O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, fez hoje um discurso em que compara a atual guerra em Gaza com a deslocação forçada de palestinianos em 1948 — o Nakba —, descrevendo que a situação é hoje pior do que aquilo que aconteceu há 75 anos.

Citado pela Al Jazeera, Mahmoud Abbas pediu o fim das atividades militares em Gaza, apelando à entrada de ajuda humanitária na região.

Expondo que Israel que expulsar os palestinianos de Gaza e da Cisjordânia, Mahmoud Abbas saudou as posições do Egito e da Jordânia sobre o assunto, países que se opõem categoricamente a essa hipótese.

Mahmoud Abbas deixou ainda algumas críticas aos Estados Unidos, criticando Washington por vetar todas as propostas que visam estabelecer um cessar-fogo permanente em Gaza.

O Pentágono anunciou hoje que abateu 12 drones, três mísseis balísticos antinavio e dois mísseis de cruzeiro que os Houthis dispararam para o Mar Vermelho nas últimas horas.

Na conta do X (antigo Twitter), o Pentágono garantiu que não houve “danos nos navios” nem registo de ferimentos.

U.S. assets, to include the USS LABOON (DDG 58) and F/A-18 Super Hornets from the Eisenhower Carrier Strike Group, shot down twelve one-way attack drones, three anti-ship ballistic missiles, and two land attack cruise missiles in the Southern Red Sea that were fired by the… pic.twitter.com/vRQ5e6Au6d

— U.S. Central Command (@CENTCOM) December 26, 2023

O emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al-Thani, falou hoje com o Presidente norte-americano, Joe Biden, sobre o conflito entre o Hamas e Israel.

Numa nota publicada na agência de notícias do Qatar, Tamim bin Hamad Al-Thani referiu que abordou com Joe Biden “esforços de mediação para acalmar a situação para atingir um cessar-fogo permanente”.

Adicionalmente, os dois líderes discutiram “questões estratégicas entre dois países” que mantêm uma “relação amigável” e de que forma é que se podem “apoiar” mutuamente.

As famílias dos reféns que foram levados por membros do Hamas para a Faixa de Gaza no passado dia 7 de outubro organizaram uma manifestação em frente à base militar Kirya, em Telavive, onde estão hoje reunidos os membros do gabinete de guerra.

הערב בכניסה לקריה: רכבו של השר לביטחון לאומני @itamarbengvir, כמעט דורס מפגינים ממשפחות החטופים, שרק ביקשו לדבר איתו לפני שהוא נכנס לישיבת הקבינט.
כמה סמלי – זה בדיוק היחס שלו לבני משפחות החטופים.
כאילו הם נטל, מטרד שמפריע לו בדרכו, ואפשר להתעלם מהם ו(כמעט) לדרוס.
בושה. pic.twitter.com/wQf63aW4jU

— Nava Rozolyo נאווה רוזוליו (@rozolyo) December 26, 2023

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, admitiu hoje que o país “expandiu a ofensiva” para campos de refugiados na Faixa de Gaza.

Citado pelo jornal Guardian, Daniel Hagari disse que Israel vai continuar a “adotar a operação, o método e a composição das forças de acordo com as necessidades operacionais”.

A deputada palestiniana Khalida Jarrar, da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), foi hoje detida pelo exército israelita, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, informou o seu marido à agência France Presse.

A deputada, de 60 anos, foi presa na casa de família numa ação realizada na última madrugada, relatou Ghassan Jarrar, tendo a detenção sido também confirmada pela FPLP e pelo exército israelita.

Em comunicado, a FPLP afirmou que o exército israelita “lançou na manhã de terça-feira uma ampla campanha de detenções entre os líderes e membros da FPLP na Cisjordânia ocupada”.”Estas prisões não vão quebrar a vontade do nosso povo”, acrescentou.

Também em comunicado, o exército israelita confirmou a detenção de Khalida Jarrar, que apresentou como “líder da FPLP” na Cisjordânia, alegando ser “procurada por terrorismo”.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, anunciou hoje que elegeu a ministra das Finanças holandesa, Sigrid Kaag, para o cargo de coordenadora humanitária sénior e de reconstrução em Gaza.

