel
- Após polémica com campanha publicitária, ativistas pró-Palestina pintam com tinta vermelha Zara da Rua Santa Catarina, no Porto
- Nove soldados israelitas morreram de uma só vez num combate dentro da cidade de Gaza
- Chuva intensa em Gaza soma miséria e necessidade de vestuário de Inverno aos deslocados
- Chuva intensa em Gaza soma miséria e necessidade de vestuário de Inverno aos deslocados
- Papa Francisco volta a pedir cessar-fogo imediato em Gaza
- Israel atacou mais de "250 alvos terroristas" esta terça-feira
- OMS e ONU dizem que hospital no norte de Gaza é "zona de desastre humanitário"
- Desacordo público entre EUA e Israel acentua-se
- Palestina celebra "dia histórico" depois da resolução para cessar-fogo aprovada pela Assembleia-Geral da ONU
Histórico de atualizações
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Bom dia. Este liveblog fica arquivado, mas o Observador continua a acompanhar ao minuto os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia ao longo desta quinta-feira, neste novo liveblog.
Joe Biden pede a Israel que tenha “mais cuidado” para proteger civis em Gaza
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Israel já terá começado a bombear água do mar para os túneis do Hamas em Gaza, avança o Wall Street Journal
O plano de Israel para inundar os túneis do Hamas na Faixa de Gaza já terá arrancado. Segundo avançou o jornal norte-americano Wall Sreet Journal, citando fontes militares norte-americanas, o exército de Israel já terá começado a bombear água do mar para o complexo de túneis em Gaza.
Um porta-voz do ministro da Defesa israelita recusou comentar a situação, alegando que as operações dos túneis são classificadas, dá conta o jornal.
O plano das forças israelitas para inundar os túneis usados pelo Hamas em Gaza com água do Mediterrâneo já era conhecido há alguns dias e faz parte de um conjunto de técnicas que têm como objetivo destruir os túneis. No entanto, a utilidade do uso da água numa rede de túneis tão vasta, ainda está a ser avaliada pelas forças israelitas, segundo as fontes norte-americanas.
O Presidente Joe Biden foi questionado sobre o plano para inundar os túneis, esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa a propósito da visita do Presidente da Ucrânia à Casa Branca. Biden não comentou o plano, falou antes de como tal poderia afetar os reféns que ainda estão presos pelo Hamas, mas disse que foram feitas confirmações de que “não há reféns em nenhum desses túneis… Mas não tenho a certeza disso”, disse o Presidente sem elaborar e citado no WSJ.
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Várias zonas de Gaza ficaram inundadas depois de chuvas intensas
Na sequência da chuva intensa desta terça-feira, várias zonas da Faixa de Gaza ficaram inundadas, nomeadamente, complexos de tendas no norte da Faixa de Gaza onde palestinianos retirados de zonas evacuadas se abrigam, dá conta o Haaretz. O jornal publicou um vídeo que mostra o efeito da chuva na zona das tendas. Um dos locais inundados foi o campo de refugiados de Jabalaya.
תיעוד שיוצא מרצועת עזה הבוקר.רוב תשומת הלב ממוקדת בקרבות,באבידות במטרות ובהצהרות והוויכוח על היום שאחרי,אבל עבור מאות אלפים לקבל אוהל תקני זה כמו וילה.לרוב אין אוהלים וביום גשום כזה המצב מחפיר.בעזה יש גם טורים ולעמוד שעות כדי לקבל פיתה או שקית קמח ואפילו להטעין את הטלפון. pic.twitter.com/JcYjlDBRvp
— Jack khoury.جاك خوري (@KhJacki) December 13, 2023
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Hospitais de Gaza dão conta de um elevado número de vítimas esta quarta-feira
Vários hospitais em Gaza afirmam ter recebido um elevado número de vítimas civis esta quarta-feira, segundo a CNN.
O hospital de Al-Nasser no sul de Gaza emitiu uma lista de 45 pessoas mortas, cujos corpos forma levados para o hospital. O hospital de Al-Kuwaiti, em Rafah, registou 19 corpos recuperados de duas casas atingidas por ataques aéreos.
A UNRWA, agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos afirma que oito nos seus 22 centros de saúde continuam operacionais no centro e sul de Gaza. Esta quarta-feira, a agência deu conta que estima haver “50 mil mulheres grávidas em Gaza, com mais de 180 a darem à luz a cada dia. Um total de 188 casos depois do nascimento e gravidezes de alto risco foram atendidos em centros de saúde”, segundo cita a CNN.
