Momentos-chave
- Lutadores russos renunciam em bloco a participar nos Jogos Olímpicos
- Pelo menos 11 mortos e 43 feridos em bombardeamento russo em Donetsk
- Novo primeiro-ministro do Reino Unido já falou com Zelensky
- Próxima cimeira da NATO já está marcada negativamente pela debilidade de Biden, diz ex-MNE
- Hungria cancela reunião com Alemanha após encontro com Putin
- EUA evitam comprometer-se com adesão "irreversível" da Ucrânia à NATO
Histórico de atualizações
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Ataques russos na Ucrânia provocam oito mortos e 16 feridos nas últimas 24 horas
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Biden pode reunir-se com Zelensky na próxima semana
O Presidente dos EUA, Joe Biden, pode reunir-se com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenksy, na próxima semana, à margem da cimeira da NATO em Washington. A notícia foi avançada pelo ucraniano Pravda, que cita um alto funcionário norte-americano.
“Embora o Presidente [Biden] tenha uma agenda bastante ocupada devido à sua dedicação enquanto anfitrião da cimeira, estamos a trabalhar para organizar várias reuniões com líderes mundiais, à margem da cimeira, incluindo o Presidente Zelensky”, avançou o responsável, cuja identidade não foi revelada.
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Cimeira da NATO vai discutir cooperação entre Ucrânia e Coreia do Sul, diz Stoltenberg
A cimeira da NATO vai discutir como aumentar a cooperação entre a Ucrânia e a Coreia do Sul, avançou Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, citado pelo Kyv Independent.
A cimeira da NATO vai realizar-se na próxima semana, entre os dias 9 e 11 de julho, em Washington, Estados Unidos.
⚡️Stoltenberg: NATO summit will discuss cooperation between Ukraine, South Korea.
The upcoming NATO summit will discuss ways to increase cooperation between Ukraine and South Korea, NATO Secretary General Jens Stoltenberg said on July 5. "The flagship project is partly related…
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) July 6, 2024
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Lutadores russos renunciam em bloco a participar nos Jogos Olímpicos
Os lutadores russos autorizados a competir em Paris2024 sob bandeira neutra recusaram, unanimemente, participar nos Jogos Olímpicos, em protesto contra as restrições impostas devido à guerra na Ucrânia, anunciou hoje a Federação Russa de Lutas.
“Recusamos aceitar o princípio não desportivo de seleção em que o Comité Olímpico Internacional (COI) se baseou para criar a lista de atletas autorizados e cujo objetivo é minar a unidade da nossa equipa”, afirmou a federação russa, em comunicado.
O organismo assinalou que conseguiu obter “16 licenças, em 18 possíveis” (…) sob condições de ameaças de sanções e restrições infundadas”, apesar de o COI ter reduzido a lista final para 10, retirando os atletas mais bem-sucedidos.
Entre os ausentes mais sonantes estão Abdulrashid Sadulaev, bicampeão olímpico, e Zaur Uguev, bicampeão mundial, o que levou a federação russa a lamentar que “o mundo unificado da luta” tenha perdido a “última oportunidade de ver uma competição entre os mais fortes nos Jogos Olímpicos”.
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Numa semana, Moscovo usou "mais de 600 bombas aéreas guiadas" contra Kiev, diz Zelensky
Numa semana, a Rússia terá usado “mais de 600 bombas aéreas guiadas, mais de 60 drones ‘Shahed’ e quase 40 mísseis de vários tipos” para provocar danos na Ucrânia, escreveu Volodymyr Zelensky este sábado na rede social X.
O Presidente ucraniano adiantou ainda que a defesa aérea de Kiev foi “significativamente reforçada graças à Alemanha e Estados Unidos”.
Our people continuously suffer from Russian terror. This week alone, Russia has used over 600 guided aerial bombs, more than 60 “Shahed” drones, and nearly 40 missiles of various types.
We have significantly strengthened our air defense shield this week, thanks to Germany and… pic.twitter.com/g5BghBfjGB
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 6, 2024
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Pelo menos 11 mortos e 43 feridos em bombardeamento russo em Donetsk
Pelo menos 11 pessoas morreram e 43 ficaram feridas na região ucraniana de Donetsk devido a bombardeamentos russos, anunciou o governador local, estando 348 povoações sem eletricidade após um ataque a uma infraestrutura energética na região de Sumi.
