Momentos-chave
- Ucrânia acusada de atingir civis na Chechénia
- EUA dizem que a Ucrânia tem de mobilizar pessoas mais jovens, abaixo dos 25 anos, para a guerra
- Rússia vai usar "meios militares ainda mais fortes" se a pressão do Ocidente continuar, ameaça Moscovo
- Ainda não há bases para negociar a paz com a Ucrânia, diz o Kremlin
- Ministério da Defesa alemão não confirma incidente com navio russo e helicóptero militar da Alemanha
- NATO avisa que Rússia está a apoiar programa nuclear da Coreia do Norte
- MNE do Reino Unido diz que NATO precisa de levar a sério as despesas com a defesa
- Rebeldes sírios “receberam drones ucranianos”, afirma Ministério dos Negócios Estrangeiros russo
- EUA e Alemanha não estarão disponíveis para dar luz verde a recomendação para adesão da Ucrânia à NATO
- Explosões junto a base aérea de Dyagilevo, a menos de 200 quilómetros de Moscovo
Atualizações em direto
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Ucrânia acusada de atingir civis na Chechénia
O líder da Chechénia, república do sul da Rússia, acusou a Ucrânia de atingir civis num ataque aéreo à cidade de Grozny, em declarações noticiadas pela RIA Novosti.
Ramzan Kadyrov disse que um drone ucraniano acertou no telhado de um edifício que albergava autoridades policiais, na capital da Chechénia, causando ferimentos a civis, sem ser claro se se registaram vítimas mortais.
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Olaf Scholz fala de "grave ameaça" da Rússia à cibersegurança
O chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou que a cibersegurança e as infraestruturas do país estão em risco, referindo-se a ameaças provenientes de países terceiros, como a Rússia.
No Parlamento alemão, Scholz, citado pelo Politico, falou de uma “grave ameaça”, apontando à Rússia e também à China.
“Como todos sabemos, as principais causas de ataques que afetam a nossa cibersegurança vêm da Rússia”, afirmou o chefe do governo germânico, acrescentando “e, claro, também vêm da China”.
Em resposta a questões colocadas pelos deputados alemães sobre a guerra na Ucrânia, o chanceler disse que “cabe a Kiev considerar como as coisas devem prosseguir”, mantendo “conversas com seus aliados”.
Já sobre a recente conversa telefónica com Putin, Scholz referiu que “o Presidente russo não demonstrou que quer fazer alguma coisa que contribua para a paz”.
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Rússia quer debater entrega de armas ocidentais à Ucrânia na ONU
A Rússia solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia, noticia o jornal russo Izvestia.
O anúncio foi feito pelo representante permanente da Rússia no órgão das Nações Unidas, Vasily Nebenzya.
A Rússia quer debater “a permissão dada à Ucrânia para usar mísseis ATACMS e Storm Shadow de longo alcance para ataques profundos” em território russo, o que, segundo Nebenzya, “muda radicalmente a essência do conflito”.
O responsável adiantou também que a reunião ficou marcada para 20 de dezembro.
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Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano nega apoio a rebeldes sírios
O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano negou “categoricamente” que a Ucrânia esteja a apoiar militarmente os rebeldes sírios que combatem o regime de Bashar al-Assad, nomeadamente com o envio de drones.
A acusação foi feita pela porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.
“Ao contrário da Rússia, a Ucrânia adere incondicionalmente às normas do Direito internacional, aos princípios de inviolabilidade da soberania e integridade territorial de outros países”, afirmou o Ministério ucraniano, num comunicado citado pela Sky News.
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Blinken garante reforço do apoio à Ucrânia até ao final do mandato de Biden
O secretário de Estado dos Estados Unidos da América garantiu aos aliados da NATO e à Ucrânia que a administração Biden pretende investir a totalidade dos 61 mil milhões de dólares, aprovados pelo Congresso norte-americano, no apoio à Ucrânia até final do mandato.
Em Bruxelas, Antony Blinken, citado pelo European Pravda, manifestou ainda satisfação pelo aumento da ajuda dos aliados à Ucrânia e pela forma como os vários países contribuem para esse apoio, considerando o “melhor exemplo de partilha de encargos financeiros” que viu na sua carreira.
