Israel atacou com mísseis a região centro da Síria, causando quatro mortos, incluindo civis, na terceira ação do género atribuída ao Estado judeu numa semana, adiantaram os media estatais do país árabe e uma organização não-governamental (ONG).

A agência oficial de notícias SANA e a autoridade geral de rádio e televisão garantiram que as defesas antiaéreas sírias conseguiram abater alguns dos projéteis, sem adiantar detalhes sobre qual foi o objetivo da ação ou que “região central” foi afetada.

Já o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) reportou bombardeamentos contra posições militares na província de Homs, no centro do país, e afirmou que pelo menos nove explosões ocorreram esta noite na capital da região com o mesmo nome, bem como nos arredores da cidade.

O Egito confirmou ter recebido uma resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo que foi apresentada na semana passada e que inclui a libertação de reféns, de acordo com a Al Jazeera.

Mais cedo, em comunicado que é citado pela agência Reuters, o Hamas tinha dito que tinha recebido a proposta com “espírito positivo”, mas continuava a reiterar a necessidade de assegurar “um cessar-fogo abrangente e completo e por “fim à agressão” contra o seu povo, “garantido ajuda, abrigo e reconstrução” da Faixa de Gaza e conseguindo uma troca de prisioneiros.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, aterrou esta noite em Israel para continuar os esforços para que seja selado um novo acordo para um cessar-fogo entre Israel e Hamas e para libertar reféns em Gaza.

Nas últimas 24 horas, Blinken visitou a Arábia Saudita, o Egito e o Qatar, estando agora Israel. Em todos os países falou sobre um acordo para cessar-fogo e libertar reféns.

Blinken landing in Israel after a marathon day of shuttle diplomacy across the Middle East. Woke up in Riyadh, popped by Cairo for a Sisi meeting, then onto Doha where he heard about the Hamas response and wrapping up in Tel Aviv. pic.twitter.com/21phebOW3S

— Hümeyra Pamuk (@humeyra_pamuk) February 6, 2024

Ghazi Hamad, alto responsável do Hamas, disse, de acordo com o The Times of Israel, que o grupo pretende a libertação do maior número possível de palestinianos detidos em Israel.

O Hamas tem vindo a defender esta posição ao longo das últimas semanas, bem como a exigir um cessar-fogo permanente para a libertação de reféns.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, encontrou-se em Madrid com oito familiares de reféns do Hamas e exigiu “a sua libertação imediata e incondicional”.

Não há justificações para a violência”, escreveu, numa publicação na rede social X, antigo Twitter.

Na sua residência oficial, segundo o The Times of Israel, o primeiro-ministro espanhol encontrou-se também com um antigo refém, que foi libertado em novembro durante o cessar-fogo acordado entre o Hamas e Israel.

Nas redes sociais, onde partilhou um vídeo do encontro, Pedro Sánchez defendeu que “a solução de dois Estados, Israel e Palestina, coexistindo em paz e segurança” é a única “forma de resolver definitivamente o conflito”.

Hoy me he reunido con familiares de rehenes israelíes secuestrados por Hamás en los ataques terroristas del pasado 7 de octubre.

Exigimos su liberación inmediata y sin condiciones. No existe justificación para la violencia.

La solución de los dos Estados, Israel y Palestina,… pic.twitter.com/SOBYCHLM5q

— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) February 6, 2024

O Presidente da República reuniu-se esta terça-feira com uma delegação de familiares dos reféns que se encontra a visitar Portugal. O encontro foi organizado pela Embaixada israelita.

O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, reuniu-se hoje com a delegação das famílias dos reféns e disse-lhes que Portugal mantém a pressão para que os reféns regressem a casa.
A delegação inclui 7 famílias de reféns, todas elas com ligações a Portugal, e… pic.twitter.com/OyWynE4qr3

— Israel em Portugal???????????????? (@IsraelinPT) February 6, 2024

Nesta reunião estiveram presentes representantes de sete famílias. De acordo com a nota partilhada pela Embaixada israelita em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa disse às família que “era importante conhecê-las e ouvir as suas histórias em primeira mão”.

O esforço para devolver os reféns transcende fronteiras e é internacional. Há também vários reféns com ligação a Portugal, por isso devemos exercer pressão para que todos os reféns regressem rapidamente a casa”, afirmou Dor Shapira, embaixador de Israel em Portugal.

O Presidente dos Estados Unidos comentou esta terça-feira a alegada resposta do Hamas a um eventual acordo de cessar-fogo temporário em Gaza para a libertação de reféns.

Ainda assim, Joe Biden considerou a resposta do grupo “um pouco exagerada”, cita a Sky News.

O governo de Israel confirmou esta terça-feira que os comentários do Hamas estão a ser estudados por todas as partes envolvidas no processo, embora não tenha dado muitos detalhes.

A resposta do Hamas foi transmitida pelo mediador do Qatar à Mossad. Os seus detalhes estão a ser minuciosamente avaliados pelas autoridades envolvidas nas negociações”, lê-se no comunicado partilhado na rede social X (antigo Twitter).

Prime Minister's Office – Mossad Announcement:

Hamas's reply has been conveyed by the Qatari mediator to the Mossad. Its details are being thoroughly evaluated by the officials involved in the negotiations.

— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) February 6, 2024

Treze pessoas acusadas de homossexualidade foram condenadas à morte no Iémen por um tribunal de uma região nas mãos dos rebeldes houthis, segundo uma fonte judicial.