“Durante o dia, os russos mataram 11 residentes da região de Donetsk e 43 outras pessoas ficaram feridas. Houve 2.326 ataques inimigos na frente de batalha. 25 aldeias foram atingidas”, disse o governador da província de Donetsk, Vadim Filashkin, no Telegram.
Entre os mortos estão cinco pessoas na aldeia de Selidove, três em Chasovoi Yar e outros em Komar, Toretsk e Ukrainsk. Há também 43 feridos: 15 em Selidovo, 18 em Komar e três em Toretsk, a que se juntam mais dois em Ukrainska e um em Kostiantinivka, Ivanivka, Peresbudo, Sloviansk e Druzhba.
Por outro lado, um homem de 43 anos foi morto por um bombardeamento russo em Odradokamianka, na região de Kherson, segundo publicou no Telegram o governador ucraniano de Kherson, Oleksandr Prokudin.
Entretanto, o Ministério da Energia ucraniano informou hoje que cerca de 100.400 assinantes num total de 348 povoações continuavam sem eletricidade esta manhã, depois de um ataque russo na sexta-feira à noite a uma infraestrutura energética na região de Sumi, no norte da Ucrânia.
“Uma instalação elétrica na região de Sumi foi atacada ontem à noite. Como resultado, os consumidores domésticos e industriais nas regiões de Sumi (em particular a cidade de Sumi) e Kharkov ficaram sem eletricidade”, avançou o ministério num comunicado na sua conta no Telegram.
O ministério afirmou que, embora os consumidores da região de Kharkov já tenham sido reconetados à rede, 100.400 assinantes em 348 povoações na região de Sumi ainda estavam sem energia esta manhã.
O abastecimento de água à cidade de Sumi também foi temporariamente interrompido devido a um ataque de drones russos, informou a emissora pública ucraniana Suspilne, com base na empresa de água Gorvodokanal.
Por sua vez, a empresa nacional de energia Ukrenergo decidiu não aplicar restrições ao consumo entre as 10:00 e as 15:00 de hoje em toda a Ucrânia, devido ao menor consumo durante o fim de semana e ao aumento da produção nas centrais elétricas.
O Ministério da Energia acrescentou que, na sexta-feira, a Ucrânia recebeu eletricidade excedentária do sistema elétrico polaco a pedido da Polónia, o que lhe permite cobrir parcialmente o défice de capacidade resultante dos ataques maciços da Rússia ao sistema elétrico.
O executivo referiu também que uma linha aérea de alta tensão que liga os sistemas elétricos ucraniano e moldavo esteve por um breve período fora de serviço na sexta-feira à noite, mas já foi restabelecida.
De acordo com o ministério, estão previstas para hoje importações de eletricidade de 35.957 Megawatts/hora e nenhuma exportação.
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Novo primeiro-ministro do Reino Unido já falou com Zelensky
O recém-eleito primeiro-ministro Keir Starmer falou aos jornalistas após a primeira reunião do novo governo britânico. Aí, anunciou já ter falado com alguns líderes mundiais.
Entre estes está o ucraniano Volodymyr Zelensky, na noite de sexta-feira. O governante britânico não entrou em detalhes, mas afirmou ter dado a garantia de que o Reino Unido vai continuar a apoiar Kiev.
Para Starmer, segurança e defesa constituem o “principal dever” do seu Governo.
O primeiro-ministro britânico adiantou ainda que nos próximos dias irá viajar para Washington DC, nos Estados Unidos, para se juntar depois à cimeira da NATO.
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Próxima cimeira da NATO já está marcada negativamente pela debilidade de Biden, diz ex-MNE
O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros António Martins da Cruz considera que a próxima cimeira da NATO já está marcada pela debilidade do Presidente norte-americano, num encontro que será dominado pelo apoio à Ucrânia e outras incertezas em Washington.
