As Forças de Defesa de Israel interceteram esta noite um projétil “suspeito” que se dirigia para território israelita, vindo da Síria, escreve o Haaretz, citando o porta-voz das IDF.

De acordo com as IDF, o projétil não chegou a entrar no espaço aéreo de Israel.

Recorde-se que, esta sexta-feira, mais de 40 pessoas morreram na região síria de Alepo na sequência de um ataque aéreo levado a cabo por Israel.

Segundo avança o jornal Haaretz, pelo menos 16 pessoas foram detidas depois das várias escaramuças entre manifestantes e polícia em Telavive, esta noite.

A polícia realça que alguns dos manifestantes perturbaram a ordem pública e colocaram em risco a vida dos agentes policiais.

Está a subir a tensão entre a polícia e os manifestantes que protestam em Telavive contra o governo de Netanyahu e pela libertação dos reféns que se encontram em Gaza. A imprensa israelita fala em escaramuças em vários locais da capital de Israel.

Os manifestantes bloquearam já a autoestrada Ayalon, nos dois sentidos. Em resposta, a polícia começou por deter e remover algumas pessoas mas acabou por usar canhões de água para dispersar a multidão, avança o Times of Israel.

מכתזית באיילון

קרדיט אדר איל Adar Eyal pic.twitter.com/AMjSZqMmGX

— אלימות ישראל (@Alimut_Israel) March 30, 2024

Noutra zona da capital, na Begin Street, registaram-se escaramuças entre os manifestantes e a polícia — depois de os agentes terem pedido às pessoas que dispersassem, uma vez que considera a concentração ilegal.

המשטרה מפעילה את מערכת הצעקה במטרה לפנות מפגינים מדרך בגין pic.twitter.com/LxWUf2lU0n

— Bar Peleg (@bar_peleg) March 30, 2024

Também se registam protestos noutros pontos do país. Em Beersheba, no sul, os manifestantes bloquearam a estrada Yitzhak Rager, a maior da cidade, enquanto pediam a libertação dos reféns em Gaza e a realização de eleições em Israel — reivindicações que são comuns a todas as manifestantes que decorrem esta noite.

Também há notícia do bloqueio de uma estrada em Sderot, uma cidade junto à Faixa de Gaza.

O segundo navio com ajuda alimentar com destino aos habitantes da Faixa de Gaza (e que carrega mais de 300 toneladas de comida) já saiu do porto da cidade de Larnaca, no Chipre, noticia a Reuters.

O navio dirige-se agora para sul, através do mar Mediterrâneo, sendo que a ajuda deverá chegar à Faixa de Gaza no início da próxima semana, depois de uma viagem de cerca de 60 horas.

O navio — com comida doada pela ONG norte-americana World Central Kitchen — vai poder aportar na costa de Gaza, depois de Israel ter levantado o bloqueio naval ao enclave, que durava há já 17 anos.

As negociações entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Egipto, vão ser retomadas este domingo, no Cairo, noticia a Reuters, citando a televisão egípcia Al Qahera.

Recorde-se que as negociações, com vista a um cessar-fogo, foram interrompidas no início de março quando a delegação do Hamas deixou o Cairo, alegando que as propostas de Israel não “atendiam às exigências mínimas”.

Centenas de israelitas estão neste momento em protesto à porta da casa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na Cesareia. A sua principal exigência é a realização de eleições antecipadas.

“O estado mental destrutivo de Netanyahu precisa de uma declaração de incapacidade cognitiva e de liderança”, afirmou no protesto Amos Malka, antigo diretor dos serviços de informações militares, de acordo com o Haaretz.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) e o Shin Bet (serviços de informações israelitas) anunciaram em comunicado ter matado três militantes de relevo do Hamas numa operação no hospital Al-Shifa, em Gaza.

De acordo com o comunicado, citado pelo Haaretz, os três membros são os seguintes:

• Zakaria Najib, autor do rapto e homicídio do soldado israelita Nachson Wachsman em 1994;
• Fadi Duyk, que participou no ataque a tiro na Cisjordânia em 2002;
• Mahmoud Halil Zakzouk, vice-comandante das operações com rockets do Hamas.

Cerca de nove mil pacientes da Faixa de Gaza devem ser retirados com urgência para tratamento, numa altura em que o território palestiniano tem apenas 10 hospitais a funcionar em mínimos, alertou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Com apenas 10 hospitais a operar com capacidade mínima em Gaza, milhares de pacientes continuam privados de cuidados de saúde”, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, numa publicação nas redes sociais.

Antes da guerra, Gaza tinha 36 hospitais, segundo dados da OMS.

“Cerca de nove mil pacientes precisam de ser transferidos urgentemente para o estrangeiro para serviços de saúde vitais, incluindo tratamento de cancro, ferimentos causados por bombardeamentos, diálise renal e outras doenças crónicas”, disse o responsável.

Este número corresponde a mais mil pacientes do que na última contagem avançada pela OMS, no início do mês.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) terão matado um adolescente de 13 anos na cidade de Qabatiya, na Cisjordânia.