O julgamento teve lugar em Ibb, uma província controlada por estes rebeldes próximos do Irão, cujos ataques a navios no Mar Vermelho e no Golfo de Adén estão a perturbar o tráfego marítimo mundial.

Das 16 pessoas acusadas, três foram condenadas a penas de prisão, segundo a fonte judicial, que falou sob condição de anonimato por não estar autorizada a falar com a imprensa. Trinta e cinco outras pessoas foram detidas recentemente em Ibb por razões semelhantes, acrescentou.

De visita a Israel, o Presidente da Argentina, Javier Milei, disse que está a trabalhar para declarar o Hamas uma organização terrorista.

Além disso, durante um encontro com o homólogo israelita, Isaac Herzog, Milei adicionou que enviou um projeto de lei ao congresso argentino a exigir a libertação dos reféns, com “particular foco nos reféns argentinos, 11 dos quais ainda em cativeiro”.

Citado pelo The Times of Israel, o líder argentino reiterou que o regresso dos reféns a casa “não pode esperar mais”, uma vez que o “sofrimento é imenso”.

Após o Qatar ter dito que recebeu uma resposta “positiva” do Hamas para um acordo para a libertação de reféns, o grupo em conflito com Israel disse ter-se “envolvido na proposta com um espírito positivo”. Ainda assim, continua a exigir um cessar-fogo permanente e a “garantia de ajuda, abrigo e reconstrução” da Faixa de Gaza, bem como a libertação de prisioneiros palestinianos.

São condições que, segundo o The Times of Israel, não são prioritárias para Telavive, que defende que sejam feitas pequenas pausas no conflito para uma libertação faseada dos reféns que permanecem em Gaza.

O primeiro-ministro do Qatar diz que recebeu resposta “positiva” do Hamas para um acordo para a libertação de reféns. A notícia está a ser avançada pela agência de notícias AFP na rede social X.

#BREAKING Qatar PM says received 'positive' response from Hamas on hostage deal pic.twitter.com/XkRE5Jv4CM

— AFP News Agency (@AFP) February 6, 2024

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, voltou a encontrar-se com famílias britânicas cujos entes queridos foram feitos reféns em Gaza pelo Hamas.

Na rede social X, Sunak classificou o momento que as famílias estão a passar como “horror impensável”. E reiterou que o Reino Unido vai continuar a fazer “tudo” o que estiver ao seu alcance para que os reféns regressem a casa “em segurança”.

To have a loved one taken hostage by terrorists is an unthinkable horror.

Today I met again with British families still going through that harrowing ordeal.

We will continue to do all we can to bring hostages held by Hamas in Gaza safely home. pic.twitter.com/2F28R7PGhp

— Rishi Sunak (@RishiSunak) February 6, 2024

Num dia marcado pela notícia do The New York Times de que mais de um quinto dos reféns ainda presos em Gaza morreu, as famílias daqueles que permanecem nas mãos do Hamas voltam a sair às ruas de Israel.

De acordo com o Haaretz, dezenas de familiares dos reféns manifestam na principal rua de Telavive com cartazes onde se lê que “não há vitória sem o regresso” dos seus entes queridos.

O Hamas considerou os planos do Presidente da Argentina, Javier Milei, para transferir a embaixada do país para Jerusalém como uma “violação dos direitos” do povo palestiniano “às suas terras”. E ainda “uma violação das regras do direito internacional, considerando Jerusalém como um território palestiniano ocupado”.

A posição do Hamas foi transmitida à Al Jazeera.

Alemanha contribuirá com uma fragata para a missão europeia no Mar Vermelho contra os ataques dos rebeldes Huthis, confirmou hoje o Ministério da Defesa alemão, anunciando que o navio zarpará quinta-feira de Wilhelmshaven (norte).

A fragata participará na operação “Aspides” para “proteger a navegação comercial e a liberdade das vias marítimas” no Mar Vermelho, “enquanto se aguarda a receção de um mandato europeu e nacional”, disse o ministério.

Cerca de 240 soldados viajarão a bordo do “Hessen”, que tem vindo a efetuar manobras nos mares do Norte e Báltico como parte das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) nos últimos seis meses.

“Uma potencial operação no Mar Vermelho será um novo teste de força para o navio e a sua tripulação”, disse o comandante do navio, capitão Volker Kübsch, segundo o ministério.

“Lá [no Mar Vermelho], a ameaça já não é abstrata, mas completamente concreta e é constituída por um grande número de armas que são usadas regularmente”, acrescentou, referindo-se aos ataques dos rebeldes iemenitas pró-iranianos Huthis.

Sábado, a Itália anunciou que lhe foi atribuído o comando tático da missão, na qual participará com o envio de um navio, segundo o ministro da Defesa, Guido Crosetto, italiano

No seguimento da notícia do The New York Times, que avançou que pelo menos 32 dos 136 reféns morreram e que as famílias tinham sido informadas, a organização Hostage and Missing Families Forum (que reúne familiares de reféns e de desaparecidos desde o início do conflito) afirma que as Forças de Defesa de Israel apenas confirmaram que 31 das pessoas que estavam em cativeiro morreram.

“De acordo com a informação oficial que temos, há 31 vítimas. Antes de o artigo ser publicado, essa mensagem oficial foi transmitida a todas as famílias dos reféns” e “não há” alterações a registar, disseram as famílias em comunicado, segundo o The Times of Israel.