A terminar, Blinken garantiu que os EUA pretendem continuar a investir para “fortalecer a defesa antiaérea, a artilharia e as meios blindados da Ucrânia”.
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Bulgária envia meios militares para a Ucrânia
A Bulgária vai voltar a enviar armas, equipamentos e munições para a Ucrânia. Será o sétimo “pacote” de ajuda búlgara ao país, desde o início da guerra em 2022.
A informação é avançada pela emissora nacional da Bulgária, BNR, citada pelo The Kyiv Independent.
O Ministério da Defesa da Bulgária garantiu que a doação não coloca em risco as capacidades militares búlgaras.
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EUA dizem que a Ucrânia tem de mobilizar pessoas mais jovens, abaixo dos 25 anos, para a guerra
Consciente de que Kiev precisa de mais soldados no terreno, o secretário de Estado dos Estados Unidos defendeu hoje que a Ucrânia passe a recrutar pessoas mais jovens para as forças armadas. Ou seja, abaixo dos 25 anos, a idade a partir da qual é feita atualmente a mobilização.
“São decisões muito difíceis e eu compreendo e respeito isso”, disse Blinken numa entrevista à Reuters, em Bruxelas. “Mas, por exemplo, é necessário trazer os jovens para a luta, pensamos, muitos de nós pensamos, que é necessário. Atualmente, os jovens entre os 18 e os 25 anos não estão a combater”, concretizou.
Esta é uma questão sensível na Ucrânia, lembra a Reuters. Alguns militares ucranianos admitem que há falta de soldados mas têm resistido a baixar a idade da mobilização argumentando que nem sequer têm armas para equipas a tropas que já têm.
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Secretário-geral da NATO pede aumento do investimento em Defesa
O secretário-geral da NATO pediu aos países da organização que aumentem os seus gastos em Defesa, acima dos 2% atualmente recomendados.
Citado pela Sky News, Mark Rutte justifica o pedido com a manutenção da capacidade militar da organização “daqui a quatro, cinco anos”. Para isso, Rutte considera que a meta de 2% “não é suficiente”.
O responsável deixou ainda em aberto a possibilidade da NATO estabelecer metas específicas para que cada país preencha as respetivas lacunas ao nível de equipamento militar.
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Rússia vai usar "meios militares ainda mais fortes" se a pressão do Ocidente continuar, ameaça Moscovo
Não “há soluções mágicas” para o conflito, admitiu o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russos em entrevista à CNN. Mas uma coisa Sergei Ryabkov sabe: se os Estados Unidos e os seus aliados mantiverem a pressão exercida até aqui sobre a Rússia, Moscovo irá usar “meios militares ainda mais fortes”.
O governante lamentou a falta de senso comum e de “contenção no Ocidente”, em particular nos EUA. “As pessoas parecem subestimar a nossa determinação em defender os nossos interesses fundamentais de segurança nacional”, sublinhou.
“Os riscos são elevados e estão a aumentar, o que é bastante preocupante”, disse Sergei Ryabkov, frisando que as atuais tensões geopolíticas eram inéditas mesmo “no auge da Guerra Fria”.
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Ucrânia aumenta produção de mísseis
O Ministério da Defesa ucraniano anunciou, esta quarta-feira, o aumento da produção de mísseis de cruzeiro R-360.
Numa publicação na rede social X, o Ministério destaca que os “mísseis modificados são agora capazes de atingir alvos a distâncias maiores”.
Ukraine has scaled up the serial production of R-360 cruise missiles for the Neptune complex. The modified missiles are now capable of hitting targets at longer distances.
The Palyanytsia missile-drone has also entered serial production thanks to the support of the Ministry of… pic.twitter.com/mBFjzDxUJy
— Defense of Ukraine (@DefenceU) December 4, 2024
De acordo com a Sky News, os mísseis R-360 foram originalmente concebidos como mísseis antinavio, mas, entretanto, foi criada uma variante que pode atingir alvos terrestres.