A cimeira, a decorrer entre terça e quinta-feira na capital norte-americana e que irá assinalar o 75.º aniversário da NATO, tem desde já uma marca “menos positiva”, quando os aliados se confrontarem com um Presidente dos Estados Unidos que “recebe os outros chefes de estado e de governo algo debilitado”, observou Martins da Cruz em declarações à agência Lusa.
O antigo diplomata, que foi embaixador na NATO nos anos 90 e depois chefe da diplomacia portuguesa (2002-2003), aludia às notórias dificuldades do Presidente norte-americano, Joe Biden, no debate televisivo que travou no final de junho com o adversário republicano Donald Trump.
“O conflito na Ucrânia veio demonstrar que, cada vez mais, a defesa e a segurança de muitos países europeus depende da Aliança Atlântica e do apoio dos Estados Unidos”, alerta o antigo governante.
E este é o caso concreto de Portugal: “A nossa defesa e a nossa segurança estão garantidas porque nós fazemos parte da NATO e estão garantidas porque os Estados Unidos assim o garantem.”
O antigo embaixador considera ser inevitável, na próxima cimeira, a abordagem do “reforço do papel” de Washington de modo a “assegurar a capacidade de dissuasão dos estados europeus”.
Martins da Cruz considera que a invasão russa da Ucrânia ”está a fazer retornar a NATO para preocupações europeias e isso é obviamente um problema que tem de ser sublinhado”, insistindo na relevância da escolha do futuro líder da Casa Branca.
“Podem os Estados Unidos continuar a garantir a segurança e a defesa da Europa?”, questionou.
Em simultâneo, Martins da Cruz duvida que a proposta do secretário-geral cessante, o norueguês Jens Stoltenberg, de apoio financeiro a longo prazo à Ucrânia, no valor de 40 mil milhões de euros anuais, seja acolhida, devendo manter-se o modelo de ajuda a Kiev a nível bilateral de cada aliado.
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Hungria cancela reunião com Alemanha após encontro com Putin
Um dia depois de o primeiro-ministro húngaro se reunir com Vladimir Putin, o ministro dos Negócios Estrangeiros desse país cancelou uma reunião programada com o seu homólogo alemão.
O encontro entre o governante húngaro e alemão estava programado para segunda-feira, em Budapeste. Mas acabou por ser cancelada, com o MNE da Hungria a alegar razão técnicas, avança a CNN, que cita um comunicado.
No documento, o Governo liderado por Viktor Orbán, invocou uma “alteração imprevisível” para cancelar a reunião: “Devido a uma alteração imprevisível no calendário do ministro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros pediu que a visita aconteça numa data posterior, idealmente no futuro próximo. A razão é puramente técnica e não política.”
Sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha disse estar “estupefacto” com este cancelamento. E disse ser necessária uma discussão “séria e honesta” com o Governo de Orbán após o líder hungaro ter viajado até à Rússia.
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EUA evitam comprometer-se com adesão "irreversível" da Ucrânia à NATO
Os EUA prometeram hoje que a cimeira da NATO, que se realiza em Washington, na próxima semana, vai concluir com um comunicado conjunto em apoio à adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.
Mas os norte-americanos não se comprometeram com a inclusão da palavra “irreversível” como Kiev pretendia.
“Esperamos que a declaração da cimeira, que ainda se está a negociar, inclua sinais muito fortes de apoio à entrada da Ucrânia e que também sublinhe a importância de a Ucrânia fazer reformas na economia, na segurança e na democracia”, disse a jornalistas uma fonte do governo do presidente Joe Biden.
A mesma fonte esquivou a pergunta sobre se se vai incluir a palavra “irreversível” no comunicado final, como tinha solicitado o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski.
A posição da Casa Branca é a de o comunicado conter uma “linguagem forte”, em que fique claro que a Ucrânia vai entrar na NATO no futuro.
O que o governo de Biden oferece à Ucrânia é um compromisso de longo prazo para garantir a sua defesa e melhorar a formação das suas tropas.
Em todo o caso, Kiev quer que os aliados reconheçam que a entrada futura da Ucrânia é um processo sem retorno.
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Pode rever os acontecimentos da passada sexta-feira aqui.