Num comunicado, as Nações Unidas especificam que este cargo tem como objetivo assegurar a chegada de ajuda humanitária de forma “imediata e segura” à população palestiniana na Faixa de Gaza.

“Neste novo papel, Sigrid Kaag vai facilitar, coordenar, monitorizar e verificar o alívio humanitário em Gaza. Também estabelecer um mecanismo das Nações Unidas para acelerar a chegar de ajuda humanitária a Gaza através de Estados que não fazem parte do conflito”, lê-se no comunicado.

Após a vitória do partido de extrema-direita holandesa nas eleições, o Partido Pela Liberdade, o partido centrista D66 de que faz parte Sigrid Kaag não deve apoiar uma nova solução governativa, significando que a ministra vai deixar as funções que atualmente desempenho no governo.

Antes de ter sido ministra das Finanças, Sigrid Kaag foi ministra do Comércio e ministra dos Negócios Estrangeiros no governo holandês. Antes disso, já tinha desempenhado vários cargos no seio das Nações Unidas.

Os Houthis, do Iémen, emitiram hoje um comunicado em que admitem que atacaram um navio comercial da empresa de transportes MSC.

Para além disso, aquele grupo islâmico também reivindicou os ataques com drones ao sul de Israel, mais concretamente na cidade de Eilat, e também em outras partes “da Palestina ocupada”.

No mesmo comunicado, os Houthis confirmam que vai continuar as operações subversivas contra “navios israelitas”.

Um dos principais dirigentes do Hamas, Osama Hamdan, deu hoje uma conferência de imprensa em Beirute, onde se encontra neste momento.

De acordo com a Al Jazeera, o Hamas considera que Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, está sem qualquer rumo, nem tem nenhum objetivo em mente sobre a estratégia de guerra na Faixa de Gaza. As críticas estendem-se ao gabinete de guerra (composto igualmente pelo ministro da Defesa Yoav Gallant e o ministro sem pasta, Benny Gantz), que, segundo Osama Hamdan, não consegue atingir os objetivos a que se propôs.

Para além disso, Osama Hamdan alertou todos os países que Benjamin Netanyahu se prepara para expulsar os palestinianos da Faixa de Gaza, obrigando a uma imigração forçada dos residentes para outros países.

Sobre os parceiros de Israel, Osama Hamdan referiu que a administração Biden diz que tenta salvar de civis em Gaza, mas depois “fornece armas a Israel”: “As mãos [dos Estados Unidos] estão manchadas de sangue das crianças de Gaza”.

No apoio externo, Osama Hamdan saudou ainda o apoio dos Houthis do Iémen no apoio de Gaza.

Na mesma conferência de imprensa, o responsável frisou que o Hamas não vai aceitar um cessar-fogo limitado, querendo, em vez disso, um cessação das hostilidade definitiva.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avisou hoje que a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza vai “intensificar-se” no sul daquele território.

Num vídeo publicado na sua conta pessoal do X (antigo Twitter), o chefe do executivo israelita deixou um aviso aos “terroristas do Hamas”: “Nós estamos a ver-vos e nós vamos atrás de vocês. Vamos continuar a guerra. Vamos lutar até ao fim”.

יש לנו לוחמים על הקרקע ומתחת לקרקע, ויש לנו עיניים בשמיים.

אנחנו אומרים למחבלי החמאס:

אנחנו רואים אתכם ואנחנו נגיע אליכם.

אנחנו ממשיכים במלחמה, מעמיקים את הלחימה בדרום הרצועה ובמקומות אחרים.

אנחנו נלחמים עד הסוף. pic.twitter.com/FBnKLon112

— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) December 26, 2023

Agradecendo aos militares por “darem tudo” durante o conflito, Benjamin Netanyahu prometeu que os soldados vão “receber tudo o que merecem” por estar a lutar por Israel.

Mark Regev, um dos conselheiros do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, reconheceu hoje, em declarações à CNN internacional, que existem algumas divergências entre os Estados Unidos e Israel.

“Temos discussões num ou noutro assunto tático”, afirmou Mark Regev.