Kiev tem pedido constantemente aos aliados ocidentais que reforcem o envio de armas para que o país possa abastecer as suas tropas na linha de frente de combate.
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Ainda não há bases para negociar a paz com a Ucrânia, diz o Kremlin
Enquanto os parceiros da NATO repetem o seu apoio à Ucrânia em Bruxelas o Kremlin diz que não estão reunidas as condições para negociações que levem ao fim da guerra.
“Ainda não há bases para negociações”, disse Dmitry Peskov ao jornal Izvestia, reiterando a posição de longa data de Moscovo sobre as conversações.
Na segunda-feira, a presidente do Conselho Federal, a câmara alta do parlamento russo, Valentina Matviyenko, disse que poderia haver tentativas de começar negociações de paz no início do próximo ano.
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Ministério da Defesa alemão não confirma incidente com navio russo e helicóptero militar da Alemanha
A notícia chegou esta manhã pela imprensa russa: um navio russo teria disparado um tiro de aviso para um helicóptero militar alemão no mar Báltico. O incidente teria sido relatado pela ministra dos Negócios Estrangeiros à margem de uma reunião da NATO em Bruxelas.
#BREAKING The crew of a Russian ship in the Baltic Sea shot signal ammunition at a German military helicopter, according to dpa sources. pic.twitter.com/xragkS234M
— dpa news agency (@dpa_intl) December 4, 2024
Só que ao início da tarde, numa conferência de imprensa regular, um porta-voz do Ministério da Defesa da Alemanhã disse que não podia confirmar o que que Annalena Baerbock teria dito.
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NATO avisa que Rússia está a apoiar programa nuclear da Coreia do Norte
O secretário-geral da NATO avançou hoje que a Rússia está a apoiar o programa nuclear norte-coreano, enquanto Pyongyang está a ajudar Moscovo com militares no conflito na Ucrânia, alertando que até os Estados Unidos estão ameaçados com tal cenário.
“A guerra ilegal na Ucrânia ameaça-nos a todos. (…) Estes últimos desenvolvimentos podem destabilizar a península coreana e até ameaçar os Estados Unidos da América”, disse Mark Rutte, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, Bélgica.
O ex-primeiro-ministro dos Países Baixos acrescentou que há evidências de um “alinhamento cada vez maior” entre a Rússia, China, Coreia do Norte e Irão, nomeadamente ao nível do conflito na Ucrânia, e que parte desse alinhamento passa pelo apoio do Kremlin (presidência russa) ao programa nuclear norte-coreano.
A “moeda de troca” deste apoio russo são os soldados norte-coreanos enviados para a Rússia, nomeadamente para a região fronteiriça de Kursk, onde as forças ucranianas ocupam algumas zonas.
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Rússia e Bielorrússia planeiam abrir centros de treino militar conjunto
Um alto responsável de Defesa e Segurança da Bielorrússia anunciou que o país e a Rússia estão a planear criar três centros de treino militar conjunto.
A informação é avançada pelo The Kyiv Independent, que cita declarações de Gennady Lepeshko à agência bielorrussa Belta.
Os centros devem ser instalados na região bielorrussa de Hrodna e em Nizhny Novgorod e Kaliningrado, na Rússia.
Ainda de acordo com Lepeshko, Minsk e Moscovo já assinaram mais de 160 acordos de cooperação militar.
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Países da NATO farão o que for possível para enviar sistemas de defesa antiaérea para a Ucrânia, diz Mark Rutte
O secretário-geral da NATO garantiu, esta quarta-feira, que os países da organização vão fazer tudo o que puderem para enviar os sistemas de defesa antiaérea necessários para a Ucrânia proteger as suas infraestruturas dos ataques russos. Ainda assim, alertou que estes sistemas são escassos.
Em Bruxelas, Mark Rutte disse que “houve um acordo claro”, na reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da NATO, sobre a “prioridade da ajuda à Ucrânia”, de acordo com o The Kyiv Independent.
O responsável não adiantou pormenores sobre a ajuda, mas reforçou que os aliados vão fornecer a Kiev tudo o que puderem.