Segundo o Exército israelita, os soldados terão disparado depois de terem sido atingidos primeiro por um grupo de “terroristas”, noticia o Haaretz. Contudo, “as circunstâncias do incidente estão a ser investigadas”.

Cinco palestinianos morreram hoje e 30 ficaram feridos, devido a um tiroteio e uma fuga desordenada de pessoas durante a distribuição de ajuda alimentar, informou o Crescente Vermelho da Palestina.

De acordo com a organização de ajuda humanitária, três dos mortos foram atingidos por tiros, enquanto milhares de pessoas aguardavam a chegada de cerca de quinze camiões de farinha e outros alimentos, provenientes do Kuwait, nos arredores da cidade de Gaza, palco de incidentes anteriores nas últimas semanas.

Vídeos filmados pela agência AFP mostram camiões a avançar no escuro, passando por lixo a arder, e ouvem-se também tiros, gritos e buzinas de veículos pesados de mercadorias a tentar avançar.

Segundo testemunhos relatados à agência de notícias francesa, membros dos “comités de proteção popular”, responsáveis pela fiscalização da distribuição de ajuda, dispararam para o ar, ferindo várias pessoas, enquanto os camiões atropelaram outras.

Ao mesmo tempo, segundo os relatos, tanques israelitas posicionados a algumas centenas de metros de distância disparavam.

Contactado pela AFP, o exército israelita não respondeu.

O ministério da Saúde controlado pelo Hamas atualizou o número de mortos em Gaza desde 7 de outubro, para 32.705. Destas, pelo menos 82 pessoas terão morrido nas últimas 24 horas, de acordo com o balanço referido pelo The Times of Israel.

Outras 75.190 pessoas ficaram feridas, segundo o mesmo balanço, que não distingue entre civis e combatentes do Hamas.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, defendeu em comunicado que os EUA aplaudem a formação de um novo governo da Autoridade Palestiniana e que esperam “trabalhar com o novo gabinete para promover a paz, a segurança e a prosperidade”.

Os EUA, garante, estarão empenhados “para que este novo governo realize reforma credíveis”. “Uma Autoridade Palestiniana revitalizada é essencial para obter resultados para o povo palestiniano, tanto na Cisjordânia como em Gaza, e estabelecer as condições para a estabilidade em toda a região”, indica ainda.

A UNIFIL, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano, confirma que quatro funcionários ficaram feridos no sul do Líbano, na manhã deste sábado, na sequência de um bombardeamento perto do local onde estavam a efetuar uma patrulha a pé, segundo a Reuters. E diz que está a investigar a origem da explosão.

De acordo com a agência de notícias, três dos feridos são observadores da ONU e um é tradutor.

Em comunicado, a UNIFIL apelida como “inaceitável” que um ataque vise forças de manutenção da paz.

À Reuters, o presidente da Câmara de Rmeish, Milad Alam, disse que falou com o tradutor ferido, que está em estado estável. E contou como foi o momento da explosão: “A partir de Rmeish, ouvimos uma explosão e depois vimos um carro da UNIFIL a passar. Os observadores estrangeiros foram levados para hospitais em Tyre e Beirute, de helicóptero e de carro”.

O número de mortes provocadas pelo ataque a território sírio na sexta-feira — que Damasco diz terem sido levados a cabo por Israel — foi revisto.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, terão morrido 52 pessoas na sequência dos bombardeamentos perto do aeroporto de Alepo. Entre eles estariam 38 membros do Exército sírio, sete membros do Hezbollah e sete membros de milícias pró-iranianas.

Segundo a Reuters, que avançou a notícia do ataque, no carro atingido na manhã deste sábado no sul do Líbano estavam três funcionários da ONU e um tradutor do Líbano.

O Haaretz, por sua vez, que cita notícias no Líbano, diz que o carro transportava não três mas quatro funcionários da UNIFEL, da ONU, e que todos os passageiros (cinco) ficaram feridos e foram levados para o hospital.

Duas fontes também disseram à Reuters que “vários” dos passageiros ficaram feridos.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) rejeitam ter sido responsáveis pelo ataque que atingiu um carro com observadores da ONU, na manhã deste sábado, no sul do Líbano.

Segundo o The Times of Israel, em comunicado, as FDI garantem: “Ao contrário das notícias, as FDI não atacaram um veículo da UNIFIL[a Força Interina das Nações Unidas no Líbano] na zona de Rmeish esta manhã“, dizem.

A Reuters está a avançar que um ataque atribuído a Israel atingiu um carro que transportava observadores da ONU no sul do Líbano. Nem a ONU — mais concretamente, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL, na sigla em inglês) — nem as Forças de Defesa de Israel se pronunciaram para já.

Também não há ainda informação sobre a existência de feridos ou mortos.

A UNIFIL acompanha os observadores a monitorizar a chamada Linha Azul, a demarcação da fronteira entre Israel e Líbano estabelecida em 2000 pela ONU.