No entanto, o responsável garantiu que Israel ouve “muito atentamente o que quer que Washington diga”, ao mesmo tempo que Mark Regev acredita que os Estados Unidos “ouçam muito cuidadosamente o que quer” que Telavive diga.

“Estamos do mesmo lado. Queremos ver o Hamas destruído”, assegurou o conselheiro de Benjamin Netanyahu.

O chefe das Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi, admitiu hoje que o conflito entre o país e o Hamas “vai durar muitos meses”.

Numa conferência de imprensa após ter visitado soldados que lutam no norte da Faixa de Gaza, Herzi Halevi manifestou-se “impressionado” pela maneira como as tropas “lutam, trabalham e estão a alcançar os objetivos que foram propostos”: “As Forças de Defesa de Israel estão quase a desmantelar os batalhões do Hamas no norte da Faixa de Gaza”.

Citado pelo Times of Israel, o líder militar disse que já foram eliminados “muitos terroristas e comandantes, alguns deles que se renderam”. “Destruímos muitas infraestruturas debaixo da terra e armas”, prosseguiu.

Não obstante, Herzi Halevi recordou que a Faixa de Gaza é uma “área urbana densamente populada”, em que os “terroristas se vestem como civis”. “Não se pode dizer que matamos todos”, afirmou.

Assegurando que Israel está a fazer um “uso profissional, racional e calculado dos recursos” que tem à sua disposição, o chefe das Forças de Defesa indicou que as tropas estão “preparadas para a continuação dos combates em todas as arenas”.

“A guerra é necessária e não tem objetivos fáceis de alcançar, tem lugar num território complexo. É por isso que a guerra vai continuar por muitos meses e nós vamos trabalhar com diferentes métodos, para que os objetivos sejam mantidos a longo prazo”, clarificou o militar.

Para Herzi Halevi, não há “soluções mágicas, nem atalhos” no que diz respeito ao desmantelamento “da organização terrorista”. É necessário, portanto, “luta determinada e persistente”.

Israel vai atingir a liderança do Hamas, quer “leve uma semana, quer leve meses”, disse o chefe das Forças de Defesa de Israel, que assinalou que está a ser aumentada a “pressão militar de diferentes formas”.

“Esta pressão permite que se atinjam objetivos: o desmantelamento do Hamas e o regresso do Hamas”, elucidou Herzi Halevi.

O ministro dos Assuntos Estratégicos israelita, Ron Dermer, vai hoje encontrar-se com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e com o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, em Washington, anunciou a Casa Branca.

De acordo com o que apurou o jornal israelita Hareetz, um dos pontos da agenda no encontro será a discussão do futuro de Gaza após a guerra. Além disso, será discutida a questão dos reféns que mantêm desde 7 de outubro na Faixa de Gaza.

Um rocket disparado de Gaza atingiu uma antiga sinagoga na região de Sdot Negev, em Israel, reporta o Haaretz. Não há registo de vítimas. Um vídeo, partilhado na rede social X, e difundido pelo Times of Israel, mostra os danos no edifício.

רקטה פגעה בבית כנסת בשדות נגב, אין נפגעים@SteinmanTamir pic.twitter.com/7Hoy3Xwfo8

— החדשות – N12 (@N12News) December 26, 2023

O exército israelita declarou esta terça-feira ter detido Khalida Jarrar, figura proeminente da Frente Popular de Libertação da Palestina, uma fação da Organização de Libertação da Palestina considerada um grupo “terrorista” por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A detenção ocorreu na sequência de uma rusga a sua casa, na Cisjordânia ocupada. Outros ativistas do seu partido também foram detidos pelas forças israelitas.

“Khaleda Jarrar, uma terrorista procurada, foi detida… juntamente com outros ativistas da FPLP”, declarou o exército em comunicado, citado pela France 24.

Khalida Jarrar, 60 anos, foi eleita deputada nas últimas legislativas, em 2006 e, desde então, já esteve várias vezes em prisões israelitas. Em 2021, foi condenada a dois anos de cadeia, no mesmo ano em que a sua filha, de 30 anos, que trabalhava na área dos direitos humanos, foi encontrada morta em casa.