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Representante norte-americano vai a Israel esta quinta-feira com outras paragens no Médio Oriente
O conselheiro da Casa Branca para a Segurança Nacional, Jake Sullivan, esteve esta quarta-feira na Arábia Saudita e amanhã chegará a Israel para uma visita de dois dias.
Na Arábia Saudita, Sullivan encontrou-se com o príncipe herdeiro, Mohammed Bin Salman, para discutirem a guerra na Faixa de Gaza e como evitar que o conflito alastre, segundo informação dada por fontes oficiais norte-americanas, escreve a Reuters. A CNN acrescenta que também está na agenda um esforço de diplomacia alargado por parte da Casa Branca para manter a estabilidade na região.
Ainda na Arábia Saudita, Sullivan vai retomar um trabalho de normalização das relações com Israel, que já estava em curso antes do ataque do Hamas a 7 de outubro.
O conselheiro segue depois para Israel, onde estará quinta e sexta-feira e onde se deverá encontrar com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com o gabinete de guerra israelita e ainda com o Presidente Isaac Herzog. Sullivan levará na bagagem uma tentativa de convencer Israel a fazer “esforços para ser mais cirúrgica e mais precisa para reduzir o ataque a civis”.
A viagem pelo Médio Oriente poderá vir a ter outras paragens, segundo sugeriu a Casa Branca, sem no entanto adiantar onde.
Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA visita Telavive esta semana
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Israelitas confirmam morte de membros do Hamas em escola de Gaza
As autoridades israelitas confirmaram hoje a morte de vários membros do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) durante uma operação militar numa escola da cidade de Khan Younis, localizada a sul da Faixa de Gaza.
De acordo com a agência Europa Press, que cita as Forças de Defesa de Israel (FDI) esta operação decorreu no âmbito da campanha militar contra a milícia palestiniana e mobilizou tropas do Batalhão de Reconhecimento da 55.ª Brigada das FDI.
Segundo a mesma fonte, quando chegaram junto à escola de Khan Younis, os militares israelitas foram atacados por elementos do Hamas, que se encontravam no interior do estabelecimento escolar.
Os militares israelitas acabaram por invadir as instalações, tendo encontrado no interior um esquadrão de milicianos com pequenas armas e lançadores de foguetes.
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Familiares de reféns presos exigem explicações a Netanyahu por, aparentemente, travar novas negociações
O líder da Mossad, David Barnea, estava de viagem marcada para o Qatar, onde iria procurar um segundo acordo de libertação de reféns, mas o gabinete de guerra israelita decidiu cancelá-la. Agora os familiares dos reféns que ainda estão em Gaza exigem explicações a Netanyahu, segundo dá conta o Haaretz.
Segundo o jornal israelita, as famílias ficaram “chocadas” com a alegada decisão do Governo de rejeitar o pedido de Barnea para redigir um novo acordo de libertação dos reféns.
As famílias exigiram um “fim imediato no impasse nas negociações”, cita o jornal. Disseram ainda que estavam “no limite do seu juízo com a indiferença e estagnação” em relação a uma situação que consideram ser uma “roleta russa na qual as famílias são informadas sobre o assassinato de reféns em cativeiro”.
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Capacidade de ajuda da ONU aos refugiados em Gaza "à beira do colapso"
O chefe da agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) advertiu hoje que a capacidade de assistência em Gaza está “à beira do colapso”, tendo já morrido mais de 130 membros da agência.
Numa intervenção especial no Fórum Global de Refugiados, que teve hoje início em Genebra (Suíça), onde chegou na terça-feira à noite proveniente de Gaza, o diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini deu conta de um cenário de devastação e desespero, reiterando o que escrevera na véspera na rede social X (antigo Twitter): a Faixa de Gaza é hoje um “verdadeiro inferno”, onde “não há qualquer sítio seguro”.
“As infraestruturas civis e as instalações da ONU não foram poupadas pelos bombardeamentos [de Israel]. Fiquei horrorizado com as imagens de ontem [terça-feira] de uma escola da UNRWA a ser destruída por bombas no norte de Gaza. A população de Gaza está a ficar sem tempo e sem opções, pois enfrenta bombardeamentos, privações e doenças num espaço cada vez mais reduzido”, apontou.