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Dinamarca apoia recuperação das infraestruturas energéticas ucranianas
A Dinamarca vai atribuir um apoio de 6 milhões de euros para a Ucrânia recuperar as infraestruturas energéticas danificadas pelos ataques russos. A verba vai ser alocada ao Fundo de Apoio Energético da Ucrânia.
De acordo com o jornal ucraniano European Pravda, o anúncio foi feito pela ministra dinamarquesa dos Assuntos Europeus numa reunião com membros do governo ucraniano.
No encontro, discutiu-se também a adesão da Ucrânia à União Europeia, segundo a mesma fonte.
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Ministra admite soldados alemães na Ucrânia
A ministra alemã dos Negócios Estrangeiros admitiu, esta quarta-feira, a possibilidade de a Alemanha enviar soldados para a Ucrânia, como parte de um eventual acordo de cessar-fogo.
Citada pelo Politico, Annalena Baerbock disse que a Alemanha “apoiará tudo o que sirva à paz” na Ucrânia “com todas as forças”.
A governante falava numa reunião dos chefes da diplomacia dos países da NATO, em Bruxelas.
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Iniciativa Liberal saúda visita de Costa a Kiev e apela a negociações de paz que não beneficiem Rússia
O presidente da IL considerou hoje a visita de António Costa a Kiev uma “boa escolha para iniciar o mandato” à frente do Conselho Europeu e apelou a negociações de paz que não tragam vantagens para a Rússia.
Em declarações aos jornalistas após um encontro com a embaixadora da Ucrânia, Maryna Mykhailenko, na embaixada do país, em Lisboa, Rui Rocha afirmou que António Costa, o novo presidente do Conselho Europeu, fez uma “boa escolha” e deu um “sinal importante” ao iniciar o seu mandato numa visita a Kiev, capital da Ucrânia.
“Parece-me que foi uma boa escolha, essa de iniciar o seu mandato dando testemunho também do apoio da sua própria posição, da posição que agora tem na União Europeia à Ucrânia, portanto parece-me que é um bom começo desse ponto de vista”, disse.
Questionado sobre as palavras do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que afirmou que está preparado para terminar a guerra na Ucrânia em troca da adesão à NATO, mesmo que a Rússia não devolva imediatamente os territórios ocupados, Rui Rocha frisou que as negociações devem assegurar que “quem agride, quem invade, quem não respeita o direito internacional, não deve ter vantagem nesta matéria”.
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MNE do Reino Unido diz que NATO precisa de levar a sério as despesas com a defesa
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido apelou aos países membros da NATO para que “levem a sério” os objetivos de despesa com a defesa, antes do regresso iminente de Donald Trump à Casa Branca, reporta a Sky News.
“É extremamente importante que aumentemos as despesas com a defesa, especialmente entre os aliados da NATO”, afirmou David Lammy numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da aliança.
Trump, no seu último mandato como presidente, criticou constantemente os membros da aliança no que diz respeito às despesas com a defesa, e os países da NATO foram instados a angariar mais fundos em resposta à sua reeleição.
“No Reino Unido, a despesa é de 2,3%, a caminho dos 2,5% assim que conseguirmos, e apelamos a todos os aliados da NATO para que levem a sério as despesas com a defesa”, afirmou Lammy. “Todas as populações precisam de c0mpreender os enormes desafios de segurança que enfrentamos neste momento. O momento de agir é agora”.
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Rebeldes sírios “receberam drones ucranianos”, afirma Ministério dos Negócios Estrangeiros russo
Os rebeldes sírios que lutam contra o regime de Assad, na Síria, estão a receber drones ucranianos, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, citado pela Sky News. A Rússia está a apoiar o governo sírio na luta contra os rebeldes.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, afirmou que Moscovo está a fazer tudo o que pode para contrariar a ofensiva, que o Kremlin diz estar a ser levada a cabo por “grupos terroristas” que recebem apoio, incluindo drones, do exterior do país. Zakharova disse, sem apresentar provas, que os rebeldes tinham recebido drones da Ucrânia.