As Nações Unidas começaram a movimentar toneladas de ajuda humanitária que estavam no cais provisório construído ao largo de Gaza e a distribui-la por armazéns no enclave.

De acordo com a Al Jazeera, os EUA consideram que este é um passo importante, tendo em conta que o mar agitado não tem impossibilitado que a ajuda humanitária chegue a terra.

À Associated Press, o porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM) para o Médio Oriente, referiu que esta operação é relevante para evitar a deterioração do cais e tendo em conta que as operações em Gaza estão dependentes da avaliação de segurança.

Acredita-se que, caso os camiões consigam entregar a ajuda humanitária com sucesso, os EUA possam voltar a fazer as obras de reparo do cais provisório que foi construído para a chegada da ajuda humanitária e que acabou removido após ter sido danificado devido ao mau tempo.

Osama Hamdan, um alto funcionário do Hamas, revelou que não existe qualquer progresso nas negociações para um cessar-fogo em Gaza. Ainda assim, numa conferência de imprensa citada pela Al Jazeera, o responsável reiterou que o Hamas está disposto a negociar “positivamente” qualquer proposta neste sentido.

Mais do que isso, o Hamas também sublinhou que a fome continua a ameaçar a vida dos palestinianos que estão na Faixa de Gaza, principalmente na cidade de Gaza e na zona Norte da região, e culpou Israel por não permitir a entrada de ajuda humanitária, desde logo água, a alimentos, medicamentos e combustível.

As forças israelitas estão a atacar e a invadir aldeias na Cisjordânia. A agência Wafa dá conta de que houve ataques em várias localidades nas últimas horas: em Qalqas os soldados israelitas detiveram dois homens para tomar conta de um posto de controlo e em at-Tur obrigaram um palestiniano a demolir a própria causa.

Também há registo de um ataque em Qusra, perto de Nablus, mas não foram reportados feridos ou detenções.

De acordo com a agência Wafa, um ataque aéreo israelita atingiu o campo de refugiados de Bureji, na Faixa de Gaza, e matou quatro civis.

Além das vítimas mortais, o relatório citado pela mesma agência dá conta de que há mais feridos que foram transportados para dois hospitais.

O exército de Israel diz que matou “dezenas de terroristas” no bairro de Shujaiya, na cidade de Gaza, nas últimas 48 horas.

O jornal israelita Haaretz cita um comunicado das IDF em que são relatados “combates à queima-roupa” nessa zona da cidade.

As IDF dizem que descobriram armamento e várias perto de uma escola do bairro e entradas para túneis.

Um homem armado com uma besta fez uma “tentativa de ataque terrorista” perto da embaixada de Israel na Sérvia, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país.

“Hoje houve uma tentativa de ataque terrorista nas proximidades da embaixada de Israel em Belgrado. A embaixada foi fechada e ninguém do pessoal ficou ferido”, cita o jornal Times of Israel. “Um polícia local ficou ferido. As circunstâncias do incidente estão a ser investigadas.”

O homem foi abatido pelo polícia que fazia a segurança da embaixada, avançou a Associated Press. O agente foi transportado para o hospital e submetido a uma cirurgia e está estável.

O exército israelita enfrentou hoje os combatentes do Hamas no norte da Faixa de Gaza, onde as condições dos habitantes “são desastrosas”, segundo a agência da ONU para os refugiados palestinianos.

O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), Louise Wateridge, descreveu hoje as condições de vida no território palestiniano como desastrosas.

Os habitantes vivem nas ruínas de edifícios ou em tendas à volta de um enorme monte de lixo, afirmou aos jornalistas em Genebra, através de uma videoconferência a partir do centro da Faixa de Gaza.

Desde quinta-feira que o exército israelita está a realizar uma operação em Choujaïya, um bairro a leste da cidade de Gaza, onde afirma estarem localizadas “infraestruturas terroristas”.

O balanço mais recente de mortos em Gaza é de 37.834 desde os ataques de 7 de outubro, avança o Ministério da Saúde de Gaza, em números citados pelo Guardian.

Outras 86.858 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início do conflito.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) dizem que três mísseis anti-tanque atingiram as comunidades de Misgav Am e Tel-Hai, no norte de Israel. O jornal Haaretz escreve que não há registo de feridos.

Um porta-voz do exército disse ao jornal que estão a retaliar com artilharia de fogo na região do sul do Líbano, de onde pensam terem sido lançados os mísseis.

O Comando Central dos EUA (CENTCOM) anunciou que destruiu nas últimas 24 horas sete drones dos houthis na região do Iémen.

Numa mensagem publicada na rede social X, é explicado que “foi apurado que os veículos não tripulados [drones] representavam uma ameaça iminente aos EUA” e também aos navios mercantes na zona.

“Foram tomadas ações para proteger a liberdade de navegação e tornar as águas internacionais mais seguras.”

June 28 U.S. Central Command Update

In the past 24 hours, U.S. Central Command (CENTCOM) forces successfully destroyed seven Iranian-backed Houthi uncrewed aerial vehicles (UAVs) and one ground control station vehicle in Houthi-controlled areas of Yemen.

It was determined the… pic.twitter.com/EnueJAjhgZ

— U.S. Central Command (@CENTCOM) June 28, 2024

Najib Mikati, o primeiro-ministro do Líbano, diz que o país enfrenta uma “guerra psicológica” nos confrontos com Israel, mas diz que está a trabalhar para recuperar a calma na fronteira, cita o Times of Israel.

O governante está a fazer uma visita ao sul do Líbano, para verificar como estão a decorrer os trabalhos ligados às matrículas para exames na região. O primeiro-ministro notou que, “se não houver exército na fronteira, os exames não se vão poder realizar”.

A Missão do Irão nas Nações Unidas deixou um aviso a Israel: se se confirmarem as “intenções de atacar o Líbano e se embarcar numa agressão militar de larga escala, começará uma guerra destrutiva”.

O aviso foi feito numa mensagem publicada na rede social X. A Missão Iraniana nas Nações Unidas revelou que “todas as opções, incluindo o envolvimento do Eixo de Resistência, estão em cima da mesa”.

Albeit Iran deems as psychological warfare the Zionist regime’s propaganda about intending to attack Lebanon, should it embark on full-scale military aggression, an obliterating war will ensue. All options, incl. the full involvement of all Resistance Fronts, are on the table.

— I.R.IRAN Mission to UN, NY (@Iran_UN) June 28, 2024

A administração Biden terá proposto recentemente “nova linguagem” em algumas partes da proposta de acordo para a libertação de reféns e um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A informação foi avançada pelo site norte-americano Axios, que cita três fontes com conhecimento direto das conversações.

Segundo o site, este será um esforço para conseguir chegar a bom porto nas negociações e terá sido baseado na proposta israelita aprovada pelo gabinete de guerra.

Ainda assim, a administração Biden ainda estará a defender um acordo de três fases que levaria à libertação dos 120 reféns que ainda estarão em Gaza.

“Os EUA estão a trabalhar muito para encontrar uma fórmula que permita chegar a um acordo”, disse uma das fontes ao Axios.