Lazzarini explicou que “a maior parte da população de Gaza foi deslocada à força, em grande parte para a parte sul da Faixa, Rafah”, cidade que alberga atualmente “mais de um milhão de pessoas”, quando antes acolhia 280 mil, e que “não possui as infraestruturas e os recursos necessários para sustentar uma tal população”.
“Dentro dos nossos armazéns, as famílias vivem em espaços minúsculos, separados por cobertores pendurados em finas estruturas de madeira. Ao ar livre, surgem abrigos frágeis por todo o lado. Rafah tornou-se uma comunidade de tendas”, descreveu, acrescentando que “os espaços à volta dos edifícios da UNRWA estão congestionados com abrigos e pessoas desesperadas e esfomeadas”.
O responsável da ONU sublinhou que “a população de Gaza está agora amontoada em menos de um terço do território original, perto da fronteira egípcia”, e advertiu que “é irrealista pensar que as pessoas se manterão resistentes face a condições de vida tão inabitáveis, sobretudo quando a fronteira está tão próxima”.
“A visão de um camião que transporta ajuda humanitária provoca agora o caos. As pessoas têm fome. Param o camião e pedem comida, e comem-na na rua. Testemunhei isto em primeira mão quando entrei em Gaza na segunda-feira à noite. Chamar a estas cenas desumanas é um eufemismo. A ordem civil está a ser quebrada”, disse.
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Biden garante que Estados Unidos não vão "desistir da esperança"
Joe Biden encontrou-se esta quarta-feira na Casa Branca com familiares dos reféns norte-americanos/israelitas ainda detidos pelo Hamas em Gaza e deixou na sua conta de X uma fotografia e uma mensagem para assinalar o momento.
Na imagem pode ver-se o Presidente o seu secretário de Estado, Antony Blinken sentados à volta de uma mesa com os seus convidados. “Acabei de me sentar com os entes queridos dos norte-americanos feitos reféns pelo Hamas para ouvir as suas histórias”, escreveu Biden.
“Eu assegurei-lhes que vou continuar a fazer tudo o que for possível para garantir a libertação dos seus familiares.” O Presidente norte-americano acrescentou ainda que não vão “desistir da esperança”.
I just sat down with the loved ones of Americans taken hostage by Hamas to hear their stories.
I reassured them that I will continue doing everything possible to secure the release of their family members.
And that we will not give up hope. pic.twitter.com/eZLrlW63LI
— President Biden (@POTUS) December 13, 2023
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Israelita que se acreditava estar raptado foi afinal morto no ataque de 7 de outubro
Tal Chaimi tinha 41 anos e entrou hoje para a lista de vítimas mortais do ataque de 7 de outubro. Acreditava-se que o israelita estaria entre os reféns em Gaza, mas o Fórum de Famílias de Desaparecidos e Reféns anunciaram a sua morte esta quarta-feira, segundo o jornal Haaretz.
Segundo a CNN, o gabinete do primeiro-ministro israelita declarou a morte. Chaimi era neto dos fundadores do kibbutz Nir Yitzhak, uma das várias comunidades no sul de Israel que o Hamas atacou a 7 de outubro. Chaimi deixa mulher e três filhos, dois gémeos de nove anos e um menino de seis.
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Hamas não estará a responder a tentativas de retomas negociações para libertar reféns
O Hamas não terá estado a responder às iniciativas para retomar as negociações pelos reféns israelitas por parte dos Estados Unidos e de outros mediadores. A notícia é dada pela CNN, segundo informações de uma fonte próxima destes esforços.
O Qatar, no papel de interlocutor, terá transmitido ao Hamas novas ideias para negociar a libertação de mais reféns presos em Gaza, contudo o grupo não estará a responder à abordagem.
“Não há uma negociação ativa, mas há uma verdadeira exploração de ideias para ver como pôr isto a andar”, disse um oficial superior norte-americano, citado na CNN.
As negociações com o Hamas começam com o Qatar a contactar os oficiais políticos do grupo em Gaza, que passam a mensagem aos líderes na Faixa de Gaza. Os oficiais norte-americanos explicam que foi difícil obter respostas do Hamas na fase e negociações, agora será ainda mais uma vez que o retomar da ofensiva israelita também tem como foco capturar estes líderes.
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Líder político do Hamas diz que qualquer acordo para acabar com a guerra em Gaza que não inclua o Hamas será uma "ilusão"
Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, disse na televisão esta quarta-feira, que o grupo terrorista está preparado para conversações, mas tem de ser incluído nas discussões e em qualquer acordo que seja alcançado para acabar com o conflito e para definir o futuro administrativo de Gaza. Se o Hamas não for envolvido, qualquer acordo será uma “ilusão”.
“Estamos abertos a discutir quaisquer ideias ou iniciativas que possam acabar com a agressão [israelita] e abrir a porta para pôr a casa palestiniana em ordem, tanto na Cisjordânia como na Faixa de Gaza”, segundo cita o jornal The Guardian.
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Familiares de reféns norte-americanos ainda cativos pelo Hamas encontraram-se com Biden e deixam elogios
Familiares dos norte-americanos que estão reféns do Hamas estiveram esta quarta-feira na Casa Branca, onde se encontraram com o Presidente Joe Biden.
Os familiares dos reféns deixaram elogios à administração Biden, numa conferência de imprensa que se seguiu ao encontro. “Foi uma conversa fantástica, fantástica”, disse Jonathan Dekel-Chen, pai de um dos reféns. Disse ainda que os norte-americanos/israelitas são oito dos 138 reféns ainda cativos pelo Hamas e que não podiam ter “melhor amigo em Washington ou na Casa Branca do que o próprio Presidente”, cita a CNN. Acrescentou ainda que a administração tem estado “em contacto frequente e transparente” com as famílias.
A tia-avó de Abigail Edan, a menina de quatro anos que foi libertada no mês passado disse que a menina foi “um milagre, uma luz neste tempo tão negro”. Liz Naftali agradeceu aos membros da administração por focarem a humanidade das pessoas ainda detidas e verem que “não são apenas números e rostos”, são também filhos, avós, mães.
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Sondagem palestiniana mostra uma subida no apoio ao Hamas e grande desaprovação de Abbas
Uma sondagem feita a palestinianos e publicada esta quarta-feira dá conta de um aumento no apoio ao Hamas e uma esmagadora rejeição de quase 90% ao Presidente da autoridade palestiniana apoiado pelo ocidente, Mahmoud Abbas, segundo uma notícia da Associated Press.
A sondagem foi feita pelo Palestinian Center for Policy and Survey Research e foi feita entre 22 de novembro e 2 de dezembro a uma amostra de 1231 pessoas na Cisjordânia e em Gaza, tem uma margem de erro de quatro pontos percentuais. Segundo a notícia da AP, em Gaza as entrevistas foram feitas a 481 pessoas durante a semana de cessar fogo que terminou a 1 de dezembro.
Khalil Shikaki, responsável pela sondagem disse a agência noticiosa que as pessoas residentes em Gaza são mais críticos do Hamas do que as que estão na Cisjordânia e que o apoio ao grupo terrorista tem tendência a aumentar durante períodos de conflito armado. 57% dos inquiridos em Gaza e 82& dos inquiridos na Cisjordânia acharam correto o ataque de 7 de outubro e a larga maioria concordou com a justificação do Hamas de que se tratou de um ato para defender um grande templo islâmico em Jerusalém contra judeus extremistas e para conseguir a libertação de prisioneiros palestinianos.
A AP lembra que os Estados Unidos pediram à Autoridade Palestiniana para, eventualmente, assumir o território de Gaza, sumando-o assim à Cisjordânia num caminho para a criação de um único estado. A Autoridade Palestiniana, liderada atualmente por Abbas, já governava os dois territórios, mas os militantes do Hamas tomaram a Faixa de Gaza em 2007.
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Telavive garante que guerra contra Hamas vai continuar “com ou sem apoio internacional”
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, garantiu hoje que a guerra contra o Hamas continuará “com ou sem apoio internacional”, depois de o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ter admitido divergências com os Estados Unidos da América (EUA).
“Israel continuará a guerra contra o Hamas com ou sem apoio internacional. Um cessar-fogo na fase atual é um presente para a organização terrorista Hamas e permitirá que esta regresse e ameace os residentes de Israel”, disse Cohen.
Estas palavras do chefe da diplomacia israelita surgem depois de, na terça-feira, o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter avisado que o Governo de Israel corre o risco de perder o apoio internacional pelos seus bombardeamentos indiscriminados contra a população civil da Faixa de Gaza, território controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas desde 2007.
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"Governo Israelita tem objetivos dúbios"
António José Telo acusa governo israelita de “lançar sensação ambígua” por estabelecer objetivos que “são um pouco de tudo”. Acredita que o país “não soube conjugar os tipos de manobras militares”.
Ouça aqui “Guerra na Terra Santa” da Rádio Observador.
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Número de mortes em Gaza sobe para 18.608 palestinianos, segundo o Hamas. Israel diz ter perdido 115 soldados
Pelo menos 18.608 palestinianos já terão morrido em Gaza desde 7 de outubro, segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. A atualização de números dá também conta de 50.594 feridos pelos ataques israelitas.
O exército de Israel também atualizou números de baixas. Os feridos de guerra são agora 1704. Entre eles 619 soldados atingidos em Gaza durante a operação terrestre e dos quais 139 ficaram feridos com gravidade. Os militares dão ainda conta de 115 soldados mortos na ofensiva terrestre.
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Gaza "é um inferno", diz alto representante da ONU
Philippe Lazzarini, comissário geral das Nações Unidas na a agência da ONU para os refugiados palestinianos, disse num encontro em Genebra que tinha chegado diretamente de Gaza e que “é um inferno”, segundo escreveu numa publicação na rede social X.
“As pessoas de Gaza estão a ficar sem tempo e opções enquanto enfrentam bombardeamentos, privações e doenças num espaço cada vez mais pequeno.”
I arrived at the Global Refugee Forum straight from #Gaza & I have to say, it is a living hell.
People of Gaza are running out of time & options as they face bombardment, deprivation & disease in an ever-ever-shrinking space.
My full remarks ???? #GRF2023https://t.co/UtJVXHBNQd pic.twitter.com/2NOdex4718
— Philippe Lazzarini (@UNLazzarini) December 13, 2023
Lazziri participou esta quarta-feira num encontro do UN Global Refugee Forum, em Genebra. Regressou na noite passada da sua terceira visita a Gaza desde o ataque de 7 de outubro.
“A maioria da população de Gaza foi forçada a deslocar-se, sobretudo para a parte sul da faixa. Rafah recebe agora bem mais de um milhão de pessoas. Costumava ser a casa de 280 mil pessoas”, disse Lazziri ao público, segundo cita o Guardian.
“Faltam as infraestruturas e recursos para apoiar tal população. Dentro dos nossos próprios armazéns vivem famílias em espaço ínfimos que estão separados por cobertores pendurados em finas estruturas de madeira.”
O alto representante da ONU disse ainda que Rafah se tornou numa “comunidade de tendas” e que à volta dos edifícios da UNRWA há “abrigos” e “pessoas desesperadas e com fome”. “A ajuda já não chega aos que não se conseguem deslocar para o sul”, acrescenta ainda. “Não há comida para a comprar, mesmo para aqueles que podem pagar. Nas lojas, as prateleiras estão vazias.”
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Entraram em Gaza 180 camiões e uma nova passagem foi aberta
Entraram em Gaza 180 camiões com ajuda humanitária e material médico. Entre estes estão 80 que entraram através da nova passagem de Kerem Shalom e os restantes atravessaram a passagem Al Ouga. A informação foi dada pelo chefe do Crescente Vermelho Egípcio no Sinai do Norte, Khaled Zayed, à NBC News esta quarta-feira.
Haverá ainda 120 camiões que ficaram ontem à espera de serem inspecionados hoje.
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Presidente da República cabo-verdiano contra abstenção na Organização das Nações Unidas sobre conflito Israel-Palestina
O Presidente cabo-verdiano pronunciou-se hoje contra a abstenção do país numa resolução das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Hamas, aprovada na terça-feira por 153 dos 193 países, como havia feito em outubro.
José Maria Neves discordou do governo e referiu, em comunicado, que o sentido de voto de Cabo Verde “jamais poderia ser o da abstenção”, tendo em conta “a magnitude do que está a acontecer no Médio Oriente, com uma escalada de violência que se tem traduzido num cenário de absoluta catástrofe humanitária, ceifando, já, mais de 18 mil vidas humanas, sendo 70% crianças”.
O chefe de Estado disse que, “tal como acontecera na votação da resolução que visava a abertura de um corredor humanitário em Gaza, também agora”, na votação por um cessar-fogo, “o voto abstenção por Cabo Verde não tem, por si, justificação suficiente”, sublinhando que não se reconhece nas votações.